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ITEL AR

CCNA Exploration
Protocolos e Conceitos de Roteamento

Capítulo 7: RIPv2

Sebastião L. Q. António
CCNA Instrutor
Sebastiaokinanga@hotmail.com
Cenario “Topologia”

Nós podemos acrescentar informações


da rota estática nas actualizações de
protocolo de roteamento. Isto é
chamado de Redistribuição e também
será discutido posteriormente nesta
secção.
Endereços

Quando o tráfego IP é roteado através dos links de WAN por um ISP, ou quando usuários internos precisam acessar sites externos, um
endereço IP público deve ser utilizado.

Exemplos de endereços IP da Cisco

Conforme visto na topologia anterior, os links WAN entre R1, R2 e R3 estão utilizando endereços IP públicos. Portanto, a Cisco
adquiriu alguns espaços de endereço público para serem utilizados como exemplos.

Os endereços mostrados na figura são todos os endereços IP públicos válidos que podem ser roteados na Internet. A Cisco reservou
estes endereços para propósitos educacionais.
Interfaces Loopback

Uma interface de loopback é uma interface somente de software que é utilizada para emular uma interface física. Como
outras interfaces, pode-se atribuir a ela um endereço IP. As interfaces de loopback também são utilizadas por outros
protocolos de roteamento, tais como OSPF, para propósitos diferentes. Estes usos serão discutidos no Capítulo 11 (OSPF).
Limitações do RIPv1

Rotas Estáticas e Interfaces Nulas

Utilizar a interface nula permitirá que R2 anuncie a rota estática através do RIP, embora as redes pertencentes à rede sumarizadas
(super-rede) 192.168.0.0/16 não existam de fato.

Para configurar a rota de super-rede estática em R2, utiliza-se o seguinte comando:

R2(config)#ip route 192.168.0.0 255.255.0.0 Null0

Para simular esta rota estática, utilizamos uma interface nula como interface de saída. Não é preciso nenhum comando para criar ou
configurar a interface nula, ela está sempre activa, mas não encaminha ou recebe tráfego. O tráfego enviado à interface nula é
descartado. Para nossos propósitos, a interface nula servirá como a interface de saída para nossa rota estática. Lembre-se que uma rota
estática deve ter uma interface de saída activa antes de ser instalada na tabela de roteamento.

Redistribuição de rota

O segundo comando que precisa ser digitado é o comando redistribute static:

R2(config-router)#redistribute static

A redistribuição envolve levar as rotas de uma origem de roteamento para outra. Em nossa topologia de exemplo, desejamos que o
processo RIP em R2 redistribua nossa rota estática (192.168.0.0/16) importando a rota para RIP e a enviando então para R1 e R3,
utilizando o processo RIP.
RIPv1: Redes descontíguas

Como a máscara de sub-rede não está incluída na actualização, o RIPv1 e outros protocolos de roteamento classful devem
sumarizar as redes a limites de rede principal. Como você pode ver na figura, RIPv1 em ambos os roteadores R1 e R3 irá
sumarizar suas sub-redes de 172.30.0.0 para o endereço de rede classful principal de 172.30.0.0 ao enviar atualizações de
roteamento para R2. Da perspectiva de R2, ambas as atualizações possuem um custo igual de 1 salto para alcançar a rede
172.30.0.0/16. Como você verá, R2 instala ambos os caminhos na tabela de roteamento.

O R2 obterá resultados inconsistentes ao tentar


executar ping em um endereço em uma das sub-
redes de 172.30.0.0.
RIPv1: Sem Suporte de VLSM nem CIDR

Como RIPv1 não envia a máscara de sub-rede nas actualizações de roteamento, ele não pode suportar VLSM. O roteador R3
é configurado com sub-redes VLSM, das quais todas são membros da rede de classe B 172.30.0.0/16:

 172.30.100.0/24 (FastEthernet 0/0)


 172.30.110.0/24 (Loopback 0)
 172.30.200.16/28 (Loopback 1)
 172.30.200.32/28 (Loopback 2)

Para uma explicação mais detalhada do porquê que o RIPv1 em R3 não está incluindo as outras sub-redes, 172.30.200.16/28 e
172.30.200.32/28, nas actualizações para R4

R3 precisa determinar quais sub-redes de 172.30.0.0 devem ser incluídas nas actualizações partindo de sua interface FastEthernet
0/0 com o endereço IP 172.30.100.1/24. Ele somente incluíra essas rotas de 172.30.0.0 em sua tabela de roteamento com a mesma
máscara da interface de saída. Considerando que a interface é 172.30.100.1 com uma máscara /24, ele incluirá somente as sub-
redes 172.30.0.0 com uma máscara /24. A única que atende esta condição é 172.30.110.0.

As outras sub-redes de 172.30.0.0, 172.30.200.16/28 e 172.30.200.32/28 não são incluídas porque as máscaras /28 não
correspondem à máscara /24 da interface de saída. O roteador destino, R4, pode aplicar somente sua própria máscara de interface /
24 aos anúncios de rota de RIPv1 com sub-redes 172.30.0.0. R4 aplicaria a máscara errada /24 a estas sub-redes com máscaras
/28.

Por isso quando um protocolo de roteamento classful é implementado na rede todas as sub-redes devem utilizar a mesma máscara
de sub-rede.
RIPv2

RIPv2 é encapsulado em um segmento de UDP utilizando a porta 520 e pode carregar até 25 rotas. Embora o
RIPv2 possua o mesmo formato de mensagem básico que o RIPv1, são adicionadas duas extensões significativas.

A primeira extensão no formato de mensagem de RIPv2 é o campo de máscara de sub-rede, que permite
incluir uma máscara de 32 bits na entrada de rota RIP. Como resultado, o roteador destino já não depende
da máscara de sub-rede da interface de entrada ou da máscara classful ao determinar a máscara de sub-rede
para uma rota.

A segunda extensão significativa para o formato de mensagem de RIPv2 é a adição do endereço do próximo salto.
O endereço do próximo salto é utilizado para identificar um endereço do próximo salto melhor – caso exista – do
que o endereço do roteador de origem. Se o campo for definido como todos os zeros (0.0.0.0), o endereço do
roteador origem será o melhor endereço do próximo salto.
RIPv2: como habilitar?

Por padrão, quando um processo de RIP é configurado em um roteador Cisco, isso significa que ele está
executando o RIPv1.

Use os comandos:
Sumarização Automática, RIPv2

Por padrão, RIPv2 sumariza automaticamente as redes a limites de rede principal, assim como o RIPv1. Ambos os
roteadores R1 e R3 ainda estão sumarizando suas sub-redes de 172.30.0.0 ao endereço classe B 172.30.0.0 ao enviar
atualizações para fora de suas interfaces nas redes 209.165.200.228 e 209.165.200.232, respectivamente. O comando show
ip protocols mostra que "automatic summarization is in effect." (“sumarização automática está em funcionamento”).

A única alteração resultante do comando version 2 é que R2 está incluindo agora a rede 192.168.0.0/16 em suas
atualizações. Isto porque o RIPv2 inclui a máscara 255.255.0.0 com o endereço de rede 192.168.0.0 na atualização. R1
e R3 receberão agora esta rota estática redistribuída por RIPv2 e as inserirão em suas tabelas de roteamento.

Desabilite a sumarização automática no RIPv2

Quando a sumarização automática foi desabilitada, o RIPv2 já não sumariza redes para o seu endereço classful em roteadores
de borda. O RIPv2 incluirá agora todas as sub-redes e suas máscaras apropriadas em suas actualizações de roteamento.
Verificando a configuração

É melhor sempre começar com o básico:

1. Certifique-se de que todos os links (interfaces) estejam activos e em funcionamento.

2. Verifique o cabeamento.

3. Certifique-se de que você tem o endereço IP e máscara de sub-rede correctos em cada interface.

4. Remova os comandos de configuração que não sejam mais necessários ou que tenham sido substituídos por
outros comandos.
RIPv2 e CIDR

Uma das metas do Roteamento Entre Domínios com Endereços Classless (CIDR, Classless Inter-Domain Routing),
conforme estabelecido pela RFC 1519, é "fornecer um mecanismo para a agregação de informações de roteamento". Esta
meta inclui o conceito de criar super-redes. Uma super-rede é um bloco de redes classful contíguas que é tratado como uma
única rede.

Super-redes possuem máscaras que são menores do que a máscara classful (neste caso /16, em vez da classful /24). Para a
super-rede ser incluída em uma atualização de roteamento, o protocolo de roteamento deve ter a capacidade de considerar
aquela máscara. Em outras palavras, ela deve ser um protocolo de roteamento classless, como RIPv2.
Problemas com o RIPv2

Versão

Um bom ponto de partida para começar a identificar e solucionar problemas na rede que está executando o RIP é
verificar se a versão 2 está configurada em todos os roteadores. Embora o RIPv1 e o RIPv2 sejam compatíveis, o
RIPv1 não suporta sub-redes descontíguas, VLSM ou rotas de super-rede CIDR. É melhor sempre utilizar o mesmo
protocolo de roteamento em todos os roteadores a menos que haja uma razão específica para não fazê-lo.

Comandos network

Outra fonte de problemas pode ser comandos network rede incorretos ou perdidos. Lembre-se de que um comando
network faz duas coisas:
 Permite que o protocolo de roteamento envie e receba atualizações nas interfaces locais que pertençam àquela
rede.
 Inclui aquela rede em suas atualizações de roteamento para seus roteadores vizinhos.

Um comando network incorreto ou que estiver faltando resultará na perda ou não envio de atualizações de
roteamento em uma interface.

Sumarização automática

Se houver necessidade ou expectativa para enviar sub-redes específicas e não apenas rotas sumarizadas, verifique se
a sumarização automática foi desabilitada.
Autenticação
Uma preocupação de segurança de qualquer protocolo de roteamento é a possibilidade de aceitar atualizações de roteamento inválidas.
A origem destas atualizações de roteamento inválidas pode ser um invasor tentando atrapalhar o funcionamento da rede ou tentando
capturar pacotes enganando o roteador enviando suas atualizações ao destino errado. Outra fonte de atualizações inválidas pode ser um
roteador mal configurado. Ou talvez um host esteja conectado à rede executando o protocolo de roteamento da rede local sem o
conhecimento de seu usuário.

Por exemplo, na figura, R1 está propagando uma rota padrão a todos os outros roteadores neste domínio de roteamento. Porém, alguém
adicionou o roteador R4 erroneamente à rede, o qual também está propagando uma rota padrão. Alguns dos roteadores podem
encaminhar tráfego padrão para R4 em vez de encaminhar para o roteador gateway real, R1. Estes pacotes podem entrar em um
“buraco negro” e nunca mais serem vistos.

RIPv2, EIGRP, OSPF, IS-IS e BGP podem ser configurados para autenticar suas informações de roteamento. Esta prática assegura que
os roteadores somente aceitem informações de roteamento de outros roteadores que foram configurados com a mesma senha ou
informações de autenticação.

Nota: A autenticação não criptografa a tabela de roteamento.


Resumo

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