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Universidade Federal do ABC

Matrizes

Prof. Dr. Danilo Justino Carastan


danilo.carastan@ufabc.edu.br
Materiais Compósitos – Matrizes

Funções da Matriz
– Unir os reforços
– Manter a forma do compósito
– Transferir a tensão para o reforço
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– Proteger o reforço de:


• Ataques químicos e da umidade
• Abrasão mecânica
– Acrescenta propriedades:
•Tenacidade:
– Interações entre fibra e matriz
•Resistência ao cisalhamento:
– Resiste a carregamentos de flexão e torção
•Compressão:
– Resiste à flambagem
– A produção do compósito é controlada pelo processamento da
matriz:
• Viscosidade
• Temperatura de cura
•Segurança
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes

•Polímeros termofixos
– Resinas epóxi
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– Poliésteres insaturados
– Resinas éster-vinílicas
– Resinas fenólicas
– Bismaleimidas e ésteres de cianato
•Polímeros termoplásticos
– Policetonas
– Poli(sulfeto de fenileno)
– Polisulfonas
– Poliimidas termoplásticas
•Matrizes metálicas (MMC)
– Ligas de Al, Ti, Mg
•Matrizes cerâmicas (CMC)
–Al2O3:SiO2, Al2O3, SiC, cimento, carbono
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Matrizes
Propriedades genéricas
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Matrix
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Matrizes Poliméricas
Termofixos x Termoplásticos
Propriedades importantes da matriz:
- Altos valores de módulo, resistência mecânica, tenacidade à fratura
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Outras características desejadas:


– Estabilidade dimensional, resistência à umidade

Termofixos Termoplásticos
Vantagens Vantagens
- Baixa viscosidade dos precursores - Alta resistência ao impacto
- Boa adesão - Alta tenacidade à fratura
- Estabilidade térmica - Alta deformação
- Resistência química - Podem ser armazenados
- Baixa fluência por longos tempos
- Baixo tempo de fabricação
Desvantagens Desvantagens
- Não podem ser armazenados por - Alta viscosidade no fundido
longos tempos - Baixa resistência à fluência
- Tempos longos de cura - Baixa estabilidade térmica
- Baixa deformação máxima
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Matrizes Termofixas
Os monômeros precisam ter funcionalidade igual ou maior a 3
para que sejam formados termofixos durante a polimerização.
Existem duas rotas para a obtenção de polímeros termofixos:
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• polimerização por etapas ou cadeia, de modo que pelo menos


um dos monômeros tenha funcionalidade maior do que 2,
formando uma rede durante a polimerização.
• formação de ligações cruzadas em polímeros ou pré-polímeros
lineares ou ramificados sintetizados anteriormente.
A razão dos reagentes deve ser tal que ocorra a formação de um
gel durante a polimerização.
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Matrizes Termofixas
Gelificação
A formação de um termofixo inicia-se pelos monômeros ou pré-
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polímeros, geralmente na forma líquida (sol).


A partir de certo grau de conversão surge uma fase gel, o que
significa que ocorre a formação de uma macromolécula gigante
que percola por todo o material.
Essa transição sol-gel é uma característica de todos os
termofixos. Antes da gelificação, o material é um sol com
viscosidade finita, depois torna-se um gel com viscosidade
infinita.
A conversão de sol em gel é gradual, e no final do processo
espera-se que o polímero seja uma única molécula gigante de
gel.
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Matrizes Termofixas
Gelificação
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Pascault, J.-P. et al. "Thermosetting Polymers", 2002.


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Gelificação
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Pascault, J.-P. et al. "Thermosetting Polymers", 2002.


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Gelificação
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Pascault, J.-P. et al. "Thermosetting Polymers", 2002.


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Matrizes Termofixas
Gelificação
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Pascault, J.-P. et al. "Thermosetting Polymers", 2002.


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Matrizes Termofixas
Etapas da cura
O processo de cura de termofixos pode ser dividido nas
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seguintes etapas:
• Tempo de gel – temperatura constante, coincide com o tempo
de trabalho (pot life).
• Pico exotérmico – a temperatura atinge um máximo
• Tempo de desmoldagem ou endurecimento – pode ocorrer
mesmo antes da cura total
• Tempo de cura – tempo em que as reações de cura /
reticulação se completam.
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Etapas da cura
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Cura x Reticulação
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O processo de cura nem sempre é sinônimo de reticulação.


Durante a cura de um termofixo os seguintes eventos podem
ocorrer:
• Algumas ligações duplas permanecem intactas
• Ligações duplas reagem formando ligações cruzadas
(desejável)
• Insaturações restantes podem ser destruídas por oxigênio ou
excesso de radicais livres sem formar ligações cruzadas
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Matrizes Termofixas
Cura x Reticulação
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Grau de cura: relação entre n° de insaturações convertidas e o


total inicial – Pode ser determinado pelo calor (ΔH) liberado pela
amostra em comparação com o calor liberado pela resina com
proporções ideais de agentes de cura.
Grau de reticulação: relação entre n° de insaturações interligadas
e o total inicial – Pode ser determinado por medidas de dureza
ou pela determinação da Tg.
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Matrizes Termofixas
Transição Vítrea
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Pascault, J.-P. et al. "Thermosetting Polymers", 2002.


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Matrizes Termofixas
Transição Vítrea
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Transição Vítrea
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Transição Vítrea
Diagrama conversão – temperatura – transformação (CTT)
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Pascault, J.-P. et al. "Thermosetting Polymers", 2002.


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Transição Vítrea
Diagrama tempo – temperatura – transformação (TTT)
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Pascault, J.-P. et al. "Thermosetting Polymers", 2002.


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Poliésteres
Os poliésteres são polímeros que têm em comum a
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ligação éster:

Os poliésteres podem ser divididos em duas grandes


categorias:

• Poliésteres insaturados – termofixos, usados em


compósitos laminados contendo fibras de vidro,
carbono, etc.

• Poliésteres saturados – termoplásticos, usados


como moldados plásticos, fibras e filmes. Ex.: PET,
PBT, poliésteres líquido-cristalinos.
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Poliésteres
O grupo éster é a única característica em comum entre os
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poliésteres, mas muitas vezes é apenas uma pequena parte da


molécula. Os principais efeitos dessa ligação nos poliésteres
são:

• quimicamente, é um ponto fraco da molécula, sujeito a


hidrólise, amoniólise e transesterificação, podendo provocar
cisão de cadeia.
• é um grupo polar, afetando as propriedades de isolamento
elétrico, principalmente acima da Tg.
• pode agir como receptor de prótons, permitindo interações
com outros grupos inter- ou intramoleculares.
• o éster aumenta a flexibilidade da cadeia, mas o aumento das
interações intermoleculares cancela esse efeito, de modo que o
ponto de fusão e a rigidez molecular são pouco afetados.
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Resinas de Poliéster Insaturado
Os poliésteres insaturados são resinas termofixas muito usadas
principalmente em laminados com fibras.
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Resinas de Poliéster Insaturado

Vantagens Desvantagens
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• Boas propriedades mecânicas e • Termicamente instáveis


térmicas • Encolhem um pouco na
• Cura mais fácil cura
• Baixo custo • Podem causar problemas
de saúde
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Resinas de Poliéster Insaturado
Síntese
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Os poliésteres são resinas com formulação muito flexível, mas


geralmente são produzidos pela reação de condensação de
glicóis com ácidos insaturados e saturados. Os ácidos
insaturados fornecem os pontos para a formação de ligações
cruzadas.
O glicol mais usado é o propilenoglicol por gerar moléculas
menos cristalinas que o etilenoglicol, embora o dietilenoglicol
também possa ser empregado. Glicóis mais longos geram
resinas mais flexíveis e com maior resistência à água, mas não
são muito usados.
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Resinas de Poliéster Insaturado
Síntese
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Os ácidos insaturados mais empregados são o ácido (anidrido)


maleico e o ácido fumárico. Eles fornecerão os pontos para
formação de ligações cruzadas.
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Resinas de Poliéster Insaturado
Síntese
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Ácidos saturados são incluídos para reduzirem o grau de


insaturações, aumentando o espaçamento entre elas. O anidrido
(orto)ftálico é o mais usado, e garante a rigidez da cadeia. O uso
de ácido isoftálico aumenta a HDT e o módulo de flexão. Para a
formação de resinas flexíveis, costuma-se empregar um diácido
alifático, como o ácido adípico.
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Resinas de Poliéster Insaturado
Síntese
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A resina é formada pela reação entre os ácidos e glicóis durante


várias horas entre 150 e 200 °C. O polímero assim formado tem
massa molar entre 1000 e 5000.

Estrutura genérica de uma resina de poliéster insaturado.


AI: ácido insaturado
GL: glicol
AS: ácido saturado
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Resinas de Poliéster Insaturado
Reticulação
As resinas assim formadas são líquidos de alta viscosidade ou
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sólidos frágeis, dependendo da composição. Para serem


trabalháveis, adiciona-se estireno para diluir e reduzir a
viscosidade. A outra função fundamental do estireno é que ele
será o agente de reticulação da resina.
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Resinas de Poliéster Insaturado
Reticulação
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Enquanto as moléculas lineares da resina são sintetizadas por


policondensação, a cura ocorre por reações de adição entre as
insaturações e o estireno.
A cura é feita depois de a fibra de vidro ser adicionada. A reação
ocorre pela adição de iniciadores (também chamados de
catalisadores) como peróxido de benzoíla, para cura a quente.
Cura na temperatura ambiente pode ocorrer com outros
iniciadores, como peróxidos de metiletilcetona ou ciclohexanona,
juntamente com promotores ou aceleradores de cura, geralmente
compostos de cobalto (naftenatos ou octoatos).
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Resinas de Poliéster Insaturado
Reticulação
Dependendo da concentração de iniciador e acelerador, a resina
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forma gel entre 5 minutos e várias horas. Depois da gelificação,


a temperatura sobe para até 200 °C e a resina começa a
endurecer. A resistência mecânica máxima geralmente é atingida
após pelo menos uma semana.
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Resinas de Poliéster Insaturado
Propriedades e aplicações
Muitas propriedades dependem do grau de reticulação, mas a
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rigidez depende em grande parte da estrutura do ácido saturado


empregado.
A maioria das resinas de poliéster insaturado é usada em
compósitos com fibra de vidro. Como a cura não libera
moléculas pequenas, a laminação pode ser feita sem aplicação
de pressão.
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Resinas de Poliéster Insaturado
Propriedades e aplicações
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Resinas Epóxi
As resinas epóxi apresentam em sua estrutura o grupo epóxido,
geralmente nas extremidades da molécula, mas podendo
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aparecer no interior da cadeia.

São as principais matrizes usadas em laminados com fibra de


alto desempenho, além de outras aplicações, como revestimento
de pisos e adesivos, entre outras.
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Matrizes Termofixas
Resinas Epóxi

Vantagens Desvantagens
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• A maioria das propriedades • Custo relativamente alto


mecânicas e térmicas é excelente • Pode causar problemas de
• Não libera voláteis na cura saúde
• Baixo encolhimento na cura • Cura a temperaturas
• Excelente resistência química geralmente elevadas
• Excelente adesão às fibras
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Resinas Epóxi

O grupo epóxido é bastante reativo com doadores de prótons,


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reagindo sem liberar moléculas pequenas, o que garante baixo


encolhimento do moldado.

Há uma grande variedade de formulações possíveis, a parte


restante da molécula pode ser de hidrocarbonetos alifáticos,
cicloalifáticos, aromáticos, e pode ser também polar.
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Resinas Epóxi
A resina epóxi comerciais mais usada é produzida pela reação de
epicloridrina e bisfenol A, formando o pré-polímero diglicidil
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éter de bisfenol A (DGEBA). A epicloridrina em geral está em


excesso, para que esteja presente nas extremidades das cadeias.
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Resinas Epóxi
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Resinas Epóxi
A reticulação ocorre pelos grupos epóxidos das extremidades,
que reagem com diversos tipos de agentes de cura, como aminas
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ou ácidos.

Uma amina muito usada é a dietilenotriamina (DETA):


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Resinas Epóxi
Esquema da reticulação com DETA:
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Resinas Epóxi
Curva TTT de reticulação (gelificação) X vitrificação
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Resinas Epóxi
Outras resinas epóxi
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Além do bisfenol A, outros compostos dihidroxilados têm sido


usados para produzir resinas epóxi ao reagirem com epicloridrina,
como o bisfenol F, que é a mistura dos seguintes isômeros:

Também são usados monômeros cicloalifáticos e poli-hidróxidos de


baixa massa molar, como o glicerol.
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Resinas Epóxi
Outras resinas epóxi
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Existem também resinas epóxi feitas pela reação de resinas fenólicas


do tipo novolac e epicloridrina:

Suas principais aplicações são em laminados estruturais de alta


resistência térmica, laminados resistentes a sistemas de soldagem
branda, tubulações quimicamente resistentes e adesivos de alta
temperatura.
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Resinas Epóxi
Principais monômeros – resinas
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Resinas Epóxi
Principais monômeros – resinas
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Resinas Epóxi
Principais monômeros – resinas
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Matrizes Termofixas
Resinas Epóxi
Principais monômeros - aminas
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Resinas Epóxi
Principais monômeros - aminas
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Resinas Éster-Vinílicas
As resinas éster-vinílicas também são poliésteres com estrutura
e química baseadas nas reações do epóxi. Um oligômero é
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obtido quando um mol de DGEBA reage com dois moles de ácido


(met)acrílico.

onde:

e:
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Resinas Éster-Vinílicas
As ligações duplas dos (met)acrilatos podem reagir com estireno
para reticulação, de maneira semelhante às resinas poliéster
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insaturadas. A principal diferença é que nas resinas éster-


vinílicas as insaturações estão presentes apenas nas
extremidades do monômero. Isso lhes garante maior resistência
à corrosão / degradação, porém são polímeros mais caros.

As resinas éster-vinílicas também apresentam maior


alongamento na ruptura (~5%), o que garante melhor resistência
à fratura.

Propriedades e custo intermediários entre epóxi e poliésteres


insaturados
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Matrizes Termofixas
Propriedades - Comparação
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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Também conhecida como resina fenólica ou PF, é considerado o
primeiro plástico totalmente sintético, desenvolvido por Leo
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Bakeland em 1906 – a baquelite.


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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Síntese
A resina fenólica é obtida pela reação de condensação de fenol
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com formaldeído. A polimerização depende do pH do sistema e


da razão fenol/formaldeído.
Para que possa ser processada, geralmente uma resina de baixa
massa molar é preparada, que depois de moldada, em condições
adequadas, forma um polímero reticulado.
As resinas obtidas inicialmente dividem-se em duas categorias:
• Novolac
• Resol
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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Novolacs
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Os novolacs são resinas preparadas em meio ácido, que


apresentam razão molar de fenol/formaldeído em torno de 1,25.
Nessas condições formam-se inicialmente orto- e para-
hidroximetilfenóis:

Eles se condensam formando bis-hidroxifenilmetanos (HPMs):


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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Novolacs
Os HPMs reagem entre si formando moléculas lineares de massa
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molar limitada pelo excesso de fenol, com 5-6 anéis aromáticos


cada (oligômeros).

Essas resinas não formam ligações cruzadas com o aquecimento,


mas sim se forem misturadas com compostos que promovam a
formação de pontes de metileno, como a hexametilenotetramina:
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Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Resóis
Os resóis são resinas formadas em meio básico com excesso de
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formaldeído, a razão fenol/formaldeído é cerca de 0,8. Nesse


caso formam-se oligômeros com grupos metilol:

O aquecimento desses produtos promove a formação de ligações


cruzadas. Os resóis são chamados de resinas fenólicas de uma
etapa, enquanto os novolacs são resinas de duas etapas.
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Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Reticulação
A reticulação ocorre por conta dos grupos fenol, que são
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trifuncionais, orto/para-dirigentes. Com o aquecimento, os


grupos metilol reagem formando pontes de éter ou metileno.
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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Reticulação
Acima de 160 °C são formadas quinonas capazes de se
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polimerizarem e formarem outros tipos de reticulações. Esses


grupos são os principais responsáveis pelas cores escuras das
resinas fenólicas.

O controle do pH também é importante


para o processo de reticulação:
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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Aspecto da resina reticulada:
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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
A resina fenólica é utilizada em aplicações que necessitam de
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resistência a altas temperaturas, e por ser menos nociva durante


a queima (baixa propagação de chama e liberação de pouca
fumaça).
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Matrizes Termofixas
Resinas Fenólicas (fenol-formaldeído)
Aplicações
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Indústria aeronáutica – interiores de aeronaves


Peças de motores automotivos
Compósitos para aplicações espaciais
Componentes elétricos
Circuitos integrados
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Matrizes Termoplásticas

Características
A maioria dos polímeros termoplásticos são utilizados
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principalmente em compósitos não estruturais, contendo cargas


inorgânicas particuladas e/ou fibras curtas.
Termoplásticos em geral têm menor resistência térmica que os
termofixos devido a suas relativamente baixas temperaturas de
transição vítrea e/ou fusão.
Existem, no entanto, termoplásticos aromáticos avançados,
usados em aplicações estruturais.
São mais tenazes de maneira geral, apresentando alongamentos
da ordem de 30 a 100%, enquanto os termofixos apresentam
geralmente valores entre 1 e 5%.
A alta viscosidade dificulta o processamento, e a adesão entre
matriz e reforço é geralmente baixa.
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Matrizes Termoplásticas

Polímeros para aplicações em médias temperaturas


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Poliamida 6 (PA6)
Tg = 60 °C, Tm = 216 °C
Polipropileno (PP)
Tg = -10 °C, Tm = 165 °C

Poli(tereftalato de
Policarbonato (PC) etileno) (PET)
Tg = 145 °C Tg = 76 °C, Tm =
250 °C
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Matrizes Termoplásticas

Polímeros para aplicações em altas temperaturas


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Polieterimida (PEI)
Poli(sulfeto de fenileno) (PPS)
Tg = 217 °C
Tg = 85-150 °C
Tm = 285-295 °C

Polietercetonacetona (PEKK) Polieteretercetona (PEEK)


Tg = 159 °C Tg = 144 °C
Tm = 310 °C Tm = 345 °C
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Matrizes Termoplásticas
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Matrizes Termoplásticas

Histórico
Anos 80 – busca por matrizes de compósitos mais tenazes que
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os termofixos de primeira geração para aplicações aeroespaciais.


Caças atingem velocidades da ordem de Mach 2 ~2,2 – Atrito
durante o voo atinge temperaturas de 130 a 170 °C.
Necessidade de matrizes que resistam a essas temperaturas
Novas técnicas de processamento foram desenvolvidas, baseadas
em prensagem / autoclave
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Matrizes Termoplásticas
Poli (sulfeto de fenileno)
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O poli(sulfeto de fenileno) (PPS) é um polímero com alta resistência


térmica. Os primeiros grades apresentavam estrutura ramificada e
alta massa molar, cuja viscosidade permitia o processamento
apenas por processos semelhantes aos do PTFE. Materiais com
massa molar inferior surgiram depois, permitindo processamento
por injeção entre 340 e 370 °C, e os moldados muitas vezes
costumam ser reticulados por envelhecimento ao ar.
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Matrizes Termoplásticas
Poli (sulfeto de fenileno)

O PPS é um material altamente cristalino, com Tm entre 285-


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295 °C e Tg entre 85 e 150 °C. O material geralmente é usado


na forma de compósito com fibra de vidro, garantindo
temperaturas de deflexão térmica da ordem de 260 °C.

O material também tem alta resistência à chama.

Comparado com outros termoplásticos contendo fibra de


vidro, o PPS apresenta boa processabilidade.

O sulfeto de fenileno pode ser copolimerizado com outros


monômeros aromáticos para formar materiais amorfos de alta
Tg (PAS, poli(sulfetos de arileno).
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Poli (sulfeto de fenileno)
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Poli (sulfeto de fenileno)
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Poliariletercetonas (PAEK)

As polariletercetonas são polímeros semelhantes às


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polissulfonas, suas unidades básicas são semelhantes:

Mas ao contrário das PSu, as PAEK apresentam alta


tendência de cristalização.

O membro mais famoso dessa família de polímeros é a


polieteretercetona (PEEK), mas diversos outros polímeros
existem.
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Poliariletercetonas (PAEK)
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Poliariletercetonas (PAEK)
Além da alta resistência térmica, baixa flamabilidade e alto
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ponto de amolecimento, as PAEK têm alta resistência ao


desgaste (maior que a dos demais plásticos avançados), alta
resistência à fadiga e baixo coeficiente de atrito, quase
próximo do PTFE.

Os diversos tipos de PAEK diferem principalmente nos


valores de Tm. Quanto maior a Tm, maior a temperatura de
deflexão térmica, porém mais difícil o processamento.
Certos grades de PEEKK contendo fibra de vidro só são
processáveis a 410 °C.
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Poliariletercetonas (PAEK)
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Poliariletercetonas (PAEK)
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Aplicações
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Aplicações
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Aplicações
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Termoplásticas
Aplicações
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas

Vantagens Desvantagens
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• Elevada temperatura de uso • Alta densidade


• Elevada rigidez e resistência • Processamento a altas
• Elevada condutividade térmica temperaturas

• Ductilidade – elevada tenacidade • Susceptíveis à corrosão,


à fratura principalmente na interface
fibra-matriz
• Elevada tolerância ao dano
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
Por que fazer compósitos de matriz metálica?

- Endurecimento por precipitação ou


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dispersão aumentam muito o limite de


escoamento e/ou a taxa de encruamento.
- Aumento de estabilidade térmica e de
resistência ao desgaste e à fluência
- Fibras de alto módulo aumentam o módulo
dos metais, e o efeito é ainda mais
pronunciado pela baixa densidade das fibras.
Em aplicações estruturais que envolvam
solicitações de flexão e/ou compressão, E/ρ²
deve ser maximizado.
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
Tipos de MMCs
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- Endurecidos por partículas (dispersão)


- Reforçados com fibras curtas ou whiskers
- Reforçados com fibras ou placas contínuas

Métodos de fabricação

Dois métodos principais:


- sólido – metalurgia do pó;
- liquido – fusão da fase matriz
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
Principais metais utilizados em compósitos:
- Alumínio e suas ligas
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- Magnésio e suas ligas


- Titânio e suas ligas
- Outros: cobre, níquel, cobalto

Principais reforços:
- Fibras de carbono, boro, SiC
- Reforços particulados: SiC, WC, Al2O3, Y2O3,
ThO2
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
Exemplos
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Fibra Matriz Teor de Densidade Módulo de Tração


Fibras (%) (g/cm3) Longitudinal (GPa)

Carbono 6061 Al 41 2,44 320

Boro 6061 Al 48 ---- 207

SiC 6061 Al 50 2,93 230

Alumina 380,0 Al 24 ---- 120

Carbono AZ31 Mg 38 1,83 300

Engineers Guide to Composite Materials, ASM International, 1987


Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
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Tubos de boro/alumínio na fuselagem dos ônubus espaciais


Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Metálicas
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Características
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- Suportam temperaturas elevadas


- Baixa densidade
- Elevada rigidez e dureza
- Processamento complexo
- Isolamento elétrico
- Comportamento frágil – baixa tenacidade
à fratura
- Baixa tolerância ao dano
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
A adição de reforços em cerâmicas é empregada
principalmente para aumentar sua tenacidade à
fratura.
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Tipos principais:

1. Vitrocerâmicas, como borossilicatos e


aluminossilicatos reforçados por precipitados
cristalinos
2. Cerâmicas convencionais, como SiC e Al2O3,
contendo partículas de reforço (ex: grafite)
3. Concreto ou cimento contendo fibras curtas
ou aço.
4. Compósitos de carbono-carbono – fibras de
carbono em matriz de grafite.
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Exemplo
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Teor de Whisker Resistência à Tenacidade à Fratura


(%vol)* Fratura (MPa) (MPa m1/2)

0 ----- 4,5

10 455 – 55 7,1

20 655 – 135 7,5 – 9,0

40 850 - 130 6,0

* SiC ou Si3N4

Engineering Materials Handbook, Vol. 1, 1987


Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas

Aplicações
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Que requerem uso contínuo sob temperaturas


elevadas e baixa massa específica

Exemplos
- Carboneto de Silício
- Óxido de Alumínio
- Nitreto de Silício
- Geralmente reforçados por fibras de cerâmica
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas

Carboneto de Silício - SiC


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Obtenção

- por prensagem e sinterização de pós de SiC

- processo de infiltração química em fase gasosa

- pirólise polimérica de organossilanos


Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas

Pirólise de Organossilanos
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas

Pirólise de Organossilanos
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Reforços
- fibras de carbono Tipo SiC TiC Al2O3
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- alumina
Fibras descontínuas
- carboneto de titânio
1 – Whiskers SiC, TiB2, Al2O3
- SiC
2 – Fibras curtas vidro, alumina, SiC
- fibras de boro
(Al2O3 + SiO2)
- nitreto de silício

Fibras contínuas
1 – Óxidos Al2O3, (Al2O3 + SiO2), ZrO2
2 – Não-óxidos B, C, SiC, Si3N4, BN
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Processos de fabricação
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Processos de fabricação
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Processos de fabricação
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Processos de fabricação
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Processos de fabricação
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Mecanismos de tenacificação
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Aplicações que requerem altas temperaturas
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(1000 – 2000 °C – sem oxigênio) e resistência


mecânica: compósitos termoestruturais
- Resistência à ablação (remoção de material
por fusão, vaporização ou outro tipo de
erosão – reentrada de veículos espaciais)
- Aplicações espaciais, freios de aeronaves e
automóveis, moldes, conectores para altas
temperaturas.
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
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Resistência x temperatura para diversos materiais de engenharia


Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Aplicações
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Bocal de motor
Sistemas de de foguete
proteção
térmica ablativos

Freios p/
F1 e aviões
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Aplicações
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Processamento
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Processos de impregnação
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Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
CVD
UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2020

Entrada do gás precursor


Câmara de infiltração
Preforma – conjunto
complexo de fibras
Dispositivo de aquecimento por indução

Os gases fluem...

… entram na preforma...

… e a densificam por deposição


química.
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Preformas – estruturas 3D
UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2020
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Carbono pirolítico ou pirocarbono
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É um tipo de carbono formado pela decomposição


de hidrocarbonetos acima de 900 °C.
É semelhante à grafite, mas tem algumas ligações
covalentes entre as camadas de grafeno causadas
por defeitos na estrutura.
Resistência mecânica e ao desgaste intermediária
entre diamante e grafite
Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Carbono pirolítico ou pirocarbono
UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2020

Bourrat et al., J. Braz. Chem. Soc. vol.17 no.6, 2006.


Materiais Compósitos – Matrizes

Matrizes Cerâmicas
Compósitos de carbono-carbono
Carbono pirolítico ou pirocarbono
UFABC – Prof. Dr. Danilo Justino Carastan - 2020

Micrografias ópticas de pirocarbono crescido em torno


de feixes de fibras de carbono.

Bourrat et al., J. Braz. Chem. Soc. vol.17 no.6, 2006.

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