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FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II

RELATÓRIO NO 02:

OPERAÇÃO DE AGITAÇÃO

Curso: Engenharia Química

Prof. Dr. Hugo Antonio Vilca Melendez

Data da experiência: 17/09/2021

Data da entrega do relatório: 02/10/2021

Turma: 8A Grupo: 11

Nome do aluno R.A. Assinatura

Giovanna Costa Kolling 038811

João Vitor Clemente 036401

Kathleen Medeiros de Oliveira 031902

Paloma Pereira 036750

Pamela Victoria 037271


2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

A agitação e a mistura de produto são operações unitárias muito utilizadas nas indústrias de
processamento químico, bioquímico e de alimentos. Apesar de aparentar serem a mesma coisa
existe diferencia delas dentro do processo. A agitação é a operação unitária que tem como objetivo
induzir o movimento do fluido em uma direção específica, por meio de impulso giratório. A mistura
por sua vez tem uma distribuição aleatória e com certo grau de homogeneidade entre as fases da
substancia. Simplificando um sólido como a água pode ser agitado, já um material em pó pode ser
misturado a água (McCABE; SMITH; HARRIOT, 2001; HIMMELSBACH et al., 2006).

A agitação de líquidos é uma operação unitária em muitos processos, como, acelerar as taxas
de transferência de calor e massa, facilitar as reações químicas, suspender partículas sólidas em
meio liquido, misturar líquidos miscíveis e entre outros. Essas agitações geralmente ocorrem em
tanques com agitadores conforme mostra a figura 1. É instalado um impulsor no eixo e acionado
por motor e regularizador de velocidade (McCABE; SMITH; HARRIOT, 2001; HIMMELSBACH
et al., 2006).

Figura 01-Tanque com agitadores

FONTE: McCabe, 2006.

Os agitadores são separado por dois grupos, o agitador para líquidos de baixa a moderada
viscosidade e agitadores para líquidos viscosos conforme mostra a Figura 02 e 03. Os impulsores
são classificados conforme o escoamento produzido, os impulsores de fluxo axial são para os que
ocorrem correntes paralelas ao seu eixo. Os impulsores de fluxo radial são para aqueles que geram
correntes em uma direção radial ou tangencial. Ou também se é gerado alto ou baixo cisalhamento,
alta ou baixa turbulência. (DEMEC)

Figura 02- Propulsores para líquidos

FONTE: McCabe, 2001

Figura 03-Propulsores para líquidos viscosos.

FONTE: Brunetti F,2008.

Os mais utilizados nas industrias para viscosidade baixa são os propulsores, pás e turbinas.
Já os de alta viscosidade é mais utilizado o de âncora (UFSC).

As chicanas (defletores) são acessórios muito utilizados na prática industrial, geralmente em


número de quatro, arranjadas radialmente e a intervalos de 90°, em volta das paredes do tanque. O
uso de chicanas tem por objetivo minimizar a criação de vórtices e melhorar a estabilidade
mecânica do sistema (BRUNETTI, F).
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS


O aparato de teste utilizado nesta experiência foi constituído por:
 Béquer
 Agitador
 Termômetro
 Água
 Sólido

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Iniciamos o experimento medindo o tanque, agitadores e defletores do sistema conforme


figura 04. O agitador 1 foi encaixado no motor para que houvesse agitação. Logo em seguida
posicionado a uma distância segura da base do tanque. Água foi inserida no tanque respeitado um
volume de até 80% do valor ideal para que não houvesse derramamentos. A temperatura da água foi
medida.

Figura 04 – Sistema de agitação

FONTE: Aula presencial FASB, Operação de agitação 2021.


Sem os defletores foi adicionado as partículas sólidas e logo em seguida agitou-se a solução
com duas frequências. 440rpm e 940rpm respectivamente.

Os defletores foram inserido no sistema e o desenho dos vórtice nas duas frequências foi
observado.

O procedimento acima foi repetido para os três tipos de impulsores.


4 DADOS

4.1 DADOS COLETADOS NO LABORATÓRIO

Tabela 01- Dados Coletados

Temperatura do líquido (ºC) 20,00


Largura da Chicana (cm) 1,60
Diâmetro do tanque (cm) 20,00
Altura do tanque (cm) 20,50
FONTE: Próprio Autor

Tabela 02- Dimensões de Impelidores


Impulsores

Pá Reta

Pás Inclinadas Hélice


Diâmetro (D) (cm) 6,0 5,5 8,2
Largura (W) (cm) 1,3 0,8 -
FONTE: Próprio Autor

4.2 DADOS COLETADOS DA LITERATURA CIENTÍFICA


Tabela 03-Dados coletados na literatura

Temperatura (°C) Densidade(g/cm³)


15 0,9991
16 0,9989
17 0,9988
18 0,9986
19 0,9984
20 *temperatura em que o teste foi realizado 0,9982
21 0,9980
22 0,9978
23 0,9975
24 0,9973
25 0,9970
26 0,9968
27 0,9965
28 0,9962
29 0,9959
30 0,9956
Obs: Valores com representação de quatro dígitos na pressão de 1 atm
FONTE: Handbook of Chemistry and Physics, CRC press, Ed 64
Gráfico 01 – Gráfico professor rushton

FONTE: Fornecido pelo professor


Tabela 04 – Table 7-5 baffled cylindrical tanks

FONTE: Fornecido pelo professor


6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NO EXPERIMENTO

Tabela 05 - Resultados obtidos

FONTE: Os próprios autores

No início do vórtice a hélice apresentou a maior potência com 38%, a maior comparada com
o impulsor de turbina inclinada com 4 pás, que apresentou a maior velocidade para início do
vórtice, os defletores causaram uma perda de potência de aproximadamente 30% na agitação
usando o impulsor do tipo hélice, já com o máximo vórtice essa perda foi maior chegando a
aproximadamente 42%.

6.2 COMPARAÇÃO DA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO INÍCIO E MÁXIMO VÓRTICE.

Gráfico 02– Velocidade de rotação início e máximo vórtice

RPM
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Hélice Turbina 4 pás inclinada Turbina pá plana

Inicio do Vórtice Máximo Vórtice

FONTE: Próprios autores

O agitador usando o impulsor hélice foi o procedimento que apresentou a maior estabilidade
para a homogeneização do fluido, onde resultou uma estabilidade do vórtice de 440 RPM até
aproximadamente 940 RPM; agitador usando o impulsor de 4 pás inclinada, resultou no
procedimento que mais resistiu a iniciação de um escoamento circular ou espiral, iniciando com 600
RPM; A turbina de pá plana resultou nas menores velocidades para início e máximo do vórtice com
300 RPM e 450 RPM consecutivamente, apresentando um RPM 50% abaixo comparado com a
hélice no máximo vórtice .

6.2 COMPARAÇÃO DO TIPO DE ESCOAMENTO DO FLUIDO COM CADA IMPULSOR


6.2.1 Hélice
Figura 05 – Movimento do fluido utilizando impulsor Hélice

FONTE: Fornecido pelo professor

Através do Reynolds calculado utilizando o impulsor hélice o regime resulta em um


escoamento turbulento, com ou sem defletores, o resultado visual mostra que para esse impulsor o
movimento do fluido é padrão axial de dentro para fora devido sua geometria onde seu diâmetro
influencia na agitação.

6.2.1 Turbinas 4 pás inclinada

Figura 06 – Movimento do fluido utilizando impulsor de turbina 4 pás inclinadas

FONTE: Fornecido pelo professor


Esse impulsor também resultou, em um regime turbulento com ou sem defletores, o fluido
resultou em um escoamento axial, porem nesse processo o movimento axial foi de dentro para fora,
devido a inclinação no impulsor, resultando o movimento ao contrario comparado com o da hélice.

6.2.1 Turbinas 4 pás planas

Figura 07 – Movimento do fluido utilizando impulsor de turbina pás planas

FONTE: Fornecido pelo professor

Essa agitação como os outros impulsores também resultou em um escoamento turbulento


devido o número de Reynolds calculado, a área de agitação desse impulsor por ser uma geometria
simples comparado com os outros impulsores apresentou um movimento radial de fora para dentro.
7 CONCLUSÕES

Com base nas informações obtidas durante o experimento, foi verificado que existem
diversos tipos de impelidores e que a escolha vai depender das características do fluido. Ao
comparar os 3 impulsores, chegamos à conclusão que o impulsor hélice foi o que obteve melhor
desempenho, pois apresentou maior estabilidade para homogeneização do fluido, onde resultou uma
estabilidade de 440 RPM até 940 RPM, o que justifica sua maior potência. Quando utilizamos a 4
pás inclinada, o procedimento resistiu a iniciação de um escoamento circular, iniciando com 600
RPM. A pá plana teve como resultado, as menores velocidades entre as três, com 300 RPM e 450
RPM.
REFERÊNCIAS

BRUNETTI, F. “Mecânica dos fluidos”. 2º Ed. Editora Pearson Education 2008. Agitação e
mistura- Aula –UNICAMP. Disponível: <http://www.unicamp.br/fea/ortega/aulas14agitação.pdf>
Acesso em: 01/10/2021

DEMEC. Máquinas de fluxo. Disponível em: :<http://www.ftp.demec.ufpr.br/disciplinas>. Acesso


em: 01/10/2021.

HANDBOOK OF CHEMISTRY AND PLYSIC. CRC press, Ed. 64. Disponível em:
<https://fap.if.usp.br/~jhsevero/Fisica_Experimental_C_Semestral_2020/crc.pdf> Acesso em:
01/10/2021

MCCABE, W. L; SMITH, J.C; HARRIOT, P. Unit operations of Chemical engineering. 7ed.


Boston: McGraw-Hill, 1140 p.2005.

UFSC. Agitação mistura. Disponível em: <http://www.moodle.ufsc.br >. Acesso em: 30/10/2021

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