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A Ethernet

É constante a preocupação com novas tecnologias sem fio e prover mobilidade


e um bom sinal em qualquer parte do mundo tem desafiado a engenharia nas
telecomunicações. As redes de computadores começaram a ser construídas
sobre uma tecnologia conhecida como ethernet: que hoje é muito associada ao
uso de cabos.

Na verdade ethernet é um conjunto de tecnologias, que independente de meios


físicos. Preocupa-se mais com questões básicas de redes de computadores,
tais como: formato de quadros, esquema de endereçamento e outras políticas
de protocolos.

Em 1985, o comitê de padronização de Redes Locais e Metropolitanas do


Instituteof Electricaland Electronics Engineers (IEEE) publicou padrões para
redes locais. Esses padrões começam com o número 802. O padrão para
Ethernet é 802.3. O IEEE procurou assegurar que os padrões fossem
compatíveis com o modelo da International Standards Organization (ISO)/OSI.

Para fazer isso, o padrão IEEE 802.3 teria que satisfazer às necessidades da
camada 1 e da parte inferior da camada 2 do modelo OSI. Como resultado, no
802.3, foram feitas algumas pequenas modificações em relação ao padrão
Ethernet original.

As diferenças entre os dois padrões eram tão insignificantes que qualquer


placa de rede Ethernet (NIC) poderia transmitir e receber quadros tanto
Ethernet como 802.3. Essencialmente, Ethernet e IEEE 802.3 são padrões
idênticos.

Todos esses padrões são essencialmente compatíveis com o padrão Ethernet


original. Um quadro Ethernet podia sair de uma placa de rede Ethernet de cabo
coaxial mais antiga de 10 Mbps instalada em um PC, ser colocado em um link
de fibra Ethernet de 10 Gbps e ter seu destino em uma placa de rede de 100
Mbps. Contanto que o pacote permaneça em redes Ethernet, não será
modificado. Por essa razão, a Ethernet é considera bem escalável. A largura de
banda da rede poderia ser aumentada muitas vezes sem modificar a tecnologia
Ethernet subjacente.
O padrão Ethernet original tem sido atualizado várias vezes com a finalidade de
acomodar novos meios físicos e taxas mais altas de transmissão. Essas
atualizações proporcionam padrões para as tecnologias emergentes e mantêm
compatibilidade entre as variações da Ethernet. Além disso ela é barata e de
fácil implementação.

A Ethernet opera em duas áreas do modelo OSI, a metade inferior da camada


de enlace de dados, conhecida como subcamada MAC, e a camada física.

O protocolo ethernet utiliza subprotocolos para prover comunicação entre


diversos tipos de topologia, grosseiramente cada topologia teria que
implementar um método de acesso.

Olhando a imagem do projeto original da ethernet, é perceptível que grandes


alterações ocorreram, seja pela adoção de novas tecnologias, ajustes a
padrões internacionais ou introdução de novos conceitos. A ethernet comutada
inaugurou grande parte dessas mudanças.

Ethernet Comutada significa que cada nó terá seu próprio protocolo, e todas
ligam-se à um nó centralizador. Isso acaba com a maioria dos problemas de
colisões que existiam na topologia de barramento que predominou até o final
da década de 90.
PADRÃO E UTILIZAÇÃO

Na camada de enlace de dados, cabeçalhos e trailers MAC são adicionados


aos dados da camada superior. O cabeçalho e o trailer contêm informações de
controle destinadas à camada de enlace de dados no sistema de destino. Os
dados das camadas superiores são encapsulados dentro do quadro da camada
de enlace de dados, entre o cabeçalho e o trailer, que é então transmitido na
rede.

As placas de rede usam o endereço MAC para avaliar se a mensagem deve


ser passada para as camadas superiores do modelo OSI. A placa de rede faz
essa avaliação sem usar o tempo de processamento da CPU, proporcionando
melhores tempos de comunicações na rede Ethernet.

Topologia Barramento

Em uma rede Ethernet, quando um dispositivo quer enviar dados, ele pode
abrir um caminho de comunicação com o outro dispositivo, usando o endereço
MAC de destino. O dispositivo de origem insere um cabeçalho com o endereço
MAC do destino pretendido e envia os dados para a rede. Como esses dados
trafegam pelos meios físicos da rede, a placa de rede em cada dispositivo na
rede verifica se o seu endereço MAC corresponde ao endereço de destino
físico carregado pelo quadro de dados. Se não houver correspondência, a
placa de rede descartará o quadro de dados. Quando os dados chegam ao seu
nó de destino, a placa de rede faz uma cópia e passa o quadro adiante pelas
camadas OSI. Em uma rede Ethernet, todos os nós precisam examinar o
cabeçalho MAC, mesmo que os nós de comunicação estejam lado a lado.

Topologias de Ethernet Comutada

A topologia física continua a ser uma estrela, organizada em redor de um


comutador (switch). O comutador utiliza um mecanismo de filtragem e de
comutação muito similar ao utilizado pelas pontes estreitas (gateways) onde
estas técnicas são utilizadas há muito tempo.
Inspecciona os endereços de fonte e de destino das mensagens, elabora uma
tabela que lhe permite então saber qual máquina que está conetada em qual
porta do switch (em geral este processo faz-se por autoaprendizagem, ou seja
automaticamente, mas o gestor do switch pode proceder a ajustamentos
complementares).

Conhecendo a porta do destinatário, o comutador transmitirá a mensagem


apenas na porta adequada, os outras portas restantes ficam portanto livres
para outras transmissões que podem produzir-se simultaneamente.
Resulta assim que cada troca se pode efectuar a débito nominal, sem colisões,
com a consequência de um aumento muito sensível da banda concorrida da
rede (a velocidade nominal igual).

Quanto a saber se todas as portas de um comutador podem dialogar ao


mesmo tempo sem perda de mensagens, tal depende da qualidade deste
último (non blocking switch).

Dado que a comutação permite evitar as colisões e que as técnicas


10/100/1000 baseie T (X) disponham de circuitos separados para a
transmissão e a recepção (um par entrançado por sentido de transmissão), a
maior parte dos comutadores modernos permite desativar a deteção de colisão
e passar em modo full-duplex sobre os portos. Da espécie, as máquinas podem
emitir e receber ao mesmo tempo (que contribui de novo para o desempenho
da rede). O modo full-duplex é particularmente interessante para os servidores
que devem servir vários clientes.

Os comutadores Ethernet modernos detectam igualmente a velocidade de


transmissão utilizada por cada máquina (autosensing) e se esta última suportar
várias velocidades (10 ou 100 ou 1000 megabits/seca) inicia com ela uma
negociação para escolher uma velocidade bem como o modo semi-duplex ou
full-duplex da transmissão. Isto permite ter um parque de máquinas que têm
desempenhos diferentes (por exemplo, um parque de computadores com
diversas configurações materiais).

Como o tráfego emitido e recebido já não é transmitido para todas as portas, é


muito mais difícil espiar (sniffer) o que se passa.
Quadros do protocolo Ethernet

Como já foi mencionado o processo de empacotamento tem a finalizade de


reduzir as perdas e sincronizar a comunicação entre dois computadores. No
protocolo ethernet a estrutura do quadro é praticamente a mesma para todas
as velocidades e padrões

O campo Tipo da Ethernet II está incorporado na definição de um quadro no


padrão 802.3 atual. O nó receptor precisa determinar qual é o protocolo de
camada superior que está presente em um quadro de entrada, examinando o
campo Comprimento/Tipo. Se o valor dos dois octetos é igual ou maior que
0x0600 (hexadecimal), 1536 em decimal, então o conteúdo do campo de dados
(data field) do quadro é decodificado de acordo com o protocolo indicado.

Alguns dos campos permitidos ou exigidos em um Quadro Ethernet 802.3 são:

• Preâmbulo

O Preâmbulo é um padrão de uns e zeros alternantes usado para a


sincronização da temporização em Ethernet assíncrona de 10 Mbps e em
implementações mais lentas. As versões mais rápidas da Ethernet são
síncronas, e essa informação de temporização é redundante mas mantida para
fins de compatibilidade.
• Endereço de Destino

O campo Endereço de Destino contém um endereço de destino MAC. O


endereço de destino pode ser unicast, multicast ou broadcast.

• Endereço de Origem

O campo Endereço de Origem contém um endereço de origem MAC. O


endereço de origem é geralmente o endereço unicast do nó Ethernet que está
transmitindo. Existe, contudo, um crescente número de protocolos virtuais em
uso que utiliza, e às vezes, compartilha um endereço MAC de origem
específico para identificar a entidade virtual.

• Comprimento/Tipo

O campo Comprimento/Tipo suporta dois usos diferentes. Se o valor for inferior


a 1536 decimal, 0x600 (hexadecimal), então o valor indica o comprimento. A
interpretação do comprimento é usada onde a Camada LLC proporciona a
identificação do protocolo. O valor do tipo especifica o protocolo da camada
superior que recebe os dados depois que o processamento da Ethernet estiver
concluído. O tamanho indica o número de bytes de dados que vêm depois
desse campo.

• Dados e Enchimento

O campo Dados ou enchimento (padding), se necessário, pode ser de qualquer


tamanho que não faça com que o quadro exceda o tamanho máximo permitido
para o quadro A MTU (Unidade de Transmissão Máxima) para Ethernet é de
1500 octetos. Portanto, os dados não devem exceder esse tamanho. O
conteúdo desse campo não é especificado. Um enchimento não especificado
será inserido imediatamente após os dados do usuário quando não houver
dados de usuário suficientes para que o quadro satisfaça o comprimento
mínimo para o quadro. A Ethernet exige que o quadro tenha entre 64 e 1518
octetos.

• FCS

Uma FCS contém um valor CRC de 4 bytes que é criado pelo dispositivo
emissor e recalculado pelo dispositivo receptor para verificar se há quadros
danificados. Já que a corrupção de um único bit em qualquer lugar desde o
início do Endereço de Destino até o final do campo FCS fará com que o
checksum seja diferente, o cálculo do FCS inclui o próprio campo FCS. Não é
possível distinguir entre a corrupção do próprio FCS e a corrupção de qualquer
outro campo usado no cálculo

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