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Ebook 30dicas Marcellocavalcanti
Ebook 30dicas Marcellocavalcanti
Ebook 30dicas Marcellocavalcanti
858-85 - HP10016152474773
Marcello Cavalcanti
10 TEMAS
10 TIPOS DE LUZ
10 ABORDAGENS CRIATIVAS
30 dicas
Para o fotógrafo de paisagem
1º Edição
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Marcello Cavalcanti
30 dicas
Para o fotógrafo de paisagem
Texto
Marcello Cavalcanti
Fotografias
Marcello Cavalcanti
1º Edição
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sumário
Introdução 4
O Triângulo Criativo 7
10 Temas 10
Desertos 11
Florestas 13
Praias 15
Mar 18
Montanhas 21
Lagos 24
Cachoeiras 26
Cenas noturnas 28
Cidades grandes 30
Cidades pequenas 32
10 Tipos de Luz 34
Blue Hour 35
Golden Hour 37
Luz dura 39
Nascer/por da Lua cheia 41
Lua cheia no céu noturno 43
Lua nova 45
Luz natural frontal 47
Luz natural lateral 49
Contraluz natural 51
Luz natural difusa 53
10 Abordagens Criativas 56
Linhas-guia 57
Luz e sombra 59
Padrões 61
Fotos com pessoas 63
Golden Ratio 65
Framing 67
Lightpainting 69
Horizonte 71
Perspectiva Dramática 73
Minimalismo 75
Seu voucher-presente 77
E-book Golden Hour 78
Sobre o autor 79
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Introdução
Olá, seja muito bem vindo(a) ao meu primeiro ebook,
30 Dicas para Fotógrafos de Paisagem!
10 Tipos de luz
10 Abordagens criativas
Boa leitura!
Marcello Cavalcanti
Rio de Janeiro, Novembro 2020
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O TRIÂNGULO
CRIATIVO
Entenda o que é esse tal Triângulo Criativo e como
ele pode te ajudar nas suas fotos, desde a concepção
até a criação final!
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O Triângulo Criativo
Não é fácil passar esse conceito de criatividade para os alunos, pois, é claro,
quem entra na fotografia começa pensando logo no equipamento que vai
comprar, eu entendo isso. Por isso eu sempre tive essa obsessão em tentar
simplificar o proceso criativo, ou pelo menos criar um método que eu pudesse
ensinar o meu aluno a ser criativo. Não é uma receita de bolo nem um método
definitivo, mas eu considero um excelente start.
Luz
Triângulo
Criativo
Tema Enquadramento
O que o Triângulo Criativo prega é a atenção, o cuidado, com estes três pilares,
fundamentais para que você pense e faça uma foto criativa. Ele funciona
como o triângulo da fotometria, você precisa combinar os 3 pilares de forma
harmônica, para chegar a um resultado impactante, criativo e diferente.
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Tema
O fotógrafo de paisagem tem sempre como tema ou plano de fundo, uma
paisagem. Mas, que paisagem é essa? É uma montanha? uma floresta? uma
praia? uma metrópole? Uma vila de pescadores? cachoeiras? a Via Láctea? São
infinitas as possibilidades de uma foto em ambiente externo, por isso, para
exemplificar, eu selecionei os 10 temas mais clássicos que os fotógrafos de
paisagem estão sempre clicando, e coloquei aqui neste e-book, com as minhas
dicas pessoais sobre como abordar o tema, que tipo de lente usar, fotometria,
acessórios, ideia de enquadramento, etc.
Os temas selecionados estão listados e dismistificados entre as páginas 10 e 32
deste e-book.
Luz
A luz é sempre o pilar mais importante da fotografia. Sempre. Porém, na
paisagem, muita gente acaba “esquecendo” de prestar atenção na luz, porque
parece que ela sempre está por lá, iluminando tudo de maneira homogênea e
claro, a paisagem chama muito mais atenção né..
Por isso , apesar de os 3 pilares terem o mesmo peso neste triângulo equilátero,
eu coloco a Luz no topo do triângulo, para chamar bem atenção do fotógrafo. A
luz natural, que é a luz do Sol, varia minuto a minuto, e o fotógrafo de paisagem
precisa se adaptar a cada momento destes e repensar a sua fotometria e
abordagem ao tema. Por isso coloquei aqui 10 tipos de luzes naturais, ou
seja, suas variações durante o dia - e a noite, porque não? - mostrando como
eu abordo criativamente cada uma delas. Os tipos de luz com todas as dicas
práticas estão listados entre as páginas 34 e 53 deste e-book.
Enquadramento
O enquadramento, que neste e-book eu chamo de “abordagens criativas”
é a forma como você vai encarar aquele tema. Qual a escolha de lente e
porquê? Em que ponto do frame vai colocar seu horizonte? Vai aproveitar as
fortes sombras? Vai incluir elementos demais ou deixar a cena mais vazia? Vai
fotografar em velocidade rápida ou bem lenta?
Todas essas decisões - e muitas outras - são particulares a cada fotógrafo, em
cada situação. Se eu colocar 10 fotógrafos na mesma cena de paisagem, (como
já fiz inúmeras vezes em aulas práticas), não terei 1 foto igual a outra, pois cada
um pensa diferente!
Para este e-book, eu selecionei 10 tipos de enquadramentos (existem outros
30 ou 40 pelo menos!) para te auxiliar a pensar na hora H, ou seja, o que posso
fazer para deixar a foto deste tema, com esta luz, ainda mais interessante? As
abordagens criativas estão listadas entre as páginas 56 e 76 deste e-book.
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10 TEMAS
Nas próximas páginas, você vai se deparar com 10
cenas típicas do fotógrafo de paisagem, com valiosas
dicas minhas sobre como abordar cada cena de
forma criativa e intuitiva.
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LENTES • A grande angular vai te dar a maior distância focal para criar uma
cena ainda mais vasta e vazia, se essa for a ideia da foto. Por outro
lado a teleobjetiva só vale ser usada se tiver planos para compressão, como
pessoas, dunas, etc.
Foto 2
Explorando formas e texturas
com o preto-e-branco no Vale de
La Muerte, Chile 2014
Foto 3
Quebrando a monotonia da vas-
ta savana verde com uma árvore
solitária no meio e um carro se
© Marcello Cavalcanti aproximando, para dar escala.
África, 2015
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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2 • Florestas
Foto 2
Distância focal fechada para criar uma ima-
gem densa. Canadá, 2018
Foto 3
Uma janela na mata atlântica, Rio, 2016
Foto 4
Experimente também enquadramentos na
vertical! Canadá, 2018
Foto 5
A lente macro pode te render ótimas fotos
em uma floresta. Rio, 2014
© Marcello Cavalcanti
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3 Foto 4
© Marcello Cavalcanti
Foto 5
3 • Praias
LENTES • A lente médio alcance (uma 28-135mm por exemplo) vai te dar o
máximo de versatilidade para explorar diferentes ângulos na mesma cena.
Cuidado com a grande angular, pode deixar a cena vazia demais. Use-a se
for explorar uma praia que tenha um primeiro plano exuberante, como
coqueiros, mata de restinga, pessoas, pedras, etc.
Foto 1 Foto 2
Foto 1
Foto 3
Explore a luz do nascer e o por do Sol
nas praias. Rio, 2019
Foto 2
Sombras alongadas e praias vazias, nas
primeiras luzes do dia. Bahia, 2013
Foto 3
Dias de ressaca também rendem boas
fotos, principalmente em PB. Rio, 2019
Foto 4
Abuse do primeiro plano quando esti-
© Marcello Cavalcanti
ver com uma grande angular. Rio, 2018
Foto 5 Foto 4
© Marcello Cavalcanti
Foto 5
A luz matinal bem baixa, sob a areia não pisada, criou uma
cena lúdica, como se fossem dunas de um deserto. Rio, 2020.
Foto 6
Vistas de cima, as praias rendem boas montagens panorâmi- © Marcello Cavalcanti
cas. Fernando de Noronha, 2014
Foto 6
© Marcello Cavalcanti
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Foto 7
© Marcello Cavalcanti
Os frequentadores das
praias podem ser pi-
torescos, e render fo-
tos bem interessantes
(Foto 7) ou então podem
preencher bem o quadro
apenas com silhuetas
no contraluz (Foto 8) ou
ainda, dar movimento à
foto, quado usamos uma
longa exposição (Foto 9)
© Marcello Cavalcanti
Foto 9
© Marcello Cavalcanti
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4 • Mar
• O mar , com toda sua fluidez, permite várias abordagens, mas vou citar
duas, uma distinta da outra: Ou calmo, plácido e colorido, passando uma sen-
sação de paz, ou agitado e com ondas, passando a sensação oposta.
• O mar muda de cor conforme o ângulo de incidência da luz solar (ou seja,
conforme a hora do dia). Observe essas nuances para escolher o horário ideal
para a sua foto.
• Alguns fotógrafos optam por fotografar o mar visto de dentro, usando uma
caixa-estanque para proteger a câmera; apesar de bem cara, a caixa-estanque é
uma ótima opção para ampliar as suas possibilidades criativas (foto acima).
ACESSÓRIOS • Nem tente usar o tripé dentro de um barco. Ele será útil
em terra firme, caso você queira fazer fotos lentas. Para isso, use também
um filtro ND - o circular variável é uma boa opção, pela versatilidade. O
filtro polarizador é útil para tirar o reflexo da luz do Sol no mar e deixar
transparecer as suas cores mais profundas. Utilize-o com a luz a pino,
próxima dos 90º (entre 11h e 13h).
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Foto 1 Foto 1
O mar visto de dentro de um bar-
co: valorização das formas, textu-
ras e reflexos da água. Rio, 2019
Foto 2
Mares de ressaca são incríveis de
fotografar, revelam toda a força
indomável da natureza. Utilize
velocidade alta de disparo.
Niterói, 2018
© Marcello Cavalcanti
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3 Foto 4
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
Se você gosta de um mar bem colorido, é o filtro
polarizador que você precisa ter. Ele vai eliminar os re-
flexos da luz solar na superfície da água e revelar as
cores mais saturadas. Isla Providência, 2019
Foto 4
Água do mar entre pedras? Use uma velocidade baixa
(1/5 por exemplo) para criar com a espuma desenhos
abstratos deste movimento. Rio, 2018 © Marcello Cavalcanti
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Foto 4 Foto 4
Parece uma superfície rígida, mas
é o mar em longa exposição (1
minuto). Rio, 2019
Foto 5
A relação entre o homem e o mar
pode ser amplamente explorada
na fotografia. Niterói, 2016
Foto 6
Montagem mostra como a cor do
mar muda de acordo com o tipo
de luz. Todas as fotos feitas na
mesma praia, em dias e horas
diferentes. © Marcello Cavalcanti
Foto 5
© Marcello Cavalcanti
Foto63
Foto
© Marcello Cavalcanti
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5 • Montanhas
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Luz lateral de fim de tarde valori-
za o vulcão Licancabur. Atacama,
Chile, 2014
Foto 2
Montanhas do Rio vistas de
longe, o achatamento dos planos
revela a relação de tamanho en-
tre elas e a cidade. Rio, 2019
Foto 3
Cuernos del Paine colocados em
segundo plano, contra as árvores
retorcidas do Parque Torres del
Paine. Chile, 2018. © Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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Foto 4
© Marcello Cavalcanti
Foto 4
Foto 5
Tem uma teleobjetiva? experi-
mente fotografar as montanhas
bem de perto.. El Chaltén, 2018
Foto 5
Nuvens em longa exposição pas-
sando por entre as montanhas.
Niterói, 2019
Foto 6
Montanhas escarpadas como o
Pão-de-Açúcar rendem boas
silhuetas em contraluz.
Rio, 2019
© Marcello Cavalcanti
Foto 6
© Marcello Cavalcanti
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6 • Lagos
Foto 1
Foto 1
Lago Tahoe em grande angular,
e sua relação com o entorno, co-
berto de florestas e montanhas.
EUA, 2014
Foto 2
Lago Nahuel Huapi, visto bem
de perto e em longa exposição (1
minuto) + filtro polarizador.
Bariloche, 2017
Foto 3
Lagoa Rodrigo de Freitas, em con-
traluz e final de tarde: o reflexo
aqui é bem vindo e valoriza a © Marcello Cavalcanti
foto. Rio, 2019
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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7 • Cachoeiras
LENTES • A grande angular vai ser útil se você estiver muito próximo à
cachoeira e quiser uma cena grandiosa. Se for fazer a foto de longe, pense na
medio alcance, acima de 40mm de distância focal, para não afastar demais a
cachoeira dentro da composição.
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Cachoeira com 6 minutos de ex-
posição deixou o rio com um as-
pecto bem diferente.
São Paulo, 2015
Foto 2
Cachoeira no Canadá, enquadra-
da pela floresta ao seu redor.
Banff National Park, 2018
Fotos 3 e 4
Cachoeiras podem ser exploradas
com o frame na vertical.
Ilha Grande, 2013, e Canadá, 2018
© Marcello Cavalcanti
Foto 3 Foto 4
8 • Cenas noturnas
LENTES • A grande angular é a “rainha” das fotos noturnas pois com ela
você consegue enquadrar tanto o céu quanto o chão, além de permitir mais
tempo de exposição sem borrar as estrelas. Quanto maior for a abertura do
diafragma, mais luz você será capaz de captar sem comprometer a qualidade
com ISO tão alto. Lentes com abertura f/2.8, f/1.8 e f/1.4 são as ideais.
Foto 1
Foto 1
Repare como dentro da cidade a
poluição luminosa é grande e
atrapalha a visualização das es-
trelas. Rio de Janeiro, 2018.
Foto 2
Já longe da cidade é que o céu
mostra a sua força, mesmo em
um dia com nuvens. Bariloche,
2018
Foto 3
Estrelas borradas em Star Trails,
exposição de 15 minutos. Jasper,
Canadá, 2018 © Marcello Cavalcanti
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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9 • Cidades grandes
LENTES • Para circular em uma cidade com apenas uma lente, eu indico a
médio alcance, é a mais versátil para isso, como uma 28-135mm por exemplo.
Porém, a grande angular, quando usada bem próxima ao primeiro plano
permite fotos grandiosas em cidades. A teleobjetiva vai ser útil para comprimir
planos no meio do caos urbano e também ser usada à distância, em mirantes.
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Todo o brilho de Las Vegas é vis-
tos melhor à noite. 2015
Foto 2
Fim de tarde em Nova York, 2013
Fotos 3
Fotos de cidades grandes tam-
bém funcionam bem na vertical.
Nova York, 2010
Foto 4
Santiago do Chile, visto de longe © Marcello Cavalcanti
com os Andes ao fundo. 2014
Foto 3 Foto 4
© Marcello Cavalcanti
© Marcello Cavalcanti
Foto 5
Foto 5 Panorâmicas também são uma
boa opção para retratar cidades
grandes. Rio, 2015
© Marcello Cavalcanti
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10 • Cidades pequenas
Foto 1 Foto 1
Explore a luz e o cotidiano. Cartagena, Colômbia, 2019
Foto 2
Toda cidade pequena tem uma torre de igreja para subir
e conseguir um ângulo previlegiado. Potosí, Bolívia, 2013
Foto 3
Observe portas e janelas interessantes. Paraty, 2017
Foto 4
Se o morador de convidar para entrar, entre!
Oca na tribo Maasai. Tanzânia, 2015
Foto 5
Placas e paredes pintadas a mão.. Valparaíso. Chile, 2014
Foto 6
Não esqueça o casario histórico. Sucre, Bolívia, 2013.
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
Foto 4
© Marcello Cavalcanti
© Marcello Cavalcanti
Foto 5
Foto 6
10 TIPOS
DE LUZ
Confira nas próximas páginas 10 condições
diferentes de luz natural e as minhas dicas para
saber lidar da melhor forma com cada uma delas.
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11 • Blue hour
Foto 1
Foto 1
Coqueiros em silhueta contra o
azul da blue hour, são os últimos
minutos de luz antes da noite.
Bahia, 2012
Foto 2
Mescla de tons rosas e azuis du-
rante a blue hour, minutos antes
do amanhecer. Rio, 2015
Foto 3
Pôr da Lua cheia durante a blue
hour. Repare no tom rosa e azu-
lado do céu. Barra de São João,
Rio, 2020 © Marcello Cavalcanti
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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12 • Golden hour
Bem mais popular que a blue hour, a golden hour é o momento que o
Sol está nascendo, ou se pondo.
• A golden hour acontece quando o Sol está entre -4º (não nasceu) e +6º (já na-
sceu, mas está bem baixo no horizonte). Isso vale para o nascer e também o
por do Sol.
• Com o Sol acima da linha do horizonte, você pode fotografar durante a gold-
en hour, tanto a favor da luz do Sol, capturando o cenário com belas cores
quentes, ou contra o Sol, criando silhuetas (foto acima). A luz à favor do Sol
chamamos de Luz Natural Frontal (p.46) ou Lateral (p.48), e a luz contra o Sol
chamamos de Contraluz Natural (p.50).
• Aplicativos como o Photographer’s Ephemeris (TPE) e o Photopills são eficien-
tes em mostrar a hora exata da golden hour na sua localização.
PLANNING • A golden hour dura mais tempo do que a blue hour, mesmo
assim antecipação é a chave para conseguir as suas fotos. Apesar de ser mais
longa, a cada minuto a luz muda e as cores também.
O QUE FOTOGRAFAR • Um erro clássico do fotógrafo de paisagem du-
rante a golden hour é concentrar suas fotos no Sol. Sim, ele é bonito e cha-
ma atenção, e é por isso mesmo que eu indico a não incluí-lo sempre na sua
foto, pois sua luz forte acaba por dominar a cena. O por do Sol é bonito de
se ver, mas nem tanto assim de se fotografar. Experimente apontar a sua
câmera na direção oposta ao Sol, ou seja, a favor da luz dele, para ver como
a cena também é belíssima. Se for incluir o Sol, trabalhe bem silhuetas mar-
cantes, de prédios, montanhas ou pessoas. A “regra” das nuvens serve tam-
bém para a golden hour; algumas nuvens no céu farão um grande espetá-
culo colorido. Esqueça filtros se estiver colocando o Sol na sua foto, eles vão
causar flares e manchas na imagem. Se a foto for lateral ao Sol, use um para-
sol para evitar essas manchas e reflexos na imagem.
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Foto 1
Foto 1
Forte tonalidade amarela no céu
durante a golden hour matinal.
Rio, 2019
Foto 2
Alpenglow, montanhas ilumina-
das pelo Sol durante a golden
hour. Chile, 2018
Fotos 3 e 4
Veja a diferença, sutil mas re
levante, de tonalidades entre a
blue hour (foto 3) e golden hour
(foto 4). E aí, qual você prefere
para fotografar? © Marcello Cavalcanti
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3 Foto 4
13 • Luz dura
Chamamos de “luz dura” a luz do Sol alta, a luz do dia, que ocorre a par-
tir das 7 horas da manhã, até umas 3 ou 4 da tarde, dependendo da época do ano.
É, basicamente, a luz diurna.
• Definitivamente essa não é a luz mais atraente para o fotógrafo de paisagem,
pois revela demais, retira sombras e deixa tudo com uma cara muito comum,
ordinária.
• Neste tipo de luz, o ideal é abusar da criatividade, para que a sua foto tenha
um algo mais, pois a luz não é o que vai chamar atenção na imagem.
• A luz dura também rende ótimos preto-e-branco, principalmente se a foto tiver
grandes contrastes de cor e formas e texturas aparentes.
O QUE FOTOGRAFAR • Tudo pode ser fotografado sob a luz dura, mas
seja criativo, fuja do tradicional e procure ângulos diferentes que valorizem
formas orgânicas ou geométricas. As melhores fotos em termos de cor du-
rante a luz dura são as fotos de mar; usando um filtro polarizador, este é o
horário ideal para conseguir a maior nuance de cores do oceano - verdes,
azuis, turquesas - pois a luz estará vindo literalmente de cima, chapada.
Quem fotografa com drone também gosta desse horário, principalmente nas
fotos em ângulo azimutal, perpendiculares ao chão.
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Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Paisagem sob luz dura. Nestas
condições, a foto depende muito
da beleza da cena para funcionar.
Atacama, Chile, 2014.
Foto 2
O céu azul da luz dura permite
uma conversão para o PB bem
contrastada. Rio, 2019
Foto 3
A luz dura é ótima para quem fo-
tografa na praia; o ângulo de en-
trada da luz na água favorece as
cores. San Andrés, Colômbia,2019 © Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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Todo mundo adora fotografar a Lua cheia. Mas o que muita gente não re-
para é que o horário ideal para fotografá-la é durante o nascer da Lua cheia, e
ainda mais incrível, durante o por da Lua.
• A Lua cheia recebe a luz frontal do Sol, portanto ela está sempre na posição
oposta do Astro-rei. Sendo assim, ela nasce quando o Sol está se pondo, e mor-
re quando o Sol está nascendo, sempre na direção oposta.
• Durante esse horário (por do Sol/nascer do Sol) ainda há iluminação na cena,
por isso é o horário ideal para clicar a Lua com todas as suas crateras e deta-
lhes, e ainda assim ter a cena iluminada. Geralmente ainda temos o céu amare-
lado ou mesmo arroxeado, o que cria um contraste incrível com a Lua.
• Ela nasce bem amarela, pegando a luz do Sol quente que entra resvalando na
atmosfera, e depois vai ganhando altitude e ficando mais branca.
Foto 1
Foto 1
Por da Lua, ja de manhã, sob luz
matinal à favor. Rio, 2019
Foto 2
Nascer da Lua com enquadra-
mento milimétrico, durante a
blue hour. Rio, 2018
Foto 3
Nascer da Lua cheia, durante a
transição golden/blue hour. Rio,
2015
© Marcello Cavalcanti
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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Quando a Lua cheia já está alta no céu, não há tanto o que fazer com
ela em relação à sua paisagem, pois neste horário, a cena já não tem mais ilumi-
nação natural, portanto você terá que fazer uma opção em relação à sua foto-
metria; se fotometrar para a Lua, a cena sairá escura. Se fotometrar para a cena,
a Lua sairá totalmente branca, sem as crateras.
• Muita gente faz duas fotometrias (uma para a Lua, e outra para a cena) e de-
pois cria uma montagem no Photoshop, com a Lua bem definida “colada” na
cena fotometrada para a paisagem noturna. Eu não sou adepto deste tipo de
recurso, mas é uma decisão particular de cada fotógrafo.
• A Lua cheia alta no céu noturno brilha tão forte que provoca sombras na
cena. Use isso a seu favor explorando estas sombras noturnas (foto acima).
PLANNING • A Lua cheia alta no céu é super brilhante, pois reflete com
força a luz do Sol. Apesar de não ser necessário um tripé para fotografá-la, eu
recomendo o uso, e também o foco no manual, para maximizar as texturas
das crateras lunares. Não é necessário nenhum filtro para fotografar a Lua
cheia.
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1 e 2
A Lua cheia reflete tão forte a luz Foto 2
do Sol que permite bricarmos
com silhuetas, seja com uma
lente teleobjetiva (Foto 1) ou com
uma grande angular (Foto 2).
Foto 3
A Lua cheia durante o ápice de
um eclipse lunar perde grande
parte da sua luminosidade e fica
avermelhada. Neste exato mo-
mento que dura alguns minutos
é possível fazer sua fotometria
para a paisagem, sem perder os
© Marcello Cavalcanti
detalhes da Lua. Rio, 2018
Foto 3 Foto 4
© Marcello Cavalcanti
Foto 4
Com a Lua cheia alta no céu noturno, ao fazer a fotometria
para a paisagem, ela acaba virando um ponto brilhante no
céu. Neste caso opte por um diafragma mais fechado, para
deixá-la com este “efeito estrela” e dar um pouco mais de
significância à ela na foto.
© Marcello Cavalcanti
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16 • Lua nova
O QUE FOTOGRAFAR • Durante a Lua nova, explore tudo que o céu no-
turno estrelado pode te proporcionar. Procure enquadrar o céu com elemen-
tos da Terra, como montanhas, árvores, cidades ao longe etc. Use uma longa
exposição (acima de 10 minutos) para criar os star trails, aquele efeito com as
estrelas riscando o céu. Por falar em star trails, caso você aponte a câmera na
direção sul ou norte, terá as estrelas riscando o céu em um eixo circular. Caso
aponte para leste ou oeste, terá as estrelas riscando de forma mais horizontal.
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Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Star trails circular, apontando a
câmera na direção Sul. Barra de
São João, 2020
Foto 2
Chuvas de meteoros são ótimas
de fotografar, pesquise sobre as
datas exatas da incidência delas!
El Chaltén, 2018
Foto 3
A Via Láctea é facilmente vista
no céu sem o brilho da Lua, espe-
cialmente longe das luzes das ci-
dades. Buzios, 2020 © Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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• Para fotografar a luz natural frontal você precisa estar de costas para o Sol,
apontando a sua câmera justamente na direção onde ele ilumina, como se colo-
casse o Sol atrás de você, no seu ombro.
• Essa luz frontal alonga as sombras, mas achata as texturas que existem na
cena. É como a Lua cheia, que recebe a luz natural frontal. Você enxerga todas
as crateras, mas sem sombras nem volume.
PLANNING • Essa luz baixa à favor ocorre por pouco tempo, não mais do
que 30, 40 minutos, aqui em regiões próximas à linha do Equador.
Seja prudente e chege pelo menos 1h antes, ao local que deseja fotografar,
para observar a mudança da luz e planejar suas fotos.
Mesmo em outros horários do dia, como 9, 10 da manhã, e 2, 3, 4 da tarde, é
possível olhar para o céu e observar em que direção a luz está iluminando os
elementos, e definir para que lado você pode fotografar com ela a favor.
O QUE FOTOGRAFAR • Tudo pode ser fotografado nesta luz, como belos
retratos de pessoas, montanhas, cidades, lagos, praias, etc. É uma luz muito
didática, que entrega muita definição dos elementos da sua cena; use isso
para fortalecer a sua composição e adicionar uma boa dose de dramatici-
dade à foto.
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Foto 1
Foto 1
A Lua cheia e o morro Dois
Irmãos, ambos recebendo a luz
natural frontal ao mesmo tempo,
às 7 da manhã. Rio, 2019
Foto 2
Fenômeno do alpenglow, quando
o topo de montanhas muito altas
são iluminados pela luz solar an-
tes do nascer (5 AM).
Canadá, 2018
Foto 3
Luz natural frontal iluminando
a savana africana, por volta das © Marcello Cavalcanti
16h da tarde. Tanzânia, 2015
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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A luz natural lateral é ainda mais interessante que a luz natural frontal.
• Tecnicamente, é a mesma luz, a diferença é a posição do fotógrafo em rela-
ção a ela. Nesta luz, você vai pegar o Sol lateralmente ou diagonalmente à sua
composição. Dessa forma, ele vai iluminar a cena alongando ainda mais as som-
bras e levantando todas as texturas possíveis que existam, em montanhas, su-
perfícies d’água, campos vastos, etc.
• O alpenglow, um fenômeno onde a ponta das montanhas mais altas é ilumi-
nada pelos primeiros ou últimos raios solares é especialmente interessante du-
rante a luz natural lateral, pois além de colorir a montanha, ele ainda revela to-
das as suas texturas criando sombras poderosas.
• Apesar de entregar lindas cores com essa luz, ela também favorece a conver-
são para o preto-e-branco, pois deixa a imagem bastante texturizada e com de-
talhes, o que é um dos pontos mais importantes para um bom PB.
PLANNING • Assim como a luz natural frontal, a luz lateral também é rápi-
da, e neste caso, ainda mais difícil de controlar pois as sombras vão se movi-
mentando, minuto a minuto (na luz frontal você não tem tanta influência das
sombras) Seja prudente e chege pelo menos 1h antes, ao local que deseja
fotografar, para observar a mudança da luz e planejar suas fotos com tran-
quilidade.
O QUE FOTOGRAFAR • Tudo pode ser fotografado nesta luz, como be-
los retratos de pessoas, montanhas, cidades, lagos, praias, etc. Aproveite as
sombras alongadas que ela fornece, principalmente de árvores. A cor quente
deste tipo de luz matinal (por volta dos 2000 a 3000k de temperatura) dei-
xam tudo em tons alaranjados e amarelados.
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Foto 1
Foto 1
Luz baixa, à favor lateral, ilumi-
nando o deserto de Red Rock
(17hs) e criando sombras bem
alongadas. EUA, 2015
Foto 2
sombras projetadas pela luz nat-
ural lateral, deixando as mon-
tanhas bem texturizadas, por vol-
ta das 16h da tarde. Rio, 2019
Foto 3
Luz natural lateral cria volumes
bem marcados, às 6 da manhã.
Bara de São João, 2020 © Marcello Cavalcanti
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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19 • Contraluz natural
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Contraluz com o Sol ainda alto,
repare como a silhueta não fica
tão definida, possibilitando out-
ras interpretações para a foto.
Rio, 2019
Foto 2
Forte contraluz de por do Sol no
Rio, com o Sol aparecendo na
foto. Rio, 2019.
Foto 3
Cidade de Nova York em um con-
traluz de por do Sol. Pelo horário
avançado já foi possível pegar as
luzes acesas. 2013
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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A luz natural difusa ocorre com os modificadores de luz natural que te-
mos no planeta: as nuvens!
• Nuvens são elementos muito interessantes para incluir nas suas fotos de pai-
sagem pois além de serem absolutamente únicas (uma nuvem nunca é igual a
outra) elas podem ser trabalhadas tanto em longa exposição quanto em fotos
rápidas.
• As nuvens deixam a luz do Sol suave, eliminam sombras marcantes e deixam
a foto menos tridimensional. Por outro lado, nuvens bem marcadas são muito
impactantes e trazem bastante dramaticidade à sua foto. Por isso, quando te-
mos grandes nuvens no céu, eu prefiro incluí-las com propriedade, para que fa-
çam parte da imagem final.
• Outro aspecto interessante são as nuvens baixas, elas se movimentam com
velocidade e muitas vezes abrem buracos para a luz do Sol passar, (foto acima)
criando cenas épicas que muitas vezes duram poucos segundos, o suficiente
para uma ou duas fotos. Esteja atento!
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Nuvem do tipo cumulonimbus
sobre o Rio. Repare como a luz
passa de forma irregular entre
ela, gerando diferentes silhuetas
nos morros da cidade. Rio, 2016
Foto 2
Nuvens baixas em longa ex-
posição criam um efeito mágico
na foto. Rio, 2019
Foto 3
Nuvens recebendo a luz da blue
hour e dividindo atenção com as
montanhas na foto. Chile, 2018
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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Foto 4
© Marcello Cavalcanti
Foto 4
Foto 5
Céu parcialmente nublado no Rio,
próximo ao por do Sol. Repare
como a luz natural incide apenas
em parte da paisagem. Rio, 2015
Foto 5
Nuvens envoltas nas montanhas
canadenses criam um “vulcão”.
Canadá, 2018
Foto 6
Nuvens altas (cirrus) criam um
céu super texturizado, ideal para
fotografias de paisagem dramáti-
cas. El Chaltén, 2018.
© Marcello Cavalcanti
Foto 6
© Marcello Cavalcanti
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10 ABORDAGENS
CRIATIVAS
Confira nas próximas páginas 10 ideias de
enquadramentos para você sair da mesmice nas suas
abordagens perante paisagens deslumbrantes!
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21 • Linhas-guia
• As linhas guia servem para orientar a observação da sua foto, por parte do es-
pectador. Elas guiam o olhar da forma como você planejou.
• Essas linhas podem ser paralelas, opostas, curvas, convergentes, radiais, etc.
O que importa aqui é tentar encontrá-las e orientar a sua foto para que elas sir-
vam de guia, de caminho para olhar.
• Em cenas de paisagem urbana essas linhas ficam mais evidentes, pois podem
ser bordas de prédios, ruas, estradas, marcações no chão, fios de postes, etc.
Em paisagens naturais é preciso um pouco mais de abstração e criatividade
para encontrá-las, mas podem ser árvores, montanhas, pedras e até mesmo a
espuma do mar contrastando com a areia. Pratique!
Foto 1
Foto 1
Trilho do trem e rio em cor
destacada marcam bem o camin-
ho do olhar. Canadá, 2018
Foto 2
As linhas-guia aqui começam pe-
las sombras e sobem ao alto da
foto com as palmeiras. Rio, 2012
Foto 3 e 4
Linhas convergentes ao centro da
imagem. EUA, 2014 e 2010
Foto5
Movimento circular de lightpaint- © Marcello Cavalcanti
ing mantem o olhar entre a Vista
Chinesa e a Lua. Rio, 2015
Foto 2 Foto 3
© Marcello Cavalcanti
Foto 4
Foto 5
© Marcello Cavalcanti
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22 • Luz e sombra
• Com a luz mais alta, (por volta das 11 da manhã, até 1 da tarde) procure lo-
cais que “estrangulem” a luz solar, como becos, ruas com prédios altos, florestas
mais fechadas, etc. Nesses casos, a sombra projetada será grande e muito bem
definida, o que também vai valorizar a sua foto.
• Esse tipo de foto funciona muito bem em cor, com cores bem marcantes e sa-
turadas ou então em preto-e-branco, igualmente contrastado.
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Forte sombra provocada por pré-
dio alto na orla do Rio, próximo
ao por do Sol de inverno. 2018.
Foto 2
Contraste entre luz e sombra no
Deserto do Atacama. Aqui forcei
o fotômetro em -1, e na pós-pro-
dução ainda acentuei as som-
bras, Chile, 2014
Foto 3
Projeção das sombras do Morro
Dois Irmãos no mar do Leblon.
Rio, 2013
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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23 • Padrões
Foto 1
Foto 1
Muro de plantas, com uma bela
quebra de padrão. NYC, 2013
Foto 2
Padrão geométrico dos trilhos de
bonde. Rio, 2010
Foto 3
Padrões erráticos da natureza
também podem ser explorados.
Rio, 2017
Foto 4
Linha diagonal formada por
© Marcello Cavalcanti
3 grou-coroados na mesma
posição, sob o fundo padronizado
em verde. Tanzânia, 2015 Foto 2
Foto 5
Espelhos d’água são ótimos para
observar padrões de repetição,
como este na praia do Leme após
uma grande chuva. Rio, 2019
© Marcello Cavalcanti
Foto 4 Foto 3
Foto 5
© Marcello Cavalcanti
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Valparaiso, Bahia,
Chile, 2014.
2013 © Marcello Cavalcanti
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Pessoas em movimento perdem
a identidade mas trazem história
à foto. Pescadores saindo ao
nascer do Sol, Rio 2018
Foto 2
Silhuetas também são interes-
santes, não revelam a identidade
e criam desenhos novos ou
inusitados, que são incorporados
à foto. Mirante D. Marta, Rio, 2019
Foto 3
Aqui o personagem não so-
mente dá escala à foto como aju-
da a contar a história do local. © Marcello Cavalcanti
Tanzânia, 2015
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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25 • Golden Ratio
• A Golden ratio tem vários nomes alternativos: razão áurea, espiral de Fi-
bonacci, número de ouro, proporção divina, entre outros.
• Esta é uma lei de composição encontrada na natureza, em formas naturais
como plantas e animais.
• Basicamente o frame é dividido sequencialmente na proporção de 1:618 para
criar um espiral. Através dessa técnica matemática chegou-se ao número Phi,
que arredondando, é igual a 1,618.
• Esta regra é extremamente popular entre artistas como pintores renascen-
tistas, que tinham a missão de representar figuras míticas e religiosas em cenas
épicas.
• É uma regra de explicação complexa, mas que podemos resumir da seguinte
forma : elementos posicionados ao longo da espiral invisível da proporção áu-
rea, ou nas regiões quadradas e retagulares determinadas, resultam em fotos
harmônicas e visualmente balanceadas.
Foto 2
Foto bem dividida ao meio, com
todo o movimento visual passan-
do pela Golden Ratio. Rio, 2017
Foto 3
Cidade perdida no deserto com
o peso visual na esquerda, sendo
suportado pelo vazio à esquerda,
e o ponto focal na placa de wifi. © Marcello Cavalcanti
Bolivia, 2013
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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26 • Framing
No framing, é comum que esta moldura natural fique fora de foco, pois ela
está muito próxima de você. Para que tanto a moldura quanto a paisagem
estejam em foco, você precisa e afastar dos elementos do primeiro plano,
seja com uma grande angular ou com uma teleobjetiva, para que o elemen-
to que esteja emoldurando a sua cena fique também em segundo plano, um
pouco afastado (foto acima). Porém, ao fazer isso, é importante tentar manter
esta moldura natural próxima das bordas do seu fotograma, para que el4a-
continue funcionando como moldura e passe essa sensação divertida e cati-
vante do framing.
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Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Por da Lua cheia na vila de pesca-
dores, emoldurada por uma ár-
vore seca no primeiro plano, des-
focada. Barra de São João, 2020
Foto 2
Surfista na onda. Para o framing
usei a janela de um castelinho de
areia na praia. Rio, 2011
Foto 3
Paisagem do Rio ao longe,
semi-emoldurada por enormes
pedras. Com a grande angular,
afastado das pedras, coloquei
elas em foco assim como o fundo. © Marcello Cavalcanti
Niterói, 2016
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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27 • Lightpainting
Foto 1
Foto 1
Luzes paradas, então movimentei
a câmera horizontalmente para cri-
ar uma cena urbana dinâmica. Nova
York, 2010
Foto 2
O avião passando no céu durante o
eclipse lunar deu o movimento que a
cena pedia. Rio, 2018
Foto 3
Aqui há 2 lightpaintings ao mesmo
tempo: o natural, provocado pela au-
rora boreal, e o artificial, feito pela luz © Marcello Cavalcanti
de uma fogueira próxima à arvore.
que deixou ela iluminada no escuro
total. Noruega, 2020
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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28 • Horizonte
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2
Céu dramático de nascer do Sol,
e chão no contraluz, desinteres-
sante. Coloquei o horizonte para
o terço inferior da foto, e dei
força ao céu. África, 2015
Foto 2
Aqui o oposto da Foto 1: Chão
texturizado e com padrões, e céu
comum. Subi o horizonte para ev-
idenciar o chão. Salar de Uyuni,
2013
Foto 3
Aqui, chão e céu texturizados.
Mantive o horizonte baixo para © Marcello Cavalcanti
dar espaço para o movimento
das nuvens. Chile, 2018
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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29 • Perspectiva dramática
Outro ponto importante é o tipo de lente a ser utilizado para esta técnica. As
mais indicadas são as grande-angulares, pois, com sua distorção ótica carac-
terística, conseguem aumentar os elementos que estão nas bordas da sua
composição e diminuir os que estão no centro, criando essa sensação de
grandiosidade. É importante lembrar que para este efeito funcionar é preciso
chegar bem perto dos elementos principais da sua foto.
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Foto 1
Foto 1
Foto vertical, de baixo para cima,
contrapondo geometria urbana e
natural. Rio, 2013
Foto 2
Copacabana vista do alto,
apontando a câmera para baixo e
na esquina, ganhando tridimen-
sionalidade com as linhas conver-
gentes das ruas saindo do mes-
mo ponto. Rio, 2015
Foto 3
Florestas de árvores altas tam-
bém merecem esse tipo de en- © Marcello Cavalcanti
quadramento. Bariloche, 2018
Foto 2
© Marcello Cavalcanti
Foto 3
© Marcello Cavalcanti
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30 • Minimalismo
Foto 1
© Marcello Cavalcanti
Foto 1
Foto 2 Foto 3
Árvore seca na blue hour, ilumi-
nada por light painting. Rio, 2014
Foto 2
Nascer da Lua cheia sob o Pão-
de-Açúcar. Equilíbrio total de
forças em imagem clássica mas
muito minimalista. Rio, 2017
Foto 3
Sobreposição de montanhas com
forte neblina. Canadá, 2018
Foto 4
Pescador na ilha de Providência.
Colômbia, 2018
© Marcello Cavalcanti © Marcello Cavalcanti
Foto 4
© Marcello Cavalcanti
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Uau!
Chegamos ao final deste ebook, foram 30 dicas consistentes
que vão fazer você repensar a sua fotografia de paisagem, de
uma forma mais criativa mas também mais racional, prestando
atenção em todos os detalhes e não somente clicando o que
você - e todo mundo - está vendo.
Te aguardo no Curso!
Abraços e até breve,
Marcello Cavalcanti
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@marcellocavalcanti1
Marcello Cavalcanti
Um dos fotógrafos de paisagem mais conhecidos do país, Youtuber com
o canal Por Trás da Foto, reconhecido por sua criatividade e versatilidade.
Sócio da Gavea Editora de Imagens, empresa que licencia suas fotos para
projetos de empresas e quadros de arte e decoração.
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Cavalcanti, Marcello
30 dicas para o fotógrafo de paisagem [livro
eletrônico] : 10 temas 10 tipos de luz 10 abordagens
criativas / Marcello Cavalcanti. -- 1. ed. -- Rio de
Janeiro : Gavea Imagens, 2020.
PDF
ISBN 978-65-993808-0-8
21-56560 CDD-771
Índices para catálogo sistemático: