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Práticas Orçamentárias

Docente: Dr. Aldo Callado


Discentes: Antônio Alves, Marília Raulino e Thayná Fernandes

Universidade Federal da Paraíba - Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
Campus I - Cidade Universitária - CEP 58.051-900 - João Pessoa/PB
Telefone: +55 (83) 3216 7285 - http://ccsa.ufpb.br/ppgcc - e-mail: ppgcc@ccsa.ufpb.br
Overview
❖1. Contextualização e definições

❖2. Funções do orçamento

❖3. Processo orçamentário

- 3.1 Críticas ao processo orçamentário

❖4. Abordagens

❖5. Críticas ao orçamento tradicional

- 5.1 Disfunções do orçamento tradicional (folga orçamentária)

- 5.2 Remuneração variável e folga orçamentária

❖6. Pesquisas e Evidências empíricas

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1. Contextualização e definições
O que é orçamento?
Projeção de
receitas

Projeção de gastos
Planejamento
empresarial

Objetivos
econômico-
Período de tempo financeiro

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1. Contextualização e definições
“Orçamento élno financeiro para implementar as decisões de plano estratégico da empresa em
“Orçamento é o plano financeiro para implementar as decisões de plano estratégico da
empresa em determinado exercício, proporcionando avaliação de desempenho da
empresa em suas áreas internas e gestores (FREZATTI, 2009)”.
cio, proporcionando avaliação de desempenho da empresa em suas áreas internas e gestores”.
no financeiro para implementar as decisões de plano estratégico da empresa em determinado

“Orçamento é um plano formal, expresso monetariamente ou em unidades de produtos, números


de empregados, unidades de tempo ou qualquer outra quantidade não monetária, para ser utilizada
no planejamento, no controle e na coordenação da organização (ANTHONY, 1965)”.ima as
decisões de plano estratégico da empresa em determinado


“ Orçamento é a expressão quantitativa das entradas e saídas em dinheiro, para determinar se um
plano financeiro é capaz de atingir objetivos da organização (ANTKINSON et al., 2011).”a
implementar as decisões de plano estratégico da empresa”, proporcionando avample as decisões

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2. Funções do orçamento

Planejamento Diálogo

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2. Funções do orçamento

É correto afirmar que as funções do orçamento são padronizadas e


homogêneas dentro das organizações ?

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2. Funções do orçamento
Benefícios do uso do orçamento

INTEGRAÇÃO DOS
FUNCIONÁRIOS E QUANTIFICAÇÃO DELEGAÇÃO DE
DOS DOS OBJETIVOS PODERES
DEPARTAMENTOS

AVALIAÇÃO
RACIONALIZAÇÃO
DETALHADA DO
DOS RECURSOS
DESEMPENHO

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2. Funções na percepção dos
gestores (Artigo 2)
• Especificamente, constatou-se que as funções de diálogo (ex post) estão mais
fortemente associadas à utilidade para gestão e relevância para a tomada de
decisões, do que as funções de planejamento (ex ante).

• são obtidos indícios de que o orçamento empresarial não deveria ser visto como
um artefato estático de planejamento, e preocupações em relação à motivação, à
comunicação, cujas funções são de diálogo, deveriam ser consideradas
fundamentais para que o artefato possa ser explorado com maior intensidade no
ambiente organizacional.

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2. Funções na percepção dos
gestores (Artigo 2)
• Cabe destacar que ambas as funções (planejamento e diálogo) foram percebidas
como mais importantes por gestores das área operacionais em relação às áreas de
apoio (financeira e de gestão).

• A função percebida como mais importante pela área operacional foi planejamento
vinculado às estratégias da empresa.

• Para a área de finanças e gestão, foi a alocação de recursos para as unidades.

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2. Funções na percepção dos
gestores (Artigo 2)

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3. Processo orçamentário

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3.1 Críticas ao Processo
orçamentário
Mussa, Rêgo e Securato (2010) identificaram também algumas críticas ao processo orçamentário:

❖ Consomem muito tempo para sua elaboração;


❖ Restringem a responsabilidade e são restritos à mudança;
❖ Raramente são focados estrategicamente e muitas vezes contraditórios;
❖ Adicionam pouco valor, dado o limitado tempo de consecução do orçamento;
❖ Concentram-se em redução de custos e não no acréscimo de valor;
❖ Transmitem apenas o comando e controle vertical;
❖ Encorajam o jogo e a adoção de comportamentos disfuncionais;
❖ São desenvolvidos e atualizados com pouca frequência, basicamente de forma anual;
❖ São fundamentados em premissas sem suporte real;
❖ Reforçam as barreiras interdepartamentais em detrimento do conhecimento compartilhado;
❖ Desmotivam as pessoas.

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4. Abordagens

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4. Abordagens
Orçamento tradicional

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4. Abordagens
Orçamento Base Zero

Conceitos e características

Exemplo de elaboração

Vantagens e desvantagens

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4. Abordagens
Orçamento por atividades

Conceitos e características

Terminologias

Vantagens e desvantagens

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4. Abordagens
Orçamento por atividades

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4. Abordagens
Beyond Budgeting

Conceitos e características

Terminologias

Vantagens e desvantagens

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4. Abordagens
Beyond Budgeting x orçamento tradicional

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5. Críticas ao orçamento
empresarial
Contextualização

Principais escolas
Relatório Accenture

Activity Based Budgeting

Beyond Budgeting

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5. Críticas ao orçamento
empresarial

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5. Críticas ao orçamento
empresarial

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5. Críticas ao orçamento
empresarial

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5. Críticas ao orçamento
empresarial

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5. Críticas ao orçamento
empresarial

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5. Críticas ao orçamento
empresarial

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5. Críticas ao orçamento
empresarial

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5.1 Disfunções do orçamento tradicional
(folga orçamentária)

Cyert e March (1963) explicam que a folga organizacional é o excesso de recursos disponíveis para a empresa acima do
necessário para atender as suas necessidades imediatas.

A folga representa a diferença entre os recursos existentes e a


demanda efetiva.

Bormiley (1991) define que folga organizacional é o Segundo Facó (2009, p. 68), “o tema folga organizacional, pode
excesso de recursos que uma organização pode ser visto sob um prisma que, ao mesmo tempo em que promove
utilizar para aliviar as diferenças entre mudanças no um incentivo para oportunidades de inovação, também é uma
ambiente em que opera e a necessidade de respostas forma de desperdício e gastos que afetam negativamente
organizacionais. resultados de desempenho da empresa”.

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5.1 Disfunções do orçamento
tradicional (folga orçamentária)

A participação dos gestores na


elaboração do orçamento, facilita a
criação de folga orçamentária?

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5.1 Disfunções do orçamento tradicional
(folga orçamentária)

Humanos Físicos Financeiros


Excesso de pessoas Capacidade das máquinas, Salários mais altos do que
trabalhando na existência de matérias o necessário, preços mais
organização, além da sua primas ou outros recursos baixos do que o necessário,
necessidade, ou até mesmo, além do mínimo necessário dividendos mais altos do
com horas de folga. para a realização das que o necessário, capital
atividades. não utilizado.

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5.2 Remuneração variável e folga
orçamentária

Wood Junior e Picarelli Filho (1999) descrevem que a


abordagem estratégica de remunerar surgiu em um contexto de
mudanças das empresas, em que as pesadas estruturas
hierárquicas do século XX deram lugar às estruturas mais
enxutas e as transformações na forma de gerir exigiram soluções
rápidas e criativas.

Esses autores aduzem que a abordagem estratégica de


remunerar reflete, de certo modo, a realidade das empresas que
atuam no mundo globalizado e competitivo.

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5.2 Remuneração variável e folga
orçamentária

Krauter e Sousa (2013) reforçam que a remuneração é um


Soares (2006) afirma que “o principal elo entre a dos sistemas mais relevantes e complexos na
lógica da geração de valor ao acionista e a gestão de administração de recursos humanos, porque busca alinhar
pessoas é a remuneração variável”. os colaboradores às metas das empresas, por meio de
incentivos.

O pressuposto é que “os funcionários de uma


Machado e Beuren (2014) explicam que há diversos
empresa irão se comprometer com a ‘causa’ da
mecanismos pelos quais a política de remuneração pode
geração de valor ao acionista desde que parte deste
oferecer um valor maior de incentivos, incluindo bônus
valor gerado seja com eles compartilhado”.
anuais, acréscimos salariais baseados em desempenho,
benefícios diversos (seguro de vida, plano de
aposentadoria complementar).

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5.2 Remuneração variável e folga
orçamentária

Objetivo: Verificar em que medida a remuneração variável


é um incentivo para os gestores criarem folga no processo
orçamentário.

Resultados: Em média, os gestores, especialmente os que


tiveram desempenho inferior no alcance das metas, têm
maior propensão para criar folga em seus orçamentos, e que
a remuneração variável atrelada às metas orçamentárias
pode contribuir para a prática da criação de folga no
processo orçamentário.
As práticas de fiscalização do orçamento e detecção de folga
inibem de certa forma a propensão dos gestores de criar
folga.

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5.2 Remuneração variável e folga
orçamentária

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6. Pesquisas e Evidências empíricas
Título e Autor(es) Síntese

Objetivo: avaliar a relação entre cultura organizacional e as práticas orçamentárias


de uma organização. Desenvolveu-se um estudo de caso, com entrevista
semiestruturada com questões aplicadas ao gestor do orçamento da agroindústria
Cultura Organizacional nas Práticas paranaense. Também foi aplicado questionário contendo questões sobre os aspectos
Orçamentárias: Estudo em uma culturais. A cultura organizacional voltada para a orientação por resultados
Cooperativa Agroindustrial contribui para que os gerentes da empresa possam realizar o orçamento com ênfase
em metas, pois nessa orientação os gestores tendem a dedicar esforços nas
Wrubel, Marassi, Lavarda e tarefas e é facilitada a implantação de orçamentos que tenham como premissa
Lavarda (2016) atingir planejamentos realizados pela alta administração. A cultura
organizacional da agroindústria apresenta indícios de influenciar positivamente
a existência de controle rígido relacionado ao orçamento, na qual se constata
que as pessoas se preocupam com o controle de custos no ambiente de trabalho.

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6. Pesquisas e Evidências empíricas
Título e Autor(es) Síntese

Este artigo se propõe a investigar a cognição numérica em práticas


relacionadas ao orçamento. Para isso, cenários experimentais foram delineados
com situações que envolvem orçamento e nos quais um viés de cognição numérica
foi inserido. A operacionalização da pesquisa ocorreu por meio de questionário
Viés de Cognição Numérica e
aplicado junto a 143 estudantes de pós-graduação stricto sensu e lato sensu de
Práticas Orçamentárias: Um Estudo
instituições públicas e privadas situadas em Salvador, Bahia. Na análise do quase-
QuaseExperimental
experimento foi utilizado o t-student para verificar a presença do viés da cognição
numérica. Os resultados encontrados confirmaram a presença do viés da
Marcelino e Bruni (2012)
cognição numérica somente em um cenário delineado. A forma utilizada para
apresentar os ganhos ou perdas em relação a um preço de referência pode
influenciar a percepção numérica dos respondentes e a
sua decisão.

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Referências
ANTHONY, R.) Planning and Control Systems: A Framework for Analysis. Division of Research, Graduate School of Business
Administration, Harvard University, Boston, 1965.
ATKINSON, A. B.; THOMAS P.; EMMANUEL S. Top Incomes in the Long Run of History. Journal of Economic Literature, 49 (1):
3-71, 2011.
BEUREN, I. M.; VERHAGEM, J. A. Remuneração Variável Incentiva a Criação de Folga Orçamentária? . Revista Pensamento
Contemporâneo em Administração, v. 9, n. 4, p. 128-143, 2015.
FREZATTI, Fabio. Orçamento empresarial, planejamento e controle gerencial. São Paulo: Atlas, 2007.
LUNKES, R. J. Contribuição a melhora do processo orçamentário empresarial. 2009. 214f. Tese (Doutorado em Engenharia de
Produção) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.
MARCELINO, C. V.; BRUNI, A. L. Viés de Cognição Numérica e Práticas Orçamentárias: Um Estudo QuaseExperimental. Revista

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Referências
MUCCI, D. M.; FREZATTI, F. De que forma os gestores percebem as críticas ao orçamento empresarial? Revista Universo Contábil,
v.13, n.4, p.127-154, 2017.
MUCCI, D. M.; FREZATTI, F.; DIENG, M. As Múltiplas Funções do Orçamento Empresarial. Revista de Administração
Contemporânea, v. 20, n. 3, p. 283-304, 2016.
WRUBEL, F.; MARASSI, R. B.; LAVARDA, C. E. F.; LAVARDA, R. A.B. Cultura organizacional nas práticas orçamentárias: Estudo
em uma cooperativa agroindustrial. Revista Sociedade, Contabilidade e Gestão, v. 11, n.3, set/dez, 2016.

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