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(Nelson Mandela)
Outubro/2020
PROPOSTA DE UM PROJETO EM TS
1) Levantamento do problema.
1.1) Levantamento de dados e informações preliminares (contexto do problema –
carências/demandas, indivíduos, território, organizações).
A comunidade de Jardim Gramacho, onde esteve até oito anos atrás o maior
lixão da América Latina, que recebia lixo de municípios metropolitanos como Rio de
Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis, Teresópolis, São João de
Meriti, Nilópolis, Queimados e Mesquita, é um bolsão de pobreza extrema. O local, que
fica em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro, foi completamente
abandonado pelo poder público e lixões clandestinos comandados por traficantes foram
instalados no local. Segundo avaliação da ONG Teto, a comunidade foi abandonada
pelo poder público, não por falta de dinheiro, mas em decorrência de decisões políticas,
uma vez que Duque de Caxias é o terceiro maior PIB do Estado e o 21° do Brasil,
segundo IBGE.
A renda per capita dos moradores do bairro é de R$ 331,96, 11 reais por dia, de
acordo com levantamento da ONG Teto. Segundo Banco Mundial, são consideradas em
“pobreza extrema” as pessoas que vivem com 1,90 dólares por dia, ou seja, pouco
menos que R$ 11,58, considerando a cotação do dólar atualmente a R$ 5,79. De tão
precárias que são as condições do bairro, os moradores não usufruem de água encanada
e, muitas vezes, dependem de ligações clandestinas para terem acesso à eletricidade.
Sequer rede de esgoto foi instalada na região. Sem a presença do poder público, muitos
moradores acabam dependendo da ação de igrejas e ONGs que se dedicam a projetos
sociais no Gramacho.
Hoje em dia, 18 cooperativas de reciclagem de lixo estão funcionando próximas
ao local com aproximadamente 300 catadores cadastrados. Não há muito lixo para
reciclar após o fechamento do aterro. Há quatro mil catadores desempregados, vivendo
na pobreza. Muitos catadores não possuem o documento de identidade e não receberam
a indenização paga pela Prefeitura do Rio em 2012.