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Alemão

Deutsch

Pronúncia: /dɔʏ̯tʃ/

Língua Falado em: Europa germânica e ao redor do mundo na


diáspora alemã.

alemã Região: Europa, África e América

Origem: Wikipédia, a Total Nativos: 90 milhões (2010)[1] a 95 milhões


enciclopédia livre. de falantes: Como segunda língua: 10–15 milhões (2014)[2][3]
Como língua estrangeira: 75–100 milhões[2]
Este
verbete cita Posição: 10
fontes, mas
estas não Família: Indo-europeia
cobrem  Germânico
todo o   Ocidental
conteúdo.     Médio alemão
Ajude     Alemão
a inserir
Escrita: Alfabeto latino
referências.
Conteúdo Estatuto oficial
não verificá
vel poderá Língua oficial de: 6 países[Expandir]
ser removid
o.—Encontre
fontes: Googl 3 dependências[Expandir]
e (notícias, liv
ros e acadêmi Códigos de língua
co) (Abril de
2019) ISO 639-1: de

Alemão (Deutsch [ˈdɔʏ̯tʃ] ( ISO 639-2: ger  (B) deu  (T)


escutar (ajuda·info))) é
ISO 639-3: deu
uma língua germânica
ocidental que é falada
principalmente na Europa
Central. É língua oficial e a
mais falada
na Alemanha, Áustria, Suí
ça, Tirol do
Sul (Itália), Comunidade
Germanófona da
Bélgica e Liechtenstein; é
também um idioma Distribuição da língua alemã:[Expandir]
governamental, mas não
majoritária
de Luxemburgo. As principais línguas que são mais semelhantes a alemã
incluem outros membros do ramo de línguas germânicas ocidentais, como
o africâner, neerlandês e o inglês. É a segunda língua germânica mais falada,
após o inglês.
Um dos principais idiomas do mundo, o alemão é a primeira língua de cerca de
95 milhões de pessoas em todo o mundo e a língua nativa mais falada
na União Europeia.[4] O idioma também é a terceira língua estrangeira mais
ensinada nos Estados Unidos[5] (depois do espanhol e do francês) e da UE
(depois do inglês e do francês),[6] a segunda língua científica mais utilizada,
[7]
 bem como a terceira língua mais usada em sites (depois do inglês e
do russo).[8] Os países de língua alemã estão em quinto lugar em termos de
publicação anual de novos livros, sendo que um décimo de todos os livros
(incluindo e-books) no mundo são publicados em língua alemã.[9]
O alemão deriva a maioria de seu vocabulário do ramo germânico da família
das línguas indo-europeias.[10] Uma porção de palavras alemãs são derivados
do latim e do grego, enquanto uma minoria vem do francês e do inglês. Com
variantes levemente diferenciadas, o alemão é uma língua pluricêntrica. O
idioma também é notável por seu amplo espectro de dialetos, com muitas
variedades únicas existentes na Europa e também em outras partes do mundo.
Devido à inteligibilidade limitada entre certas variedades e o alemão padrão,
bem como a falta de uma diferença indiscutivelmente científica entre um
"dialeto" e uma "linguagem", algumas variedades alemãs ou grupos de dialetos
(por exemplo baixo-alemão ou Plautdietsch)[11] são alternativamente referidas
como "línguas" e "dialetos".

Índice

 1Difusão

o 1.1Estimativa da quantidade de falantes

 2História

 3Classificação

o 3.1Língua oficial

o 3.2Língua minoritária

o 3.3Dialetos

o 3.4No Brasil

 4Gramática

 5Sistema de escrita

 6Nomes da língua alemã em outras línguas

 7Ver também

 8Notas

 9Referências

o 9.1Bibliografia
 10Ligações externas

o 10.1Em português e alemão

Difusão
O alemão é falado principalmente na Alemanha, Áustria, Liechtenstein, na
maior parte da Suíça (ver suíço-alemão), em Luxemburgo, na
região italiana do Tirol Meridional, no voivodato polaco de Opole (Oppeln), em
algumas comunas dos cantões orientais da Bélgica, em partes da Roménia,
nas regiões francesas da Alsácia (Elsass) e Lorena (Lothringen), bem como
numa pequena área no sul da Dinamarca.
Adicionalmente, a antiga possessão colonial alemã da Namíbia tem ainda um
certo número de pessoas de língua alemã, e existem minorias de língua alemã
em vários países da Europa Oriental, incluindo Rússia, Hungria, República
Checa, Eslováquia, Polônia, Romênia, Lituânia e Eslovênia.
O alemão também é falado na América do Sul, em certas regiões do sul
do Chile, em algumas comunidades da Argentina e do Paraguai, e
principalmente em certas porções do Brasil: na área meridional (nos estados
de Rio Grande do Sul e de Santa Catarina), no Espírito Santo e em
comunidades mais restritas no Paraná e em São Paulo.
Na América do Norte, os amish e alguns menonitas, entre outros grupos,
também falam uma forma ou outra do alemão. Por exemplo, em cidades
como Leavenworth (Washington) e em várias localidades do Texas e da região
central dos Estados Unidos.
Vale notar que o alemão clássico é muito difundido nos meios intelectuais e
acadêmicos deste país. A língua alemã também é uma das preferidas por
estudantes secundários e universitários. Cerca de 100 milhões de pessoas, ou
um quarto dos europeus, têm o alemão como língua materna.
É também a língua materna de grandes músicos (Mozart, Bach, Bach
(filho), Beethoven, Händel, Wagner, Mendelssohn, Liszt, Haydn, Schubert, Stra
uss (pai), Strauss (filho), Brahms, Schumann, Mahler, Orff etc.), escritores
(Goethe, Schiller, Thomas Mann, Heinrich
Mann, Brecht, Kafka, Zweig, Hölderlin, Hesse, Heine, Büchner, Trakl, Grass, B
öll, Handke, Tucholsky, Rilke, Jelinek, Müller, Broch etc.) e físicos,
matemáticos, químicos, psicanalistas, biólogos, sociólogos e filósofos ou
pensadores
(Einstein, Planck, Wegener, Röntgen, Mendel, Herschel, Diesel, Schrödinger, G
auss, Kepler, Boltzmann, Braun, Hahn, Ohm, Lilienthal, Otto, Fraunhofer, Hertz, 
Zeppelin, Wundt, Ebbinghaus, Riemann, Hilbert, Wöhler, Heidegger, Spengler, 
Ehrlich, Bloch, Schweitzer, Koch, Humboldt, Marx, Kant, Lessing, Schopenhaue
r, Engels, Freud, Rorschach, Cassirer, Mannheim, Hegel, Feuerbach, Haeckel, 
Jung, Benjamin, Wittgenstein, Husserl, Dilthey, Nietzsche, Haber, Fichte, Webe
r, Leibniz, Popper, Watzlawick, Habermas, Luhmann, Simmel, Tönnies, Adorno, 
Marcuse, Elias, Horkheimer, Arendt, Schelsky, Berger, Luckmann, Sombart, Be
ck, Hoppe etc.).
Estimativa da quantidade de falantes
Devido à dispersão dos alemães pelo mundo, bem como pelo fato do alemão
ser a terceira língua estrangeira mais ensinada nos Estados Unidos[5] e na
União Europeia,[12] a distribuição geográfica dos falantes de alemão abrange
todos os continentes habitados. Quanto ao número de falantes de qualquer
língua em escala mundial, uma avaliação é sempre arriscada devido à falta de
dados suficientes e confiáveis. Estimar um número exato de falantes nativos
alemães em todo o globo é ainda mais complicado pela existência de diversas
variantes cujo status como "línguas" separadas ou "dialetos" é contestado por
razões políticas e/ou linguísticas, incluindo quantitativamente variantes
pronunciadas como certas formas de alemânico (por exemplo, alsaciano),
[2]
 baixo-alemão,[11] e iídiche.[13][14] Dependendo principalmente da inclusão ou
exclusão de certas variedades, estima-se que cerca de 90-95 milhões de
pessoas falem alemão como língua materna,[2][15][16] 10-25 milhões como segunda
língua[2][15] e 75-100 milhões como língua estrangeira.[2][3] Isto implicaria
aproximadamente 175-220 milhões de falantes de alemão em todo o mundo.
[17]
 Estima-se que também incluindo todas as pessoas que estão ou estavam
tomando aulas de alemão, independentemente da sua proficiência real,
teríamos cerca de 280 milhões de pessoas no mundo com pelo menos algum
conhecimento da língua.[2]

Distribuição aproximada de falantes nativos de alemão ou de uma variante do alemão fora da Europa (de acordo com Ethnologue
2015[18], a menos que referenciado de outra forma)
O número de falantes não deve ser somado por país, pois há provavelmente uma considerável sobreposição; a tabela inclui variantes com status
controvertidos de língua separada.

Áf
No
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Arg Aus B Bol Ca Caza M Na va Par Rú Ur
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enti trál eli ívi na quist éxi mí Zel agu ssi ug
sil ile ael do Unid ma
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400 16 1.5 43 35 20 22. 36. 16 39 12 28. 1.10 4.7


Alemão 79. 178.
.00 — 0.0 00. 0.0 .0 0.0 — 50 00 6.0 4.1 .0 00 4.35 44.
oficial 000 000
0 00 000 00 00 00 0 0 00 38 00 0 4[19] 922

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— — — — .00 — — — — — — — — — — — — .00
riogrand
0 0
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Baixo-
6. 60. 80. 40. 40. 302
alemão/ 4.0 8.0 50.0 2.0 12.0
— 90 00 00 — — 00 — — 00 — — .90
Plautdie 00 00 00 00 00
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Alemão
15. 133
da 118.
— — — — — 00 — — — — — — — — — — .00
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Alemão
23.
de 10.8 40.
— — — — — 20 — — — — — — — — — —
Hutterit 00 000
0
e

História
Os dialetos sujeitos à segunda mutação consonântica germânica[20] durante
a Idade Média são considerados parte da língua alemã moderna.
Como consequência dos padrões de colonização, da migração dos povos
ou migrações dos povos bárbaros, das rotas de comércio e de comunicação
(principalmente os rios) e do isolamento físico (montanhas íngremes e florestas
escuras), desenvolveram-se dialetos regionais muito distintos.
Esses dialetos, muitas vezes mutuamente incompreensíveis, foram utilizados
por todo o Sacro Império Romano-Germânico. Como a Alemanha estava
dividida em muitos Estados distintos, não havia uma força unificadora ou
uma padronização alemã até que Martinho Lutero traduziu a Bíblia (o Novo
Testamento em 1521 e o Velho Testamento em 1534). Graças à tecnologia
inventada pelo compatriota de Lutero, Johannes Gutenberg, a difusão da língua
estandardizada foi muito facilitada (ver Revolução da Imprensa).
A variedade regional (dialeto) na qual Martinho Lutero traduziu a Bíblia hoje em
dia é considerada o modelo sobre o qual foi construído o alemão padrão
clássico ou Hochdeutsch. Hoch, "alto" e Deutsch significa "alemão clássico", e
não alto-alemão. Quase todo material utilizado pelas empresas de
comunicação e quase todo material impresso é produzido principalmente nessa
variedade ou dialeto oficial alemão. O alemão clássico é compreendido por
todo o país, mas todas as regiões possuem seus distintos dialetos.
O primeiro dicionário dos Irmãos Grimm, ou Gebrüder Grimm, do qual
dezesseis partes foram lançadas entre 1852 e 1960, permanece como o guia
mais compreensivo das palavras do idioma alemão. Em 1860, regras
gramaticais e ortográficas apareceram pela primeira vez no Duden Handbuch.
Em 1901, o Duden foi declarado o padrão definitivo do idioma alemão, em
relação a esses assuntos linguísticos. Somente em 1998, algumas dessas
regras foram oficialmente revisadas.

Classificação
O alemão é um membro do ramo ocidental da subfamília das línguas
germânicas, que faz parte da família das línguas indo-europeias.
Língua oficial
Conhecimento de alemão nos países da União Europeia.

O alemão é a única língua oficial na Alemanha, Liechtenstein e Áustria. É


língua cooficial
na Bélgica (com francês e neerlandês), Luxemburgo (com francês e luxemburg
uês), Suíça (com francês, italiano e romanche), na Itália (no Tirol Meridional),
em Sopron (com a língua húngara), em Voivodia de Opole (com a língua
polaca). [nota 1] É uma das 21 línguas oficiais da União Europeia, assim como uma
das três línguas de trabalho da Comissão Europeia (com o francês e o inglês).
Língua minoritária

Estatuto legal do idioma alemão na Europa:

  "Sprachraum alemão": o alemão é a língua oficial (de jure ou de facto) e a primeira língua da maior parte da

população

  Alemão é a língua co-oficial, mas não a primeira língua da maior parte da população

  Alemão (ou um dialeto alemão) é realmente reconhecido como uma língua minoritária

  Alemão (ou uma variedade do alemão) é falado em um território considerável, mas sem reconhecimento legal
É também uma língua minoritária
na Dinamarca, França, Rússia, Tajiquistão, Brasil, Polónia, Roménia, Togo, Ca
marões, Estados Unidos, Namíbia, Paraguai, Hungria, República
Checa, Eslováquia, Países Baixos, Eslovénia, Ucrânia, Croácia, África do
Sul, Moldova, Austrália, Letónia, Estónia e Lituânia.
O alemão já foi a língua franca das Europas central, ocidental e do norte. As
duas guerras mundiais, na primeira metade do século XX, diminuíram pela
metade o território alemão, consequentemente diminuindo a população que
falava o alemão como língua nativa. O alemão permanece como uma das mais
fortes e populares línguas estrangeiras ensinadas pelo mundo. O alemão é a
língua mais falada na União Europeia, mas a maioria são falantes nativos. O
idioma estrangeiro mais popular na União Europeia, depois do inglês, ainda é o
francês[carece  de fontes]. Tendo perdido mais ou menos um terço dos seus territórios
originais nas duas guerras mundiais, ainda existem comunidades minoritárias
germano-falantes em várias regiões da Europa, como Polônia, França, Países
Baixos, Bélgica, Dinamarca,
Lituânia, Kaliningrado (antigo Königsberg alemão), Eslováquia e Ucrânia.
Dialetos
O termo Deutsch, "alemão", é usado para diversos dialetos da Alemanha, nos
países circunvizinhos e na América do Norte e na América do Sul, por exemplo,
no Brasil (Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
Paulo), na Argentina, Chile e Paraguai, entre outros países da América do Sul.
Os dialetos da Alemanha são geralmente divididos em baixo-alemão, médio-
alemão e alto-alemão. Nem todos os dialetos alemães são mutuamente
inteligíveis.
Os dialetos do baixo-alemão ou baixo-saxão, como são algumas vezes mais
conhecidos, são mais próximos dos dialetos Baixo-Francônicos, como o
neerlandês, do que dos dialetos do alto alemão e, por uma perspectiva
linguística, não são parte da língua alemã oficial.
Os dialetos do alto-alemão, falados por comunidades germânicas nos antigos
países da União Soviética e pelos judeus asquenazes, têm várias
características únicas e são geralmente considerados uma língua separada:
o iídiche.
Existem também dialetos distintos do Alemão que são ou foram falados na
América, incluindo o alemão da Pensilvânia, o alemão colonieiro, o alemão do
Texas, o Hutterite German, e o Riograndenser Hunsrückisch (Hunsrückisch),
falado em toda a região sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná, e mesmo em grande parte de São
Paulo, Argentina, Paraguai e Uruguai que fazem fronteira com o sul do Brasil.
Os modernos dialetos do alemão oficial são divididos em médio-alemão e alto-
alemão. O alemão padrão é um dialeto do médio-alemão, enquanto as
variantes austríacas e suíças fazem parte do alto-alemão.
É fundamental ressaltar que as palavras "alto-", "médio-" e "baixo-" em relação
ao idioma alemão se referem às regiões demográficas ocupadas pelos povos
germânicos, sendo que mais ao norte encontram-se as regiões mais baixas,
planas e quase ao nível do mar; já as regiões mais ao sul correspondem aos
Alpes e às regiões mais altas e montanhosas. No sul do Brasil,
frequentemente, as pessoas imaginam que os falares dialetais germânicos
locais têm palavras como Platt ("plano" ou "baixo") associadas aos seus nomes
por sua língua ser de qualidade inferior e indesejável no universo dos idiomas.
No Brasil
Ver artigo principal: Alemão brasileiro

Localidades em Espírito Santo onde o alemão é co-oficial

Há quem argumente que o alemão falado no Brasil é de fato um regionalismo


brasileiro e não simplesmente uma língua estrangeira (sendo que o mesmo
argumento poderia ser feito referente ao talian, um dialeto ítalo-brasileiro com
raízes no língua vêneta e que é falado nas regiões vinícolas do Rio Grande do
Sul).
Cidades como Pomerode,[22][23] Jaraguá do Sul, Blumenau, Brusque,
Schroeder, Teutônia, Rolândia, Marechal Cândido Rondon, Santa Cruz do
Sul são apenas alguns exemplos de localidades onde se pratica a língua
alemã. Todavia, muitos teuto-falantes também moram no campo e estão
ligados à agricultura. Os dois dialetos do alemão mais difundidos no Brasil são
o hunsriqueano rio-grandense ou (Riograndenser Hunsrückisch) e
o pomerano (Pommersch/Pommeranisch). O Hunsrückisch original é um dialeto
falado na Alemanha e classificado como um dos dialetos que formam o
grupo Moselfränkisch, falado na Renânia-Palatinado (Rheinland-Pfalz).
Já o pomerano (Pommersch/Pommeranisch) é preservado na região
montanhosa do Espírito Santo e interior de Rondônia por meio da colonização
capixaba na região (o dialeto não deve ser confundido com o idioma cassúbio,
um idioma eslavo que partilha o mesmo nome); as primeiras migrações alemãs
no Brasil foram em direção às colônias lá localizadas, e havia dois grupos que
muitas vezes chegaram a rivalizar: os Pomeranos e os Baixo-Alemães. Com o
tempo o governo capixaba designa a educação destas localidades ao governo
alemão, que envia professores de lá, assim o baixo alemão passa a ser
ensinado nas escolas; o pomerano passaria a ser uma língua mais falada que
escrita, até hoje muitos habitantes de lá falam ambos os dialetos mas
escrevem apenas o baixo-saxão. Em 1975 as escolas são definitivamente em
português, e muitas cidades passam a ter o alemão como língua minoritária. É
comum encontrar falantes de ambos os dialetos, mas que sabem escrever
apenas o baixo saxão; hoje muitos sabem escrever apenas o português. Nos
últimos anos o governo do Espírito Santo incentiva o ensino do pomerano nas
escolas locais. Embora até hoje quase todas as famílias pomeranas falem a
língua materna, as falantes do baixo saxão estão perdendo suas tradições. É
comum encontrar placas de trânsito escritas em alemão em cidades
como Santa Maria de Jetibá na Serra Capixaba. Muitas rádios locais destinam
parte de sua programação, especialmente nos finais de semana (quando os
agricultores estão em casa), para a língua alemã de dialeto pomerano nestas
cidades capixabas.
Vale lembrar que ambos os dialetos são provenientes de regiões
da Europa onde surgiram originalmente.
Muitos imigrantes de outras regiões da Alemanha que iam para o sul acabavam
adotando o Riograndenser Hunsrückisch no Brasil, depois de uma ou mais
gerações. O idioma alemão do Brasil é mantido principalmente no lar, nas
comunidades e, desde a Segunda Guerra Mundial, passou a ser mais uma
língua falada do que escrita, sendo que a língua portuguesa tomou o seu lugar
nas escolas e na imprensa.
A expansão nacional dos meios de comunicação e dos transportes também
contribui muito para o declínio do alemão do Brasil. Se a história e, mais tarde,
a modernização serviram para desvalorizar este regionalismo, a Internet hoje
em dia, supremo meio de comunicação, vem permitir àqueles/as
interessados/as aperfeiçoarem seus conhecimentos linguísticos de forma sem
precedentes.
No ano de 2004, comemoraram-se os 180 anos da imigração e
do regionalismo teuto-brasileiro. Note-se que a maioria dos teuto-brasileiros
que é bilíngue somente fala o dialeto com as pessoas mais próximas e,
portanto, o dialeto passa despercebido na maioria dos casos.
Também foi aprovada, em agosto de 2011, a PEC 11/2009, emenda
constitucional que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual a língua
pomerana, juntamente com a língua alemã, como patrimônios culturais
do Espírito Santo.[24][25][26][27]

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