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OBJET IVOS D E
Definir finanças, as principais áreas de finanças e
Of;li
as oportunidades de carreira disponíveis nessa
área, bem como as modalidades jurídicas de
organização de empresas.
Descrever a função da administração financeira e
sua relação co m a teoria .eco nôm ica e a
contabilidade,
Identificar as atividades fundamentais do
OAJ~

.~ administrador financeiro da empresa.


Explicer por que a Illaximização da riqueza, e não a maxilllização do lucro, li a finalidade da
APREND Z A G E M
empresa e como as questões de agencyestão relacionadas a ela.

Compreender a relação entre instituições


financeiras (! mercados financeiros, bem como o
papel e o funcionamento dos mercados
monetario e de capitais.
Discutir os fundamentos da tributação de rendimentos e ganhos de capital de pessoas juridicas e explicar o tratamento de prejuízos
para fins de imposto de renda.

Contabilidade: Para entender as relações entre as funções de contabilidade e 2


finanças da empresa; como as demonstrações financeiras produzidas serão usadas na tomada de êliC tl na empresa; o problema de agency; a relação da empresa com
decisões de investimento e financiamento;
instituições e mercados financeiros.
o comportamento dos responsáveis pelos fundos da empresa, do ponto de vista ótico;
o que é um custo de agencl'e por que il empresa ê obrigada a tê-lo; como calcular os Marl<cting: Para entender como (lS atividades que você desenvolve serão afetadas
efeitos fiscais de transílções propOStíls. pela função de administração financeira. tais como as políticas da empresa em relação
à gestão de caixa c à concessão de crédito aclientes; o papel da ética IHI promoção
Sistemas de inforrnrlção: Para entender a organização i!a empresa; por (llJe o
de uma imagem sôlida para a empresa e
pessoal da area financeira necessita de dados histôricos e projetados para tomar
o papel que os mercados financeiros desempenham na capacidade de levantamento
decisões de investimento e financiamento; quais silo os dados necessarios pam
de recursos para financiar novos projetos.
determinar o imposto de renda devido pela empresa.
Operações: ParCl entender a organização da empresa e o funcionamento da função
t\tlrninistração: Para entender as modalidades jurídicas de organização de
de finanças em particular; por que a maximização de lucro não é o objetivo
empresas; as tarefas que serão executadas pelo pessoal da arca financeira; o
fundamental da empresa; o papel das Instituições e dos mercados financeiros no
objetivo da empresa; questões ligadas â remuneração dos executivos; o papel da
fornec imento de fundos para financiar acapacidade de produção da empresa; o
problema de agencye o papel da êllca.
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STARBUCKS
Ml\NTEr~[! ;J 1\ STARB UC KS
GUENH f r'jHTf

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s vezes, tem-se a impressão de que há uma Starhucks em cada esquina -e agora também em supermercados e hospitais. A empresa que
revolucionou a maneira como os norte-americanos pensam em café tem agora mais de 4.800 pontos de atendimento em todo o mundo e 15 milhões
de pessoas consumindo suas bebidas a cada semana.
O sucesso da rede está ligado a estratégias empresariais bastante especiais. Sua declaração de missão enfatiza em primeiro lugar a criação de um
ambiente de trabalho melhor para os funcionários e somente depois a satisfação dos clientes e a atuação da empresa como membro das
cOlllunidades locais. Por exemplo, a Starbucks foi uma das primeiras empresas nos Estados Unidos a oferecer assistência médica e participação
acionária aos funcionários que trabalhavam só Illeio periodo. A meta é criar uma experiência que gere confiança elll relação ao cliente. Os lucros
encontram-se entre os últimos principias norteadores da empresa.
A ligação da Starbucks com seus funcionários e clientes tem se traduzido em vendas e lucros tão fortes quanto seu café. O crescimento anual das
vendas, de 1997 a 2000, variou de 28 a quase 40%, e o crescimento anual do lucro por ação passou de 12 para 81%. Uma ação da Starbucks
comprada em novembro de 1996 valorizou 17% até novembro de 2001. Isso é mais do que o ganho de 15% obtido por outras empresas do setor e o
ganho de 7% daquelas pertaj1centes ao indice Standard & Poor's 500.
Alfesar da desaceleração da economia norte-americana em 2001, a empresa espera manter em ritmo acelerado seu
crescimento nos próximos anos. Embora alguns temam que a Starbucks tenha saturado o mercado interno, as vendas
continuam crescendo, com a introdução de novos produtos pela empresa. A Starbucks tem conseguido sucesso até em
mercados inesperados, como o Japão.
A realização dos objetivos empresariais, ao mesmo tempo em que faz aumentar a riqueza do acionista, exige um
planejamento financeiro seguro -captar recursos para abrir novos pontos de atendimento e construir mais unidades de
torrefação, decidir quando e onde colocá-los, gerir os pagamentos por clientes, reduzir os custos de compra e lidar com as
flutuações cambiais e outros riscos da compra de café em grão e da expansão em outros países. Para financiar seu
crescimento, a Starbucks abriu seu capital (lançou novas ações ordináriasl em 1992, e seus títulos sã'o negociados no
mercado nacional da Nasdaq. O lançamento seguinte de seus títulos envolveu debêntures conversíveis, ou seja, títulos de
dívida que poderiam ser convertidos em ações or"diriárias a um preço predeterminado. Essas debêntures foram
convertidas com êxito em ações
t ordinária's em 1996, e hoje a empresa praticamente não'tem dívidas de longo prazo. Como a Starbucks, toda empresa deve lidar com muitas
questões dilerentes para que sua

! situaç'ão'financeira permaneça sólida. Este capítulo apresenta a administração financeira eo "pªpel;flfnd amental que ela

exerce' pãra ajudar a empresa a atingir seus objritivosfinanceiros e . ~IjiJité-sâfíais. .

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F\ área de finanças é ;1111\1:'1 t.: din.1mica. Afeta d:lu:.mcl1lt 2: muitas possibilidades e


vida de IOda... :.~ pL~'(laS e OIg<1IlIZaçün ,. ] ·I~í
oporlunidéides de carreira nessa .leca. ü s princípios básicos de finanças que vocé conhecerá neste livro podem ser aplicados, de maneira
geral, a empresas de diversos tipos.

oque são finanças?


Podemos definir finanças como a arte c a ciência da gestãu do dinheiro. Pralica mente todos os indivíduos c organizações recebem ou
levantam, gastam ou investem dinheiro. t\ ,irca de finanças preocupa-se com os processos, as instituições, os mercados c os instrumentos
associados ;'1 transferência de dinheiro enrre indivíduos, empresas e órgãos governamentais. lvluitas pessoas poder;lo se beneficiar da
compreensão 00 call1po de finanças, pois lhes permitirá tomar melhores decisões finallceiras pessoais. Entender essa área também é essen-
cial para as pessoas que trabalham em atividades financeiras, porque poderão interagir eficazmente com o pessoal, os processos e os
procedimentos do campo financeiro.

Principais áreas e oportunidades em finanças


As principais áreas em finanças podem ser identificadas examinando-se as oportunidades de carreira. Por uma questão de praticidade,
essas oportunidades podem ser divididas em duas grandes partes: serviços rinanceiros e administração financeira.

Serviços financeiros

A área de serviços financeiros é aquela que se preocupa com o desenvolvimento e a entrega de serviços de ,-assessoramento e produtos
financeiros a indivíduos, empresas e órgãos governamentais. Envolve uma gama de
j::

oponunidades interessantes de carreira nos ramos de ser\'iços bancários, planejamento financeiro pessoal, investimentos, imóveis c seguros.

Administração financeira
A administração financeira preocupa-se com as (a rdas do administrador financeiro na empresa. Os administradores financeiros devem
gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa -financeiras e não financeiras, privadas e públicas, grandes c pequenas,
com ou sem fins lucrativos. Eles descmpenham as mais diversas tarefas financeiras, tais como planejamento, concessão de crédito a clientes,
avaliação de projetos dc investimento e captação de fundos para financiar as operações da empresa. Nos últimos anos, a mudança dos
ambientes econômico e regulamentar tem aumentado a importância e a complexidade da.s tarefas do administrador financeiro. Em
conseqiiência, muitos presidentes de empresas têm migrado da área financeira.
Outra importante tendência recente é a globalização das atividades cmpresariais. As empresas none-amcricanas têm aumentado muiro
as vendas, as compras, os investimentos e as operações de captação de fundos em outros países; cmprcsas estrangeiras também têm
incremcntado essas atividades nos Estados Unidos. Tais mudanças vêm gerando a necessidade de administradores financeiros capazes de
ajudar a emprcsa a gerir fluxos de caixa em divcrsas moedas, protegendo-a contra os riscos que decorrem nat\lralmente de transações
internacionais. Elnbora essas mudanças tornem a função de administração financeira mais complexa, podem levar a

"
I,;' lima carreira mais gratificante e satisfatória.

Modalidades jurídicas de orçJanização de empresas


Entrc as formas de organização de empresas, as três mais comuns são a firma individual, a sociedade por cotas e a sociedade por
ações. As firmas individuais são as mais numerosas. Entretanto, as sociedades por ações
são do minalHts nn termos de LllurarneIHo {" lucro líquido, c é basicamemt com das que este livro se prc(J· cupa.

Firmas individu ais


Uma firma individual é lima empresa qur pertence a lima IlIlica pesso<1, que a gere corl1 vistas a seu prôpflo lucro. Cerca de 750/0 de rodas as empresas são
firmas individuais. Geralmente, trata-se de lima pequcn::l empresa, C0l110 \lma oficina de bicicletas, o cscrllório de um pcrsonal u 3iner Oll de um encanador. Em
sua Jl1;'1io~ ria, são encontradas 110S setores de comércio ;.Hacloisra, comércio varejiS1i'l, serviços e construção civil.
Normalmcnre, a firma individual é gerida pelu proprietário, com a ajuda de alguns funcionários. Ele costuma utilizar recursoo;; pessoais ou obter
Clllpl('·qilllOS e é responsável pela rolllada de todas as decisões. () proprict:hio rem rcsponS:lbilidade ilimitada; todo o sCu patrimônio pessoal, c não apenas o
capital o riginalmcJlle aplicado, pode ser romado para saldar dívidas com credores. Os pontoS forres e fracos das firmas individuais estão resumidos na Tabela
1.1.

Sociedades por cotas


Urna sociedade por Calas envolve dois ou l11:1i5 proprietários atuando em conjunto COI11 o objctivo de ohler lucro. Esse tipo de socied:1de representa cerca de
I WYo do total de empresas, e elas costumam ser ma iores dü que as firmas individuais. As empresas dos ramos financeiro, securitário c imobiliário são os tipos
mais cOllluns d(' sociedades por cotas. As sociedades de conrabilidilde e corretagem de títulos geralmenre possuem grande nllmero de sócios.
Em sua maioria. as socieeiades por cotas ~:lO criadas com base em um contralO de associação. Em UIl1,l sociedade geral (O ll regular )) lodos os ~ócio~
possuem responsabilidade ilimirada e cttda um é leg:dll1l-nlc respollsável por m eias ~lS cií\fidas da soci(·dade. Os po nros forres e fracos ebs sociedades por
1

coras estão rc,>umidos na Tabela 1.1.

Pontos fortes e fracos das modalidades jurídicas mais comuns de organização de enlpresas

Firma individual Sociedade por COCas Sociedade por ações financi


POIHOS (on es ament
o.
Obtém
algtllll
Js
vantag
ens
flsCõll
s.

ImposlOS gcrõ-
llmelltC' nl:\is allos.
porque o lucro da
Pomos (racos empresa é tribulado.
Os dividendos pagos
o propnerario recebe rodos os lucros (c ;lssume IOdos os prejuizos). Cus{O baixo de organização. Lucro incluído e tributado na declaração de rcudimento de pessoa (ísica aos proprielários
do proprietârio. Indepel)dellCia. Sigilo. Facilidade de dissolllÇ30.
também silo
o proprierário Icm /'csponsobilidlJde ilil/litado -todo o seu património pessoal pode ser usado poU:1 pagar dividas da empresa. O poder limiwdo de caplação de tributados. CustO
recursos rende a restringir
mais elevado dto
o crescimcnto. O proprietário precisa ser um geslOr ('clélico. É difícil oferecer carreiras de longo prazo aos funcionários. Não tem continuidade com a mone do
()rganizaç.io que as
proprietário.
outras modalidades.
Sujeita a maior
Pode captar mais recursos do que as firmas individuais. Poder de endividamento ampliado ":Olll a existência de mais sócios. Maior disponibilidade de poder de gestão. regulalllelll:lç;lo
Lucro incluído e tribulado na declaração de rendimeIHo de pessoa física dos sócios.
governamental. Não
oferece sigilo,
porque os acionistas
precisam receber
demonstrações
linõ.lnceiras.
Os proprietários têm responsabilidade ·
ilimitada e podem ser obrigados a s31dar as dívidas de outrOS sócios. A sociedade ê dissolvida quando UIll dos sócios morrt. É dificilliquidar ou transferir:\ participação
de um sócio.
Os proprietários têm respoll5ohilrddde I;III;tadd, Oque garante que nào podem perder mais do que investem. Pode alcançar pone SlIbSl,lllCial com a
vend;l de ações. As participações (ações) S30 facilmellle transferíveis. Duração longa. Pode contr~H:\r administradores profissionais. Tem acesso m3is fãcil ~l
" !"
U!ll ;~ M)(jcd;H;~ i I ::(õ es é IlIll 'II!!"" :lll 1 ," i:J do P' ll I, . C OII! r, '0 i11Jlhél1l (111,0 'cm],I:-, ll lr1(i iCl ',
ela tem os podcn:s dt' lima plssoa física, no ~c.::llItdv de que pode mO"C:f :t)üc~ judiciais <: ser acioJ1,lti.l Judicialmente, assinar contratos c adquirir bens em seu
IIUIIII.:. Embora som elHe 15/Q de todas as empresas (enh:ln~ ("~sa forma de orga niznç;ioJ sociedade por ações é a modalidade domin:llHe de orga nização em termos
V
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de fatur;l melllo e lucro. (: rt~polls5 \'(,) por quase 90{Yo do bruralllclllo (' 80 dos lucros líquidos. Apesar de as soci<:dadcs por <1çõts CSlarun IJresentcs em
%

lOdo~ os !)c[()rcs de :ltivid;1Clc, as empresas induslriais siio responsá\"cis pela proporç;'io m:lior do faruramelllo c do lucro líquido. Os pOIHOS fOI tcs ~ (r.1(05 da
sociedade por ações estão resumidos na Tabel<1 l.1 .
Os propricLõÍrios de lima sociedade por açõc .... :'10 O~ scus acionistas, c sua pa rticipação acionária, ou capiwl, é evidenciada por
ações ordinárias ali preferenciais. I Essas fOflllõ.ls de participação serão definidas e discmidas no Capítulo 7i por enquanto, é suficiente
você saber que a ação ordimíria é a forma mais pura c fundamcnral de propriedade de uma sociedade por ações. Os acionistas esperam
conseguir reromo recebendo dividendos -clis· rribuiçõcs periódicas de lucros -Ou obtendo ga nhos cum a valorizaç~u de suaS açõcs.
Como se pode vcr na parte superior da Figura 1.1, os acionistas VOtam periodicamente para eleger os mem· bros do conselho de
administração e mudar os estallHOS da empresa. O conselho de administração é a maior autoridade em relaç;io à condução dos assumos
da empresa e à formulação de sua política geral. Entre os COIl selheiros hii altos executivos da própri ~l empresa e também profissionais de
fora, geralmente empresários bem· sucedidos (; executivos de outras organizações importantes. Os cOJlselheiros externos nas principais
empresas COStuma m receber UIll honorário anual de $ 10.000, $ 20.000 Oll mais. Além disso, freqüentemente eles rêm a
opção de comprar um Iltllnero estipulado de ações a um preço predeterminado e atraCf1[c.
O presideme (cbie{ excCIltive a{{ieer -CEO) é responsável pclo gestão dos opero,õcs no dia-o-dia C pela execução das políticas
determinadas pelo conselho. Ele é obrigado a apresentar relatórios periódicos ao conselho de administração.
É importante que seja observada a di\'isão cntre proprietários e administradores nUJlla sociedade por ações de grande pane, como é
mostrado pela linha horizontal rfacejada na f-igura 1.1. Essa separação e algumas das questões a eb relacionadas serão analisadas na
discussão sobre o proúlema de agcHC)', ainda neste capítul~.

Outras organizações com responsahilidade limitada


Várias outras formas de organização conferem responsabilidaue limitada a scus proprietanos. As mais populares são as sociedades
limitadas (limited pa,.tllers!Jips -LPsL as sociedades dc tipo 5, as sociedades por ações com responsabilidade limitada (/imit.ed liabilit)'
cor/JOrati01l5 -LLCs) e as sociedades por cotas de rcsponsauilidade limitada (limited liabilil)' parluerships -LLPs). Cada uma delas
representa uma forma especializada ou alguma combinação das características das modalidades jurídicas descritas anteriormente_<? que
possuem em comum é o fato de seus proprietários lerem responsabilidade limitada; comumente, contam com menos de cem sócios. Cada
uma dessas organizações é descrita sucintamente na T abela 1.2.

o estudo da administração financeira


A compreensão das teorias, dos conceitos, das técnicas c das prálicas apresentadas neste livro lhe permitiní familia rizar-se
integralmente com as atividades e as decisões do administrador financeiro. Como a maioria das decisões numa empresa é avaliada em
termos financeiros, esse profissional desempenha um papel essencial. Em todas as áreas de responsabilidade -contabilidade, sistemas de
informação, administração) marketing, operações c assim por diante -as pessoas têm necessidade de conhecimentos básicos d.l ftmção de
administração financeira.
Todos os administradores, independentemente das especificidades de sllas tarefas, lrabalham com pessoal financeiro quando precisam
justificar necessidades de comcatação de mão-de-obra, negociar orçaHlentos opera· cionais, lidar com avaliações de deseJnpenho
financeiro e vender propostas, pelo menos parcialmente, com base

J. Algumas sociedades por ações nito ((In acionistas, lIlas 'membras' que gttalmcnte (em direrlas semelhantes aos de acionistas -ou seja, direitO de \·010 c recebimento de dividendos. Alguns exemplos incluem
caiX:ls ecanômicõ1s, caoperati\·as de crêdilo, cooperativ<1s de seguro c uma grande variedade de org;loi1.;\. çôcs de caridade.
Estrutura de uma sociedade por ações estrutura genérica de uma socicda~e POI ações c du inca linanccila (mais claral

Acionislm

Proprietários

Administradores
í····················································· ..................
;\~l~t'r:;~i;,'M!
em seus méritos financeiros. Não há nenhuma dúvida de que os ndministradores que compreenderem o processo decisório na área financeira estarão mais
capacitados a tratar de questões financeiras C, porranto, conseguirão obrer mais facilmente os recursos de que necessitíllll para atingir seus objetivos. No
início de cada capíwln deste livro, a seção "Outras disciplinas" deverá ajudá-lo a entender as Illuitas interações da adminisrração financeir,l com outras
carreiras.
Com este esrudo, você ficará conhecendo as oporrunidadcs de carreira em administração financeira, resumidamente descritas na Tabela 1.3. Embora
este livro trate principalmente de empresas abertas com fins lucrativos, os princípios nele apresentados são igualmenre aplicáveis a empresas fechadas e
organizações scm fins lucrarivos. Os princípios de tOHlada de decisõcs abordados na obra também podem ser aplicados a decisões financeiras pessoais.
Esperamos que essa iniciação ao interessante campo das finanças sirva de base para um estudo complementar e, quem sabe} até mesmo para lima carreira
futura .
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'-nçúes I' In leSIH 1! ' lJ ilid é'.d e IlIn nada


'-r-;
Sociedade limitada (LI')

Sociedade de tipo S

Sociedade por ações com responsabilidade limirad<l (LLCj

Sociedade por cotas de responsabilid<lde limitada (LLP)"


Uma sociedade na qual um OLl 1l131 ~ SÓClUS têm responsabilidade IlIIul.iJa, desde qut: pelo
ll1enos um sócio (o SÓCIO gt'ral) {ellha respollSabilidade ilimitada. 05 sócios limitados
nâo podem (er \'Ol ativa na gestão da empresa; são investidores passi\·os.
I'"ra fins fiscais, tr:lt,I-SE' de ulIla f'l1,id~rle constituída de acordo cmn:l Scçfio S do Código Tributário, a qual permite:1 cenas sociedades por ações com 75 acionistas ou menos oplar por scrcllllrihuladas
comI) sOCICd:Hics pur Cotas. Seus 3CI011l<;(,15 obtêm os beneficios orga nizacionais de uma !>o... i,'d"ol:" 1101 ações e 35 ,'a ntagcns fiscais de: 11111 3 sociedade por coras. Entretanto, perdem ccrtas
\'.lIltagens fiscais [('Iacionadas:l planos de nposemadoria.
Permitida na l1laioria dos estados none·americanos, a LLC confele a seus proprietários, como aos das sociedades de tipo 5, responsabilidade limitada e tratamento (iscal de uma
sociedade por cotas. Mas, ao contr;Írio da sociedade de lipo S, a LLC pode com rolar mais de 80% de uma outra sociedade por ações, t' 3 S sociedades por :1çoes, socied:1des por cOI'as e
os não-residentes nos Estados Unidos podem possuir ações de LLCs. EI:l5 são apropri:ldas p:1r:J empreendimenw5 conjulHos de duas ou mais empres:ls (joint \'entult:s) ou projetos
desenvolvidos por 11m3 suusidiári:1.
Uma sociedade permitid:1 em muiws estados none·americanos; as normas variam de um cstado para outro. Todos os sócios tém responsabilidade limitada. São legalmente
responsáveis por seus erros de prática profissional, c não pelos dos OLUroS sócios. A LLP é tributada como uma sociedade por cotas. Eb é freqiiememenle lIs:ld'a por profissionais
liberais, como advogados e comadores .

•1

Nos últimos anos, essa modalidade começou a substituir as associ3Çõt~ profis~ionai$ -so<:ied3d~s form3tlas por grupos de profiu.ionais liberais como advogados c .contadof~s, proporcionando r('sponS3bilidad('
limiudll., exccto no qu(' diz. r('sp('ito à {('sponsabiHdadc por ~rros {(cnicos -por causa de suas vantag(,nl do pontO de vi na fiscal.

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Oportunidades de carreira em administração financeira

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prc\'isões financeira s, comp:1uçÕCS financeiras e tr3balho em COIlt:ttO próximo com :l
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An:lli '.!
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contabilidade. Gerente de investimentos Avalia e recomenda aq uisições de ativos. Pode envolver-se com os aspectos financeiros da
finan
ceiro implantação de investimentos aprovados. Gerente de financial1lelllo Nas empresas maiores, obtém financiamento para os investimentos aprovados. Coordena consultores, de
Basic projetos bancos de investimento e assessores jurídicos. Gerente: de caixa ~·lantél1l e çontrola os saldos diários de caixa da empresa. Com freqüência, gere as atividades de
amen recebimento e pagamelHo e as aplicações financeiras de cu no praz.o; coordena o financiamento de CU no prazo e as.relações'~om os bancos. Ana lista/gerente de crédito
te, Administra a política de crédito, avaliando solicitações de crédito. t quem toma as decisÕes rellHi\'as,.à concessão de ~rédito, mon'itora e executa a cobrança de contas a reccb~.
prep:l
fa os {.
plano
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finan
ceiros : .
e os Gerente de fundo de pensão Nas.ci'afld.es·cmprcsas,:~lipervisiona ou administra os ativos e passivos do fundo dé peilsao dos funcioriários'-' .
orça
Gerente de operações de câmbio Gere opcra~àes internaç!:º.fmis específicas e a exposição da empresa a flumaçàes de ta.x~s de câmbio.
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os da
empr
esa.
Entre
suas

1-1 o que são (illflllças! Explique corno essa área afeta a vida de todas as pessoas c organizações. 1-2 O que vem a ser a área de serviços finall
ceiros? Descreva o campo da administração fillanceira. 1-3 Qual é a modalidade jurídica mais comum de organização de empresas! Que
modalidade é dominante
de faturamento e lucro líquido? 1-4 Descreva os papéis e a relação básica entre as partes principais de uma sociedade por ações -acionistas, conselho
de administração c presidente. Como são remunerados os proprietários de wna sociedade desse tipo? 1-5 Enumere c descreva sucintamente outras
modalidades jurídicas de organização, além da sociedade por ações, que conferem respon~abilidade limitada aos proprietários.
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C/,PiTULO 1 o pi.!lJC::! C O a;nb'CI11t.: da adrnilHsuaçáo {mantclI;t
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J-(Í Por que o estudo d,l adminisl raç:1o (1llance ira l· t:l\1 impor!.1 nl\.:, 11l<.lepC'ndclHtmCnlt: (b ft I"t':l ~~pl..'cí fiC;} clt, alu:lção de 1I111 execulivo 1..'11 1 UlllJ
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Pessoas de rodas as áreas de responsabilidOldc dentro de lima empresa são forçadas a imcrar.ir com o p CSSO<l \ de finanças c os procedimenros da áre<t
financeira para cxecurar 'i U3 5 tarefas. Para que O pc~snal da ~rca de fi1lanças pussa fazer previsões lIteis c tolllar decisôes, deve estar di<;posw ;.1 C ser capaz de se
conllllltG1r l"om pcs· soas de outras áreas. A função de ad minisrraçilo íinallceira pode sn descrira, em termos amplos, consldcrandose seu papel dentro da
organização, sua relaç;lo COIll a reoria econômica c com a contabilidacll' t' :1" :ui\'icl:a.dcs básicas do administrador financeiro.

Estruturil da fllnção financ.elr,:


O porte c a relcvância da função de adminisrr<1ção financeir;1 dependcm do tamanho da empresa. Na~ peqllcnas empresas, a função financei ra
geralmenre cdesempenhadtt pelo depanamenro de (amabilidade, À medida que a empresa cresce, essa função se rr:ll1sform<l Ilum dcpanalllcnfO separado
c ligado direramenle au presidente da empresa, com a supervisão do diretor fin;1llceiro. A pane inferior da Figura 1.1 mostra a estrutura da função
financeira numa cmprcs<I típica de porte médio ou grande.
O resoureiro e o conrrollcr estão subordinados ao diretor financeiro. O tesoureiro (principal admlnislrador financeiro) normalmenre é responsável pela
gestão de :uivldades fin:lIlcciras, tais como planejamenro financeiro c captação de fundos, tOmada de decisões de IIlveStimClHo, ~estâ() de caixa, gestão de
atividades dI.:" crédito, gestão do {undo de pensão e adminisrraç:'io da ,lrca de câmbio. O cOlltroller (contador-chefe) lida com as ativid;Hlcs contábeis,
tais C0ll10 conrabilid:ldc gerencial, gestão de aS$t1l1ros fiscais, contabilidade {inanceira c COIltabilidade de custos. O foco de atenção do tesoureiro tende a
tcr c:1rárer mais externo, enquanro o do conrroller tende a ter caráter mais interno, As ali/Jidades do tesoureiro, OH admiHistrador { illflllceiro, cOl1sliwem o
le111(1 central deste livro.
Se vendas ou compras {ora do país forem imporrantcs para lima empresa, ela poderá llluiro bem empregar UIll ou mais profissionais de {inanças que
tenham como tarefa acompanhar e gerir a exposição a risco de perda com flutuações cambiais. Um adminisrrador financeiro rreinado é capaz. de cobrir ou
proteger a empresa cOlHra (ai perda, a um custO razoável, usando uma variedade de instrumt'lHos financeiros. Esses gerentes de câmbio costumam ser
subordinados ao resoureiro.

Relação com a teoria econômica

o campo das finanças está jmimamenre relacionado ao da economia. Os administradores finallceiros precisam compreender O arcabouço econômico e
esrar arcntos para as conseqüências da variaç~o dos níveis de atividade econômica e das mudanças de política ecollômica. Também devem estar preparados
para lIsar as rcorias econômicas como diretrizes para o funcionamento eficiente da empresa. Exemplos disso incluem a análise de ofcrt:l e demanda,
estratégias de maximização de luno e a teoria da formação de preços. O princípio econômico fundamental usado na administração financeira é a análise
ma.rginal, ou seja, o princípio de que uma decisão {inanceira deve ser tomada somente quando os benefícios adicionais superarem os Cllstos adicionais.
Praticamenre todas as decisões financeiras reduzem-se a lima comparação de benefícios marginais a cusros marginais.
EXEMPLO T Ja mie Teng é administradora financeira da Nord Department Stores, uma grande rede de lo jas de departamentos para uma clientela
de alto poder aquisitivo, situada no Oesrc dos Estados Unidos. Atualmenre ela cstá decidindo se substituirá um dos compurado[es da
empresa por um novo, mais sofisricado, que aceleraria O processamento e permitiria processar maior volume de r[ansações. O novo
computador exigiria o desembolso de $ 80.000, e o computador antigo poderia ser vendido por $ 28.000 líquidos, Os benefícios
torais com a compra do novo con1putador (medidos em moeda atual) seriam de $ 100.000. Os benefícios produzidos pelo
computador antigo no mesmo período (em moeda de hoie) seriam de $ 35,000, Aplicando a análise marginal, Jamie organiza os
dados da seguinte maneira:
I~

.1 lI,!>. I' u mll'!:!


t, i<..l'v;.. lJl I'~ . ,,,-, ., ." 11 ("....,n~ d\.'..:vj. ;,11&' 11 ,O,(J!l1 ) .CUlI >65.000 S 80.000
j 1) lSeJwfÍLios l1l~tI,(in.l is (:Hliciol),m) (:U~fO do no\'o Hllllpulador 1'-lcnos: receilrl cl)m ri \'cnd" do compul;1c!or amigo 28.000
52.000 S 13.000
(2) CUSI(I!> lIl.u J!lI1:lis (adKion:llS) Ih-nt fíno líquIdo (l l ) -(2)1

Como os benefícios marginais (adicionais) de ~ G5 .000 super~lI11 os clI:;rO$ lllargil1<l.is (adicionais) de S 52.000, Jamie <lC:lba recomendando a compra do
computador nov0 em substituiç50 ao antigo. A empresa (erá UIIl henefício líquido de $ 13. 000 com eSsa decisão.
1

caixa, a segUir:

Visão.conlábil (regime de compelência) Nassau Corporation !. Demonstração do resulla.dl? i do ano encerrado em 31/12

Receila de venda S 100.oão . , Menos: custos 80.000 Lucro liquido $ 20.000.


As a tividades financeiras (tesoureiro) c contábeis (controller) estão intimamcIHc rclacioll'ldas c com frc* qüência se sobrepõem. Na verdade)
nem sempre é fácil distinguir entre administração financeira e comabili+ dade. Em empresas de pequeno porre, o co ntroller comumente ocupa a
função financcica, (' em empresas grandes Illuitos contadores estão en\'olvidos em diversas atividades da área financeira. Enrrctalllo, existem duas
diferenças básicas enrre finanças e contabilidade: lima está relacionada à ênfase em fluxos de CaiXi:l, c ;.\ OlHra, ,i romada de decisões.

Ênfase em fluxos de caixa

.,
A função primordial do contador é produzir e divulgar dados para a mcnsuração do desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira,
c para o pagamento de in1postoS. De acordo com certos princípios padronizados e geralmenre aceiLOs, o comador prepara demonstrações
financeiras que reconhecem receit;;ls no momento da venda (quer renha sido recebido pagamenro quer não) e reconhecem despesas quando são
rcalizad<ls. Esse enfoque é conhecido pelo nOllle de regime de competência.
O administrador financeiro, por ourro lado, dá mais ênfase aos (luxos de caixa, na entrada (' saída de caixa. Ele mantém a solvência da
empresa planejando os fluxos de caixa necessários para que ela cumpra suas obri~ gações e adquira os arivos necessários para a lcançar seus o
bjerivos. O administrador financeiro lIS.\ o regime de caixa para reconhecer as receiras e despesas somente 110 que diz respeito às entradas c saídas
efetivas. Indepen+ cientemente de lucro ou prejuízo, uma empresa precisa ter um fluxo suficiente de caixa para saldar suas àbri+ gações.

EXEMPLO ,.. A Nass3u Corporntion, uma pequena revendedora de iates, vendeu um iare por $ 100.000 no ano passado. O iate foi
comprado durante o ano ao custo rota I de $ 80.000. Embora a empresa tenha pago integralmente o custo do iate durante o
ano, no final do ano ela ainda niío tinha recebido os $ 100.000 de seu cliente. A visiio contábil do desempenho da
empresa durante o ano é oferecida pela demonstração de resultado, e 3 visão financeira, pelo fluxo de

Visão financeira (regime de caixa)

Nassau Corpor3tion Demonstração do fluxo de caixa do ano encenado em 31112

Entrada de caixa s o Menos: saída de ca ixa 80.000 Fluxo líqujdo de caixa -$ 80.000
Atividades finnllceiras in
Atividades hasicas do ve
administrador financeiro Tomando sti
m
Tornando en
decisões de to
decis
ões fina

Num sentido contábil, a Nassau Corpora rion é rentável, ma~ em termos de fluxo efe
tivo de caixa é Ulll fr'1G\ SSO financeiro. A falta de flu xo de caixa da empresa resultou do 5<11
do de COlHas a [cceber, ainda não pag<ls, no v;,1101" de $ 100.000. Sem enrradas adequadas de
caixa para saldar seus compromissos, ela não sobreviverá, qualquer que seja o nível de seus
A lucros.

Como mostra o exemplo anreriof} os dados baseados nO regime de competência nela descrevem cornplcm n1ellrc as circunstâncias em que se enCOllrr3
t11ll:l empresa. POrl31llÜ1 () admitústrador financeiro deve ir além das dcmollsrr:l,·ões financeiras para idenrificar problcllla~ exisrcnrc:-. Oll fururos.
Evidentemcnrc os contadores estão cienres da illlPorrãncia dos fluxos de caixa, e os administradores fillanceiros usam (' compreendem as demonsfrações
1

financeiras baseadas no regime de competéncia. No cmanto) os administradores financeiros) ao se concentrarem nos fluxos de caixa) devem ser capazes de
evitar a insolvênc;a e a judar a empresa a :ltingir seus obje[;VOS fin~lIlceiros.
Tomada de decisões
A segunda diferença básica entre finanças e comabilidade rem a ver CO Ill ;l tomada de decisões. Os comadores dedica m a maior parte de sua atençao à
coleta e 11 apresel1lafão de dados finan ceiros. Os administradores financeiros avaliam as demonstrações conrábeis) produzem dados adicionais e tomam
decisões com base em sua avaliação dos rerornos e riscos correspondentes. Evidentemente) isso não quer dizer que os contadores nunca romem decisões ou
que os administradores financeiros jamais colelem dados. Ao contrário) significa apenas que os focos da atenção da contabilidade e da área de finanças S:10
muiro distinros.

Além de seu envolvimento permanente com atividades de 31l:ilise e planejamento financeiros, o administrador financeiro preocupa-se com a tomada de
decisões de inveslimento e financiamento. As decisões de investimento determinam tanto a composição quanto os tipos de :Hivos da empresa. As decisões
de financia mento dcterll1inalll tanro a composição quaDto os tipos de recursos financeiros usados pela empreSJ. Esses tipos de decisão podem ser
convenientemente visllaliz~ldos com a ajllda do balanço da empresa, C0l110 se pode ver na Figura 1.2. Entretanto, as decisões são realmente tomadas com base
noS efeitos de seus fluxos de caixa sobre o valor da empresa.

Q u ést õ es p·ar a r e v i são )


C~-------- --~~----------~

1-7
Quais são;\s atividades financeiras do tesoureiro) ou adminisrrador financeiro, ellllllll<l empresa madura?
1-8
Qual é o princípio econômico básico us~do na administrnção fin~' lnceira?
,.
<•

Como j-í foi ohscrvado, os prupriná rjo~ ele-1I1lU socit,t.l:1dc..' p01 ações (os ;lciollj:-'I;l~) n~ '[maII11CnlC n ão ~~() os íldrninistradores eb Cmpre"i;1 .
As ;lli"ich dco; do administr;lClor (ill<:lJ1cciro devem ser realizadas de l1lodo que ~e ~lI in j :1I11 os objetivos dos acionistíls. Na llI;1iori,l dus C~lSOS) ~l' ele for
bem -sucedido 11 t'~SC esforço) t3111bém n Lar ;Í :l!c ·\1l'-:lIldu O~ próprios objellvo", f inall<...cir(l~ l: prorí~~i()n:lis. Desse modo. os administradores financeiros
prr(1331ll co nhecer os o bjetivos dos propriclário~ da empresa.

,
:' :

Algumas pessoas acham que o objetivo da empres:\ é sempre m<1xilllJzar o lllcro. Para a lcançar esse ()bjerivo, o a dministrador finallceiro deveria escolher
somente alternativas (\e ;11;:1.0 que tendessem a contrihuir de malleira decisiva p;lr::l o lucro geral da tlllJ.'r1.·s;1. Entre cada alrerna riva que esrivesse sendo
cOllsidcrad:l, ele deveria opr<1r por aquela que apreSClHassc I1wior probabilidade de proporcion;.lr u J11:1ior reslllrado Illonc
uí ri O .
As sociedadc~ por ações COlllumClHe IlIcdt:1l1 os lucros em termos de lu cro por ação (LPA), o que representa
o resultado
rora l d o obtido
período) período
110 di EX EMpara cada aç;lo ordinária. Os valores de LPA são calculados dividindo-se o lucro
PLO
.. .. i·
~---º_nív~1 aos aci.~.I_~~(;lS urd~n~~~~ d~\ el~.~~s~, pelo número de ações ordin<Írias.
I, 'i

Nick Dukakis. adminisrrador financeiro da Ncpnmc fvl:tnllfac turing, empresa proclmor;:\ de componclltes para Illororcs náuticos, está preocupado com a
escolha entre duas "Irernarivas de inv('5[i l11cl1Io, os prod lHos Roror e Valvc. A rabe!.., ;lprescmada ;'I seguir mOSlr:l O LPA ~Ille c<lda inveslimenro deverá
proporcionar dl1f.\11 tc O pr.1ZO de tI·l·S anos.

Lucro por a,:lo (LPA)


Altern<t li\":l de ill\'CS lilll(' 1I1 0
Ano 1
I\no 2
An o .l
Em (crmos eb l11e t;l de lllaxi ll1izaçãoT de
01 ..1lucro,
dos MI OS O produto preferido dcveri<l ser O V..1I\"e, po rque seus res ulrados em [ermos de lucro por
ação são maiores no pnlZO de três anos ($1,3,00,2 c 3 co",r;] $ 2,80 do produto Rotor).

Mas será que a m<lximização do lucro é um objerivo r:lzm\vel? Não. Esse é UIll objetivo inadequado por três mo tivos: ignor;'l (I):l disrribui çJo dos
resulf:.1dos no rel11po, (2) os flu xos ele caixa disponíveis aos acio nisl"1s e
(3) o ri sco,!

Distribuição uo tempo
Como a empresa pode obter renclilllcnt"Os CO I11 os fundos que recebe, o recebimento lIlais rápido de (1Illdos semfJre é preferível. Em nosso exemplo.
apesar do LHO de os lucros rorais do produto Raro l" serem menores que os do produto Valve, o Roror oferece lucros por ação maiores no primeiro ano. Os
maiores resultados no ,-lIlO I poderiam ser rein vestidos para ger;lf lucros 111~\ iores no (muro.

Fluxos de caixa
Lucros Hão levam necessariamente ~l fluxos de caixa para os acionisras. Os propnet.lnos da emprCS;;l recebem fluxos de caixa sob <l forma de
p:lg;llllelHo de dividendos ern dinheiro pela empresa ou COI11 a vend"l de
~--
$11;1 ... açõe::. a pre\:o superior :10 de ('úlIl pra. Um I.P/\ ll1 :li~ alto nao significa nt:cc::'!)<lria IlICnlC quc O L(Jrb t:lIH, ti\:" :Hlminisu ação de uma empresa vot:tr:.í pelo
all lllento do pagamelHO de dividendos.
Além do mais, um LPA mais e1enldn não se traduz auroll1<uicamentc ("In pn:ço mais alto <1:1 a\~;)o. r\ ' t:Jllprc-'),ls :t.') veZeS j).lssarn por alllll(,lllúS de
lucro sem nenhulIla variação b\'OJ ~l\t(· 1 correspolldelll<: no pn.:\-(I d.l açJo. Somem"c ~c 0 $ <l lll11Cn w S de lucro fossem acompanhados de Illaiores fluxos de
caixa no futuro é q ll1: \.... dc"c-ri,l espt.:rar UIll preço mais alto eb ação. Por exemplo, lima empresa aUlante num semr muito competiti vo e de f CCnologia
avançada poderia alimentar sculuCi"o reduzindo significarivamelHe seuSgastos com pCSqUiSêl c clt,",cnvolvimento. Isso diminuiria suas despesa",
elevando, desse modo, seu lucro. Mas, como sua po<;içfio em ltflno.... COll1perit'ivos esta ri;l ellfraquecendo, o preço de sua aç:l0 poderia cair, já que llluiros
inve!>tidorcs bem inforrn,ldc)c; d venderiam ao vislumbrar fluxos dr caixa menores no futuro. Nes.se caso, O 3UI11CnLO de ll1cro seria acolllp~lllh;ldo po r
fluxos de caixa menores flllllramemé r, portamo, preço l1l:lis baixo da ação.

Risco
A maximizaçâo do IlIcro também descollsidcr'l () risco -a possibilid<1de de que os resultados efclI\'o\ sejam diferenres dos esperados. Uma premissa básica
{'m administração financeira é que existc uma relaçi10 dI.: compensação CJ1{rc reWrno (fluxo dr caixa) c risco. Retorno e risco, 1U1 lJerdade, siio os
deter1l1il1al11es btÍs;c(IS ar,/Jreço da nção, o f/f((l! re/1rescl1ta a riqueZ(I dos acionistns /In empresa.
O fluxo de caixa e o risco affr:llll O preço da ação de maneiras distilH;1s: geralmente, um fluxo maior de caixa esrá ,\5$ociado a um preço mais alto da
;'Ição. Risco IllClior rende a resultar em preço 111;'115 baiXO, porqllc o ;lcionisra precisa ser recompensado pelo risco mais ::l\m. Por exemplo, se for movida
uma aç~o illdiCla l co ntra a empresa pedindo indenizaç,lo subst:-el1cial, o preço de sua ação cerrameme cairá. Isso ocorre nãu por C~ IISH de liIII,1 rcduç:1o
imediara de ·flu xos de caixa, m aS em resposta <10 <l.Ull1en ro do ri sco d'l empresa -h:l ;l lgUIll<l chancc de que ela seja obrigada ;1 (nzer IIIll pagamenro
subsl<lncial no fururo, por forç"1 de UIll aC(JrdrJ Oll para cobrir a indenização de[crminada. Em tennos simples, 11111 risco maior reduz o preço (I;., ;'lção. Em
ga ;ll, os acionistas têm aversão ;l risco, ou seja, gosrariam de evirá-Io. Quando existe risco, eles CSpen11ll receb{'r (,lX,lS mais altas ele retOrno em ilwestimemos
com maior risco e r<lxas IllClis baixas em inv{'srill1cnros com menor risco. O ponto fundamental, que sná desenvolvido dcralhadalllcntc no Capítulo 5, é que as
diferenças de ris(ü podem afetar significativ;'lnleIllCo valor de um investilllcmo.
Como a 1ll3ximização do lucro nâo permite atingir 05 objetivos dos proprietários da empresa, ela 11(10 deve ser O objetivo da é.Huação do adminisrrador
financeiro.

o objetivo da empresa r, portanto, de rodos os seus adminisrradores e funcioná rios é maximizar a riquezn de seus proprietários, el/I lIome dos quais ela

é geridn. " riqueza dos proprierários, numa socicebde por ações, é mcdida pelo preço (1.1 i.lção, que por "lia vez se b.lseii1 11.1 distribuiçêlo dos resultados
(fluxos de caixê1) no rempo, em sua magnitude e em seu risco. Qllando examinam ca da alrernativa de <Iecisêlo fin<l l1ceir;l ou ê\Ç~O possível em
[êl~,~os~de -~I1l'p,lCro sobre·o pl:eço da ação dé.l empresa, os ndmi1rislradol'es fillan ceiros deuem aceitnr S011lcnte aqllelas altf!J'l/at;uas que tendem a
c1l1mental' o preço da ação. Esse processo é rcprescnr ado ll:l Figllra 1.3. Como o preço da ;lção representa a riqueza dos proprietários da empresa, :1 maximizaçjo
desse

Admini~trodór .....~

........... +......... >-

Aceitor
Maximização do preço (inonceiro ., da ação
Decisões financeiras e preço da ação
'I !<'Ira (\ (H.IU! 01$12 l hoje a maior associação de poupan ça P. a e o preço da ação
T cnda 51(10 sétima maIor il1stjtuiç~o fin anceira do IHlis. Se u praticamente
11 111 dI;; desempenho fll1anCeHO tem sIdo tão triplicou.
lim a Como foi
excepcional quanto seu rápido
pequena caixa econômicô no Noroeste dos Que a
crescimento. Sob a liderança financeira de William longbrake,
Estados Unidos, .1 administraç
diretor financeiro, seus ativos decuplicaram (a
Washington ão
S 220 bilhões) nos últimos cinco anos, os da WaMu
Mutual (WaMul e IlIcros cresc eram à media de 18.6% ... ao ano conseguiu criar
tanto desde gerentes ati! caixas, a promover a vend~ estavam na carteu a de elllprestimos, com
valor para o acionista? Quatro aquisições de de todo~ os produtos e afer eccl aos clientes exceção do s ernprestimos mais I entáveis.
grande porte
onivr:1 de atendimento mais elevado possivel. Apesill óas lIulUações das tax.as de juros
! desempenharam e111 2000, a Vvafvhr teve um lucro de S
Em CO!lscqü~ncia, o nurnero de clientes e o lucro
papel importante 1,9 brlhao -seu maior lucro anual até
por cliente dispararam. O UIIO filtor que
na adição do então. Obanco continuou a apresentar
contrihuiu para isso foi urna campanha
redes de resultados ainda melhores C111 200 1,
publicitária intelrgtm te, enfatizando o
agéncias. Um enquanto
atendimellto personalizado da \fI.'aMu.
fator importante
Mas não basta fazer crescer as receitas se as despesas não estão soh as tax as de juros caiam, aumentando o
também tem sido esforço de ve nda de emprêstimos
controle. Ao mesmo tempo que suôs receitas cresciam, sua eficiência
a maior hipotecários e atividades de
opcracional aumentava significativamente, sendo a melhor entre os
penetração nos relinanciélmento. Em conseqüência, a
principais concorrentes da WaMu.
mercados empresa conseguiu aumentar os
Longbrake e seus administradores financeiros estão em busca dividendos pagos, enquanto muitas outras
existentes. Mais
um fator constante de alternativas para elevar as receitas e melhorar os lucros. organizélções o reduziam. Sem dúvida,
diferencial é o Uma campanha bem·suce dida para aumentar as receitas provenientes Longbrakc e seus executivos conseguiram
plano de de tarifas pagas por depositantes e de outros serviços, imunes â criar valor
para os acionistas da WaMu.
remuneração com variação das taxas de juros de mercado, atenuou
". base em o efeito dessa variação sobre os lucros. Outra estratégia consistiu em
liquidar todos os empréstimos
desempenho
1.) ~ I,:,
introduzido por Fomes: add Plado de Stephefl Bd n. lhe revenue
Longbrake. Esse revolul10n ai Washmgton Mulual~. CFO, oul. 2001
.s...:', HCKto balKado de 1\\VI'.'.c{o.comJ; -Wash;nglon
plano incentiva Mutua1 prolits rise B4 percenC, ReUrefs BI/s;rless
todos os
,. ;','1 li Repofl. 16 out. 2001(texto bailtado da elibrarv. Bsk
funcionarios, ehbrlJ f}' com), e site da Washington Mu tilai ((~"".w.
hrp01.l...ó rios par a o financial1ll:lltu de residéncias uflllaHliliares Que I~·am(1 com)

preço maximizará a riqueza dos proprietários. Observe que os resultados ((luxos de caixa) e o risco são as va,'iáveis (undamentais de decisão na
11laximizaçiio da riqueza dos proprietários. É impo rttlllle reconhecer que o lucro por ação (LPA), visto C0l11 0 indicador dos resultados (flu xos de caixtl)
futuros da empresa, muitas vezes parece afetar o preço da ação. Duas qucstões importantes, relacionadas à m<1ximização do preço da ação, são
o valor econômico adicionado (EV A ®) e a prcocup::tçiio com os chamados grupos de interesse.

Valor econômico adicionado (EVA®)

o valor econômico adicionado (EVA®) é lima medida popular usada por muitas empresas para detcrminar se Ulll investimento -proposto ou existente

-contribui pos itivamente pa ra a riqueza dos acionista s.J Esse valor é calculado subtraindo-se dos lucros operacionais líquidos de um investimento o ClIStO
dos fundos utiliza dos para financiá-lo. Investimentos com EVA® positivo aumentam <1 riqueza do acionista, e aqueles com EVA® negativo diminuem
essa riqueza, Logicamente, apenas os primeiros in vcstimcntos são desejáveis. Por exemplo,
o EVA® de um investimento com lucros operacionais líquidos de $ 410.000 e custos de financiamento correspondentes de $ 375.000 seria igual a $ 35.000
(ou seja, $ 4 J0.000 -$ 375.000). Como esse EVA(/) é positivo, espera -se que o investimento aumente a riqueza do acionista e, portanto, seja aceitável.
(Modelos do tipo EVJ\® serão discutidos mais detalhada mente como parte da avaliação de ações no Capítulo 7.)
P:II.1 IIIH 1)0111 resumo do valor econõmico ,uJiclonaJo l F.VA®), \ '<'f Shallll Tu!!)'. "The 1('\11 kc)' 10 a e:lIing wealth ", f orfll llc, 10 seI. 1993, p. 38·49.
E (Iunnto aos grupos de interesse?
Embol a ,I meIa princip;ll sCJa.1 IIld>..JIl IJi.:1Ç:iO d,l riqun'iJ do... ~lL1uni::'las, mUIl,]Ci tmprcs;,lS :llllpli,-llll seu ío«() de ;,llcnç;1u p:ua incluir OlHrQS gl
IIpOS d" 111 te n·..,:-.('. Os ch:1lll:1d()~ grupo'i dt.' illll.:rt.'S$(' podem ser C0IllPU..,IU5 pOl funcion:1l p)!'t, cli('me~, fornecedor .... ..,. t r .... doln.
prnpriet;írios I.: Olltr(J~ (1)111 VíllddlJ económlcn clirdo ( I}in ,\ ClllprCS3. UI1l:1 org,l lliz;l~i1o (Jreo(Urnd" C0I111!r!f{){}S d(' ill1CreS5l? dclibcrad'lllll.:llll: t.:\"Il.:t <}glr de
1I1l1<l lllaJltir~1 q lU: os prejudique. A meta 11;10 é maximii';H o bCIll -('st~lr desses grupos, e sim m3Jlll--l0.
Esse novo ponto de visw não Illuda o oujttivo de maxin1izaç.'io da riqllcza dos acionistas. Ele i: enGuado como pane da ·responsabilidad .... social' da
empres<l. Esper:l-st quc eSS;J preocup:lção gere beneficios de IOI1)!,o prazo aus 3.cionisras, com :] ll1:lnlH~i1ç2io de relaçõc!) po!)illvas com os grupo'i de
imcrcsse. Tais relações dC\·L"1l1 diminuir Ogiro de grupos de lIuercsse, os conflnos e os litÍgiOS. Sem dllvida. a cmpresa pode ter ll1;l.1or faCilidade para a
Ic:lnç;'J!" seu oGjctivo de maximlzação da riqueza do"! acionistas estimulando a coupert\ção cum seus (llIlrt", grupos de iJ1lcrcsse, em vez de entr;lr em cOllfluo
((UH d es.

Nos llltimos anos, a éuc:c\ das ;liHudes de algumas. empresas tem sido ;llvo de muita atenção p OI" parle cb imprensa. Alguns exemplos lIlc1nelll ~Hll
acordo Ja Alllerican Express Co., no iníciu de 2002, para pag'H :b 31 milhões para encerrar UIll pJ"(KI.:~SO dt discriminação por 'it'XO e idade movido por ma
is de Cjll:ltrO mil mulhe!"c..-. que argumt'lH;:lV:1m nào fercm dc~irurJdo de condições Iguais de remuneração e prollloçao~ o caso dd Enron Corp., qllC
~nvol"eu os <llwe; eXl.:cmivoo;; da emprt.·S,l, os qU.Jis disseram em meCldos de 200 I a fUllcionário') que (inham ações ela empresa quc o preço dcStas,
[1,1 Ê'pOC<l em baixa, logo se recuperaria) ~o mesmo tempo que ven~ diam SUJ S :lções e, não muiro lempo dvpols~ requeriam <1 falência <.b empresa, e o
acordo da LiggcLr & f'vl eycrs. no início de J 999, de negociar o pagal1lt lH0 ~l longo prazo ele millS de $ 1 bilhilo em IIldenizações a (rabalhartorc'i. por
probkrnas de saúde.
Sem sombr., de dúvicb, esst!!) t: (JUlIOS ("asu~ st"melh~lnres levantalll a quCStdO d.l êlica -padrões ele condula
ou julgameIHo moral. Hoje em dia. ,I ,-olllllllldade el1\pres:1n~\1. em geral, e a comunidade fillanceir<l, em pan inllar, estão preocup~ldas com a in~lIll11ç.lo e d
:lplicaç~o ele padrões de é(ic~. A iinalidade desses padrões é 1ll0 t!V;H as empresas e os parricipanres do I1H.'rc<1do LI obedecer ranro ao conreúdo quanto ao
espíri(O das leiS e nOl"llus <!::t prática empresarial e pro(issioll<tl. [m SU~l m,lioria, os líderes empresariais crêem que aS empresas, na verdndc) fortalecem
slla posição ao manter padrões éticos elevados.

Análise dos aspectos éticos


Roben A. Cooke, um conhecido especia lisl<l em ética, recomenda que as perguntas a seguir se jam utilizadas para aVCllia[ a viabilidade ética de lima .
1ção pro post3:1

A <lção é a rbitrária ali caprlchos;l? Concenlr.l-se injustamenre Clllllm indivíduo Oll grupo?
J\ ação viola os direitos mo rai!» Oll leg<.lIs de <llgUIll II1divídllO ou grupo? 3, A ação está de acordo com os padrões morais aceitos?

4. Existem alternativas de ;'lção qU(' renderiam a causar menos danos efetivos ou potenciais?

Sem dúvida, a análise de tais perglllH3s ames de empreender alguma ação pode ajudar a assegurar SlI ;1 viabilidade ética. Especificamente, Cooke sugere
quc, alHes de \lma decisão proposta ser lomada, seu imp:1cro de ve ser avaliado sob vários ponros de vista:

Estão sendo violados os direitos de algulll grupo de interesse?


A empresa. tem algum dever superior com nlgum grupo de interesse?
A decisão beneficiará alg um grupo de interesse em detrimento de outro?
Se houver prejuízo a qualquer grupo de interesse, como ele deve scr compensado) se isso for possí\·el?
Qual é a rebção entre os acionistas e Outros grupos ele interesse?

4. Roben A. Cookr. "BusillCss clhics: :\ pcrspccli"c". In: Ar/lmr Alldcrsell wus 0/1 blls;lIess ('!h;cs. Chicago: Anhur Andcrscn. set. 1991, p. 2 c 5.
~ I1cwleU-Packard IHPl 101 fundada em 1939 por Bill alguns \ chamam de 'imperativo morar, no :::entido de .j _~~: · ·t
Hev" lelt e David Pé!ckard com base nos principj{Js de
negociação justa e respeito, muito antes que alguém que eles possuem direitos de rllopricdade e também
cunhasse a expressão 'respons iJ lJilidadc social da de que os admirllslr adores, em seu papel C0l110 dos acionista~ ~eJa. de ...Igurn modo, a CClusa do
empresa'. A HP considera seu compromisso de sempre agentes, são obrigados a se preocupar com os cOlnportamento antiético. ignorando o fato de que
'fazer o bem agindo bem' uma imp0!:1ante razão para ser
interesses dos acionistas. Muitas vezes, fazer quafquer meta de uma empresa poderia ser CItada
procurada por funcionários, fornecedores, clientes e
investidores. A empresa não deixa dúvidas Quanto a seu o que é certo se mostra coerente com a maximizaçao CC11ll0 fator que nressiona os indivíduos a agir do
compromisso com o aumento do valor de mercado de do preço da ação. Mas e se a preocupação com a maneim ômtiética.
suas ações ordinárias, mas tambêm se esforça para integridi'ldc levar uma empresa a perder Ulll contrato Os profissionais nas empresas norte-americanas têm
manter a integridade de cada funcionário em todos os mostrado uma tendência a agir de acordo com principios
ou fizer com que os analistas da ação mudem a
países nos quais atua. Seus 'padrões de conduta nos morais sólidos gerados por um embasamento fIloral
recomendação de 'compra' para 'venda'? O objetivo
negócios' incluem uma medida Que provoca a demissão ocorrido na infância que é cultivado na família e nas
imediata de qualquer funcionário Que tenha mentido. de maximização da riqueza dos acionistas continua instituições religiosas. Isso não impede que ocorram
Espera-se que seus auditores internos obedeçam a todos valendo, mas os administradores da empresa devem lapsos de éti ca, é evidente. Mas não surpreende que os
esses padrões, que estabelecem os 'principias mais agir sob restrições impostas pela ética. Essas diretores financeiros declarem que o principal atributo
elevados de restrições às vezes limitam as alternativas de pessoal que exigem dos formandos em fin anças é a ética,
etica e conduta cmplesarial', segundo o relatório escolha. Alguns criticas, erroneamente, supõem que e a colocam acima de habilidades de relacionamento,
anual de 2000 da HP. o objetivo de maximizaçao da riqu eza capacidade de decisão e habilidades computacionais. A
HP está ciente dessa necessidade e a tem
A maximização da IiQueza dos acionistas e o que , ,..... ~, 1 l'
institucionalizado na cultura e nas políticas da empresa.

,.
, Hoje cm dia, cada ve7, mais emprcsas estão lidando diretamente com as quesrões éricas por meio da institui

. ,.
ção de políticas éticas e exigindo que os funcionários obedeçam a elas. Com freqüência, eles são obrigados a

,,
assinar uma declaração formal de obediência às políticas éticas da empresa. Tais políticas aplicam-se aos profis
i'

,; sionais que atunm em contato com todos os grupos de interesse da empresa, incluindo o público em geral. Muitas organizações também obrigam
os funcionários a participar de seminários e programas de treinamento em ética. Informações adicionais sobre os dilemas e as
questões de ética com que às vezes defronta o administrador financeiro são fornecidas na seção " Na prática", que aparece ao longo
de todo o livro, indicando explicitamente sua preocupação com essas questões.

Ética c preço da ação

;
i Anedita-se que um programa eficaz de ética eleve o valor da empresa. Um programa desse tipo pode pro
~

; t" duzir lima série de benefícios: reduzir a ocorrência de litígios c reduzir os custos judiciais; manter uma imagem positiva da empresa; alllllentar a
confiança dos acionistas c conquistar a lealdade, o comprometimento e o respeito dos diversos grupos de interesse vinculados à
empresa. Tais ações, preservando e ampliando o fluxo de caixa e reduzindo o risco percebido, podem afeta, favoravelmente o preço
da ação da empresa. O comportllmenta ético, portmlto, é visto como necessário para que seia alcançada a meia de mtlxÊm;zaçiio da
riqueza do proprietário. 5

5. Para Uilla discussão mais aprofund",da sobr~ ~ssa qu~sfão ~ corrdatas feita por di\'~CS05 3cadrmicos ~ profissionais ~m finanças que: se: preocupam basunle: com a ética nCSS:l :irea, \'cr Jamcs S. Ang, "011
fin"'ncial elh ics·. Fimmciol Mmwgemt:nt, OUlono J 993, p. 32·.59.
J::i vimo.;; que a 111('1(1. da administrac;ão fill :1 l1ceira deve ser .1 1ll.1X IIll17.a\~ão da riq ueza do~ propncl:Íno~ da
tmplTSi1. Portamo, podl:lllo<; VL'f O!-adrnilllslf<idorn COIllO Ilgcllk5 du... proprier<lrios, lOillr;H,ldcl\ pOI tles com a
ranJa de gerir a Clllpre~:1. TeCflIG111lL'IHC íalando, qu.dqucr adlllilll::'lrador que possua menos ch· 100",;, d:l cmprc\a
é, õ11<' ceno ponto, \1111 agente dos demais proprierários. A separação entre proprietários c ;ldrn1l1istradorcs é
IIldicada por lIrna lillha horizumallfélcejada na r-igura 1.1.
Na reoria, a maiori,l dos adminisrradores financeiros concordaria COI11 a mera de maxirnização d:l riqueza dos
propricrclrios. Na prálica, porém, os administradores também se prCÚCup:l111 com a prúpri<l riqH~Z:l, ("Olll a segu
rança no emprego c com bellefícios indirews. -rt1is preocupações podelll f:17.cr com que eles rclmelll l!1ll assumir
riscos muito elevados caso achem que isso possa élmeaçar seu emprego ou reduzir SLla riyueza pessoa l. O resultado
seria UIll rcrorno inferior ao máximo possível C lima perda provável de riqo<:za para os propric-drios.

Definição do problema de age/lcy


Desse conflito elltre objetivos de propricdrios e de adminislI·adorcs decorre o que tem sido chamado de problema de ngel1c)', ou seja, a possibilidade de os
admillistradores colocarem seus o bjcti\'os pc~soais à freme dos objetivos da cmprcsa.6 Dois farores servelll para que os problemas de agenc)' sejam evitado~ ou
11111l11ll1Zados: as forças de Illcrcarlo e os custos de agency.

Forças de mercado Uma força de mercado é represellt ~1da pdos aciunistas importantes, panicularmentc
os gr:lndes illvestidores instituciollais, como os fllndos de invesrllllenro, as empresas seguradoras (' os fundos de
pensão. Esses detentores de grandes blocos de :lções de 0111;1 empresa exercem prcssao sobre a administração
para que se preocupe com o desempcnho dela. Qualldo n('ces~jl"1o, rles ext::rccm O direito de votO como acio
nistas para substiruir adminlstradorcs cujo desempenho deixe:l dcsej:u-.
O llrra fo rça impon:I.IHc dc mel"cado é a ameaça d~ cOllquisla de controle por Outra empresa que acredirc ser
capaz de elevar o valor da c.=mpresa visada, reestruturando SU:1 gestão, Sllas operações e suas finanças.? A
:uneaça constantc de lomada de conrrole rende a motivar a adll1inisrraç:1o a élgir de acordo com os inrcresses cios
proprierários da empresa.

Custos de agenc)' Para minlllllzarell1 os problemas de agell c)' c contribuírem para a m3 XIIl11Zação da riqueza dos proprictários, os acionistas incorrem em
custos de agenc)'. Trata-se dos cusros de monitoramento do comporramclllo dos adminisrradores, proteção co ntra aros desonestos por parte deles e concessão de
incentivos pecuniários a esses profissionais para maximizar O preço da ação.
O enfoque mais po pular) poderoso c caro é estrutura l" a reIJllmeraçâo dos administradores para quc fique alinhada com a maximização do preço da ação,
O o bjerivo consiste em oferecer incentivos aos administradores para quc ajam de acordo com os inreresses dos proprietários. Além disso, os pacotes de
remuneração resultantes permirem às cmpresas competir pelos melhores administradores disponíveis no mercado, aumentando, assim, suas chances de contrará-Ios,
Os dois principais tipos de planos de remuneração são os de incenrivos e os de desempenho.
Os planos de incentivo tendem a vincular a rellluneração dos administradores ao preço da ação. O mais popular é o que prevê a concessão de opções de compra
de ações aos cxccmivos, permirindo-Ihes a aquisição de ações ao preço de mercado fixado no ::Ito de sua concessão. Se esse prc<;o se elevar, os executivos serão
recompensados, porque poderão vender as ações ao preço mais alto de mercado.
lVluitas empresas também adotam planos de descmpcnho~ que vinculam a remuneração dos admilIistradores a medidas como o lucro por ação (LPA) o
crescimento do lucro por ação e Outros índices de retorno, As açõcs por descmpcnho, dadas a executivos em decorrência do cu mprimento de metas predeterminadas
de desempenho, são [reqiientemen[c utilizadas nesses planos. Outra forma de remuneração villculada a desempenho é representada pelas bonificações em dinheiro
(ou bônus), ou seja) pagamentos vinculados ao cumprimcnto de certas metas.

O problema de agCI'C}' e outras questões a ele rdacio!1i1das {Or:1I11 originalmt'nte (.Ii~(utidos por Micll;le! C. Jensen e William H. Meckling, "The()r)' of lhe fmn: Olauagerial behavior, agenC)' COSIS and
ownership SltUelUre", j OI;n ltll of Filltlllcial Economic.J, J, OUI. 1976, p. 305·306. P:ara uma discussão m;\is apro· fundada do artigo de Jeosen e Meckling e pesquisas postaiores sobre o problem3 de tlgC'llC)', ver
Willíam l. Megginson, Corporotc (illonu ti/cor)". SoStoll , MA: Addison W~ley, 1997, Capilulo 2.
Uma discussão detalhada dos aspectos imponames das operações de conquista de COntrOle é. feila no Capílulo 17, Fusõt's, aquisições atavaneadaS!' faténcia de empresas".
W

" anel I:';"i.,.hange C0Il11l11~SI0I1 (~E.CJ 1~'Jll qll('!:I(ionaelo publicamcnrc t1 peninéncia dos pacotes de rCll1ullcr:lçâo lllu!(imilionanos
que muitos tx(,:cll{i\'tJ~ l t:u...bclll. Por exemplo, os trh CEOs mais bt l11 pagos em 200 I foram (1) L~wrcllce Ellisol1, da Oraclc, que
ganhou S 706, 1 Inilhõesj Jozef Slrau"i. da JDS Uniphase, que f(.'I.c·bl.'u $ 150,8 milhõc.;;, c (3) Iloward 5010111011, no
ForC!'.1Llbor'llOries, quc ganhou $ 14t:,5 milhões. Em d~ci lllo lugar na mesma lista, estav::! Tilllurhy Koogle, eb Yahoo!, qu(' reecheu S
P\~1C
64,6 milhões. No ano de 2001, ,l rellluneração média dos CEOs de grandes empresas Ilorre-amcricanas c:liu 16% ('JIl rel:lç~lO a 2000.
lj. 1.,'
Os CEOs d;lS 365 maiorcs emprcsas nort<:-:tmCriCHl:ls, ptsquis:1oas peb revi~l;l J3 11siJ!eSS W"eek , lIsando dados da ba::,.c
Il'm
EXCClICOlllp da Standard & Poor's, ganh:H.ll11 em médi;l $ 11 milhões em (ermos totais; a média dos 20 CEOs Illois bem pagos foi
\~i j
de $ 112,5 milhões.
l]' '1 ESludos recenres não enCQlHraram uma relação forte entre a remuneração dos CEOs e o preço da ação da empresa. A
:l.cl publicidade em torno desses pacotes tão generosos de remuneração (sem um desempenho correspondcmc do l)reço da ação) de\'e lc
indi v:l r a uma queda na rellluner~lç~o de executivos no futuro. Um fator que COI1(cibui para essa publicidade é a exigência da SEC de
CO que as empresas abertas divulguem aos in vestidores e outros interessados tanto o valor da remuneração de seus executivos mais
inves bem pagos como o método usado para de(er" miná-lo. Ao mesmo tempo, no\'os planos dc remuneração com vincula(;ão mais
adequada com O desempenho dos administradores, no que diz respeito à riqueza dos acionistas, tenderão a ser desenvolvidos e
s
implantados.
insliw
Se não houvesse restrição alguma, os adminisrradores poderiam ter outros objetivos além da maximização do prcço da ação,
se mas as evidências indicam que essa maximização. que f: o foco prillcipal deste livro, é de faw a meta primordial de atuação na
Scc maioria das empresas.
" (~___________llest_õ_~~p_r_re vis_a____________~Q____e~a_a_____-o )
1-11 Quais são os três motivos básicos para a maximização de lucro ser incompatível COIll a m3ximização da riquez~t ? 1-12 O que é risco ? Por que tanto o
risco C0l110 O retorno devcm ser considerados pelo ad ministrador finan
ceiro que csd. avaliando lima alternariva de decisão? 1-13 Qual é o objetivo da empresa t, portanto, de todos os seus adminislradores e funcionários? 1-14
O que é lIalor econômico adicionado (EVA®)? Como é usado? 1-15 Descreva o papel das polí[icas e diretrizes de ética empresarial e discuta a relação
que se crê exisrir entre
componamclllo ético e preço da ação. 1-16 De que maneira as forças de mercado, incluindo o ativismo de acionistas e a ameaça de conquista de conrrole,
servem para impedir ou minimizar o problema de agellcy?
1-17 Defina CllstOS de agenc)' e explique por que as empresas os assumem. De que modo o esquema de remu neração de executivos
pode ajudar a diminuir problemas de agenc)'? Qual é a visão corrente da execução de muitos planos de remuneração?

OAsl '; 1.IJ ,

Instituíções e mercados financeiros


.....iI

A maioria das empresas bem-sucedidas tem necessidade permanente de fundos. Elas podem obtê-los de fontes externas de trés maneiras.
Uma delas é por meio de uma instituição (il1tJ1lceira que receba poupanças e as transfira aos que têm necessidade de recursos. Outra é por
meio de merendas filloll ceiros, ou seja, fóruns organizados nos quais os ofertantes e os demandantes de fundos de diversos tipos podenl
transacionar entre si. A terceira maneira é pelas colocações fechadas. Por causa da na(ureza pouco estruhlrada destas úlrimas, as instituições
financeüas e os mercados financei.ros constiruirão nossa preocupação principal.

instituições fi ilünGeinlS
As instituições financeiras atuam como intermediárias, promovendo a canalização das poupanças de indivíduos, empresas c órgãos de
governo para empréstimos ou aplicações. Muitas dessas instituições direta ou indiretamente pagam juros pelos fundos nelas depositados;
Outras prestam serviços em troca de tarifas (por exemplo, contas de rnovimento pelas quais os clientes pagam tarifas de serviço). Algumas
aceitam depósiros de clientes
_....... --, --'
e ernpré\I.l Jll esse dinheiro a Qluru::, c1rcnres ou enl{Hcsasi h;j .1<, que: inv(stC'm ;,15 eCOIIOIl!l ;:I\ de c1ienrC's ('In <1 0 \'0,> genldol ~' ''' dI" fppdimcnros , rais como
i!ll()vr is) ~~'()t's ou líllllo~ d(· relld3 iix<I; há <1 l11da ;rqu{'b~ (]IIC(,nem as duas cOI::,a\...\s illSlillliçõcs financeiras ~;õin obrigadas pdo gO"CrlH.J ~ aluar <1I-
11(/"0 de diretrizes regulamentadora,> bem ddinid:ls.

Principais clientes de instituições financeiras


Os (ofl1ccc..-dores básicos de fundos a instituições financeiras C os dcmandalHes principais de fundos delas
5;1.0 indivíduos, empresas e órgaos governamentais. As eco!lomias que os consumidores depositam nessas inslI'
[uiçô~'::' lhes proporcionam grande pane de seus (undos. Os indivíduos não 3peni.l~ fornecem fundos, C0 l110 tam
bém delllandam fundos dessas instiruições sob a forma de emprésrimos. Entretanto, como grupo) cbs S;\o
(orlil'o!dures líquidos das inslituições financeiras: pOllp'llll mais do que Capt.lnl.
As l"1I1pre~as também deposiwlll parte de seus fundos em insrituições financeiras, basicamente em comas
CorrelHe~ de diversos bancos comerciais. Tal como os indi\'íduos, elas tomam di nheiro emprestado dessas inSlI
tuiçõe::,) Ill:1 S sao demmldf1l1les liquidas de fundos: captam mais do que poupalll.
Os órgãos governamentais mantêm depósitos de fundos temporariamenle inativos) alguns imposros recebidos c pagamentos à previdência social em bancos
comerciais. Eles nâo ca ptél 111 recursos diretamente das insrituiçõcs financeiras, mas sim indircr<lmcnte, por meio da venda de seus títulos de dívida a várias
instituições. O governo, como as empresas, é um demandallte líquido de fundos: capra mais do que poupa. Todos nós já OUVImos (:1 1..11' dt.· dtficit plíblico.

Principais instituições financeiras


As principais insrituições financeiras na economia nOrlt-:1lllericana são os bancos corncrciais, as associações de poupança c empréstimo, as coopefarivCls de
crédito, as caixas econômicas, as companhias de seguro, os fundos de pensilo e os (undos de investimento. Essas instiruições atTaem fUIldos de indivídlJos,
empresas e governos, comhil1<1rn tais fundos e fornecem empréstimos a indivíduos e empresas.

Me,Cd(l;J ~ fin anceiros


Os mercados financeiros são fóruns nos quais os fornecedores e os demandantes de fundos podem transacionar dircumente. Enquanto os empréstimos e as
aplicações pelas insrituições financeiras sao feitos sem o conhecimeJlto direto dos fornecedores de fundos (poupadores), nos mercados financeiros eles conhecem o
destino do empréstimo ou da aplicação. Os dois mercados financeiros básicos são o mercado monetário e o mercado de capitais. As Lransações que ellvolvem
instrumentos de dívida de curto prazo, ou títulos negociáveis, ocorrem no mercado monetário; os tílUlos de longo prazo -obrigações e ações -são negociados no
mercado de capitais.
Para captar recursos, as empresas podem lisar colocações pri\'adas Ou ofertas ptÍblicas. A colocação privada envolve a venda de um [írulo novo, geralmente
t1nla obrigação ou uma açao preferencial, diretamente a um investi· dor ou a um grupo de investidores, como lUlla empresa seguradora alI um fundo de pensão. A
maioria das empresas, porém, capta recursos por meio de uma oferta pública de lÍtulos, Oll seja, a vcnda não exclusiva de obrigações ou ações ao público em geral.
Todos os tírulos inicialmente são emitidos no mercado primário. Esse é O único mercado no qual o emitente, seja uma empresa ou um órgão do governo,
envolve-se diretamente com a transação e recebe algum benefício com a emissão. Ou seja) a empresa efetivamente recebe o dinheiro obrido com a venda de títulos.
Assim que eles começam a ser negociados entre poupadores e invesridores, passam a fazer pane do mercado secundário. O mercado primário é aquele no qual títulos
'novos' s50 vendidos; o mercado secundário pode ser visto como um mercado de negociação de títulos anteriormerac possuídos por alguém.

Relação entre instituições e mercados


As instituições financeiras panicipam at'ivamente dos mercados financeiros, como fornecedoras e como demandantes de fundos. A Figura 1.4 representa o
fluxo geral de fundos por instituições e mercados e entre eles; também são mos[radas as colocações privadas. Os indivíduos, as empresas e os órgãos
governamentais que fornecem c demandam fundos' podem ser locais ou estrangeiros. A seguir descreveremos sucintamente o
I

111 ' I.C"\., (' r·r i H'Ir.ll. , ('t leL t" <.[:l $ <' 1, ;-' .......~" ri r' ,. ,,, .. I!-, d~ I" iH. , U I:lIa I'
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o mercado 1lI0IlC(;1rio (-Cl iada por uma rel;:1çào fin:.ll1ceira entre fornecedores c <k mandantcs de fundo" drcuno prazu (fundos com prazo de vClJcimcllto
m;Íximo dL' UIll :1no). Ele existe porque ~l lg11ns indivíduos, empresas, órgãos govrfllêlmcntais c instilUiçõc<;; financcir;1s dispõcm de fundos temporariamentc

ociosos que desejam aplicar com algum rcndimcnto. Ao IllC$ITIO tcmpo, lHIf]"US indivíduos, c!llpr('~a'i . órg:ios go"c..rnamcllt :1is (' insu· tuiçõcs finan,,:clras

encontram-se em Silll.lÇà0 de necessidade sazonal ou 1(, 11lpUf~r ia de financiamento. O mercado monetário rellllc esses fornecedores e demandantes de fundos de

cuno prazo.
A maioria das transações 110 mercado monetário envolve títulos negociáveis -instrumentos de dívid'l de curto prazo, tais comO letras do Tesouro. notas
promissórias comerciais e certificados negociáveis de depósito emitidos por órgãos governamelltais. cmpresas c instituições financeiras, respectivamente. (Os
títulos negociáveis serão dcscritos no Capítulo J4.)

Funcionamento do mercado monetário


O mercado 1l10ner;Írio não é uma organização concreta situada em um local físico definido. Como é entào que fornecedores e demandantes de fundos de
curtO prazo se ellcontr<1m? Isso acontece com o apoio de grandes bancos de Nova York e distribuidores de títulos públicos. Algumas corretoras de ações compram
instrumentos de mercado monetário para revendé-Ios a clientes. Além disso, as instilllições financeiras adquirem esses instrull1enros pa ra suas carteiras, com o o
bjetivo dc proporcionar reto rnos atraentes nos depósitos feitos por seus cliemes e nas compras de ações. Adicionalmente, os bancos do sistem,l federal de reserva
envolvem-se em empréstimos efl{rc bancos cOl1lcrci..lisj esses empréstimos são as rr,lI1saçõcs 110 que se chama de fundos federais.
No mercado mOl1c{~írio. as empresas (' os órgãos governamentais demandam fundos (captam) no curto pr:lZO e emitem um instrumenro desse mercado. Os
p:Hricipanrcs que oferecem fundos (investem) no cuno prazo COI1l pram os instrlllllCI1lOS desse mercado. Para emirir ou co mprar um insrrumemol é preciso entrar
diretamente em contato com a Outra parte ou usar um intermcdi:.irio, C0l11 0 um banco ou ullla correrara, para que a transação se concretize. O mercado secundário
(mercado de revenda) de ríllllos negociáveis não difere do mercado primário (mercado de emissão original) no que diz respeito âs transações básicas efetuadas. Os
indivíduos também p..lrti· cipam do mercado monetário C0l110 compradores c vendedores de instrumelllos. Embora não emit"llll títulos negociáveis, podem vendê-
los no mercado monetário. liquidando-os antes de seu vencimento.

Fundo~ Fvndo~

,............................................... ..................................................,
~

Insltlui,çõe~ ~ .............................
.........,
Fluxo de fundos
Emprésl jmo~
finºqÉ~i(~s
Fluxo de fundos para instituições e mercados

financeiros

fundos

Fundm

~;~

..*,-...................................... .

l.....: :.:.~.d~:.

............
....·:::'
-«...............................................:
Titulos Tírvlos
-
CAPiTULO 1 o papel e o ambiente da adminislf:1ção fi nanceira Lo

Mercado de ellrollloerlns

o equivalemc IIHcrnaciollal do llIerc l(lo mOlltl:irio doméstico é u mercado dt t:urolllocd:IS. I~ um mercado d(:' dcp\')siloS h:lIldnos d<: cunu pIT/.O

denominados em dõ!;1If:$ ou (JlIH;) ll1o...d;\ facilm":lHc cOI1\'ersível. I-l islori~ GlIllenrt, Londres t: (} CCIllro do IllcrcHlo de curolllocdas, T1l;1~ ele
evoluil! para Ulll Illcrcadu \'t.:rdadeiramtnte global.
São criados tkpÓSllos em eurollloedas quando lima empresa Oll um indivíduo fa7 UIll depósito bancário em moeda diferente d,} moeda do país no
qual o b::\Ilco está situado. Por exemplo, se lima elllpresa Illllhinacional dcposil;,H dólares norre-americanos elll um banco de Londres, isso criará UIll depósitO
em t'urodólarcs (um depósito em dói" rcs em um banco localizado na Europa). Quase todos os depósitos elll curodólares são depósitos n {Jra zo. Isso significa que
o banco promete devolver O depósilO com juros 1luma data futura prede~ rerminada -d:lquJ ;\ seis meses, por exemplo. Nesse meio-rcmpo, o banco pode el11pr('st~r
o depósito em dólares a empreS:1S ou órgãos governamenrais. Se ele não puder encontrar por si meslllo um tomador, poderá el11prCSl~H o depósiro a outro banco
inrern~ciol1"l. A taxa cobrada nesses 'empréstimos inrerbancários' é a Libor (Lo ndon IlIlcrbank Offercd Rale), UIll:l taxa básica usada para COtar rodos os
empréstimos em curomoedas.
O mercado de turomoeclas rem crescido rapidamente, sobretudo porque é UIll mercado livre, de atacado e global que atende à... lH'cessidades tilnlO de
wlIlaclores como de fornecedores de recursos. Os investidores COI11 fundos cxcedenres conseguem fazer empréstimos vultosos, seguros e de curto prazo ~1 l3xas de
juros atraentes. De maneira semelh:lnre, os romadores oblêm cmpréstimos vultosos com rapidez c ~igilo, rambém a taxas de juros atraclHes.

O mcrcado de capilais permire a realizaç50 de rransações clHre fornecedores e demandanrcs de iundos de longo prazo. Ele inclui emissões de rírulos de
elllpresas e órgãos governamelltais. A espinhel dorsal desse mercado é formada peh s \'ârias bolsas de lIa/ores que oferecem um local para ..1 rea lizi1çào de
negócios com obrigações e açõo>.

Principais titufos negociados: obrigações e ações

Os principais títulos do mercado de capirais são obrigações (dívida de longo prazo) e ações ordinárias e preferenciais (tírulos de pan icipação acionária ou
propriedade). As obrigações são instrumenros de dívida de longo prazo usados por empresas e órg;;os governamentais para levamar volumes substanciais de
recursos, geralmenre junto a um grupo de \'ários fornecedores. As obrigações em itidas por empresas ripicamenre pagam juros a cada seis meses n u1I1a taxa de
;uros cO/ltratada (cl/pom). Possuem um prazo de vencimento inicial entre lO e 30 anos, bem COm o UIll ualor de face de $ 1.000 que deve ser resriruído no
vencimento. As obrigações serão dcscrir,ls deralh<1damcllr(' no Capítulo 6.

Como observado anteriormente, as ações ordinárias são unidades de parnClpaçc10 acionária ou propriedade de uma sociedade por ações. Os detentores
dessas ações obrêm rendimentos recebendo dividendos -disrribuições periódicas de lucros -ou realiza ndo ganhos com allmenros do preço da ação. A ação prefe-
EXEMPLO
rencial é uma forma especial de participação acionária, com características ao mesmo tempo de obrigação e de ação ordinária. Promere-se aos acionistas
v
preferenciais um dividendoIndustries,
A Lakcvic\v periódico um:'!
fixo, O qual deve
importa ser pagoprodutora
nre empresa antes de qualquer pagamento res,
de microprocessado dc dividendos
emitiu aos acionistas ordinários. Em outras palavras, a ação
preferencial rem ' preferência' em relação à ordinária. Os dois ripos de ação serão descriros deralhadamelHc no Capítulo 7.

ullla obrigação com cupo m de 90/0 , prazo de 20 anos (' v~l l or de face de $ 1.000, pagando
p" . I"!' íi !~ n' .: O:: ti e \' ,'

(h lJ)CIL,I\l' ,... \.dt,lt"!'I ..,.i.) .H~lld,-.,,, ,:.;: : .l:\ l'i,.;·.·.:· I"", • 1 ~· 111 '. "··. ,· 1 •• ;1 '. : {)\ '(} ,., los e n::. compr.,dnl('s de tírulos podem rC\'t:I1Jé-lcs t:lcdmc:ntc qU:lIH!n 1I'-·lT,,~:írio.
l\hllla~ pe'i~oa~ chamam e~~cs merc.,dos de 'merc<ldos de ações', ma\ CS"''' dCIlOIllIlWÇ;lO i: t llg:1I1()!>;1, porquc obrigaçãc!>, a~ol.:~ uldin jri;ls, ações
preferenciais c vários outros IIlSII"lJIllCIHO$ S::l(J Jl('go(i.,do!-Il('S...('~ mercados. Os doi::. lipos principais dtO mcrc.,dos de v<dores ~ilo o Illerc ldo urg'll117.H!O e {j
IllLTG h.l'J de h:dcfiq.

A1l~rcados orgall;z.1r!OS dcvalores Esses Jll('n..:ado~ (\)OI$:l~ de v<llores) são org.ll1iz;IÇÕCo;; tangívcis ClllC fl1n~
CiOll tl lll C0l110 mercados s..:c1tl1dários nos qu.lis os lítll lo~ existcJHCS silo rransacioll:ldo.... A... holsas ~ão respon
sáveis por cerca de 460/0 do volume (otal em dólares negociado em ações. As hols:l~ m.ll" <:onhecidas são a clt'
Nova York (N)'se) e a AIll(:ric<l1l (Alllex), <llllb<ls sitllad:ls na cidade de Nova York. T:llllbém existem bolsi.IS
regionais, como a Chicago Slock Exch:ulge e a Pacific Stock Exchange.
A maio ria das bolsas é modebd., com base na bolsa de Nova York, responsável por cerca de 930/0 do voIlIlllc rola 1 allual cm dólares em ("ermos de
negoçiação de ações nos mercados orgalllzados dos Estados Unidos. Para que os títulos de uma cmpres., estejam registrados para negociação em uma bolsa, ~l
empresa deve solicirar um pedido de registro e cumprir UJlla série de exigências. Por exemplo, para poder ler SUaS ações registradas lia bolsa de Novn York, a
orga nização deve conlarCOIl1 pelo lllenos dois mil acionisras com cem Oll mais ações; seu capital social deve conter pelo mcnos 1,1 milhão de ações em poder do
Pllblico; seu lucro antes do imposro de renda deve ser de pelo menos $ 6,5 milhões nos três ü!rimos anos, sem prejuízos nos dois últimos anos, e seu patrimônio
líquido deve scr de pelo menos $ 100 milhões. Evidentemente, apenas as cmpresas grandes e de capital aberto são candidatas ao registro na Nyse.
Para realizar transações com açõcs 11 0 pregão da Nysc, um indivíduo ou empresa dcve ser proprietário de Ulll fÍtu lo patrimonial da bolsa. Há na tQ[al 1.366
títulos p;.Hrillloniais na N)'se, 1l ::J Jllaioria pertencentes a corretoras de valores. A negociação dc títulos se dá no recinto do pregão, por meio de um processo d e
leilão. A fina lidade da negociação é executar ordens de compra ao preço mais baixo possível e ordens de lJel1da no preço mais alto possível, o que
proporcionaria aos compradorcs c vendedores as melhores condições posSlvelS.
Uma vez emitida, lima ordem de compra a li de vend:1 pode. ser executada em qllesrão de minutos, graças a recursos sofisticados de telecomunicação. Novos
sistemas de corretagem, com apoio (1:1 Imerner, perrnitem aos investidores transmitir ordens de compra e venda elctronicamente. As informações a respeito dos
títulos publicamente negociados são divulgadas por diversos meios de comunicação tanto impressos, corno o \'(fall Strcet Joun1(1I, como eletrônicos, C0ll10 o
l\,1SN rvloney Central I11 vesro r (ww/lI.mOlle)'cclItral.I1lS11. COIll).

1\1ercado de balcão É UIll mercado intangível no qual se realizam a compra e a venda de títulos não re~ gistrados nas bolsas de valores. Os operadores no
mercadu de balcão, ou seja, os distribuidores de tílUlos, estão ligados aos compradores e vendedores finais dos títulos pelo sistema da NatiONal AssociatioH of
Secttrit;es Dea /e/'s QtlOlatiol/ (Na sdaq).
Essa sofisticada rede de telecomunicações divulga ofertas corrCnles de compra e venda de milhares de títulos ativamente negociados no mercado de balcão. O
preço de compra é o preço mais alto oferecido por Ulll distribuidor que esteja disposto a adquirir o título, e o IJreço de IJcHda é o mais baixo que ele está disposto
a aceitar para se desfazer do título. O distribuidor, na verdade, acrescenta títulos a seu estoque comprando-os ao preço de compra c vendendo-os ao preço de venda.
Ele espt:r<1 lucrar com a margem entre os preços de compra e venda. Diferentemente do processo de leililo d,ls bolsas de valores, os preços aos quais os títulos s~o
transacionados no mercado de balcão resultam d;l competição entre propostas c de um processo de negociação.
Ao cOlltrário do que ocorre nas bols;ls, no mercado de balcão silo transacionados (;'1I1to títulos já existentes quanto novos, o que faz dele um mercado
secll1ldário e um mercado primário ao mesmo tempo. Esse mercado é responsável por cerca de 54 °/u do volume financeiro trmlsaciollado nos Estados Unidos,
em termos de ações.

MerCildos ;lItentaci01W;S de capitais Embora os mercados de capitais dos Estados Unidos sejam, de longe, os maiores do mundo, existem mercados
importantes de ativos de renda fixa e ações fora desse país. No mercado de curo-obrigações, empresas e órgãos governamentais emitem obrigações denominadas em
dólares e vendem-nas a investidores situados fora dos Estados Unidos. Uma empresa norre-americana poderia) por cxelll

~
--• --_ •••• -__ o __,._---------...__
pio, emillr ubrigaç(jcs d(:l1otllln;1tb~ l'lIl dóbrts qlie seriam adqullldils por in"CSlidOrt,s na IklglGI, 11 ;1 i\ ICIIl<lllha Ou na Suíça. Por esse mercadu..I~
~rnpresas e os governo..; cmilttH<:s podem ler ;.1ceSSQ a UII1 número de iIlVC:-' l ldon.:... rnuitu maior do que aqudl..' q\le L'Slaria disponível no mrlLlllo local.

\) IlH.:rc:-.do de obrigações 1..">(r:lIlgcir;\s é outro mercado d(: dê' dívida dI..: longo pr:1zo. Uma l)brig,a\~ão csrrangeira é um título t'IllHldo por ullla
títlllo~
empresa ou UIll go\'('rno de outro pab denominado na moecla do investidor c vendido no llll'rC:Hlt) dOllléstico do investidor. Uma obrigaç;'\o emilida por lIlIla empresa
110 1"[Cillllerican"l denominada em (rallc(,~ suíços e vendida na Suíça é um cxemplo de obrig'lção estrangeira. Embora o mercado desse tipo de obrig;-lç<1l:':> ...eja
Illlliro menor que () Illcrc.:ldo de curo-obrig<l)-i)l'S, Illuiros CIllII-e lll<:S têm descoberto que essa é lIllla nl:llll'lr;l ,ltracntc de conseguir :1( ('550 aos mcrcados de
capiral de tCl'ceiros na Alcmanh:l, no Japão, na Suíça c nos Estados Unidos.
Finalmente, o mercado illll:rnaciollal dc açõcs permite as empres;ls vcnder Imts de ações a investidores de v:irios países ao mcsmo tempo. Es!'il' mercado
permite-lhes captar volullles maiores de capital do que poderiam obter em qualquer mercado Ildcion;11 isoladamente_ As vcndas de ações nesse mercado também
tém SI! mostrado indispensáveis para os governos que privatizaram empresas estatais nos últimos anos.

Papel dos mercados de títulos


Os mercados de tÍlUlos olert'Cl'111 mercado contínuo c líquiclo no qual as empresas podem obter O financiamento necessário. Também cri.IIH mercados
eficientes que possibilitam a alocação de fundo!! a !!eus usos mais produtivoso Isso é panicub.rmellll.' verdadeiro no caso de titlllos negociados ativamente nas
principais bolsas,
o
nas quais a competição entre investidores que descjammi1ximiz.u sua riqueza determina e divulga preços que se :1credira serem próximos dos v:dorl· ...
\'erdadciroso
O preço de UIll rindo illdivicltul é dt~rcrll1illado pela dcmand:l e pela ofen;1. t\ Fi gura l oS representa a illteraçao d;-IS forças de de1ll311d,1 (representada
pch'! lin!';1 Do) e de ofenél (reprcsenr;tda pela linha O) para um dado título que está coudo [la preço de equilíbrio plI" A esse p reço sào 11(:gocia(h~ Q" llllidndes
desse tí(U lo_
Uma 110\Oa aVêlliaçào das pcrSpeCII\'ilS da empresa leva ..I Illlldanças na dema nda c na ofert;l de seus tírulos e, em última inS[:lnClil, resulta tm novo preço
par.] eles. Suponhamos, por cxcl11plo, que a empresa representada na Figura 1.5 a nuncie uma descoherta favorável. Os investidores passillll <1 esperar resultados
compensadores dessJ descobena, o que faz COm que aumentem sua avaliação dos lindos da emprC'sa. ;\ nova av..Iliação resulta Ilum deslocamcnro da demanda de
Do para DI' Nesse novo nível da demanda, Q l títulos seriam negociados} do que rcsulraria um novo preço de equilíbrio Pi o O mercJdo competitivo criado pelas
principais bolsas oferece um fóruIll 110 qual o preço de Ulll tindo se ajusta continuamente a Illudanças de dcIllanda e aferra.

Oferta e demanda Oferta e demanda de um título

o" Q, Número de unidades negociadas


Il u , . u r::: I a i!; (J
J. IS I...J I em ~;]O Ot> priJli.1I ,,' p:1ll hlpa ntl :'> n,l ~ li ... ,; .. \"L::' ~j .l ~, I! J~lllIJ , .... ( Jl :-' L: . .'! Qu, li!" .,., 0<, ,,, (~orcs líguidos c OS d(,ll1<lIld~ lH(,s líquidos de {tlnd0~? 1-19 Que pnpcl
os mercados {i1U111ceiros desempenham em nOSS:l tconollli:l? O qnc s?io mercndos primtinos c
mercndos secuudários? Q ue relação existe entre instituiçõts finat1c('il';\~ l.' mercados financeiros? 1-10 O quc é o mera ldo
mOlletnrio? Como fU IICioll:1?

~ 1-24
Descrcva sucinramenre os merCi:llios illLcrnacionais de capitais, CI11 particular o mercado de em'o-obri·
1-21 () que é o mercado de curo11loedos? O que é ;.1 Liúor e COIIIO é lIs;:lda nesse mercado?
B
J-22 O que é o merc:ndn de (apitai.:;? Q tI :l is ~ão os
principais lítulns nele nt:goci,ldos? 1-23 Que papel os mercados de v<l l()rt;~ desempenham 110S IIlcn.:ados de C<1piLlis? COIllO fUIlCioll.l {) 111('f(ado

ue difere das úolsas de /la/ores?

Os impostos são uma realidade, e as empresas, como os indivíduos, silo obrigadas a pagar imposws sobre SU,-l rend'l. A rcnda das firmas individuais e das Tab
sociedades por coras é rribuLada como renda de seus proprie· l:l.rios; o lucro das sociedades por ações é tributado no nível del pCSSO~l jurídica. Im
Independentemente de sua fOrllw jurídica, todas aS empresas obtêm rendimentos de dois tipos: rendimentos ordinários c ganhos de capital. De acordo com
a legislação atual dos Estados Unidos, esses dois ti pos de rendimento são tributados de malleira diversa, no caso da pessoa física, c da mesma malleirn, no 22
caso da pessoa jurídica. Emendas frcqüellles aO código tributário, como aquelas realizadas n:l Lei de Crescimcnto Econômico c Redução de Imposros de
200] (abordada a seguir), provocam altcração nas alíquotas. Damos ênfase nesse momento à tributação de pessoas jurídicas,

nentlilllento ordinúrio
O rendimento ordinário de lIl1l ,,) empresa é represemado pelos rendimentos obtidos com a venda de bens ou serviços. Atunlmente, ele
é tributado de acordo com as alíquotas apresentadas na T abela l A.
EXEM PLO A \Xlebster 1vlanufacturing, Inc., lima pequena empresa fabricante de facas de cozinha, rem lucro de $ 250.000 antes do
imposto de renda. O imposto devido sobre esse lucro pode ser calculado usando-se a escala apresentada na

Do ponto de vista financeiro, é importante entender a diferença entre as alíquotas média e marginal de imposto, conhecer o tratamento de rendimentos obtidos sob a
forma de juros c dividendos, bem como os efeiros da deduçiio de despesas para fins de cálculo de imposto devido.
Alíquota s média e marginal de imposto de renda
A alíquota média paga sobre o rendimento ordinário da empresa pode ser determinada dividindo -se o imposto devido (Otal por seu lucro
tributável. No caso de empresas com lucro tributável de $ ]0 milhões no máximo, a alíquota média de imposto varia entre 15 e 340/0) alcançando
esse índice quando o lucro tributável é igual ou superior a $ 335.000. No caso de empresas com lucro tributável superior a $ 10 milhões, a
alíquota média está entre 34 e 35%. A alíquota média devida pela Webster Manufacturing, Inc., 110 exemplo anterior, era de 32,3% ($
80.7501 $ 250.000). À medida que o lucro tributável de uma empresa aumenta, sua alíquota média sobe e finalmente alcança 34 0/0. Permanece
nesse nível até o lucro tributável de $ ]0 milhões, além do qual sobe, mas nunca chega a 350/0.
A alíquota marginal representa a alíquota à qual é tributado o lucro adicion'-ll. Na estrutllJa' atual de tributação de pessoas jurídicas, a
alíquota marginal de imposto sobre lucro aré $ 50.000 é igual a 15%; de $ 50.000 a $ 75.000,
Escala de alíquotas de inlpost0 de pessoa jurídica nos Estados Unidos
Cálculo de illlpl'~ \Ll

faixa do: lucro tnhut"vd Irnpo~ lo b;is;~o + (AliquOl3 lIl:3rgill:11 >: Valor acima do imposto b:isico)

S O " S 50,000 O + (15% ;.: \'alor :10m;. de > O)

>
50,000 ,a 75,000 7,500 + (25 x valor acima de 50·000) 75,000 a 100,000 IJ.75U + (34 x \';l lor acima de 75.0001 100,000 a ~J5.000" 22.25U + (39 x \'alor acima de 100,000)
335,000 a 10,000.000 I IJ,900 + 134 x \'alor :lcima de 335,000) Acima dt· S 10.000.000 3.400,000 + (35 X ":llor acima de 10,000.000)
~COlllO as socied.ldts por açõcs com lucro trihullh'cl supellOl ;l S 100.000 dt\'cm aumcnt;tr Stu I!nro~1O pelo minimo dt' S 11.750 ou 5% do lucro
tributá\'e! acima dt S 100.000, elas acabam pagando Irnpo)lodt' 39% sobre O luao IribUl:ivcl entre S 100.000 t' S 335.000. A sObnl3X;] dt 5%. qw: cln'3, <lo aliquo:.l dt' )4%. par.1 39%, bZCOOl que' todas as sociedades
por 3ÇÕ(S com lucro trillluã\'cI C'IlUC' S 335.000 e S 10 milhÕC's fi'lut Ol ":0111 lima aliquoft1111edl:J de 34 %.

rialíquota é de 25 l yo e assim por diante, C0ll10 é Illostrado na Tabela 1.4. A alíquota marginal de imposro de rcnda arual da \X'ebster J\'lanufacturing é igual a
39%, pois seu próximo dólar de lucro tributável (levando seu lucro ames do imposto para $ 250.001) seria tributadu a essa alíquora. Para simplificar os cálculos nu
(exto, será feita a slIlJosição de lIIHa alíquota fixa de 40%. !la caso de rendimentos ordinários. Em visra de nossa preocupação com a tomada de decisões
financeiras, supõe-se que represente a alíquota margil1al de imposto da cmpresa.

Rendimento sob a forma de juros c dividendos


No processo de apll ração do lucro criburávcl, qllnisqucr ;uros recebidos peja empres'l são incluídos em scus rendimentos ordinários. Os dividendos, por
OUlTO lado, são tratados de mancira diferelHe. Esse Crat;.llllCnto diferenciado modera o efeito de bitributação, que Ocorre quando os lucros: já tributados de lima
empresa são distribuídos por Illeio de um pagamenro dc dividendos em dinheiro a seus acionistas, que precisam pagar imposto de renda sobre eles. Portanto, os
dividendos que a empresa recebe de ações ordinárias e preferenciais de outras empresas, representando participação acionária inferior a 200/0 nessas outras
empresas, estão sujeitos a uma exclusão de 700/0 para fins de imposto de renda.8
Por causa da exclusão dos dividendos, somente 30% dos dividendos entre empresas são incluídos no rendimento ordinário. A legislação tributária prevê essa
exclusão para evitar a ocorrência de triplice tribUlação. Ela ocorreria se as duas primeiras empresas tivessem scus rendimentos tributados antes de a segunda
clnprcsa pagar dividendos a seus acionistas, os quais são obrigados a continuar incluindo os dividendos em seus rendimentos tributáveis. A exclusão de dividendos,
na verdade, elimina a maior parte do possível débito fiscal decorrenre dos dividendos recebidos pela segunda empresa c por quaisquer outras empresas subseqüentes.
y EXEMPLO A Charnes lndusrrics, lima cmp[esa de fundição de grande po rte que produz peças sob
medida para a indústria autoll1obilístic<1, recebeu juros de $ '100.000, no líltimo ano de obrig<1ções que possuía, e $
100.000 em dividendos de ações ordinárias de outras empresas. A alíquota ma!ginal de imposto de renda da empresa é igual
a 400/0 e ela tem direito à exclusão de 70% dos dividendos recebidos de outras empresas, O lucro obtido pela empresa,
depois do imposto de renda, em cada uma dessas fontes de rendi.mento é o seguinte:

Rendimcnto de juros Rendimento de dividendos

8. A exclusão passa a ser de 80% quando a empres~ rem paujeipação de 10 a 80% no capiral da empreS3 que está p:lgando 05 dividendos; a exclusão é de 100% dos di,'idendos quando possui mais de 80%,
do capilal da emprU3 pagadota dos dividendos. Por quCStÕ('5 de conveniinóa, est:lrcmos supondo aqui que a panicipação é inferior a 20%.

(1) Valor antes do imposro


$ 100.000
$ 100,000
lv1cnos: exclusão :Iplidvel
O
(0,70 X $100,000) ~
70,000
Valor tributável
I I, ,I" ," <; ;,{, di 10..1.$. ( , I'~ V~tO i n., C':!' , , nn l" \ : [' i\ i\ ,i , C]'" rt J" "\'Id,,. U,> ."H I dI
"
",

dn lC.lo!:l lorn:r O~ Jll\ l ' ,l'nIO~ cllr <!~()(5 111al'" ,llI. 1,11" ll'll:' '" 11I\\.,:,{IIIH.,n. , <lI.lLl:!g .I\'JL :-'. (CitOS por UI11:1 cmpln.l L"/I1 ,ílldoo;, de QlI!]":'! C"l1lprt'<Ç;1

juros.
O cálcul o cio
lucro
após O
imposto de renda ,

,
,
Despesas dedutíveis

Ao <lptll:lr o II11POS[c) dc\',do, permin:--sl' tlS el1lpr('s~s <l clcduç'-i.o de dc::.pcstlS opcftlciollJis, bem como de JI''''pe<.,:I<; l(llll fJ p;1ga nl(~nLO de juros.
A po<; .... ibili{hde de deduç;lo dcs=>a:. dcsp('s~,s reduz St.:tl ClIS[Q após o imposto de fcnda. U ('xt:mplo a seguir ilustra o benefiCiO d;l dcduçilo de
despesas p'U<1 fllls cl<: illlposw.

E X t: M P L ti Vi Duas cmpresas, ,1 Debt Co. e a No Debt Co., esperam obter no próximo ano lucro de $ 200.000 ;lIHe 5 de juros e imposto. DUftllltC o ano ;1 l

Dcbr Co. deve pagar juros no v;:odor de $ 30.000. A No Debt Co. não possui Ilenhuma dívida e, pornllllO, nào rerá despesas de

Lucro ,mtes de juros e IInpo~tO >200,000 S 200.000 p,'lcnos; juros 30.000 O I.ucro ~tlIes do im posto $ 170,000 $ 200,000 ~,tenos; imposto (40%) 68,000 80.000
Lucro dCllois do illlpOSIO 5 102.000 $ 120,000

DiferenCja nos lucros depois do ImpOStO 5 13.000

Embora a Debt Co. tivesse lima despesa com juros $ 30.000 superior à d<1 No Oebr Co., seu lucro, ;1pÕS o imposro de renda) é
apenas S 18.000 inferior ..10 lucro da outr;l empresa ($ 102.000 no caso da Debr Co" $ 120,000 no caso da No Debr Co,), Essa dife-
rença é atribuível ao falO de que a deduç,;o da despesa de juros de $ 30,000 da Debt Co, gera uma economia de imposto devido no
valor de $ 12.000 ($ 68,000 para a Debt. Co, e $ 80.000 para a No Debt Co.). Esse valor pode ser calculado diretélmenre,
multiplicando-se ~l alíquota do imposto pelo valor da despesa de juros (0,40 X $ 30,000 = $ 12,000), De maneira semelhante, o cusro
de $ 18.000 da despesa de juros depois do imposto pode ser C<ll ~ culado diretamente, Illultiplicando-se I menos .1 alíquo[,t pelo
valor da despesa de juros: [(1 -0,40) X $ 30.000 = $ 18,000),

A possibilidade de dedução de certas despesas reduz seu custo efetivo (após o imposto) p,Ha a empresa que tem lucro. Observe que, para fins tanto
conrábeis quanto fiscais, os ittros são uma despesa dedutível, mas () mesmo Jlilo acontece COI1l os dividendos. Como estes não são dedutíveis, seu custo
após O imposto é igua l a sC'u valor. Pon amo, um dividendo pago em dinheiro, no v;llor de $ 30.000, tem ClIS to ele $ 30.000 após o imposto.

$" • - I
1.J !::HnU -{!~ C V}l!têL
Se uma empresa vender um ativo permanente (como uma ação que possua como parte de seu ativo imobilizado financeiro) por um preço superior ao
custo inicial de aquisição, a diferença entre o preço de venda e o preço de compra será chamada de ganho de capital. No caso de sociedades por ações, os
ganhos de capital são somados ;.10S rendimentos ordinários e tributados às alíquotas rcgubres, com uma alíquota marginal máxima de 390/0.9 Para
simplificar os cálculos apresentados no texto, como foi fcito no caso de rendimenlos ordinários,
será (eita a suposição de que se aplica 1l111(l alíquota lixa de 400/0 aos ganhos de capital.

9. Nos ESla dos Unidos, .1 Lei Ger,11 dt' RI.'..:onejliaçiio Orçalll t'IH:iri.l de 199.1 indu!1I lima d.lllslIl.\ pt'rnlitindo qut' o.> imposto soluc g:lnhos dt' clpilal fOsse igual il mel:ldc do granhu H'5uh:mlc:'" dI.' il1\'csrilllenros
ft'iIOS, del10is de I" de j:lIlCilO de 1993, em cmprcsJS que cSliveSS('1ll ini..:i:lIldo suas opcraç&s, tivessem yalor inferior:l } 50 nlllhõt"S e euj.1S ;Ições fossclll m:Huid:1S pOr pr'lo menos cinco :mns. Essa dãllsula espt',;:i;ll,
eom .1 fin:tlidade clt' il\cenllvar a formação dt' 110\'3S empenas, ~t'r:i l~nur.llLa neSI": Ii\'ro_

_ ___ " __ ~ ._._. _ _ • ____ •• __ _ ___~~~._ _ • __~.\_.......' . ... ru.._


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cAril ULO 1 o pape! e o ambleme da administraçfto financeira

EXEMPLO A Ross Cumpall)', f'1l1 presa f::1 bric3 me dt pl UdUlO" brmaCl:lll ico~. aprC!)l:IH ~ I urro operaCil)l1:l1 de 5, 5UO.000 antes do imposlO e
aC<1b" de vender por $ 40.000 \In) cllivn que foi 3dquirido 1\.1 doio; anos por $ 36.000. C 0 1ll0 O a l iv\) loi "tndido per preço SUpL'1 101 ,1
seu custo inicial <k ;Hllll~I\-;i{), \'trifica-se UIll ganho de capiwl d~ $ 4.000 (preço dc' \'l'lh l.l de $ 40.000 Illenos preço de ilquisiçiio de $
36.000). O lucro [ribut"vcl da empresa 100alizará $ 504.000 (rendiIllCIlIQordinário de S 500.000 Ill<lis ganho de capital de $
4.000). C O lllO esse rOlal é superior a $ 335.000, o ganho de ca pital será lrihmado à alíquora de 34% (\'cji\ a Tabela IA ), reslll· <ando
no imposro devido de $ 1.360 (0,34 x $ 4.000).

.,
'.. r

/
As empresas que (é lll prejuízos correntes podem conseguir cerro alívio fiscalus3ndo a transferência de prejuízos fiscais para exercícios anteriores ali
futuros. A legislaçâo (iscal perlllirc que rl"<lllsíiram prejuízos para ate dois exercícios nuteriores (' até vinte allOs 110 ("Iuro. Esse mecanismo é
especialmelHe atraente no caso de empresas em atividades cíclicas, como a produção de pens duráveis e a consrrução civil. Eferivilmenre, permite .15 empresas a
suavização de seus imposlOs ao lo ngo de exercícios favoráveis c adversos. A lei exige que o valor líquido dos prejuízos seja inicia lll1enrc transferido para o
passado, aplicando-o ao ano mais remoto disponível e fazendo sua transferência progressivamente para a frellle até que o prejuízo [cllha sido complcramentc
recuperado ou o período de rransferéncia para o íururo rellha passado. Como os prejuízos fiscais podem ser rrans«'ridos para o passado e aplicados a lucros
anres de imposro de exercícios anteriores a.;;sim que são realizados, a empresa pode req\lerer uma reslituição imediara de imposro Ilas transferéncias para o
passado. Uma (ransferência de prejuízos para o fuwro, se houver, pode ser lIrilii'.ad::l par::l reduzir lucros fururos, diminuindll, assim, os pagamcnws
(muros de imposro.

(___________ ___~~_~spa~_rar~__~a o___________

Questõe~~~~evls__ )
1-26 Descreva o rraramenro fiscal de relldimelltos ordinários e de ga11hos de capital. Qual é .1 diferença entre a alíquota média c a alíquota marginal de
imposro ? 1-27 Por que a exclusão de pagamel/tos de dividendus entre empresas poderia rornar a aplicação em ações de
ullla empresa mais arraenre do que a aplicaç<lo em rírulos de renda fixa para ourra empresa? 1-28 Qual é O benefício resulrame da possibilidade de dedução
de certas despesas de lima empresa? 1-29 Como funciona a tral1sferência de prejuízos fiscais para exercícios allteriores e futuros quando lima
empresa rem prejuízo operacional em um cerro ano?

1.6
Neste livro, as atividades da empresa são relacionadas a seu valor, ral como dererminado nos mercados de rírulos. As arividades do adminisrrador
financeiro são dcscriras nas seis parres do livro. Cada área importante de decisão é apresentada em rermos de farares tanro de rc(Orno quanro de risco c seu
possível impacro sobre a riqueza dos proprierários. A cobertura de evenros e tópicos imcrnacionais é integrada nas discussões de cada capítulo, lllilS ralnbém
há um capítulo específico sobre adrninistração financeira internacional.
O texto foi produzido em torno de um grupo de objetivos de aprendizagem -seis por capítulo. O domínio desses objerivos deve resulrar num
cnrendimemo amplo da administração financeira. Ao final de cada seção do C<1pírulo são fornecidas questões para revisão com a finalidade de testar O
enrendimcnro do marerial exposto.
Também são fornecidos recursos de sofrware no site do livro. Esses recursos são consriruídos de rrês conjuntos diferentes de rorinas:

1. O tutorial é um programa de uriliz::lção amigável que amplia as oporrul1idadcs de auto-avaliação nos capítulos mais quantitativos, além do que esd
incluído nos materiais de final de capítulo. Fornece feedback imediato com soluções deralhadas c oferece assisrência ao estudo (incluindo referências ao
texto). As discussões do livro e os proflemas de final de capírulo com os quais o tlHorial pode ser usado são assinalados com um desenho de laprop .,~ .
f' I·
, .)11,0 j, ,.. \h ~f\
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2, () ~' II .(1 " !c /; 1:-s !

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~ 11 (1<;
execução de :-1Ii"idadcs do ripo '("-se' ('111 <llguns capítulos. E:-.ses probkm;:ls S30 ,lssin:dados por Utll =
, ,t,,> '
rifl~ I
'n! ,I, Cada C:lpítulu M' l:ní...t."11 J, t:t)11l um C;ISO quC' illl l'gr:1 m. ll1<llcriais disclllido~ n O capítulo. e t3da pane di) livro se encerra COIll UIll Gl:-'O que rel'lIle
1:1 ) os prinCIpais tópicos cobertos pelos capitulos daqucla pane. Sempre que aplicável: os <;ímbolo'\ do so luciolli1dor de prohIcJll;\'i t" do tu,o'-!;ll
1111 ..,
.. L U' identificam quesrões, e 111 li 111 caso, que podem ser resolvidas com o ~1t1xi lio desses prograllla~. T alHO 0 <; caso.:, de final de C<1pitulo ql1anto os casos
de final di...' cada pane cio livro podem ser utilizados par" si!ll('tiz:H e aplicar conceitos c récnicas relacionados.
Si )~
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RESUMO
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o Capítulo J c'ilabrleceu o objetivo primordial da empresa -maximizar a fiquc7.a dos propriel~írios, em nOIll e' dos quais eI:l é
10l administrada. No C<lS0 de empresas nbertas, que cOllstiruCIll o foco principal dcste livro, O valor ('s(;\ reflerido, a qualquer
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jJI.Jh momcnto, 110 preço da ação. Consc'lnentemente, a adminislraç,lo deve aproveitar SOIllCIllC as alre rnati\'<1s Oll oportunidades que
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tendam a criar valor para 0 5 proprietários, aumenrando o preço da ação. Isso exige que cb considere os rerornos (;.1 magnirude c a
3 distribu\C;;io dos fluxos de caiX~l no tempo), o risco de cada <H~~O proposta e seu impacw conjunto sobre o valor.
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Excc
Definir fillall çns, tlS principais áreas de finanças
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e as opoflunidndes de carreira disponíveis nessa -'real bem como as modalidades jurídicas de organização de empresas. As finanças, J <1 !'te e
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ciência dn administraç:lo do dinheiro, aferam ..1 vidc1 de rod~ls as pessoas e orga nizações. Existem grandes oportunidades de presração de serviços
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financeiros em bancos e instituições semelhantes, planejamenro financeiro pessoal, in"eslimcntos, imóveis c seguros. A administração fin~lnceira preocupa-
ser
se com as ta refas do executivo financei ro na empreSJ. Também oferece inúmeras oportunidades de carreira, C0l11 0 é 11105tr..1(\0 na T~lbeb 1.3. A
llsad
~s tendéncia rect:lltt: ut
glohalização da atividade emprcsarinl tem gerado novas dcmandêls e oponunid<l cles em adllliJl is(raç~o fin..lnceira.
cm As moda lidades jurídicas de organização de cm prescls são a firlllfl individual, a sociedade por cot<lS e a sociedade por ações. Esta llltima é a que
j\.lu. prevalece en1 termos de iaturamento e lucro, e seus propriedrios S,lO seus acionisrns preferenciais e ordinários. Os acionistas esperam obter um retorno
rn<: recebendo di videndos ou realizando gi.\Ilhos de capim I com a valoriz<lção de suas ações. Os pontos fones e fracos das formas jurídicas comuns de
o(t organização de empresas foram sintetiz.ados na Tabela 1. 1. Outras org;lnizações CO Il1
Excc responsabilidade limimda foram enumeradas c dcscriras na Tabela 1.2.
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par:- Descrever a hlTlcão da adminislração financeira
t OAi I -' . ,.
cIHr
_ e sua rc açao CO I11 a (con a econOOllca e a contabilidade. Toelos as áreas de responsabilidade de lima empresa ilHenlgelll com O pessoal e os
ad,l
procedin1cntos fin:ll1ceiros. Nas gmncle~ empresas, '-1 função de administração financeira tende tl ser gerida por UIll departamemo separado, chd iado pelo
de
vice-presideme de finanças (CFO), ao qual estão subordinados O tesoureiro e o controller. O administrador financeiro deve entender o ambiente
chei
econômico e apoiar-se fo rtemente no princípio econômico da análise Illargin:ll ao tomar decisões .
os (' ... ?
Fie uri liza tl c()nt<lbilid~Hl(', ma~ se (OIlCcmra em
flll.' os de caixa (: Il;l tum,ILL G~ decisões.

j Identific:u a... atividades fund.lIncl1lais do


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AJ, d .. d r· .I
.-! a 1Il1l1lSIra or IllanCClfO (;1 ~llIpr('~a , As atividades básicas do administrador fin:.l rlcciro, além do clwalvilllcnro permanclllc com análise: e planejamcnro financeiros,
são a tomada de decisões de investimento e <l de financiamcJHo.

OA t Explicar por que a mtlximização da riqueza, e


__~ não a maximizi:lção do lucro, é ti finalidade da empresa c C0l11 0 as questões de agellcy C5(à o relacionadas a ela. A meta do administr<ldor financeiro é
l11<1ximizar a riqueza dos proprietários, medida pelo preço da :lç;lo.' A rnaximi:':;lção do lucro ignora a disrribuição dos resultados no rempo, não
considera os flu xos de caixJ diretamente e dcsconsidera o risco, portamo é UIllJ meta inadequada. T anto o retorno qU3nro o risco devem ser aferidos pelo
administrador financeiro que esteja ~l\'3 Iiando alternativas de decisão. As decisões desse profissiollal também devem refletir os iIHCrtSSes de o utros grupos com
vínculo econômico direto COI11 a empresa. Práticas étic<1s positivas ajudam a empresa e seus administradores a atingir li meta de Illílximização da riqueza dos
proprietá rios.
Surgem problemas de ngellcy qu;.lIldo os administradores, atuando coma agentes dos proprietários, dão prioridade a seus o bjetivos pessoais, em detrimento dos
objetivos da empresa. As forças de mercado) sob a forma de ativismo dos acionist"ls e d<:l <:lmeaç<l de transferência de comfole, tendem a evitar ou minimizar os
pro blemas de agellc)'. As empresas incorrem em custos de ngeJ1c)' com a finalidade de monirorar .1S ações dos 'ldminisrradores e incell(iv~-Ios ;1 atuar de ~lcordo
com os interesses dos proprietários. Opções de con1pra de ações e phm os de remuneração por desem penho são algulls exemplos de ClIStOS de
agellcy.

OAS' Compreender a relação entre instituições


_) financeiras c mercados financeiros, bem C0 l11 0
o papel e o funcionamento cios mercados monetário e de capitais. As instiruições fin<l IlCeir;ls amam como imermedi~1rias, canaliza ndo as economias de
indivíduos, empresas e órgãos do
governo para emplLstir,lOs a li invcstimelllOS. Os
Illerc:tdos. financeiros são fóruns nos qU;1is os.
fü rnecedoro L os dtm3nd:1nlCS de: flllldoo;; podem
trans;lcionar diretamente uns com O~ out ros. As
instituições financeiras participam ativ31l1cnce dos
mercados financeiros como fornectdoras e como
dernandanres de fllndos.
No ll1erc:ldo monctario, são rransacionados títulos de curto prazo (lírulos negociáveis), com o auxílio de grandes bancos e distribuidores de títulos públicos de
NOV~1 York. O mercado de euro l11oedas é o equivalente internacional do rnerc;1do monetário do méstico.
No merc.~do de capitais, as transações tnvolvcm tírulos de dívida de longo prazo (obrigaçôes) c tírulos de propriedade (ações ordinárias e preferenciais). Os
mercados organizados de valores fornecem mercados secundários para esses títulos. O rnerc;1do de balcão, formado por lima rede de telecomunicações} oferece
mercados secund~lrios par<1 os [írulos e é w mbém um mercado primário para a vend,] de novos LÍrulos. Existem importantes mercados de títulos de dívida e ações
fora dos Estados Unidos -o mercado de curo-obrigaçõcs c o mercado internacional de ações. As bolsas de valores criam mercados líquidos contínuos para a obtenção
de financiamento c a alocação de fundos a seus liSOS mais produrivos.

.i Discutir os fundarnenlOs da (ribu[ação dc OA'· d· I d . I d

..) ren lrnCIHOS c gan 105 e caplta c pessoas jurídicas e explicar o tratamento de prejuízos para fins de imposto de renda. O lucro das em presas está sujeira à
tributação. As a líquotas de imposro de rcnda de pessoas jurídicas incidem rantO sobrc rcndim~ntos ordin.lrios (após a subtração das despesas permitidas) quanro
sobre ganhos de capital. A alíquota média paga por uma sociedade por ações varia de 1.5 .1 quase 35% . (Por UI11 '1 gllCS1;:1.0 de conveniência, esrarClllOS
supondo uma alíquota marginal de 40% em todo o livro.) As pessoas jurídicas podem reduzir o imposro devido com base em alguns dispositivos do código
lrlbllt<Írio: exclusão de pagamentos de dividendos eIHre empresas, possibilidade de dedução de despesas e transferência de prejuízos fisC<lis para exercícios
anreriores e posteriores.

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.....J AA 1-1 lmposlO de rend~ de PCSS(I:1 jurídic;1 A jvlomgomer· ... EllIerpri\es, Ine. tt \'{: lucro .opcr;1C1oll,ll de $ 280.000 no último ano. Duramc () ~no,
("\:1 vendeu ações de OlHr:l empreS,l 'lue PO<;<;Uí:l em <;u;'\ C<1nCif<l por $ 180.000, $ 30.000 aci",a do preço original de aqu isiçõo de $ 150.000,
p;lgO u'" al10 antes.
a. QlI<11 é o valor dos gíillhos de capital obfldos dur:lllte o il 110, se tiver existido ;llt!Ull1:
b. Qual (oi o lucro tributável total da cmpre":l durante o élllO?
c. Use as ,díquOlaS dc Imposto de rClld<1 de prsso;1 <; jurídlC<ls fornecidas 11 ;1 Tabd:l 1.4 pa ra apll r;1f li imposro roliJl devido pela empres;l.
d. Calcule a alíquot3 média e:l alíquota marginal de imposto a panir dos resuh~ldos anteriores.

DAL C I I

1-1 omparaçiio de respol1sabilidades Ivleridelh Harper aplicou $ 25.000 l1a Som lwest Deve opmellt Company. A empresa faliu recentemente e tem
dívidas de $ 60.000 que não for:\l11 pagas. Explique a Ilarureza dos pagamenlos, se houver algum, que deveriam ser feitos por Harper em cada uma das
situações a segUIr:
a. A Southwest Developmcm Compan)' é lIllla firma individual que pencnce a Harper.
b. A Southwcst Devclopmcnr Company é lima sociedade por cotas entre Harper e Christopher Black. Cada um deles possui 50% da empresa.
c. t\ Sourhwest Developmem Compan}' é lllTI:l sociedade por ações.

OAlt oM'

~..; ::.J 1-2 Análise Illélrginal e objetivo da empresa Ken Allen, analista de orç:lll1enro de capital da Balir Gears, lne., foi encarregado de avaliar lima
proposta de investimeIHo. O diretor da divisão de prodlHos auromotivos acredita que a substituição dos equipamentos automatizados utilizados na linha de
produção de
I. c<1l11inhões pesados produzirá benefícios totais de $ 560.000 (3 preços de hoje) 1105 prõximos cinco anos. Os equipamentos existentes produziriam

benefícios de S 400.000 (também a preços de hoje) no mesmo período. Para a instalação dos equipamentos novos seria necessário um investimenro inicial
de $ 220.000. O diretor da divisão calcula que os equipamentos 3wais poderiam ser vendidos por $ 70.000. ~1osrrc como Ken aplicará ;\ técnica de análise
marginal para determinar:
a. Os benefícios marginais (adicionais) dos novos equipamentos propostos.
b. O cUSto marginal (adicional) dos novos equipamentos propostos.
c. O benefício líquido dos novos equipamentos propostos.

d . Qual deve ser a recomendação de t<en à empresa' Por quê'


Q ue fatores, além de custoS e benefícios, devem ser considerados antes de ser tomada a decisão final ?

O~Aj 1-3 Lucro contábil versus fluxo de caixa em um período A Thomas Book Sales, ine. fornece livros didáticos a livrarias de faculdades c
universidades. Os livros são enviados COI11 a condição de que devem ser pagos no prazo de 30 dias, mas podem ser devolvidos com direito a crédito
in'tegral em 90 dias. Em 2003, a empresa remereu e faturolllivros no valor total de $ 760.000, Os recebimentos, descontados os créditos por devoluções,
toralizaram $ 690.000 durante o ano. A empresa gastou $ 300.000 na compra dos livros enviados às livrarias.
a. Usando a contabilidade por regime de competência e os valores fornecidos, mostre qual foi o lucro líquido da empresa nesse ano.
b. Usando a contabilidade por regime de caixa e os valores precedentes, mostre qual foi o fluxo líquido de caixa da empresa nesse ano.
c. Qual dos dois deinonstra[ivos é mais útil para O administrador financeiro? Por quê?

0j 1-4 Identificação de problcmas e custos de ageltc)' e sua solução Explique por que cada uma das
situações descritas a seguir envolve um problema de agel1cy c os CllStos para a empresa que poderiam resultar dele.
Proponha como o problema poderia ·ser solucionado sem que os indivíduos envolvidos fossem dispensados.
a. A recepcionista da enrrada principal regularmente usa 20 minutos a mais de scu horário de almoço para resolver problemas particulares.
, -- ----
CAPil 0LO 1 o papel e o ambiente da adn1inistraçáo financeira 31

b. Os dirc!ores clt di\'ISõc:) c.:sr50 inflacionando as esrim,Hivas de ClISto p:.1ra mosrrar ganhos ele eficiência no cu no pr<1ZO, <lll;llldo ~e percebe que 0$ ClISroS
efetivos são inferiores aos v.dores estimados.
c. O presidenre da empresa reúne-se .:;ccrei:llnCntt com um C0Il(:orrentc p,lra cliscurir a po~sihilictadL'" de uma fusão apó!:. a qual ele passaria <1 $l'f (l pn.:sidentc da
empresa n:su!t;\lHC.
d. O gcr c lHc de Ul1líl filial demite funcionários experientes que lfabalhavam em período imegral t COntra Ll funcioná rios de meio período ou temporários para postos de
atenclimenLO a clientes com o objetivo cle reeluzir os custos de mão-cle-obra c elc\'''l!" o lucro da filial no ano corrente. O bónus do gerente é baseado
na rentabilidade da filial.

01\61
_~" 1-5 Imposto de pessoa jurídica t\ Talltor Supply, Inc. é uma pequenil $ocil'dnde por ações que OperJ C0ll10 distribuidora exclusiva de uma importante linha de
material esponivo. Em 2002, a empresa obteve lucro de $ 92.500 antes do imposto de renda.
a. Calcule o im posro devido peb empresa usando ~ escala de alíquotJs fornecida 11;1 Tabela IA.
b. Qual foi O lucro da Tantor Supply em 2002, após o imposro de renda?
c. Qual é a nliq1l0f(l média de imposto da empresa) com base nos resultados do item a?
d. Qual é a nliqllotfl marginal de imposro da empresa, com base nos resultados do irem a?

0~.6j 1 6 AI' 'd' d . d . 'd'


_.; --'quotas me las e ImposlO e pessoa Jun IGI Usando a escala de alíquotas de imposto fornecida na Tabela 1.1;, faça o seguinte: :1. Calcule os valores de Il11pOSro devido,
o lucro após o imposto e as alíquows médias de imposto P ;HJ. os scguinees níveis de lucro antes do imposto: S 10.000; S 80.000, $ 300.000, $ 500.000, $ 1,5 n;ilhiío, 1
S 10 milhões e S 15 milhões.
b. Faça um grúfico represenrando as alíquotas médias no eixo vertical e os níveis de lucro ames do

imposlO no eixo horizontal. Que conclusões gCI-ais podem ser riFadas a respeiro da reb çao enrre essa::, ) va riá veis?

i OA S.,!

1-7 Alíquotas marginais de imposfo de pessoa jurídica Usando a esca la de alíquo t:15 de imposw fornecida na Tabela 1.4:
a. Calcule a alíquota marginal para os seguintes níveis de lucro antes do imposto: $ 15.000, $ 60.000, $ 200.000, $ 400.000, $ 1 rnilhilo r. $ 20 milhões.

b. faça um gráfico registrando as alíquotas marginais no eixo vertical e os níveis de lucro anres do
\ imp osro no eixo horizontal. Explique a relação entre essas

variáveis.

D O~~i 1-8 Rendimellto de juros versus dividendos Durante o último ano, a Shering Dis[ribuw[s, [ne. teve lucro operacional antes do

imposto no valor de $ 490.000. Alén~ disso, durame o ano recebeu S 20.000 de juros pagos por obrigações da Zig Manufacturing e $ 20.000 de

dividendos de sua participação de 5% n<l Tank lndllstries, fne. A Shering está na faixa de imposro de 40% c tem dirciro a lima exclusão de 70% dos

dividendos recebidos das ações da Tank Industries.


a. Calcule o imposto devido pela empresa, con.siderando apenas o lucro operacional.
b. Determine o imposto devido e o valor atribuível aos juros das obrigações da Zig ~1anllf3cturing após
o imposro de renda.
e. Determine o imposto devido e o valor dos dividendos recebidos da Tank Industries após o imposto de renda.
d. Compare e discuta os valores após o imposto de rcnda resultantes de juros e dividendos) calculados nos itens b e c.
e. Qual é o valor rota I do imposto devido pela empresa nesse exercício?

D O~~~l 1-9 Despesa de juros versus despesa de dividendos A l'vlichaels Corporation espera que o
lucro anres de juros c imposto seja igual a $ 40.000 no período. Supondo uma alíquota de imposto de 40% sobre rendimentos ordinários, calcule o lucro da
empresa depois do imposto e o lucro disponível aos '. ' acionistas ordinários (lucro depois do imposto C dos dividendos preferenciais, se houver), sob as seguintes
condições:
~"
'I0!" 111 ) \ '. 11. h" I 1 .'t"' i'l i ,',"ndu' ;CJ I. '" •

o~ 1-10 lmposto sobre ganhos dc capital A Perkllls Manufacturing cstá anali:,ando a venda dt doi:, ativos não depreciáveis, X C Y. O ativo X foi
adquirido por $ 2.000 e será vendido hoje por $ 2.250. O alivo Y foi adquirido por S 30.000 c sed vendido hoje por 5: 35.000. A empresa está sujeita a lima
alíquOl;l de '"106/0 sobre ganhos de clpital.
a. C:llculc o valor do g<luho de capit::d, se houver algum, com c;tda um dos alivos.
b. C.1kl1h· o imposto devido sobre: a vC[J(..la de c<lda alivo.

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_J 1-"11 Imposto sobre ganhos de capital A tabela a seguir contém preços de compra e venda de ativos permanente.;; 11;10 depreciáveis de uma empresa
de grande porte. A empresa pagou 40 °/0 de imposto sobre ganhos de capital.

A S 3.000 S 3.400 B 12.000 12.000 C 62.000 80.000 D


41.000 45 .000 E t6.500 18.000

3. Determine o valor do ganho de capit<ll obtido com cada um dos cinco ativos.
b. Calcule O valor do imposto pago sobre a venda de cada um dos 3ri\'os.

CASO DO CAPITULO 1 Avali<lção do ohjetivo da Sports Products, Inc.

oren Seguara e D::de Johnson trabalham para a Sports Products, Inc., um importante fabricante de barcos de passeio e acessórios. Loren
tC:lbalha como auxiliar de escritório no departamento de contabilidade, e Dalc trabalha na área de embalagem do departamento de entregas.
Durante o horário de almoço, ceno <"lia, os dois começaram a conversar a respeito da empresa. Oale queixou-se de que sempre trabalhou
duro, procu
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rando não desperdiçar material de embalagem c) em geral, realizar seu trabalho de maneira eficicIHc. Apesar
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dos esforços dcle c dos colegas de departamento, o preço da ação havia caído quase $ 2 nos últimos nove meses. Loren disse que
compartilhava da frustração de Dale, particularmente porque os lucros da empresa tinham subido. Nenhum dos dois conseguia entender por
que o preço da ação esta\'a caindo, uma v.ez que o lucro da empresa subia.
Loren disse que havia visto documentos em que era descrito o plano de participação nos lucros da empresa, segundo o qual todos os
administradores eram remunerados, em parte, com base nos lucros. Ela afirmou que talvez fosse o lucro a coisa mais importante para os
administradores, pois afetava diretamente Sua remuneração. Dale retfl1COu: "Isso não faz sentido, porque os acionistas são donos da
empresa. Os administradores nao deveriam fazer o que é melhor para os acionistas? Algo está errado!" Lorcn respondeu: "ncm) isso talvez
cxplique por que a empresa não tem se preocupado com o preço da ação. Veja: os únicos lucros que os acionistas recebem são os dividendos
em dinheiro, e a empresa nunca pagou dividendos em toda a sua história, ou seja, em 20 anos. Portanto, como acionistas não nos
beneficiamos diretamente dos lucros. A única maneira de nos beneficiarmos é por meio da elevação do preço da ação". Dale acrescenrou:
"Isso provavelmente explica por que a empresa está sendo processada pelas autoridades ambienrais estaduais e federais, por despejar agentes
polllidores no rio aqui peno. Por que gastar dinheiro com controle da poluição? Isso aumentaria os CllStoS diminuiria os lucros c, como
l

conseqüência, diminuiria também a remuneração dos administradores!"


Loren c Dale perceberam que o horário de almoço havia terminado e precisavam voltar logo ao trabalho. Antes de sair, decidiram
encontmr-se no dia seguinte para continuar sua discussão.

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