Ebook 30dicas Marcellocavalcanti

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Marcello Cavalcanti

10 TEMAS
10 TIPOS DE LUZ
10 ABORDAGENS CRIATIVAS

30 dicas
Para o fotógrafo de paisagem

1º Edição
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Marcello Cavalcanti

30 dicas
Para o fotógrafo de paisagem

Texto
Marcello Cavalcanti

Fotografias
Marcello Cavalcanti

1º Edição
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sumário
Introdução 4
O Triângulo Criativo 7
10 Temas 10
Desertos 11
Florestas 13
Praias 15
Mar 18
Montanhas 21
Lagos 24
Cachoeiras 26
Cenas noturnas 28
Cidades grandes 30
Cidades pequenas 32
10 Tipos de Luz 34
Blue Hour 35
Golden Hour 37
Luz dura 39
Nascer/por da Lua cheia 41
Lua cheia no céu noturno 43
Lua nova 45
Luz natural frontal 47
Luz natural lateral 49
Contraluz natural 51
Luz natural difusa 53
10 Abordagens Criativas 56
Linhas-guia 57
Luz e sombra 59
Padrões 61
Fotos com pessoas 63
Golden Ratio 65
Framing 67
Lightpainting 69
Horizonte 71
Perspectiva Dramática 73
Minimalismo 75
Seu voucher-presente 77
E-book Golden Hour 78
Sobre o autor 79
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Introdução
Olá, seja muito bem vindo(a) ao meu primeiro ebook,
30 Dicas para Fotógrafos de Paisagem!

Meu nome é Marcello Cavalcanti, sou fotógrafo com cerca


de 20 anos de experiência e formado em design gráfico
pela PUC-RJ.
Vivo no Rio de Janeiro desde que nasci, em 1980, mas
gosto demais de conhecer esse mundão; já morei na
California, na região das montanhas de Lake Tahoe, e,
também em Barcelona, na Espanha.

Ainda não fui a todos os lugares que desejo, porém posso


me considerar um fotógrafo de paisagem rodado, pois
alem de já ter circulado por alguns parques naturais do
nosso Brasil, fui fotografar o Deserto do Atacama, as
Montanhas Rochosas canadenses, a Patagônia argentina
e chilena, os Altiplanos bolivianos, a aurora boreal
norueguesa, a savana africana, a cidade perdida de Machu
Picchu, a costa italiana, cidadelas francesas e espanholas
e grandes metrópoles americanas e europeias.
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Em 2017, comecei um canal no Youtube chamado “Por


Trás da Foto”, com o intuito de mostrar os bastidores
de uma sessão fotográfica de paisagem, abordando
desde coisas mais simples como a hora que acordo para
fotografar um nascer do Sol, até a fotometria escolhida no
momento do clique.
Nessa época eu já dava aulas presenciais de fotografia
aqui no Rio, então não foi difícil me adaptar ao Youtube -
ainda que sinta, até hoje, um pouco de timidez diante das
câmeras. O Canal cresceu rápido e eu comecei a receber
muitos pedidos para cursos e workshops presenciais em
diversos lugares do Brasil, porém esta era uma logística
que eu não estava disposto a assumir.

Por isso, surgiu em 2020 o meu Curso Online Fotografia


de Paisagem, que desde seu lançamento já conta com
mais de 400 alunos.

Agora, com essa série de e-books que estou criando,


vou aprofundar alguns temas importantes da fotografia
de paisagem, de forma independente do curso ou seja,
alunos ou não, todos aproveitarão ao máximo este
conteúdo.
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Escolhi como tema central deste primeiro e-book 30 dicas


de fotografia de paisagem, divididas em 3 grupos:
10 Temas

10 Tipos de luz

10 Abordagens criativas

Este não é um e-book técnico, e sim inspiracional. A ideia


com esta leitura fácil e prática é que você literalmente
desbloqueie a sua criatividade e possa aplicar os
conceitos indicados aqui nas suas saídas fotográficas,
sejam elas sobre paisagem ou não!

Ah, um detalhe importante: Algumas fotos deste e-book


eu fiz durante as gravações de videos para o meu canal
no Youtube, ou seja, toda foto que tiver este ícone
marcado, você poderá clicar e ir direto para o video
correspondente, para assistir como ela foi feita.

A facilidade de ter este conteúdo rico, na tela do seu


celular, para ser usado a qualquer momento em qualquer
situação é para mim o grande ganho deste e-book.

Boa leitura!

Marcello Cavalcanti
Rio de Janeiro, Novembro 2020
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30 dicas para o fotógrafo de paisagem

O TRIÂNGULO
CRIATIVO
Entenda o que é esse tal Triângulo Criativo e como
ele pode te ajudar nas suas fotos, desde a concepção
até a criação final!
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O Triângulo Criativo

Eu dou aula de fotografia há muitos anos, e o meu foco sempre foi a


criatividade, a concepção da foto, a ideia, isso é muito mais importante para
mim do que a câmera, a lente, o filtro.

Não é fácil passar esse conceito de criatividade para os alunos, pois, é claro,
quem entra na fotografia começa pensando logo no equipamento que vai
comprar, eu entendo isso. Por isso eu sempre tive essa obsessão em tentar
simplificar o proceso criativo, ou pelo menos criar um método que eu pudesse
ensinar o meu aluno a ser criativo. Não é uma receita de bolo nem um método
definitivo, mas eu considero um excelente start.

O método que eu desenvolvi se chama Triângulo Criativo, não confunda com o


Triângulo da fotometria (ISO, Diafragma, Velocidade), mas esse “novo” triângulo
que você vai conhecer tem outros três pilares: Tema, Luz e Enquadramento.
No meu curso online eu inclusive chamo este método de “Santíssima Trindade
da Composição” , mas recentemente fiz um “update” de nome, para Triângulo
Criativo.

Luz

Triângulo
Criativo

Tema Enquadramento

O que o Triângulo Criativo prega é a atenção, o cuidado, com estes três pilares,
fundamentais para que você pense e faça uma foto criativa. Ele funciona
como o triângulo da fotometria, você precisa combinar os 3 pilares de forma
harmônica, para chegar a um resultado impactante, criativo e diferente.
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Tema
O fotógrafo de paisagem tem sempre como tema ou plano de fundo, uma
paisagem. Mas, que paisagem é essa? É uma montanha? uma floresta? uma
praia? uma metrópole? Uma vila de pescadores? cachoeiras? a Via Láctea? São
infinitas as possibilidades de uma foto em ambiente externo, por isso, para
exemplificar, eu selecionei os 10 temas mais clássicos que os fotógrafos de
paisagem estão sempre clicando, e coloquei aqui neste e-book, com as minhas
dicas pessoais sobre como abordar o tema, que tipo de lente usar, fotometria,
acessórios, ideia de enquadramento, etc.
Os temas selecionados estão listados e dismistificados entre as páginas 10 e 32
deste e-book.

Luz
A luz é sempre o pilar mais importante da fotografia. Sempre. Porém, na
paisagem, muita gente acaba “esquecendo” de prestar atenção na luz, porque
parece que ela sempre está por lá, iluminando tudo de maneira homogênea e
claro, a paisagem chama muito mais atenção né..
Por isso , apesar de os 3 pilares terem o mesmo peso neste triângulo equilátero,
eu coloco a Luz no topo do triângulo, para chamar bem atenção do fotógrafo. A
luz natural, que é a luz do Sol, varia minuto a minuto, e o fotógrafo de paisagem
precisa se adaptar a cada momento destes e repensar a sua fotometria e
abordagem ao tema. Por isso coloquei aqui 10 tipos de luzes naturais, ou
seja, suas variações durante o dia - e a noite, porque não? - mostrando como
eu abordo criativamente cada uma delas. Os tipos de luz com todas as dicas
práticas estão listados entre as páginas 34 e 53 deste e-book.

Enquadramento
O enquadramento, que neste e-book eu chamo de “abordagens criativas”
é a forma como você vai encarar aquele tema. Qual a escolha de lente e
porquê? Em que ponto do frame vai colocar seu horizonte? Vai aproveitar as
fortes sombras? Vai incluir elementos demais ou deixar a cena mais vazia? Vai
fotografar em velocidade rápida ou bem lenta?
Todas essas decisões - e muitas outras - são particulares a cada fotógrafo, em
cada situação. Se eu colocar 10 fotógrafos na mesma cena de paisagem, (como
já fiz inúmeras vezes em aulas práticas), não terei 1 foto igual a outra, pois cada
um pensa diferente!
Para este e-book, eu selecionei 10 tipos de enquadramentos (existem outros
30 ou 40 pelo menos!) para te auxiliar a pensar na hora H, ou seja, o que posso
fazer para deixar a foto deste tema, com esta luz, ainda mais interessante? As
abordagens criativas estão listadas entre as páginas 56 e 76 deste e-book.
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30 dicas para o fotógrafo de paisagem

10 TEMAS
Nas próximas páginas, você vai se deparar com 10
cenas típicas do fotógrafo de paisagem, com valiosas
dicas minhas sobre como abordar cada cena de
forma criativa e intuitiva.
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1 • Desertos / áreas abertas

Salar de Uyuni, Bolívia, 2013. © Marcello Cavalcanti

Desertos, savanas e áreas abertas são difíceis de fotografar, justamente


pela falta de elementos físicos na cena para guiar o olhar. Experimente dar pro-
tagonismo para o primeiro plano, como chão, pedras, texturas fortes, e subir o
horizonte no seu enquadramento (foto acima).
• Em cenas com luz alta e dura (entre 10am e 15pm), o preto-e-branco também
pode funcionar muito bem, ressaltando as texturas e contrastes de luz e som-
bra da sua foto.
• Desertos com dunas são ainda mais interessantes! Explore as linhas formadas
por essas dunas, principalmente sob luz baixa (nascer / por do Sol).
• Uma vantagem dos desertos é o distanciamento das cidades, use isso a seu
favor e experimente fotos noturnas com o céu estrelado!

LENTES • A grande angular vai te dar a maior distância focal para criar uma
cena ainda mais vasta e vazia, se essa for a ideia da foto. Por outro
lado a teleobjetiva só vale ser usada se tiver planos para compressão, como
pessoas, dunas, etc.

FOTOMETRIA • Normalmente bem iluminados, você não terá problemas


em usar ISO baixo (100, 200) e equilibrar com facilidade seu fotômetro.
Abuse do diafragma fechado (f/8, f/11, etc) para ter bastante profundidade
de campo (foco em tudo).

ACESSÓRIOS • Tripé apenas se for fazer uma longa exposição, que só


vale se tiver nuvens em movimento (ou noturna), pois tudo no deserto é
muito parado. Tenha o filtro polarizador em mãos, pois desertos são secos
e costumam ter céus bem limpos e azuis. Em desertos de sal, cuidado com
seu equipamento, o sal é mortal para as câmeras. Limpe tudo com um pano
úmido ao retornar para o hotel!
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Foto 1
Foto 1
Céu noturno estrelado no altipla-
no boliviano, 2013. O chão ver-
melho foi “pintado” pela lanterna
de um carro ligado por perto.

Foto 2
Explorando formas e texturas
com o preto-e-branco no Vale de
La Muerte, Chile 2014

Foto 3
Quebrando a monotonia da vas-
ta savana verde com uma árvore
solitária no meio e um carro se
© Marcello Cavalcanti aproximando, para dar escala.
África, 2015

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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2 • Florestas

Floresta no Banff National Park, Canadá, 2018. © Marcello Cavalcanti

Florestas muito fechadas podem ser exploradas em ângulos inusitados


como de baixo para cima (foto acima).
• Procure “janelas” naturais na floresta, que abram visão para outros locais,
como cidades ou montanhas distantes, e experimente este enquadramento.
• Atenção a detalhes e texturas dos troncos de árvores, folhas e flores e insetos.
Observando com cuidado, uma floresta revela muito mais do que parece inicial-
mente!
• Florestas são escuras, programe-se para entrar cedo na mata e aproveitar o
máximo de luz possível durante a sua exploração fotográfica.

LENTES • Com a grande angular você pode explorar o máximo de


elementos da floresta e dar amplitude a foto. Já a teleobjetiva vai te permitir
planos mais fechados empilhando camadas como galhos em sequência e
dando uma sensação interessante de sufocamento e excesso de elementos.
Se você gosta de detalhes, invista em uma lente macro.

FOTOMETRIA • A fotometria na floresta é difícil pelo variação de luz


e sombra, expecialmente florestas fechadas como as matas brasileiras.
Procure ser o mais equilibrado possível na sua fotometria para poder
recuperar áreas de sombra na pós-produção. Usando um diafragma aberto
você conseguirá cenas com uma árvore bem focada e todo o resto bem
desfocado.

ACESSÓRIOS • Tripé vai te ajudar se precisar usar velocidades muito baixas


devido a pouca luz dentro da mata. Filtros ND graduados serão úteis se você
tiver uma grande área iluminada, como uma janela para uma paisagem ao
longe, para poder equilibrar a luz. Tenha sempre repelente e lanterna na
mochila!
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Foto 1
Foto 1
Atenção aos detalhes! Parque Legado das
Águas, SP, 2015

Foto 2
Distância focal fechada para criar uma ima-
gem densa. Canadá, 2018

Foto 3
Uma janela na mata atlântica, Rio, 2016

Foto 4
Experimente também enquadramentos na
vertical! Canadá, 2018

Foto 5
A lente macro pode te render ótimas fotos
em uma floresta. Rio, 2014
© Marcello Cavalcanti

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3 Foto 4

© Marcello Cavalcanti

Foto 5

© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti


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3 • Praias

Praia Vermelha, Rio de Janeiro, 2016. © Marcello Cavalcanti

O segredo de fotografar praias é o horário. Vá cedo, pegue o nascer do Sol


e aproveite a luz baixa e quente. Neste horário a praia estará vazia e a areia
geralmente sem marcas nem pegadas (foto acima).
• As fotos de praia que normalmente conquistam os olhares são aquelas com
dias perfeitos, céu azul, cores quentes. Use a meteorologia a seu favor para
escolher o dia certo. Porém, se o tempo estiver fechado e o mar de ressaca,
aproveite pois este tipo de cenário também pode render ótimas fotos fortes e
dramáticas!
• Não é porque a praia é linda que você precisa enquadrar tudo na foto.
Procure detalhes, como o toque da espuma na areia, as folhas dos coqueiros, a
gradação tonal do mar, a textura da areia, o encontro do mar com o céu..

LENTES • A lente médio alcance (uma 28-135mm por exemplo) vai te dar o
máximo de versatilidade para explorar diferentes ângulos na mesma cena.
Cuidado com a grande angular, pode deixar a cena vazia demais. Use-a se
for explorar uma praia que tenha um primeiro plano exuberante, como
coqueiros, mata de restinga, pessoas, pedras, etc.

FOTOMETRIA • Provavelmente vai estar Sol. Fotometria simples, com ISO


baixo e velocidades fáceis de controlar com a câmera na mão. Diafragma
intermediário (f/4, f/8) para ter um bom alcance de foco e controlar bem a
entrada de luz.

ACESSÓRIOS • Use um tripé apenas se você for fazer uma longa


exposição, o que é uma abordagem interessante na praia pois você tem o
mar e - muitas vezes - nuvens em movimento. Leve um filtro ND com 8 ou
10 stops para conseguir esse efeito. Não esqueça o filtro polarizador, ele
é fundamental para retirar reflexos da luz no mar e conseguir dar aquele
“ar caribenho” à foto. Para conseguir este mar cheio de tons verdes e azuis,
fotografe sob a luz dura, entre 11 da manhã e 14h da tarde.
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Foto 1 Foto 2

© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 3
Explore a luz do nascer e o por do Sol
nas praias. Rio, 2019

Foto 2
Sombras alongadas e praias vazias, nas
primeiras luzes do dia. Bahia, 2013

Foto 3
Dias de ressaca também rendem boas
fotos, principalmente em PB. Rio, 2019

Foto 4
Abuse do primeiro plano quando esti-
© Marcello Cavalcanti
ver com uma grande angular. Rio, 2018

Foto 5 Foto 4

© Marcello Cavalcanti

Foto 5
A luz matinal bem baixa, sob a areia não pisada, criou uma
cena lúdica, como se fossem dunas de um deserto. Rio, 2020.

Foto 6
Vistas de cima, as praias rendem boas montagens panorâmi- © Marcello Cavalcanti
cas. Fernando de Noronha, 2014

Foto 6

© Marcello Cavalcanti
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Foto 7

© Marcello Cavalcanti

Praias com pessoas


Foto 8

Os frequentadores das
praias podem ser pi-
torescos, e render fo-
tos bem interessantes
(Foto 7) ou então podem
preencher bem o quadro
apenas com silhuetas
no contraluz (Foto 8) ou
ainda, dar movimento à
foto, quado usamos uma
longa exposição (Foto 9)

© Marcello Cavalcanti

Foto 9

© Marcello Cavalcanti
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4 • Mar

Isla San Andrés, Colômbia, 2019. © Marcello Cavalcanti

• O mar , com toda sua fluidez, permite várias abordagens, mas vou citar
duas, uma distinta da outra: Ou calmo, plácido e colorido, passando uma sen-
sação de paz, ou agitado e com ondas, passando a sensação oposta.
• O mar muda de cor conforme o ângulo de incidência da luz solar (ou seja,
conforme a hora do dia). Observe essas nuances para escolher o horário ideal
para a sua foto.
• Alguns fotógrafos optam por fotografar o mar visto de dentro, usando uma
caixa-estanque para proteger a câmera; apesar de bem cara, a caixa-estanque é
uma ótima opção para ampliar as suas possibilidades criativas (foto acima).

LENTES • Se houver algum elemento no segundo plano (longe de você)


comprimir os planos com a teleobjetiva é uma ótima ideia. Caso contrário, a
lente médio alcance vai te dar boas fotos. A grande angular é indicada para
fotos de dentro d’água, pois, usando um “dome” na caixa-estanque, você
consegue com a grande angular fotografar dentro e fora d’água ao mesmo
tempo, como a foto que ilustra esta página.

FOTOMETRIA • Dependerá muito da sua opção criativa. Caso a ideia seja


“congelar” o mar para ver a água em detalhes, use velocidades bem altas,
acima de 1/800. Caso contrário, velocidades baixas são muito bem vindas,
especialmente quando a água está batendo em pedras e encostas, causando
um efeito de movimento muito interessante.

ACESSÓRIOS • Nem tente usar o tripé dentro de um barco. Ele será útil
em terra firme, caso você queira fazer fotos lentas. Para isso, use também
um filtro ND - o circular variável é uma boa opção, pela versatilidade. O
filtro polarizador é útil para tirar o reflexo da luz do Sol no mar e deixar
transparecer as suas cores mais profundas. Utilize-o com a luz a pino,
próxima dos 90º (entre 11h e 13h).
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Foto 1 Foto 1
O mar visto de dentro de um bar-
co: valorização das formas, textu-
ras e reflexos da água. Rio, 2019

Foto 2
Mares de ressaca são incríveis de
fotografar, revelam toda a força
indomável da natureza. Utilize
velocidade alta de disparo.
Niterói, 2018

© Marcello Cavalcanti

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3 Foto 4

© Marcello Cavalcanti

Foto 3
Se você gosta de um mar bem colorido, é o filtro
polarizador que você precisa ter. Ele vai eliminar os re-
flexos da luz solar na superfície da água e revelar as
cores mais saturadas. Isla Providência, 2019

Foto 4
Água do mar entre pedras? Use uma velocidade baixa
(1/5 por exemplo) para criar com a espuma desenhos
abstratos deste movimento. Rio, 2018 © Marcello Cavalcanti
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Foto 4 Foto 4
Parece uma superfície rígida, mas
é o mar em longa exposição (1
minuto). Rio, 2019

Foto 5
A relação entre o homem e o mar
pode ser amplamente explorada
na fotografia. Niterói, 2016

Foto 6
Montagem mostra como a cor do
mar muda de acordo com o tipo
de luz. Todas as fotos feitas na
mesma praia, em dias e horas
diferentes. © Marcello Cavalcanti

Foto 5

© Marcello Cavalcanti

Foto63
Foto

© Marcello Cavalcanti
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5 • Montanhas

El Chaltén, patagônia argentina, 2018. © Marcello Cavalcanti

Montanhas são, na minha opinião, os elementos mais belos e grandiosos


que podemos fotografar em uma paisagem. Use e abuse da relação de taman-
ho delas com elementos ao seu redor.
• Aposte na luz baixa: a matinal e a do fim de tarde. Essas 2 luzes vão deixar a
montanha ou bem iluminada e texturizada, ou em um contraluz que pode ren-
der uma bela silhueta. A luz dura definitvamente não favorece as montanhas.
• A “dança” das nuvens por entre as montanhas é um presente para o fotógrafo
de paisagem, e pode ser registrada em baixa velocidade (com um filtro 10
stops por exemplo) criando fotos realmente espetaculares!
• Montanhas muito altas (acima de 1500mts) tem seus cumes iluminados no
nascer do Sol pelos primeiros raios, em um efeito chamado Alpenglow (foto aci-
ma); o mesmo ocorre no por do Sol, com os últimos raios solares. Essa é uma
foto que vale a pena tentar, pois proporciona um espetáculo visual sem igual.

LENTES • A teleobjetiva é a lente ideal, se você quiser fechar bem na


montanha e dar-lhe toda grandiosidade que ela merece. Caso esteja com
uma grande angular, faça um primeiro plano mais evidente e deixe a
montanha de fundo, com menos protagonismo.

FOTOMETRIA • Vai depender diretamente da luz que estiver trabalhando.


Se for um contraluz forte, deixe seu fotômetro negativo, em -1 ou até -2
, para marcar bem a silhueta da montanha. Se for uma luz frontal, uma
fotometria mais equilibrada vai te ajudar a dar o contraste necessário no
Ligthroom para levantar as texturas da montanha.

ACESSÓRIOS • Tripé para baixas velocidades, quando tiver nuvens


envolvidas, é uma boa ideia. Para borrar as nuvens, filtro ND de 8 stops para
cima. Use um filtro polarizador caso a montanha esteja contrastando com
um belo céu azul.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Luz lateral de fim de tarde valori-
za o vulcão Licancabur. Atacama,
Chile, 2014

Foto 2
Montanhas do Rio vistas de
longe, o achatamento dos planos
revela a relação de tamanho en-
tre elas e a cidade. Rio, 2019

Foto 3
Cuernos del Paine colocados em
segundo plano, contra as árvores
retorcidas do Parque Torres del
Paine. Chile, 2018. © Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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Foto 4

© Marcello Cavalcanti

Foto 4
Foto 5
Tem uma teleobjetiva? experi-
mente fotografar as montanhas
bem de perto.. El Chaltén, 2018

Foto 5
Nuvens em longa exposição pas-
sando por entre as montanhas.
Niterói, 2019

Foto 6
Montanhas escarpadas como o
Pão-de-Açúcar rendem boas
silhuetas em contraluz.
Rio, 2019
© Marcello Cavalcanti

Foto 6

© Marcello Cavalcanti
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6 • Lagos

Lago Nordenskjöld, Torres del Paine, 2018. © Marcello Cavalcanti

Paisagens com Lagos normalmente são lindas mas um pouco


monótonas, por isso a criatividade é fundamental para trazer uma foto forte. Se
o lago tiver montanhas interessantes em volta; procure explorar visualmente
essa relação.
• O movimento da água dos lagos não é tão agitado quanto dos mares, portanto
velocidades baixas só fazem mesmo diferença acima de 1 ou 2 minutos de ex-
posição, pois deixam o lago absolutamente “chapado” (foto acima).
• Lagos em altas altitudes apresentam uma leve névoa pela manhã, devido à
condensação do ar, deixando a foto com um clima misterioso. Chegue cedo!
• Explore bem as bordas do lago antes de posicionar definitivamente seu tripé,
pois você pode encontrar pedras, árvores e troncos interessantes que podem te
ajudar na composição, como a foto que ilustra esta página.

LENTES • A grande angular é ótima para pegar o máximo do lago, mas


nesse caso abuse do primeiro plano, apontando a lente para baixo, dando
protagonismo para o que está mais próximo de você. A teleobjetiva só será
interessante se no meio do lago tiver algum elemento que você queira
compor com o o segundo plano.

FOTOMETRIA • Longa exposição acima de 1 minuto, para deixar a água


absolutamente “chapada”, ou velocidades bem rápidas, como 1/500, para
explorar o movimento da água.

ACESSÓRIOS • Filtro ND acima de 8 stops para conseguir uma exposição


muito longa. Tripé é fundamental, e você vai precisar posicioná-lo
literalmente na beira ou dentro d’água para conseguir uma melhor imersão
na imagem. Combinando o filtro ND com um bom polarizador, você vai
revelar com nitidez o fundo da beira do lago, e isso é interessante se ele for
composto por pedras pequenas.
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Foto 1
Foto 1
Lago Tahoe em grande angular,
e sua relação com o entorno, co-
berto de florestas e montanhas.
EUA, 2014

Foto 2
Lago Nahuel Huapi, visto bem
de perto e em longa exposição (1
minuto) + filtro polarizador.
Bariloche, 2017

Foto 3
Lagoa Rodrigo de Freitas, em con-
traluz e final de tarde: o reflexo
aqui é bem vindo e valoriza a © Marcello Cavalcanti
foto. Rio, 2019

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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7 • Cachoeiras

Cascatinha Taunay, Rio de Janeiro, 2016 © Marcello Cavalcanti

Cachoeiras são belos elementos naturais para se fotografar. Quando es-


tão no meio de uma floresta, perdem um pouco a escala; caso seja uma queda
d’água robusta ,procure usar pessoas ou árvores na sua composição para dar a
dimensão da cachoeira.
• O famoso efeito “véu da noiva” é feito usando tripé e velocidade baixa, próx-
ima a 1, 2 segundos, para deixar a água da cachoeira lindamente borrada (foto
acima).
• Se a cena for aberta e der para enquadrar o rio que se forma a partir da
cachoeira, experimente essa ideia, para dar contexto à sua foto.
• Evite ficar muito próximo à queda d’água, para evitar o vapor d’água na frente
da sua lente.
• Caso seja possível fotogafá-la de cima, não deixe de tentar, pois pode render
composições muito dinâmicas.

LENTES • A grande angular vai ser útil se você estiver muito próximo à
cachoeira e quiser uma cena grandiosa. Se for fazer a foto de longe, pense na
medio alcance, acima de 40mm de distância focal, para não afastar demais a
cachoeira dentro da composição.

FOTOMETRIA • Abuse da longa exposição para conseguir o efeito “véu


de noiva”. Idealmente entre 1 e 5 segundos, pois a água da cachoeira se
movimenta muito rápido. Velocidades muito lentas (acima de 30 seg) podem
acabar provocando a perda do desenho do movimento, mas, quem sabe,
entregando uma foto diferente das demais. Experimente!

ACESSÓRIOS • O tripé vai ser essencial para manter a câmera parada


durante a longa exposição; Um filtro ND variável, de 1 a 5 stops, deve ser
mais do que suficiente para chegar na velocidade baixa. O filtro polarizador
pode te ajudar retirando reflexos de superfícies molhadas ao redor da
cachoeira como pedras e o próprio lago que se forma.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Cachoeira com 6 minutos de ex-
posição deixou o rio com um as-
pecto bem diferente.
São Paulo, 2015

Foto 2
Cachoeira no Canadá, enquadra-
da pela floresta ao seu redor.
Banff National Park, 2018

Fotos 3 e 4
Cachoeiras podem ser exploradas
com o frame na vertical.
Ilha Grande, 2013, e Canadá, 2018
© Marcello Cavalcanti

Foto 3 Foto 4

© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti


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8 • Cenas noturnas

El Chaltén, Argentina, 2018. © Marcello Cavalcanti

Cenas noturnas demandam dedicação e paciência. Procure se afastar


de centros urbanos, quanto mais escuro for o local, melhor será o resultado.
• A Via Láctea (foto acima) é visível no hemisfério sul de fevereiro a outubro. Use
apps como o Photopills para encontrar sua posição no céu na data desejada.
Fuja de dias/noites nubladas, você precisa de céu limpo.
• Faça o foco no manual, usando alguma estrela mais brilhante, ou um elemen-
to no horizonte. É improvável conseguir o foco automático neste tipo de fo-
tografia.
• Procure enquadrar o céu estrelado com elementos da Terra como cidades,
montanhas e lagos. O resultado é impressionante e passa melhor a relação do
nosso planeta com o espaço.

LENTES • A grande angular é a “rainha” das fotos noturnas pois com ela
você consegue enquadrar tanto o céu quanto o chão, além de permitir mais
tempo de exposição sem borrar as estrelas. Quanto maior for a abertura do
diafragma, mais luz você será capaz de captar sem comprometer a qualidade
com ISO tão alto. Lentes com abertura f/2.8, f/1.8 e f/1.4 são as ideais.

FOTOMETRIA • Comece com o ISO bem alto, acima de 1000. Use o


diafragma mais aberto da sua lente, e calcule a velocidade usando a regra
dos 500. Calcule assim: (500÷Distância focal) = tempo máximo de disparo, em
segundos. Sem esse cálculo, você corre o risco de borrar as estrelas no céu,
causando o “star trails” que também não deixa de ser interessante.

ACESSÓRIOS • Sem o tripé não existe fotografia noturna de verdade. A câmera


precisa estar estabilizada, pois as exposições serão longas. Controle remoto (via
cabo ou app de celular) é bem vindo, para não tremer a câmera na hora do
disparo. O filtro noturno pode te ajudar a esfriar a cena principalmente se
tiver luzes de cidades cidade na sua foto, mas não é obrigatório.
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Foto 1
Foto 1
Repare como dentro da cidade a
poluição luminosa é grande e
atrapalha a visualização das es-
trelas. Rio de Janeiro, 2018.

Foto 2
Já longe da cidade é que o céu
mostra a sua força, mesmo em
um dia com nuvens. Bariloche,
2018

Foto 3
Estrelas borradas em Star Trails,
exposição de 15 minutos. Jasper,
Canadá, 2018 © Marcello Cavalcanti

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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9 • Cidades grandes

Bogotá, Colômbia, 2018. © Marcello Cavalcanti

Cidades grandes rendem fotos mais interessantes no crepúsculo e à


noite, do que durante o dia. Com as luzes acesas é que a cidade ganha vida!
• Aproveite-se da poluição visual de placas, grafites, sombras duras e
movimento urbano para preencher seu fotograma com inteligência e trazer
mais interesse e dinâmica à sua foto.
• Invista em mirantes altos e afastados do centro, para conseguir um plano úni-
co ou panorâmica que mostre toda a concentração urbana (foto acima).
• Fotos diurnas de cidades sob luz dura rendem ótimos preto-e-branco.
• Busque simetrias, ângulos inusitados, contraste entre antigo e moderno, tudo
que valorize a construção e presença humana daquela cidade.

LENTES • Para circular em uma cidade com apenas uma lente, eu indico a
médio alcance, é a mais versátil para isso, como uma 28-135mm por exemplo.
Porém, a grande angular, quando usada bem próxima ao primeiro plano
permite fotos grandiosas em cidades. A teleobjetiva vai ser útil para comprimir
planos no meio do caos urbano e também ser usada à distância, em mirantes.

FOTOMETRIA • Durante o dia, fotometria básica, câmera na mão, ISO médio


(400-800). Cuidado com grandes contrastes de luz e sombra, pode enganar
o seu fotômetro. Você também pode usar velocidades baixas para borrar
movimentos de pessoas e carros, principalmente à noite, criando belas cenas de
lightpainting.

ACESSÓRIOS • O tripé será útil em caso de fotos de longa exposição. Já em


fotos diurnas, uma mochila discreta será seu melhor acessório, para circular
pelas ruas sem chamar atenção. O filtro 10 stops é bem vindo caso queira
borrar movimentos diurnos, como pedestres e carros.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Todo o brilho de Las Vegas é vis-
tos melhor à noite. 2015

Foto 2
Fim de tarde em Nova York, 2013

Fotos 3
Fotos de cidades grandes tam-
bém funcionam bem na vertical.
Nova York, 2010

Foto 4
Santiago do Chile, visto de longe © Marcello Cavalcanti
com os Andes ao fundo. 2014

Foto 3 Foto 4

© Marcello Cavalcanti
© Marcello Cavalcanti

Foto 5
Foto 5 Panorâmicas também são uma
boa opção para retratar cidades
grandes. Rio, 2015

© Marcello Cavalcanti
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10 • Cidades pequenas

San Pedro de Atacama, Chile, 2014. © Marcello Cavalcanti

A palavra que mais define as cidades pequenas e fotografáveis é charme.


Procure elementos que tragam este sentimento à sua foto, como casario antigo,
ruas com árvores, bicicletas, placas escritas à mão, etc.
•Algumas vilas também carregam uma dose de melancolia, por serem lugares
“parados no tempo”. Esse também pode ser um assunto do seu ensaio.
• Explore detalhes em planos fechados, como fechaduras de portas e janelas,
texturas de paredes, gradis, carros antigos.
• Moradores de cidades pequenas também costumam render ótimos retratos.
Converse com as pessoas, faça amizades, ouça suas histórias, antes de apontar
a câmera. Haja como um bom repórter, circule com olhos e ouvidos abertos, ob-
servando tudo ao seu redor, pois essas cidadezinhas sempre tem algo de
interessante para fotografar.
• Muitas dessas cidades pequenas podem ser vistas de longe, do alto de um mi-
rante em uma trilha por exemplo. Invista nestes mirantes especialmente na
golden hour.

LENTES • A meio alcance, como uma 24-105mm, vai te dar a versatilidade


que você precisa para circular em uma cidadezinha. É o tipo de lente ideal.

FOTOMETRIA • Fotometria básica, como a de cidade grande, ISO médio


(400-800). Fotos rápidas (acima de 1/250) para congelar momentos decisivos,
tal qual um verdadeiro fotógrafo street.

ACESSÓRIOS • Cidades pequenas não costumam oferecer tanto risco de


assalto como as grandes. Se for um local seguro, invista em uma boa alça
que permita que você circule com a câmera no ombro (alça cruzada) ou na
cintura, minimizando o peso do equipamento. Uma boa mochila também
é válida. Tripés e filtros? Deixe-os para outras sessões fotográficas mais
extremas.
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Foto 1 Foto 1
Explore a luz e o cotidiano. Cartagena, Colômbia, 2019

Foto 2
Toda cidade pequena tem uma torre de igreja para subir
e conseguir um ângulo previlegiado. Potosí, Bolívia, 2013

Foto 3
Observe portas e janelas interessantes. Paraty, 2017

Foto 4
Se o morador de convidar para entrar, entre!
Oca na tribo Maasai. Tanzânia, 2015

Foto 5
Placas e paredes pintadas a mão.. Valparaíso. Chile, 2014

Foto 6
Não esqueça o casario histórico. Sucre, Bolívia, 2013.

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti

Foto 4

© Marcello Cavalcanti
© Marcello Cavalcanti
Foto 5

Foto 6

© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti


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30 dicas para o fotógrafo de paisagem

10 TIPOS
DE LUZ
Confira nas próximas páginas 10 condições
diferentes de luz natural e as minhas dicas para
saber lidar da melhor forma com cada uma delas.
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11 • Blue hour

Rio de Janeiro, 2018 © Marcello Cavalcanti

A blue hour é o período do dia que vemos as primeiras nuances de mu-


dança de cor do céu, do escuro absoluto da noite para tons levemente azulados,
roxeados e avermelhados.
• Ela ocorre tanto no nascer do Sol quanto no por do Sol - nesse caso, são as úl-
timas cores que vemos no céu, antes de cair a noite.
• Tecnicamente, o Sol estará entre -6º e -4º de altitude em relação ao horizonte,
ou seja, ele ainda não nasceu, mas já influencia, com a sua luz, as cores que
enxergamos no ambiente acima do horizonte.
• Um céu limpo não fica tão interessante durante a blue hour; o verdadeiro es-
petáculo acontece quando há algumas nuvens, pois elas se pintam em cores
suaves e pastéis, contrastando com o céu ainda azul escuro.
• Aplicativos como o Photographer’s Ephemeris (TPE) e o Photopills são eficien-
tes em mostrar a hora exata da blue hour na sua localização.

PLANNING • Chegue cedo, seja na blue hour matinal ou na vespertina,


pois, aqui próximo à linha do Equador, ela ocorre durante poucos minutos.

O QUE FOTOGRAFAR • A luz natural da blue hour não ilumina a


paisagem terrena, ela ilumina o céu. Procure composições que tenham
nuvens, e ao mesmo tempo tenham o horizonte livre, para que a luz do Sol
possa passar e “pintar” as nuvens sobre você.
Se as nuvens estiverem em movimento, vale tentar fazer uma longa
exposição, pois o resultado será praticamente uma pintura impressionista.
Durante a blue hour, normalmente a cena está um pouco escura, portando
para equilibrar a sua fotometria, pode ser interessante usar um filtro ND
graduado (quadrado) de 2 stops, para fazer sua exposição para a cena
terrena, e manter intactas as cores no céu.
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Foto 1
Foto 1
Coqueiros em silhueta contra o
azul da blue hour, são os últimos
minutos de luz antes da noite.
Bahia, 2012

Foto 2
Mescla de tons rosas e azuis du-
rante a blue hour, minutos antes
do amanhecer. Rio, 2015

Foto 3
Pôr da Lua cheia durante a blue
hour. Repare no tom rosa e azu-
lado do céu. Barra de São João,
Rio, 2020 © Marcello Cavalcanti

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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12 • Golden hour

Rio de Janeiro, 2018 © Marcello Cavalcanti

Bem mais popular que a blue hour, a golden hour é o momento que o
Sol está nascendo, ou se pondo.
• A golden hour acontece quando o Sol está entre -4º (não nasceu) e +6º (já na-
sceu, mas está bem baixo no horizonte). Isso vale para o nascer e também o
por do Sol.
• Com o Sol acima da linha do horizonte, você pode fotografar durante a gold-
en hour, tanto a favor da luz do Sol, capturando o cenário com belas cores
quentes, ou contra o Sol, criando silhuetas (foto acima). A luz à favor do Sol
chamamos de Luz Natural Frontal (p.46) ou Lateral (p.48), e a luz contra o Sol
chamamos de Contraluz Natural (p.50).
• Aplicativos como o Photographer’s Ephemeris (TPE) e o Photopills são eficien-
tes em mostrar a hora exata da golden hour na sua localização.

PLANNING • A golden hour dura mais tempo do que a blue hour, mesmo
assim antecipação é a chave para conseguir as suas fotos. Apesar de ser mais
longa, a cada minuto a luz muda e as cores também.
O QUE FOTOGRAFAR • Um erro clássico do fotógrafo de paisagem du-
rante a golden hour é concentrar suas fotos no Sol. Sim, ele é bonito e cha-
ma atenção, e é por isso mesmo que eu indico a não incluí-lo sempre na sua
foto, pois sua luz forte acaba por dominar a cena. O por do Sol é bonito de
se ver, mas nem tanto assim de se fotografar. Experimente apontar a sua
câmera na direção oposta ao Sol, ou seja, a favor da luz dele, para ver como
a cena também é belíssima. Se for incluir o Sol, trabalhe bem silhuetas mar-
cantes, de prédios, montanhas ou pessoas. A “regra” das nuvens serve tam-
bém para a golden hour; algumas nuvens no céu farão um grande espetá-
culo colorido. Esqueça filtros se estiver colocando o Sol na sua foto, eles vão
causar flares e manchas na imagem. Se a foto for lateral ao Sol, use um para-
sol para evitar essas manchas e reflexos na imagem.
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Foto 1
Foto 1
Forte tonalidade amarela no céu
durante a golden hour matinal.
Rio, 2019

Foto 2
Alpenglow, montanhas ilumina-
das pelo Sol durante a golden
hour. Chile, 2018

Fotos 3 e 4
Veja a diferença, sutil mas re
levante, de tonalidades entre a
blue hour (foto 3) e golden hour
(foto 4). E aí, qual você prefere
para fotografar? © Marcello Cavalcanti

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3 Foto 4

© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti


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13 • Luz dura

Rio de Janeiro, 2018 © Marcello Cavalcanti

Chamamos de “luz dura” a luz do Sol alta, a luz do dia, que ocorre a par-
tir das 7 horas da manhã, até umas 3 ou 4 da tarde, dependendo da época do ano.
É, basicamente, a luz diurna.
• Definitivamente essa não é a luz mais atraente para o fotógrafo de paisagem,
pois revela demais, retira sombras e deixa tudo com uma cara muito comum,
ordinária.
• Neste tipo de luz, o ideal é abusar da criatividade, para que a sua foto tenha
um algo mais, pois a luz não é o que vai chamar atenção na imagem.
• A luz dura também rende ótimos preto-e-branco, principalmente se a foto tiver
grandes contrastes de cor e formas e texturas aparentes.

PLANNING • Fotografar sob a luz dura não exige grandes pré-plajenamen-


tos, mas tenha sempre em mãos um parasol, ele vai te ajudar a eliminar re-
flexos na lente. Evite apontar a câmera diretamente contra o Sol da luz dura,
pois, além de poder danificar seu sensor, sua luz branca não vai ajudar muito
a foto. Se essa for mesmo a ideia, use algum elemento para “esconder” ape-
nas o Sol, como uma árvore, uma pedra, etc.

O QUE FOTOGRAFAR • Tudo pode ser fotografado sob a luz dura, mas
seja criativo, fuja do tradicional e procure ângulos diferentes que valorizem
formas orgânicas ou geométricas. As melhores fotos em termos de cor du-
rante a luz dura são as fotos de mar; usando um filtro polarizador, este é o
horário ideal para conseguir a maior nuance de cores do oceano - verdes,
azuis, turquesas - pois a luz estará vindo literalmente de cima, chapada.
Quem fotografa com drone também gosta desse horário, principalmente nas
fotos em ângulo azimutal, perpendiculares ao chão.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Paisagem sob luz dura. Nestas
condições, a foto depende muito
da beleza da cena para funcionar.
Atacama, Chile, 2014.

Foto 2
O céu azul da luz dura permite
uma conversão para o PB bem
contrastada. Rio, 2019

Foto 3
A luz dura é ótima para quem fo-
tografa na praia; o ângulo de en-
trada da luz na água favorece as
cores. San Andrés, Colômbia,2019 © Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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14 • Nascer/por da Lua cheia

Rio de Janeiro, 2018 © Marcello Cavalcanti

Todo mundo adora fotografar a Lua cheia. Mas o que muita gente não re-
para é que o horário ideal para fotografá-la é durante o nascer da Lua cheia, e
ainda mais incrível, durante o por da Lua.
• A Lua cheia recebe a luz frontal do Sol, portanto ela está sempre na posição
oposta do Astro-rei. Sendo assim, ela nasce quando o Sol está se pondo, e mor-
re quando o Sol está nascendo, sempre na direção oposta.
• Durante esse horário (por do Sol/nascer do Sol) ainda há iluminação na cena,
por isso é o horário ideal para clicar a Lua com todas as suas crateras e deta-
lhes, e ainda assim ter a cena iluminada. Geralmente ainda temos o céu amare-
lado ou mesmo arroxeado, o que cria um contraste incrível com a Lua.
• Ela nasce bem amarela, pegando a luz do Sol quente que entra resvalando na
atmosfera, e depois vai ganhando altitude e ficando mais branca.

PLANNING • Antecipação é a chave para conseguir fotografar a Lua


nascendo. Se possível, use tripé e fotografe no modo manual, fazendo o foco
na Lua para garantir o máximo de nitidez.

O QUE FOTOGRAFAR • O grande barato de fotografar a Lua baixa no


horizonte é enquadrá-la com elementos da sua cena, como prédios, pedras,
montanhas, árvores etc. Explore essas opções, usando apps de planejamen-
to como o Photopills. A lente teleobjetiva vai te dar enormes possibilidades
criativas. Fotografe continuamente quando ela nascer, pois a mudança de
cor do céu é sutil, e as suas fotos sairão diferentes a cada minuto.
Outra possibilidade interessante é fazer um timelapse, fotografando em se-
quência este movimento de ganho de altitude para depois criar um video se-
quência a partir dessas fotos.
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Foto 1
Foto 1
Por da Lua, ja de manhã, sob luz
matinal à favor. Rio, 2019

Foto 2
Nascer da Lua com enquadra-
mento milimétrico, durante a
blue hour. Rio, 2018

Foto 3
Nascer da Lua cheia, durante a
transição golden/blue hour. Rio,
2015

© Marcello Cavalcanti

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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15 • Lua cheia no céu noturno

Rio de Janeiro, 2016 © Marcello Cavalcanti

Quando a Lua cheia já está alta no céu, não há tanto o que fazer com
ela em relação à sua paisagem, pois neste horário, a cena já não tem mais ilumi-
nação natural, portanto você terá que fazer uma opção em relação à sua foto-
metria; se fotometrar para a Lua, a cena sairá escura. Se fotometrar para a cena,
a Lua sairá totalmente branca, sem as crateras.
• Muita gente faz duas fotometrias (uma para a Lua, e outra para a cena) e de-
pois cria uma montagem no Photoshop, com a Lua bem definida “colada” na
cena fotometrada para a paisagem noturna. Eu não sou adepto deste tipo de
recurso, mas é uma decisão particular de cada fotógrafo.
• A Lua cheia alta no céu noturno brilha tão forte que provoca sombras na
cena. Use isso a seu favor explorando estas sombras noturnas (foto acima).

PLANNING • A Lua cheia alta no céu é super brilhante, pois reflete com
força a luz do Sol. Apesar de não ser necessário um tripé para fotografá-la, eu
recomendo o uso, e também o foco no manual, para maximizar as texturas
das crateras lunares. Não é necessário nenhum filtro para fotografar a Lua
cheia.

O QUE FOTOGRAFAR • Meu tipo de foto preferida com a Lua cheia no


céu são fotos em grande angular, contemplando uma vasta cena, e a Lua
apenas como um detalhe na imagem. Utilize um diafragma mais fechado
(f/16, f/22, ou ainda mais fechado), para deixar a Lua “estrelada”, (foto acima)
assim ela fica mais interessante do que apenas uma bola branca no céu es-
curo. Pesquise datas de eclipses lunares totais, são incríveis de fotografar,
pois a Lua fica vermelha no céu.
Se estiver em um local afastado de poluição luminosa, use a luz da Lua cheia
a seu favor, ela ilumina a cena muito mais do que você pode imaginar, geran-
do contrastes de luz e sombra incríveis mesmo à noite.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1 e 2
A Lua cheia reflete tão forte a luz Foto 2
do Sol que permite bricarmos
com silhuetas, seja com uma
lente teleobjetiva (Foto 1) ou com
uma grande angular (Foto 2).

Foto 3
A Lua cheia durante o ápice de
um eclipse lunar perde grande
parte da sua luminosidade e fica
avermelhada. Neste exato mo-
mento que dura alguns minutos
é possível fazer sua fotometria
para a paisagem, sem perder os
© Marcello Cavalcanti
detalhes da Lua. Rio, 2018

Foto 3 Foto 4

© Marcello Cavalcanti

Foto 4
Com a Lua cheia alta no céu noturno, ao fazer a fotometria
para a paisagem, ela acaba virando um ponto brilhante no
céu. Neste caso opte por um diafragma mais fechado, para
deixá-la com este “efeito estrela” e dar um pouco mais de
significância à ela na foto.

© Marcello Cavalcanti
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16 • Lua nova

Rio de Janeiro, 2016 © Marcello Cavalcanti

• A Lua nova é a Lua dos astrofotógrafos! Sem a luminosidade dela no céu,


as estrelas ganham protagonismo e você tem a chance de fazer excelentes fotos
noturnas sem a interferência da forte luz que é refletida por ela, até mesmo em
áreas urbanas (foto acima).
• Mesmo com o exemplo acima, o ideal para explorar o céu noturno sem a lu-
minosidade da Lua é sair da cidade, procurar áreas rurais, ou de montanhas,
desertos, ilhas etc, bem afastadas das luzes da cidade. Nesses locais o céu no-
turno é completamente diferente, com muitas, muitas estrelas!
• A Via Láctea é a galáxia onde está localizada a Terra. Devido ao seu formato cir-
cular, podemos vê-la no céu noturno, durante quase todo o ano. Use apps como
o Photopills ou o Plan It Pro para encontrar a posição da Via Láctea no céu, ela
é a grande protagonista das fotos de céu noturno.
• Outras possibilidades criativas para o céu noturno são fotografar outras galáx-
ias como as nebulosas de Magalhães, além de constelações estrelares, planetas
e as incríveis chuvas de meteoros, que acontecem todos os anos nas mesmas
épocas.

PLANNING • Antes de se deslocar para um lugar longe da cidade grande,


pesquise as fases da Lua para ver quando você terá a Lua nova, pois essas são
as datas ideais para ter o céu absolutamente escuro. Foto noturna é sinônimo
de tripé e controle remoto, tudo para não deixar a câmera tremer durante a
captura de longa exposição.

O QUE FOTOGRAFAR • Durante a Lua nova, explore tudo que o céu no-
turno estrelado pode te proporcionar. Procure enquadrar o céu com elemen-
tos da Terra, como montanhas, árvores, cidades ao longe etc. Use uma longa
exposição (acima de 10 minutos) para criar os star trails, aquele efeito com as
estrelas riscando o céu. Por falar em star trails, caso você aponte a câmera na
direção sul ou norte, terá as estrelas riscando o céu em um eixo circular. Caso
aponte para leste ou oeste, terá as estrelas riscando de forma mais horizontal.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Star trails circular, apontando a
câmera na direção Sul. Barra de
São João, 2020

Foto 2
Chuvas de meteoros são ótimas
de fotografar, pesquise sobre as
datas exatas da incidência delas!
El Chaltén, 2018

Foto 3
A Via Láctea é facilmente vista
no céu sem o brilho da Lua, espe-
cialmente longe das luzes das ci-
dades. Buzios, 2020 © Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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17 • Luz natural frontal

Rio de Janeiro, 2017 © Marcello Cavalcanti

A luz natural frontal a favor é o momento que temos um Sol baixo,


próximo ao horizonte, ou após o nascer, ou antes do poente. Ela é quente é
bem intensa, deixando tudo colorido e saturado.

• Para fotografar a luz natural frontal você precisa estar de costas para o Sol,
apontando a sua câmera justamente na direção onde ele ilumina, como se colo-
casse o Sol atrás de você, no seu ombro.

• Essa luz frontal alonga as sombras, mas achata as texturas que existem na
cena. É como a Lua cheia, que recebe a luz natural frontal. Você enxerga todas
as crateras, mas sem sombras nem volume.

• É uma luz que se faz especialmente interessante em fotos de praia e mon-


tanhas. Já em fotos de grandes cidades, com prédios altos, você pode procurar
por ruas onde esta luz está passando, criando sombras projetadas e iluminando
a cena de forma bem diferente.

PLANNING • Essa luz baixa à favor ocorre por pouco tempo, não mais do
que 30, 40 minutos, aqui em regiões próximas à linha do Equador.
Seja prudente e chege pelo menos 1h antes, ao local que deseja fotografar,
para observar a mudança da luz e planejar suas fotos.
Mesmo em outros horários do dia, como 9, 10 da manhã, e 2, 3, 4 da tarde, é
possível olhar para o céu e observar em que direção a luz está iluminando os
elementos, e definir para que lado você pode fotografar com ela a favor.

O QUE FOTOGRAFAR • Tudo pode ser fotografado nesta luz, como belos
retratos de pessoas, montanhas, cidades, lagos, praias, etc. É uma luz muito
didática, que entrega muita definição dos elementos da sua cena; use isso
para fortalecer a sua composição e adicionar uma boa dose de dramatici-
dade à foto.
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Foto 1
Foto 1
A Lua cheia e o morro Dois
Irmãos, ambos recebendo a luz
natural frontal ao mesmo tempo,
às 7 da manhã. Rio, 2019

Foto 2
Fenômeno do alpenglow, quando
o topo de montanhas muito altas
são iluminados pela luz solar an-
tes do nascer (5 AM).
Canadá, 2018

Foto 3
Luz natural frontal iluminando
a savana africana, por volta das © Marcello Cavalcanti
16h da tarde. Tanzânia, 2015

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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18 • Luz natural lateral

Torres del Paine, Chile, 2018 © Marcello Cavalcanti

A luz natural lateral é ainda mais interessante que a luz natural frontal.
• Tecnicamente, é a mesma luz, a diferença é a posição do fotógrafo em rela-
ção a ela. Nesta luz, você vai pegar o Sol lateralmente ou diagonalmente à sua
composição. Dessa forma, ele vai iluminar a cena alongando ainda mais as som-
bras e levantando todas as texturas possíveis que existam, em montanhas, su-
perfícies d’água, campos vastos, etc.
• O alpenglow, um fenômeno onde a ponta das montanhas mais altas é ilumi-
nada pelos primeiros ou últimos raios solares é especialmente interessante du-
rante a luz natural lateral, pois além de colorir a montanha, ele ainda revela to-
das as suas texturas criando sombras poderosas.
• Apesar de entregar lindas cores com essa luz, ela também favorece a conver-
são para o preto-e-branco, pois deixa a imagem bastante texturizada e com de-
talhes, o que é um dos pontos mais importantes para um bom PB.

PLANNING • Assim como a luz natural frontal, a luz lateral também é rápi-
da, e neste caso, ainda mais difícil de controlar pois as sombras vão se movi-
mentando, minuto a minuto (na luz frontal você não tem tanta influência das
sombras) Seja prudente e chege pelo menos 1h antes, ao local que deseja
fotografar, para observar a mudança da luz e planejar suas fotos com tran-
quilidade.

O QUE FOTOGRAFAR • Tudo pode ser fotografado nesta luz, como be-
los retratos de pessoas, montanhas, cidades, lagos, praias, etc. Aproveite as
sombras alongadas que ela fornece, principalmente de árvores. A cor quente
deste tipo de luz matinal (por volta dos 2000 a 3000k de temperatura) dei-
xam tudo em tons alaranjados e amarelados.
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Foto 1
Foto 1
Luz baixa, à favor lateral, ilumi-
nando o deserto de Red Rock
(17hs) e criando sombras bem
alongadas. EUA, 2015

Foto 2
sombras projetadas pela luz nat-
ural lateral, deixando as mon-
tanhas bem texturizadas, por vol-
ta das 16h da tarde. Rio, 2019

Foto 3
Luz natural lateral cria volumes
bem marcados, às 6 da manhã.
Bara de São João, 2020 © Marcello Cavalcanti

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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19 • Contraluz natural

Tanzânia, 2015 © Marcello Cavalcanti

O contraluz natural é exatamente o oposto da luz natural à favor; é


quando você aponta a sua câmera em direção ao Sol.
• Nesse caso, é preciso utilizar o Sol de forma inteligente, pois a tendência
dessa atitude é ter a foto estourada, devido ao excesso de luz. Ao balancear a
sua fotometria para equilibrar essa luz forte, fatalmente você vai escurecer os
elementos que estão contra ele, como prédios, pessoas, árvores, montanhas,
etc,criando aquela forte silhueta. É ai que você precisa usar a criatividade, para
encontrar formas que funcionem bem como silhuetas contra essa luz forte (foto
acima).
• A Lua cheia, por refletir a luz solar, também oferece boas opções para
silhuetas marcantes e pode ser considerada também um contraluz natural.
• Mesmo que o Sol não apareça na foto, ele também pode gerar um forte con-
traluz e evidenciar silhuetas. Particularmente, se a foto não for SOBRE o Sol, eu
prefiro fotos onde ele não apareça na imagem e sim apenas o resultado da
sua luz forte, pois a figura do Sol na imagem é muito intensa, acaba chamando
demasiada atenção para si.

PLANNING • O mesmo planejamento explicitado sobre a luz a favor serve


para o contraluz. Chegue cedo, pois aqui nos trópicos o Sol fica no horizonte
por pouco tempo. O app Photopills mostra isso com precisão.

O QUE FOTOGRAFAR • Previlegie cenas que tenham formas que se al-


çam ao céu, para criar uma bela silhueta limpa de interferências, como pré-
dios altos, montanhas, pontes, árvores soltas em um campo vazio, pessoas,
ilhas, tudo que possa se destacar no horizonte. Um tipo de foto interessan-
te também é o contraluz com o Sol ainda um pouco alto (por volta das 15h,
16h), pois nesse caso ele deixa tudo em silhueta menos marcadas, possibili-
tando ao fotógrafo explorar nuances e gradações de tons nessas silhuetas.
Esse tipo de foto funciona especialmente em preto-e-branco.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Contraluz com o Sol ainda alto,
repare como a silhueta não fica
tão definida, possibilitando out-
ras interpretações para a foto.
Rio, 2019

Foto 2
Forte contraluz de por do Sol no
Rio, com o Sol aparecendo na
foto. Rio, 2019.

Foto 3
Cidade de Nova York em um con-
traluz de por do Sol. Pelo horário
avançado já foi possível pegar as
luzes acesas. 2013
© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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20 • Luz natural difusa

Rio de Janeiro, 2016 © Marcello Cavalcanti

A luz natural difusa ocorre com os modificadores de luz natural que te-
mos no planeta: as nuvens!
• Nuvens são elementos muito interessantes para incluir nas suas fotos de pai-
sagem pois além de serem absolutamente únicas (uma nuvem nunca é igual a
outra) elas podem ser trabalhadas tanto em longa exposição quanto em fotos
rápidas.
• As nuvens deixam a luz do Sol suave, eliminam sombras marcantes e deixam
a foto menos tridimensional. Por outro lado, nuvens bem marcadas são muito
impactantes e trazem bastante dramaticidade à sua foto. Por isso, quando te-
mos grandes nuvens no céu, eu prefiro incluí-las com propriedade, para que fa-
çam parte da imagem final.
• Outro aspecto interessante são as nuvens baixas, elas se movimentam com
velocidade e muitas vezes abrem buracos para a luz do Sol passar, (foto acima)
criando cenas épicas que muitas vezes duram poucos segundos, o suficiente
para uma ou duas fotos. Esteja atento!

PLANNING • A meteorologia é a maior ferramenta do fotógrafo de paisa-


gem, e com a luz difusa não poderia ser diferente. Grandes viradas de tempo
(frentes frias) trazem nuvens pesadas que podem te entregar fotos incríveis,
durante a entrada da frente fria. Por outro lado, noites frias e manhãs quen-
tes geram nuvens baixas, de condensação do ar, que funcionam bem em re-
giões montanhosas.

O QUE FOTOGRAFAR • Entenda a diferença entre os tipos de nuvens pois


cada uma entrega um tipo diferente de foto. As cirrus são nuvens altas for-
madas por cristais de gelo. São fibrosas, brancas e finas e deixam o céu bem
texturizado. As stratus são nuvens baixas que fecham o céu todo, são as me-
nos interessantes para o fotógrafo. Já as cumulus são aquelas nuvens “fofas”
e isoladas, de cor clara e aparência de algodão.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Nuvem do tipo cumulonimbus
sobre o Rio. Repare como a luz
passa de forma irregular entre
ela, gerando diferentes silhuetas
nos morros da cidade. Rio, 2016

Foto 2
Nuvens baixas em longa ex-
posição criam um efeito mágico
na foto. Rio, 2019

Foto 3
Nuvens recebendo a luz da blue
hour e dividindo atenção com as
montanhas na foto. Chile, 2018
© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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Foto 4

© Marcello Cavalcanti

Foto 4
Foto 5
Céu parcialmente nublado no Rio,
próximo ao por do Sol. Repare
como a luz natural incide apenas
em parte da paisagem. Rio, 2015

Foto 5
Nuvens envoltas nas montanhas
canadenses criam um “vulcão”.
Canadá, 2018

Foto 6
Nuvens altas (cirrus) criam um
céu super texturizado, ideal para
fotografias de paisagem dramáti-
cas. El Chaltén, 2018.
© Marcello Cavalcanti

Foto 6

© Marcello Cavalcanti
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30 dicas para o fotógrafo de paisagem

10 ABORDAGENS
CRIATIVAS
Confira nas próximas páginas 10 ideias de
enquadramentos para você sair da mesmice nas suas
abordagens perante paisagens deslumbrantes!
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21 • Linhas-guia

Canadá, 2018. © Marcello Cavalcanti

Se você reparar, em quase todas as cenas que estiver tentando fotogra-


far existem linhas naturais que podem servir de guia para sua a sua foto.

• As linhas guia servem para orientar a observação da sua foto, por parte do es-
pectador. Elas guiam o olhar da forma como você planejou.

• Essas linhas podem ser paralelas, opostas, curvas, convergentes, radiais, etc.
O que importa aqui é tentar encontrá-las e orientar a sua foto para que elas sir-
vam de guia, de caminho para olhar.

• Em cenas de paisagem urbana essas linhas ficam mais evidentes, pois podem
ser bordas de prédios, ruas, estradas, marcações no chão, fios de postes, etc.
Em paisagens naturais é preciso um pouco mais de abstração e criatividade
para encontrá-las, mas podem ser árvores, montanhas, pedras e até mesmo a
espuma do mar contrastando com a areia. Pratique!

LEMBRE-SE • Essa é uma abordagem fotográfica onde você precisa estar


livre de amarras mentais para poder enxergar essas linhas. O tripé é uma
amarra, e a própria câmera também é uma amarra mental, pois te obriga a
pensar dentro do frame.

A dica é: ao chegar em uma paisagem para fotografar, observe tudo antes,


não pegue logo a câmera e monte no tripé. Olhe tudo, com os seus olhos,
experimente ângulos, alto, baixo, caminhe pela cena, não fique parado, ima-
gine fotos inimagináveis, até as que você sabe que não dá pra fazer. Essa ob-
servação livre vai te mostrar o caminho e ajudar a encontrar as linhas-guias
naturais daquela cena. Aí sim, com a ideia na cabeça, pegue a sua câmera e
comece a enquadrar as suas ideias para que virem fotos.
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Foto 1
Foto 1
Trilho do trem e rio em cor
destacada marcam bem o camin-
ho do olhar. Canadá, 2018

Foto 2
As linhas-guia aqui começam pe-
las sombras e sobem ao alto da
foto com as palmeiras. Rio, 2012

Foto 3 e 4
Linhas convergentes ao centro da
imagem. EUA, 2014 e 2010

Foto5
Movimento circular de lightpaint- © Marcello Cavalcanti
ing mantem o olhar entre a Vista
Chinesa e a Lua. Rio, 2015

Foto 2 Foto 3

© Marcello Cavalcanti

Foto 4

© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti

Foto 5

© Marcello Cavalcanti
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22 • Luz e sombra

Valparaiso, Chile, 2018.


2014. © Marcello Cavalcanti

Essa técnica criativa é interessante de ser pensada em dois momentos:


com a luz baixa, e com a luz bem alta. Em ambas as situações é importante não
ter muitas nuvens no céu, para que a luz passe livremente e provoque sombras
bem definidas.

• Com a luz baixa, as sombras são alongadas e acabam formando desenhos


muitas vezes curiosos no chão, que podem ser utilizados na sua foto. Outra situ-
ação de luz baixa é em regiões de montanha (foto acima) quando a luz invade a
cena por cima, deixando parte da imagem na sombra, parte iluminada.

• Com a luz mais alta, (por volta das 11 da manhã, até 1 da tarde) procure lo-
cais que “estrangulem” a luz solar, como becos, ruas com prédios altos, florestas
mais fechadas, etc. Nesses casos, a sombra projetada será grande e muito bem
definida, o que também vai valorizar a sua foto.

• Esse tipo de foto funciona muito bem em cor, com cores bem marcantes e sa-
turadas ou então em preto-e-branco, igualmente contrastado.

LEMBRE-SE • Esqueça o HDR; as sombras são o que há de mais sofistica-


do em uma foto de paisagem tridimensional e impactante.
Acostume-se a observar as sombras, seu movimento durante o dia, e princi-
palmente durante as diferentes épocas do ano, quando determinadas som-
bras aparecem por conta da posição do Sol. Sombras são aliadas dos fotó-
grafos de paisagem, quando usadas com inteligência!

Na sua fotometria, explore bem as possibilidades de subexpor o seu fotôme-


tro em 1 ou até 2 pontos, para criar sombras realmente escuras e impactan-
tes que contrastem bastante com as áreas mais claras da sua composição
(foto acima) .
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Forte sombra provocada por pré-
dio alto na orla do Rio, próximo
ao por do Sol de inverno. 2018.

Foto 2
Contraste entre luz e sombra no
Deserto do Atacama. Aqui forcei
o fotômetro em -1, e na pós-pro-
dução ainda acentuei as som-
bras, Chile, 2014

Foto 3
Projeção das sombras do Morro
Dois Irmãos no mar do Leblon.
Rio, 2013
© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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23 • Padrões

Rio de Janeiro, 2018 © Marcello Cavalcanti

Este é um tipo de foto muito divertido de fazer, e que sempre gera


muita atenção por parte dos espectadores.
• Procure padrões na sua cena, sejam eles cromáticos ou imagéticos, e explore
a simetria que eles proporcionam. Essa simetria pode ser através de repetição
de elementos, ou posicionamento/ alinhamento, ou até de cores.
• Em paisagens urbanas é mais fácil encontrar estes padrões, pode ser um
muro quadriculado, um prédio com determinado padrão geométrico, etc.
• Já em paisagens naturais é um pouco mais difícil, mas não é impossível. Cam-
pos floridos, paisagens vastas com coloração específica, florestas de pinheiros,
montanhas no horizonte, reflexos em lagos, etc.
• Fotos com extensos padrões passam uma sensação de amplitude, como se
aquela cena fosse infinita, para todos os lados.

LEMBRE-SE • Ao encontrar uma situação que possa ser explorada com


padrões, feche bem seu ângulo de visão, para preencher o seu fotograma
apenas com este padrão, e não deixar aparecer nada que não interesse à
cena.
Por outro lado, o mais interessante de trabalhar com padrões não é somente
encontrá-los, mas quebrá-los também. Uma grande cena vasta toda verde,
com um elemento vermelho por exemplo, causa muito mais impacto e di-
reciona o olhar, do que a cena apenas verde. Essa quebra pode ser causada
também por um elemento isolado em uma cena, quebrando linhas horizon-
tais, verticais ou preenchendo um vazio.
A ideia final por trás dessa técnica é transformar elementos comuns em
fortes imagens abstratas.
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Foto 1
Foto 1
Muro de plantas, com uma bela
quebra de padrão. NYC, 2013

Foto 2
Padrão geométrico dos trilhos de
bonde. Rio, 2010

Foto 3
Padrões erráticos da natureza
também podem ser explorados.
Rio, 2017

Foto 4
Linha diagonal formada por
© Marcello Cavalcanti
3 grou-coroados na mesma
posição, sob o fundo padronizado
em verde. Tanzânia, 2015 Foto 2

Foto 5
Espelhos d’água são ótimos para
observar padrões de repetição,
como este na praia do Leme após
uma grande chuva. Rio, 2019

© Marcello Cavalcanti

Foto 4 Foto 3

© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti

Foto 5

© Marcello Cavalcanti
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24 • Fotos com pessoas

Valparaiso, Bahia,
Chile, 2014.
2013 © Marcello Cavalcanti

Colocar pessoas na fotografia de paisagem é uma decisão muitas vezes


difícil por parte do fotógrafo, pois o ideal é que aquela pessoa na imagem tenha
um propósito, um sentido de estar ali, que faça parte da composição de forma
inteligente.
• Ela pode estar na cena para dar escala, ou seja mostrar, através do seu tama-
nho físico, o quão grandiosa é aquela paisagem. Em outros casos, você pode
deixar que uma grande quantidade de pessoas apareçam, justamente para
mostrar como aquela paisagem é movimentada.
• No caso de estar visitando locais isolados, que tenham comunidades tradi-
cionais daquela região, é ótimo incluí-las nas suas cenas de paisagem para dar
também um sentido àquela imagem, contar uma história, trazer o assunto à
tona.
• Pessoas no contraluz causam um impacto interessante, pois, preservando
suas identidades, a percepção da foto fica muito mais centrada na cena como
um todo (foto acima) e não em cada indivíduo.

LEMBRE-SE • O importante de ter uma pessoa na sua foto de paisagem é


que ela vai fazer parte daquela foto; ela tem grande relevância na sua
imagem. Por isso, pense bem nas seguintes situações:
• Calcule bem a posição onde essa pessoa vai entrar, se alinhada mais ao
canto, usando a regra dos terços, ou centralizada;
• A pessoa vai estar olhando para a foto, ou olhando para a paisagem?
• A pessoa vai estar interagindo com a composição ou mais solta, desaperce-
bida?
Tudo isso vai influenciar na forma como a sua foto vai ser percebida e mobili-
zar o espectador para o impacto que você deseja dar com a imagem.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Pessoas em movimento perdem
a identidade mas trazem história
à foto. Pescadores saindo ao
nascer do Sol, Rio 2018

Foto 2
Silhuetas também são interes-
santes, não revelam a identidade
e criam desenhos novos ou
inusitados, que são incorporados
à foto. Mirante D. Marta, Rio, 2019

Foto 3
Aqui o personagem não so-
mente dá escala à foto como aju-
da a contar a história do local. © Marcello Cavalcanti
Tanzânia, 2015

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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25 • Golden Ratio

Tanzânia, 2015. © Marcello Cavalcanti

• A Golden ratio tem vários nomes alternativos: razão áurea, espiral de Fi-
bonacci, número de ouro, proporção divina, entre outros.
• Esta é uma lei de composição encontrada na natureza, em formas naturais
como plantas e animais.
• Basicamente o frame é dividido sequencialmente na proporção de 1:618 para
criar um espiral. Através dessa técnica matemática chegou-se ao número Phi,
que arredondando, é igual a 1,618.
• Esta regra é extremamente popular entre artistas como pintores renascen-
tistas, que tinham a missão de representar figuras míticas e religiosas em cenas
épicas.
• É uma regra de explicação complexa, mas que podemos resumir da seguinte
forma : elementos posicionados ao longo da espiral invisível da proporção áu-
rea, ou nas regiões quadradas e retagulares determinadas, resultam em fotos
harmônicas e visualmente balanceadas.

LEMBRE-SE • Definitivamente, a razão áurea não é uma regra fácil de


usar, pois a espiral é um tanto abstrata, mas essa forma de pensar a sua foto
basicamente fala de equilibrio.
Acostume-se a balancear as suas fotos, equilibrando os pesos dos elementos
na cena, criando uma narrativa visual que facilite o olhar do espectador, divi-
dindo a cena em áreas mais cheias e outras mais vazias, e também criando
pontos de interesse focal bem objetivos.
Observe fotos de grandes fotógrafos e como eles equilibram estes pesos e
“obrigam” o seu olhar a percorrer determinados caminhos.
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Foto 1
Foto 1
Atobá posicionado nos preceitos
da Golden Ratio, enquanto a foto
se equilibra do outro lado com o
Pão de Açúcar. Rio, 2019.

Foto 2
Foto bem dividida ao meio, com
todo o movimento visual passan-
do pela Golden Ratio. Rio, 2017

Foto 3
Cidade perdida no deserto com
o peso visual na esquerda, sendo
suportado pelo vazio à esquerda,
e o ponto focal na placa de wifi. © Marcello Cavalcanti
Bolivia, 2013

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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26 • Framing

Rio de Janeiro, 2014. © Marcello Cavalcanti

Outra técnica bastante criativa e divertida de usar. O framing é a ação de


enquadrar a sua paisagem dentro de outra moldura presente na cena.
• Esta “moldura” pode ser um emaranhado de plantas, galhos e árvores (foto
acima) podem ser portas, janelas, e elementos urbanos; pode ser um grupo de
pessoas no primeiro plano, desfocadas, e até mesmo um castelinho de areia,
como na foto na próxima página.
• O que importa no framing é deixar a sua paisagem em segundo plano, colo-
cando-a dentro de outro elemento no primeiro plano.

LEMBRE-SE • É muito comum chegarmos em um lindo mirante com uma


paisagem fantástica, e clicarmos bastante aquela cena, eu sei é irresistível...
mas, no final, vamos ter centenas de fotos muito parecidas!
Quando estiver nessa situação, depois de algumas fotos da cena, procure dar
alguns passos para trás, e observar se existe algo naquele local que possa
“enquadrar” a sua cena. Você se surpreenderá como quase sempre essa pos-
sibilidade está ali, mas não é percebida.

No framing, é comum que esta moldura natural fique fora de foco, pois ela
está muito próxima de você. Para que tanto a moldura quanto a paisagem
estejam em foco, você precisa e afastar dos elementos do primeiro plano,
seja com uma grande angular ou com uma teleobjetiva, para que o elemen-
to que esteja emoldurando a sua cena fique também em segundo plano, um
pouco afastado (foto acima). Porém, ao fazer isso, é importante tentar manter
esta moldura natural próxima das bordas do seu fotograma, para que el4a-
continue funcionando como moldura e passe essa sensação divertida e cati-
vante do framing.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Por da Lua cheia na vila de pesca-
dores, emoldurada por uma ár-
vore seca no primeiro plano, des-
focada. Barra de São João, 2020

Foto 2
Surfista na onda. Para o framing
usei a janela de um castelinho de
areia na praia. Rio, 2011

Foto 3
Paisagem do Rio ao longe,
semi-emoldurada por enormes
pedras. Com a grande angular,
afastado das pedras, coloquei
elas em foco assim como o fundo. © Marcello Cavalcanti
Niterói, 2016

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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27 • Lightpainting

El Chaltén, 2018 © Marcello Cavalcanti

Lightpainting significa, literalmente, “pintar com a luz”.


• Existem 2 tipos de lightpainting na fotografia de paisagem: Aquele que você
provoca propositalmente, e aquele que você não controla.
• O “lightpainting controlado” pode ser feito com lanternas, iluminando um de-
terminado elemento, durante alguns segundos, em um ambiente bem escuro.
É preciso algumas tentativas para encontrar o balanço ideal de quantidade de
luz/tempo para não estourar a foto, nem deixá-la muito escura. A ideia aqui é
que tudo saia escuro, menos o que você está iluminando.
• Já o lightpainting que não controlamos pode ser feito com luzes de carros pas-
sando em uma estrada (foto acima), avião no céu, barco no mar, ou mesmo as
estrelas no céu, marcando a sua foto de longa exposição devido à rotação da
Terra. Também é necessária uma dose de tentativa e erro para chegar ao resul-
tado ideal.
• Na internet é possível encontrar trabalhos de Lightpainting em paisagem usan-
do drones com luzes, procure pelo fotógrafo Reuben Wu (@itsreuben) no Insta-
gram.

LEMBRE-SE • A tônica desse tipo de foto é a paciência. Acostume-se a


pensar que qualquer fonte de luz em movimento poderá marcar a sua foto
com um desenho brilhante e chamativo. Se esta fonte de luz seguir um cami-
nho pré-determinado, ela poderá servir inclusive para guiar o olhar do espec-
tador, como a foto que ilustra esta página.
Há também uma forma mais lúdica e descompromissada de usar o lightpain-
ting, que é movimentar a câmera em uma cena com um foco de luz parado.
Nesse caso a cena vai sair borrada mas poderá gerar uma foto bem interes-
sante e muito dinâmica, como a Foto 1 que ilustra a página seguinte.
O importante do lightpainting é a experimentação. Quanto mais você expe-
rimentar, desenvolver suas próprias ideias e criar livremente, mais poderá
chegar num resultado surpreendente.
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Foto 1
Foto 1
Luzes paradas, então movimentei
a câmera horizontalmente para cri-
ar uma cena urbana dinâmica. Nova
York, 2010

Foto 2
O avião passando no céu durante o
eclipse lunar deu o movimento que a
cena pedia. Rio, 2018

Foto 3
Aqui há 2 lightpaintings ao mesmo
tempo: o natural, provocado pela au-
rora boreal, e o artificial, feito pela luz © Marcello Cavalcanti
de uma fogueira próxima à arvore.
que deixou ela iluminada no escuro
total. Noruega, 2020

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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28 • Horizonte

Rio de Janeiro, 2017. © Marcello Cavalcanti

Porque que o horizonte da sua foto precisa estar sempre no meio


da sua composição?
• Isso é uma atitude comum dos fotógrafos de paisagem, pois acabamos por na-
turalmente simular o nosso próprio olhar, sempre nivelando o horizonte mais
ou menos no meio da cena.
• A fotografia é mais livre do que isso, e colocar o horizonte bem no alto do fra-
me, ou bem embaixo, pode gerar uma outra perspectiva mais interessante
para a sua foto.
• É claro que essa técnica é boa de se usar quando temos o que mostrar! Se a
sua paisagem tem um céu incrível, com nuvens coloridas, ou um chão interes-
sante, com pedras ou outros elementos, pense nessa possbilidade de desnivelar
o seu horizonte para exaltar estes planos.
• Repare na foto acima, como o mar tem uma textura forte, dramática, e o ho-
rizonte tem ilhas que servem de referência de escala. Já o céu estava completa-
mente fechado, sem grandes desenhos, por isso subi o horizonte para eviden-
ciar o mar dramático.

LEMBRE-SE • Esse tipo de abordagem é facilmente conseguido usando


uma lente grande angular, (16, 17, 20mm) pois como ela tem uma distância
focal curta, acaba abrindo demais o campo de visão e proporcionando esta
possibilidade, de subir ou descer o horizonte e ainda assim incluir muitos ele-
mentos que nem os nossos olhos conseguem ver sem mexer a cabeça.
Mas atenção, se a sua câmera tem sensor cropado (APS-C) , você vai precisar
de uma lente na faixa dos 10, 11mm para conseguir o mesmo efeito.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2
Céu dramático de nascer do Sol,
e chão no contraluz, desinteres-
sante. Coloquei o horizonte para
o terço inferior da foto, e dei
força ao céu. África, 2015

Foto 2
Aqui o oposto da Foto 1: Chão
texturizado e com padrões, e céu
comum. Subi o horizonte para ev-
idenciar o chão. Salar de Uyuni,
2013

Foto 3
Aqui, chão e céu texturizados.
Mantive o horizonte baixo para © Marcello Cavalcanti
dar espaço para o movimento
das nuvens. Chile, 2018

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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29 • Perspectiva dramática

Rio de Janeiro, 2015. © Marcello Cavalcanti

Assim como o horizonte alto e baixo, outra opção interessante para


quebrar a monotonia de uma foto de paisagem é a mudança de perspectiva.
• A câmera não precisa estar sempre nivelada apontando para frente; ela pode
estar apontando bem para cima, ou bem para baixo, de acordo com o plano
onde você está e os elementos que se apresentam. Esse tipo de composição é o
que chamamos de perspectiva dramática.
• A perspectiva dramática cria fotos extremamente dinâmicas, quase vertigino-
sas, com foco em linhas convergentes, e que deixam o espectador com a sensa-
ção de que ele é muito pequeno, ou muito grande perante aquela cena.
• Na foto acima, me coloquei quase deitado no chão, para evidenciar a força e
a verticalidade da construção histórica do Theatro Municipal no Rio. A decisão
de colocar a foto em PB foi para evidenciar as formas e texturas do prédio e do
poste, igualmente antigo.

LEMBRE-SE • Para se acostumar-se a usar essa técnica, assim como a téc-


nica das linhas-guia, é importante lembrar-se de “fotografar sem a câmera”
ou seja, praticar muito a observação livre, usar bem a cabeça em todas as di-
reções, para encontrar estes planos e depois, com a câmera em mãos, execu-
tar a sua foto. O resultado são fotos ousadas e pouco comuns, que causam
espanto e muitas vezes incredulidade sobre a sua veracidade. Experimente!

Outro ponto importante é o tipo de lente a ser utilizado para esta técnica. As
mais indicadas são as grande-angulares, pois, com sua distorção ótica carac-
terística, conseguem aumentar os elementos que estão nas bordas da sua
composição e diminuir os que estão no centro, criando essa sensação de
grandiosidade. É importante lembrar que para este efeito funcionar é preciso
chegar bem perto dos elementos principais da sua foto.
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Foto 1
Foto 1
Foto vertical, de baixo para cima,
contrapondo geometria urbana e
natural. Rio, 2013

Foto 2
Copacabana vista do alto,
apontando a câmera para baixo e
na esquina, ganhando tridimen-
sionalidade com as linhas conver-
gentes das ruas saindo do mes-
mo ponto. Rio, 2015

Foto 3
Florestas de árvores altas tam-
bém merecem esse tipo de en- © Marcello Cavalcanti
quadramento. Bariloche, 2018

Foto 2

© Marcello Cavalcanti

Foto 3

© Marcello Cavalcanti
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30 • Minimalismo

Tromsø, Noruega, 2020. © Marcello Cavalcanti

• O minimalismo é a arte de dizer muito, usando muito pouco.


• O interessante do minimalismo é quando ele deixa mais perguntas do que
respostas na sua fotografia; chamar atenção e causar dúvidas, afinal, porque
que a fotografia sempre tem que responder tudo?
• O minimalismo inclui também o abstrato, que é encontrar uma forma de foto-
grafar aquela paisagem sem deixar claro o que é exatamente, criando uma foto
que valoriza formas, texturas, cores, mas não entrega o que é, nem aonde é.
• Outra forma de se alcançar o minimalismo é entender como usar o vazio a
seu favor, ou seja, como fotografar cenas com poucos ou nenhum elemento
marcante, mas que estejam devidamente preenchidas justamente por este va-
zio.

LEMBRE-SE • Esta certamente é a abordagem mais difícil e abstrata de to-


das deste e-book e por isso a deixei para o final. Para conseguir sucesso com
o minimalismo na fotografia é necessária muita cultura visual, principalmen-
te no campo das artes plásticas. É preciso um despreendimento da imagem
da paisagem, enxergá-la como uma cena que te fornece várias opções e não
somente um todo, óbvio e compreensível.

O preto-e-branco é também uma boa técnica para te ajudar a alcançar esse


minimalismo visual, pois ao eliminar as cores da cena, o cérebro é obrigado
a re-interpretar a cena procurando formas e texturas que levem a um enten-
dimento, e nem sempre essa re-intepretação pode ficar tão clara no preto-e-
-branco.
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Foto 1

© Marcello Cavalcanti

Foto 1
Foto 2 Foto 3
Árvore seca na blue hour, ilumi-
nada por light painting. Rio, 2014

Foto 2
Nascer da Lua cheia sob o Pão-
de-Açúcar. Equilíbrio total de
forças em imagem clássica mas
muito minimalista. Rio, 2017

Foto 3
Sobreposição de montanhas com
forte neblina. Canadá, 2018

Foto 4
Pescador na ilha de Providência.
Colômbia, 2018
© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti

Foto 4

© Marcello Cavalcanti
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Uau!
Chegamos ao final deste ebook, foram 30 dicas consistentes
que vão fazer você repensar a sua fotografia de paisagem, de
uma forma mais criativa mas também mais racional, prestando
atenção em todos os detalhes e não somente clicando o que
você - e todo mundo - está vendo.

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Te aguardo no Curso!
Abraços e até breve,
Marcello Cavalcanti
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@marcellocavalcanti1

Por Trás da Foto

Marcello Cavalcanti
Um dos fotógrafos de paisagem mais conhecidos do país, Youtuber com
o canal Por Trás da Foto, reconhecido por sua criatividade e versatilidade.

Marcello já ministrou dezenas de aulas presenciais de fotografia além do


seu Curso Online Fotografia de Paisagem, com mais de 400 alunos.

Vencedor de prêmios importantes de fotografia, incluíndo o Brasília Photo


Show e o Epson Pano Awards.

Fotógrafo consagrado no mercado fineart, com mais de 2500 fotos vendi-


das em 11 anos, para o Brasil e exterior.

Sócio da Gavea Editora de Imagens, empresa que licencia suas fotos para
projetos de empresas e quadros de arte e decoração.
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Cavalcanti, Marcello
30 dicas para o fotógrafo de paisagem [livro
eletrônico] : 10 temas 10 tipos de luz 10 abordagens
criativas / Marcello Cavalcanti. -- 1. ed. -- Rio de
Janeiro : Gavea Imagens, 2020.
PDF

ISBN 978-65-993808-0-8

1. Fotografia 2. Fotografia - Técnicas digitais 3.


Paisagens - Fotografias I. Título.

21-56560 CDD-771
Índices para catálogo sistemático:

1. Fotografias : Técnicas 771

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129


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© 2020/21 MARCELLO CAVALCANTI / GAVEA IMAGENS

O conteúdo deste e-book é de uso exclusivo do usuário que


adquiriu o mesmo legalmente, sendo vedado o seu uso pú-
blico, exibição, reprodução, cópia, venda, locação ou distri-
buição sob quaisquer formas, física ou digital.

Todas as imagens e textos deste documento estão protegi-


das pela LEI Nº 9.610, de 19/02/1998 (Lei do Direito Autoral).

Os infratores serão penalizados conforme a Lei.

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