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Geometria Analítica
AP3 – Curvas Cônicas e Superfícies Quádricas
Rio de Janeiro / RJ
2021/1
Resumo
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1. Introdução...................................................................................................................4
2. Desenvolvimento.........................................................................................................6
2.1.1. Parábola...............................................................................................................6
2.1.2. Elipse....................................................................................................................7
2.1.3. Hipérbole..............................................................................................................8
2.2.1. Paraboloide..........................................................................................................9
2.2.2. Elipsoide.............................................................................................................11
2.2.3. Hiperboloide.......................................................................................................11
3. Conclusão.................................................................................................................13
4. Referências...............................................................................................................14
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1. Introdução
Neste trabalho, abordaremos as curvas cônicas e superfícies quádricas, assim
como, as suas aplicações práticas. Por serem formas encontradas na natureza, as
curvas cônicas têm sido objetos de estudo por diversos estudiosos desde a descoberta
do matemático Menaecmus (380 – 320 a.C. aproximadamente), discípulo de Eudóxio
na Academia de Platão, que foi o primeiro a mostrar que as elipses, as hipérboles e as
parábolas são obtidas como seções de um cone quando cortado por planos não
paralelos à sua base. (PERES, 2014).
As curvas cônicas planas não degeneradas são as circunferências, parábolas,
elipses e hipérboles. As circunferências podem ser facilmente encontradas na natureza
ao se observar as ondas produzidas por uma pedra na superfície de um lago. Já as
elipses representam as órbitas de alguns planetas do Sistema Solar enquanto as
hipérboles correspondem às trajetórias de cometas e outros corpos celestes. Enquanto
a parábola é a representação da trajetória do lançamento de um projétil.
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As seções cônicas são representações de equações de segundo grau nas duas
variáveis x e y, cuja equação geral é:
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2. Desenvolvimento
2.1.1.Parábola
Representa o conjunto de pontos em um plano cujas distâncias a um ponto fixo
(foco F(0,p)) e a uma reta fixa, diretriz (y= - p), são iguais. O ponto localizado na
metade do caminho entre o foco e a diretriz é chamado de vértice (Figura 2).
√ x 2+( y− p)2= y + p
x 2+ y 2−2 py + p2= y 2 +2 py+ p 2
x 2=4 py , (3)
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- p. E a fórmula seguirá o mesmo raciocínio utilizado para obter a equação da parábola
no eixo y.
y 2=4 px , (4)
2.1.2.Elipse
Representa o conjunto de pontos em um plano cujo somatório das distâncias a dois
pontos fixos (focos) F1(c,0) e F2(-c,0) é constante (Figura 3).
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Ao isolar novamente o radical e elevar os dois lados ao quadrado, obtemos:
c 2 2
2 2 2
x + y =a −c +
a
2
x ()
Observando o triângulo da elipse (Figura 3) e substituindo o Teorema de Pitágoras
(a2 + b2 = c2) e dividindo a equação encontrada por b 2, obtemos a equação da elipse:
x2 y 2
+ =1 (5)
a2 b 2
Uma das ocorrências naturais da elipse é o Sistema Solar, uma vez que as órbitas
dos planetas ao redor do Sol formam variadas elipses. A órbita da Terra, por exemplo,
é quase circular, enquanto a de Netuno é mais “achatada”.
Uma aplicação prática das elipses pode ser encontrada em dispositivos de
iluminação de dentistas, uma vez que elipses possuem propriedades ópticas. Que
consiste num espelho com formato de arco de elipse e numa lâmpada que ajustada ao
foco mais próximo. O espelho concentra a luz da lâmpada no outro foco da elipse, que
é ajustado pelo dentista para iluminar determinado ponto da boca de seu paciente. É
encontrado também em arcos de construções de pontes de concreto e pedras e no
Coliseu.
2.1.3.Hipérbole
Representa o conjunto de todos os pontos em um plano cujo módulo da diferença
entre dois pontos fixos (focos) F1(-c,0) e F2(c,0) é constante (Figura 4).
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Figura 4: Hipérbole com focos F1 e F2 (SOMMERFELD, 2013)
A equação da hipérbole é:
2.2.1.Paraboloide
No paraboloide, a interseção com planos paralelos aos planos coordenados gera,
em sua grande maioria, parábolas. Um paraboloide é chamado de elíptico quando suas
interseções geram, além de parábolas, elipses e é chamado de hiperbólico quando
suas interseções geram parábolas e hipérboles.
O paraboloide elíptico pode ser gerado ao rotacionar uma parábola ao redor de seu
eixo, uma superfície de revolução, e pode possuir um ponto de mínimo ou máximo
(Figura 5).
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Figura 5: Paraboloide elíptico S e seu eixo OZ (SOMMERFELD, 2013).
Paraboloide hiperbólico:
x 2 y 2
()()
a
+
b
=z (8)
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similares. Já o paraboloide hiperbólico é facilmente identificado no formato das batatas
Pringles®.
2.2.2.Elipsoide
A origem do nome elipsoide vem de que todas as suas interseções com planos
paralelos aos planos coordenados são, exclusivamente, elipses (Figura 7).
onde a, b, c > 0.
Os elipsoides possuem propriedades refletoras, comumente utilizadas para criar
condições acústicas especiais em auditórios, anfiteatros e igrejas. Oura aplicação pode
ser encontrada na medicina para tratamentos radioterápicos ou ainda em luminárias
médicas que se utilizam da reflexão da elipse que focaliza a luz, muito utilizadas em
centros cirúrgicos ou em consultórios odontológicos.
Outra aplicação para os elipsoides é na ciência cartográfica, como representação
de corpos planetários. Por exemplo, por ter os polos achatados a Terra não é redonda,
seu formato se aproxima mais de um elipsoide.
2.2.3.Hiperboloide
As interseções dos hiperboloides com planos paralelos aos planos coordenados
geram hipérboles e elipses, no caso do hiperboloide de uma folha (Figura8), e
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hipérboles e circunferências, no caso do hiperboloide de duas folhas (Figura 9), que
são hiperboloides de revolução.
Figura 8: Hiperboloide de uma folha com eixo de simetria sobre o eixo z (SOMMERFELD, 2013).
Figura 9: Hiperboloide de duas folhas com eixo de simetria sobre o eixo y (SOMMERFELD, 2013).
onde a, b, c > 0.
Os hiperboloides são muito utilizados na engenharia, em chaminés de usinas
nucleares, e na arquitetura, como na construção da Catedral de Brasília e o planetário
de St. Louis.
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3. Conclusão
O objetivo deste trabalho era aprofundar os estudos sobre as curvas cônicas e
superfícies quádricas, com suas aplicações práticas, ou seja, entender um pouco mais
sobre esses elementos matemáticos e observar de quais formas eles aparecem na
natureza e em nossa vida cotidiana.
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4. Referências
PERES, E. S., Classificação de Cônicas e Quádricas em Função da Equação
Algébrica. Dissertação de mestrado. UNIRIO, 2014.
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