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COLÉGIO ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE PAULA

3001CN

LARISSA REGINA DE SOUZA NOGUEIRA

TEMA:
“As contribuições do uso de recursos mediáticos para a produção de conhecimentos sobre
leitura, escrita, numeralização e tecnologias.”

PROFESSORA:
ADRIANA ERTHAL

SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA


As contribuições do uso de recursos mediáticos para a produção de conhecimentos
sobre leitura, escrita, numeralização e tecnologias.

Com um aumento considerável no uso da tecnologia em diversas idades, o que torna o acesso a
informações muito fácil, surgem novas maneiras de agir e pensar. Santos, Neto, Junior e Bittencourt
(2015) comprovam que um profissional capaz de se reestruturar de acordo com as necessidades do
momento, se tornou um profissional mais desejado do que um que sempre se comporta da mesma
forma, e que nunca busca mudanças ou aprimoramentos. Assim sendo, ao decorrer do processo de
ensino e aprendizagem, os educadores sentem à indispensabilidade de ir em busca aporte das
tecnologias da informação como estratégias metodológicas de ensino (STOCHERO, KOPPLIN,
FORRATI, PEREIRA, STAMBERG, 2017).
Foi realizada uma revisão elaborada por Keen, Webster e Ridley (2015), sobre os bons resultados
acadêmicos de alunos com TEA, logo concluindo que os programas de aprendizagem devem ser
examinados e ponderados para diversas formas de aprendizagem, com a análise individual e
planejamento. Se tem uma necessidade da comoção de educadores em relação a mutabilidade
individual durante o desempenho escolar, e se tem mais de um perfil acadêmico que representam
alunos com TEA. A análise particularizada testemunhada pelos professores é um método único, que
igualam todos os alunos, não levando em consideração, suas particularidades individuais (SILVA,
2018).
Segundo Henrich (2012), em sua pesquisa o mesmo ressalta a importância dos materiais oferecidos
pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), entre os anos de 2005 a 2009, como pode-se
comprovar seguir:

Do ano de 2005 até 2009, a Secretaria de Educação Especial fez o envio de 15.551 salas equipadas para todos
os estados, incluindo o Distrito Federal. Quanto ao número de municípios contemplados, foram 4.564, o que
corresponde a um total de 82% da demanda brasileira. O Atendimento Educacional Especializado (AEE), ao
contar com a diversidade de materiais oferecidos a estes municípios, contribui com a qualidade da educação
ofertada nas escolas, pois cria um espaço destinado a desenvolver as potencialidades dos alunos que, muitas
vezes, não conseguem atingir resultados satisfatórios em sala de aula (HENRICH, 2012; p. 36)

A inclusão de todos nas salas regulares, é a principal função da educação inclusiva, porém para que
haja essa inclusão e indispensável um trabalho especifico administrado conforme as necessidades de
cada um. Assim sendo, as salas de recursos multifuncionais de Atendimento Educacional Especializado
(AEE) pode colaborar de maneira considerável. Porem esse atendimento acontece em um contra turno
as aulas nas salas regulares.

Desta forma, Galvão (2009, p 237) evidencia que uma sala de recurso multifuncional é:

[…] certamente é pensada como um importante apoio para o projeto de inclusão de uma escola. Porém, deve
haver o cuidado para que esse apoio não se torne, inadvertidamente, um fator de reforço das sequelas do modelo
médico, baseado no conhecimento dos especialistas, que desresponsabiliza, que destitui o restante da
comunidade escolar do seu papel de corresponsável por todo o processo, podendo tornar-se, portanto, um fator
de exclusão e de alheamento de toda a comunidade escolar da participação nesse processo de inclusão
(GALVÃO, 2009; p. 237)

Os recursos ofertados nas salas de recursos multifuncionais necessitam abranger funções distintas
para cada um (aluno), mas essencialmente gerar resultados para uma maior liberdade das pessoas
com necessidade educacionais especiais. E mesmo com suas deficiências e que muitos acreditam que
são inábeis, podem aprender e superar seus próprios desafios. (OLIVEIRA e CARVALHO, 2014).
Os exercícios realizados no ambiente de Atendimento Especializado são muito importantes na
promoção de progressos consideráveis no processo de aprendizagem desses alunos, uma vez que
consideram o ritmo de cada um deles investem em suas necessidades de fato. O AEE deve ser
implementado em todas as escolas em que estejam matriculados alunos com deficiências ou
transtornos no desenvolvimento que sejam capazes de ter influência em seu ritmo de aprendizagem.
Pois a principal ideia é dar assistência às escolas regulares, colaborando para que um número maior de
alunos seja inclusos nesse sistema de ensino, acompanhando o que está nos textos das Políticas de
Educação Inclusiva do Ministério da Educação (HENRICH, 2012).
Conforme o Art. 13 da Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que institui as diretrizes operacionais para o
AEE, na educação básica, modalidade Educação Especial, são deveres do professor especializado que
atua neste serviço:

I – Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade


estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial;
II – Elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e
a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; IV –
acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala
de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;
V – Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na
disponibilização de recursos de acessibilidade;
VI – Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo
aluno;
VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva deforma a ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo autonomia e participação; […]. (BRASIL, 2009).
Sobre o uso de recursos tecnológicos, muitas pesquisas têm mostrado a eficiência de técnicas
metodológicas usando equipamentos de informática como, tablets, notebooks, smartphones e
computadores, em busca de melhorar a aprendizagem e interação dos alunos com TEA (LIMBERGER
e PELLANDA, 2014; SANTAROSA e CONFORTO, 2015; BONOTTO, 2016; SILVA, 2018).
A utilização das Tecnologias de Informação e comunicação – TIC, é um dos destaques das
importantes mudanças que a escola e o professor necessitam incorporar, essas que fazem parte de um
variado conjunto de recursos tecnológicos, por exemplo: Computadores, internet e ferramentas que
constituem o ambiente virtual, como chats e correio eletrônico, fotografia e vídeo digital, TV, rádio
digital, telefonia móvel, wi-fi, websites, ambientes virtuais de aprendizagem para o ensino a distância
(EAD), entre outros (TEIXEIRA, 2010; GIROTO, POKER e OMOTE, 2012).
Em estudo, Stochero, Kopplin, Forrati, Pereira, Stamberg, (2017) ressaltam que de acordo com a
pesquisa nota-se que a inclusão é indispensável e faz menção a uma educação onde há oferta a todos,
possibilidades mais justas perante a sociedade. Sendo assim, partindo dessa ideia o uso de jogos
como recursos didáticos, podem auxiliar facilitando o aprendizado das demais disciplinas em
especificidade a matemática parra os alunos com TEA, contato que esse recurso seja escolhido com a
finalidade de aprimoramento de um ou mis conteúdos ministrados pelos professores, tornando viável a
compreensão conceitual partindo da compreensão conceitual a partir do entendimento concreto
(STOCHERO, KOPPLIN, FORRATI, PEREIRA, STAMBERG, 2017).
Levando em consideração a necessidade de chegar a um leque de possibilidades e ações que
possam ir de encontro a melhora na competência de interagir socialmente da criança com autismo,
surge como sugestão o computador como ponte de comunicação e aprendizagem neste processo.
O computador dentro do grupo das tecnologias assistivas, transforma-se em uma importante peça de
inclusão área de conhecimento de característica multidisciplinar. Compreende produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que visam proporcionar a funcionalidade da ação e da
cooperação e atividade de pessoas com deficiência, ditas inaptos ou de mobilidade limitada, tendo
como objetivo sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (ATA VII – Comitê de
Ajudas Técnicas – CAT)
Entretanto, não se deve considerar o uso dos ambientes virtuais de aprendizagem exclusivamente
como locais tecnológicos, mas favorecidos coletivamente de aspectos humanos e metodológicos, da
mesma forma inseridos num contexto sócio histórico, para não fugirmos o erro de uma simples
transferência do ambiente digital para o real. (PASSERINO, 2005; BARROSO e SOUZA, 2018).
Essa precaução metodológica, humana e tecnológica se faz necessária para que não se entenda o
computador e a internet como uma solução imediata para os problemas sociais e cognitivos que são
encarados pelos indivíduos com autismo. Caso contrário, a utilização das tecnologias digitais consistirá
como um fim em si mesmo, não possibilitando um avanço de fato, no tratamento e ensino de pessoas
no espectro. Torna-se viável, considerar que o ensino associado a tecnologia é um dos meios de
construção de relações e de desenvolvimento de processos cognitivos (BARROSO e SOUZA, 2018).
Assim sendo, a aprendizagem de competências sociais, emocionais e cognitivas de pessoas com
autismo por intermédio de tecnologias digitais, deve abranger além de computador e internet, precisam
valer-se de técnicas que exteriorizem intencionalidade, personalização e humanização.
Em estudo Barroso e Souza (2018) comprovaram que pesquisas atuais sobre a inserção das
tecnologias digitais na transmissão de conhecimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista –
TEA tem comprovado resultados firmes e assíduos no sentido de corroborar as vantagens das
tecnologias digitais para o progresso de competências comunicativas, cognitivas, sociais e emocionais.
Ainda sobre o estudo realizado por Barroso e Souza (2018), sobre os avanços científicos do tema as
ferramentas que possuem “touch”, são totalmente relevantes de forma positiva a ajudar no uso e ainda
ajudando com a coordenação motora, como é evidenciado a seguir.
Dentre os benefícios constatamos em geral a pertinência das ferramentas digitais para a promoção
de maior autonomia, atenção, auto regulação e coordenação viso-motora, reduzindo assim
comportamentos de agitação e movimentos disruptivos. Sobre o desenvolvimento da coordenação viso-
motora, algumas pesquisas têm demonstrado que as ferramentas imbuídas de tecnologias do tipo
“touch” são relevantes por acionarem o sistema háptico e mecanismos neurofisiológicos, bem como
permitem maior acessibilidades de pessoas com TEA no manuseio do produto (BARROSO e SOUZA,
2018; p. 8).
Dias, Maciel e Rodrigues (2019) apresentam alguns recursos tecnológicos que colaboram para o
desenvolvimento da criança com TEA, ressaltando que a tecnologia que é entretenimento aos adultos
concebe também encanto nas crianças, que por vezes apresentam habilidades fantásticas com esses
dispositivos. Com portadores do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) esse encantamento e
fascínio não é diferente e o contentamento, em alguns casos, pode ser ainda maior. O que se
diferencia nessas crianças é o progresso e o aprendizado que cada um dos recursos pode
proporcionar. Então, no artigo dos autores já citados neste parágrafo eles apresentaram algumas
ferramentas que podem contribuir no estimulo e facilitação das habilidades desde a comunicação e
aprendizado, sendo de grande ajuda com a evolução de aprendizagem, já que há uma deficiência por
vezes a se fazer entender, assim, resumindo eminentes situações de stress geradas por modificações
na rotina.
Sendo assim os autores citam alguns aplicativos que podem ser utilizados para auxilio no processo
de alfabetização dos alunos com TEA:
Atualmente, o Google Play apresenta 138 aplicativos, que podem ser baixados gratuitamente, dentre os quais:
“ABC do Autismo”, que possui brincadeiras interativas, auxiliando no processo de alfabetização; “OTO- Olhar
Tocar Ouvir”, que ajuda os autistas em diferentes níveis do espectro a aprender o alfabeto com imagens e sons.
Existem ainda programas como “Bebelê” e “Alfa-Fon” que podem ser utilizados no processo de alfabetização de
crianças com TEA. (DIAS, MACIEL e RODRIGUES, 2019; p. 2)
Dessa forma se torna possível um contato mais eficaz no ensino aprendizagem, uma vez que o
aluno será estimulado com efeitos visuais e auditivos, dentre esses alguns já são utilizados
apresentando um resultado positivo acerca de seu uso, o que também pode implicar nessa relação de
ensino aprendizagem, é o comprometimento dos pais para com a alfabetização dos filhos, pois da
mesma forma que crianças do ensino regular não portadoras de TEA levam pra casa tarefas escolares
para serem respondidas com os pais, os alunos com Espectro Autista também podem se fazer valer
deste método, como apontado os aplicativos de fácil acesso pela Google play, que de forma acessível
se faz presente em todos os smartphones e tablets, os pais podem ajudar a criança também em suas
casas, fazendo o download dos aplicativos e deixando a criança um pouco mais familiarizada, o que
funcionaria como um dever de casa, além do proposto pela escola.
Dentre as possibilidades de criações de mais métodos e de estratégias de aprendizagem para os
alunos portadores do Espectro Autista, se tem como maior impedimento da aplicação de algumas
técnicas a socialização, e confiança. Uma vez que a socialização e interação social solicita uma brusca
integração da linguagem verbal e não verbal, assim como dos componentes cognitivos e emocionais
(SANTAROSA e CONFORTO, 2015).
Sobre uma das disciplinas escolares mais vistas como a vila, a matemática para alunos com TEA,
pode ser um fator de dificuldade mais ainda, tendo em vista que não se trata de uma matéria de fácil
compreensão a alguns indivíduos de modo geral, e a respeito disso, Gomes (2007) desenvolveu um
programa para o ensino primário da matemática que envolvem questões de adição e subtração. Os
autores Nascimento, Cruz e Braun (2016) articularam sobre o programa desenvolvido por Gomes,
dando ênfase ao seguinte:
A autora considerou, na elaboração das atividades adaptadas, as características do transtorno,
adotando no estudo os princípios de aprendizagem da análise experimental do comportamento, além
de técnicas de ensino e observação direta do repertório da participante. Os resultados da pesquisa
demonstraram que a participante desenvolveu gradativamente as habilidades ensinadas ao longo do
processo de intervenção. Assim, o artigo ressalta a importância do desenvolvimento de técnicas, para o
ensino de habilidades escolares (NASCIMENTO, CRUZ e BRAUN, 2016; p. 16).
Sendo assim, os programas, utilizados em computadores, tablets ou smartphones se bem usados
podem de forma efetiva auxiliar na compreensão e no processo de ensino e aprendizagem do aluno
portador de TEA, como já ressaltado na citação acima, a importância do desenvolvimento de técnicas
que possam colaborar para o ensino de alunos com autismo se faz necessário, visto que alguns
professores não conseguem trabalhar ainda com meios tão modernos, a busca por uma integração
escolar e social partirá desta busca em aprendizagem também do docente em se aprimorar para
auxiliar seus alunos.

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