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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF

CHRISTINE BRADFORD

INFORMATIVOS ADMINISTRATIVO STF 2015 e 2016

2016

INFORMATIVO Esquematizado 842 STF


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

CONSELHOS PROFISSIONAIS Constitucionalidade da Lei 12.514/2011

A Lei nº 12.514/2011, que trata sobre as contribuições (anuidades) devidas aos Conselhos
Profissionais, é constitucional. Sob o ponto de vista formal, esta Lei, apesar de ser fruto de
uma MP que originalmente dispunha sobre outro assunto, não pode ser declarada
inconstitucional porque foi editada antes de o STF declarar ilegítima a prática do “contrabando
legislativo” (ADI 5127/DF). Ainda quanto ao aspecto formal, esta Lei não trata sobre normas
gerais de Direito Tributário, motivo pelo qual não precisava ser veiculada por lei
complementar. Sob o ponto de vista material, a Lei respeitou os princípios da capacidade
contributiva, da vedação ao confisco e da legalidade. STF. Plenário. ADI 4697/DF, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 06/10/2016 (Info 842).

INFORMATIVO Esquematizado 841 STF

terça-feira, 25 de outubro de 2016

CONCURSO PÚBLICO Inconstitucionalidade de permuta de serventia sem concurso público


após a CF/88

O art. 236, § 3º, da CF é uma norma constitucional autoaplicável. Logo, mesmo antes da edição
da Lei nº 8.935/94, ela já tinha plena eficácia e o concurso público era obrigatório como
condição não apenas para ingresso na atividade notarial e de registro, como também nos casos
de remoção ou permuta. As normas estaduais que admitem a remoção na atividade notarial e
de registro independentemente de prévio concurso público são incompatíveis com o art. 236,
§ 3º, da Constituição, razão pela qual não foram por essa recepcionadas.

O prazo decadencial de 5 anos, de que trata o art. 54 da Lei nº 9.784/99, não se aplica à
revisão de atos de delegação de serventias extrajudiciais editados após a CF/88, sem o
atendimento das exigências prescritas no seu art. 236. Assim, se uma pessoa assumiu uma
serventia notarial ou registral sem concurso público após a CF/88, este ato poderá ser anulado
mesmo que já se tenham passado mais de 5 anos. A decisão que anula o ato de investidura em

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serventia notarial e registral sem concurso público não viola o direito adquirido nem a
segurança jurídica. STF. 1ª Turma. MS 29415/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Luiz Fux, julgado em 27/09/2016 (Info 841).

INFORMATIVO Esquematizado 840 STF

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

SERVIDORES PÚBLICOS Inconstitucionalidade de norma estadual que amplie as hipóteses do


art. 19 do ADCT da CF/88

O art. 19 do ADCT da CF/88 previu que os servidores públicos que estavam em exercício há
pelo menos 5 anos quando a Constituição Federal foi promulgada, deveriam ser considerados
estáveis, mesmo não tendo sido admitidos por meio de concurso público. Desse modo, quem
ingressou no serviço público, sem concurso, até 05/10/1983 e assim permaneceu, de forma
continuada, tornou-se estável com a edição da CF/88. É inconstitucional Constituição estadual
ou lei estadual que amplie a abrangência do art. 19 do ADCT e preveja estabilidade para
servidores públicos admitidos sem concurso público mesmo após 05/10/1983 (5 anos antes da
CF/88). STF. Plenário. ADI 1241/RN, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2016 (Info 840).

INFORMATIVO Esquematizado 839 STF

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

AUTOTUTELA Recebimento de auxílio-moradia com má-fé e inexistência de decadência


Servidor que recebeu auxílio-moradia apresentando declaração falsa de que havia se mudado
para outra cidade terá que ressarcir o erário e devolver os valores recebidos mesmo que já se
tenha passado mais de 5 anos desde a data em que o pagamento foi autorizado. STF. 1ª
Turma. MS 32.569/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em
13/09/2016 (Info 839).

INFORMATIVO Esquematizado 835 STF

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

CONCURSO PÚBLICO Restrição a candidatos com tatuagem Importante!!!

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Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo
situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais. STF. Plenário.
RE 898450/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/8/2016 (repercussão geral) (Info 835).

A decisão do indivíduo fazer uma tatuagem está diretamente relacionada com a sua liberdade
de pensamento e de expressão (art. 5º, IV e IX, da CF/88).

Exceções Vale ressaltar, entretanto, que é possível que a Administração Pública impeça o
acesso do candidato se a tatuagem que ele possui tiver um conteúdo que viole os valores
previstos na Constituição Federal. É o caso, por exemplo, de tatuagens que contenham
obscenidades, ideologias terroristas, que sejam discriminatórias, que preguem a violência e a
criminalidade, a discriminação de raça, credo, sexo ou origem. Isso porque tais temas são,
inegavelmente, contrários às instituições democráticas. Se a Administração proibir tatuagens
como essa, não será uma prática desarrazoada ou desproporcional.

INFORMATIVO Esquematizado 834 STF

domingo, 4 de setembro de 2016

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Inexistência de impedimento de que os membros da


comissão do primeiro PAD, que foi anulado, participem da segunda comissão Importante!!!

Respeitados todos os aspectos processuais relativos à suspeição e impedimento dos membros


da Comissão Processante previstos pelas Leis 8.112/90 e 9.784/99, não há qualquer
impedimento ou prejuízo material na convocação dos mesmos servidores que anteriormente
tenham integrado Comissão Processante, cujo relatório conclusivo foi posteriormente anulado
(por cerceamento de defesa), para comporem a segunda Comissão de Inquérito. Assim, não há
qualquer impeditivo legal de que a comissão de inquérito em processo administrativo
disciplinar seja formada pelos mesmos membros de comissão anterior que havia sido anulada.
STF. 1ª Turma. RMS 28774/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto
Barroso, julgado em 9/8/2016 (Info 834). STJ. 1ª Seção. MS 16.192/DF, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, julgado em 10/04/2013.

CONCURSO PÚBLICO Surgimento de vaga durante o período validade do concurso e abertura


de novo certame logo depois do primeiro concurso expirar

Determinado candidato foi aprovado fora do número de vagas. Todos os aprovados dentro do
número de vagas foram nomeados e empossados. Durante o prazo de validade do concurso,
um servidor se aposentou, mas não houve autorização do Ministério do Planejamento para

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que o órgão federal fizesse o provimento desta vaga. Um mês após o fim do prazo de validade
do concurso, a Administração Pública abriu novo concurso para este cargo. O STF entendeu
que este candidato não possui direito líquido e certo à nomeação porque:  foi aprovado fora
do número de vagas previsto no edital; e  o prazo de validade do concurso em que ele foi
aprovado expirou antes da abertura do novo certame.  realmente surgiu uma vaga
decorrente da aposentadoria, mas não houve manifestação do órgão competente se havia
disponibilidade orçamentária para que este cargo fosse imediatamente provido. O mero
surgimento de vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo não gera direito
subjetivo à nomeação do candidato aprovado fora do número de vagas, cabendo a ele
demonstrar, de forma inequívoca, que houve preterição arbitrária e imotivada por parte da
administração pública. No caso concreto, o STF entendeu que isso não ficou comprovado.
Assim, para o Tribunal, a situação não se enquadra nas hipóteses previstas no RE 837311/PI.
STF. 1ª Turma. RMS 31478/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson
Fachin, julgado em 9/8/2016 (Info 834).

INFORMATIVO Esquematizado 833 STF

domingo, 21 de agosto de 2016

AUTOTUTELA Anulação de anistia e prazo decadencial

A Administração Pública não pode, depois de terem se passado mais de 5 anos, anular a anistia
política concedida mesmo que, antes de completar este prazo, a AGU tenha emitido nota
questionando os critérios adotados na concessão. A nota emitida pela AGU teve efeito similar
ao de um parecer e, por isso, não impediu o fluxo do prazo decadencial, não podendo ser
classificada como "exercício do direito de anular", para os fins do § 2º do art. 54 da Lei nº
9.784/99. Vale ressaltar que, no caso concreto, não ficou demonstrada má-fé do interessado.
Além disso, não houve flagrante inconstitucionalidade na concessão de anistia, mas sim nova
interpretação da Administração Pública quanto ao efetivo enquadramento como anistiado
político. STF. 1ª Turma. RMS 31841/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 2/8/2016 (Info
833).

INFORMATIVO Esquematizado 829 STF

domingo, 26 de junho de 2016

SERVIDORES TEMPORÁRIOS Lei que prevê hipóteses genéricas de contratação temporária é


inconstitucional

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

Lei que autoriza contratação temporária para projetos educacionais ordinários é


inconstitucional A LC 22/2000, do Estado do Ceará, autoriza a contratação de professores, por
tempo determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público
nas escolas estaduais. O art. 3º da referida Lei prevê diversas hipóteses nas quais é possível a
referida contratação.

O STF afirmou que, em tese, é possível a contratação temporária por excepcional interesse
público (art. 37, IX, da CF/88) mesmo para atividades permanentes da Administração (como é
o caso de professores). No entanto, o legislador tem o ônus de especificar, em cada
circunstância, os traços de emergencialidade que a justificam.

As alíneas "a, b, c, d, e" preveem a contratação temporária caso o titular se afaste para gozar
de licenças ou para fazer cursos de capacitação. O STF reputou que tais hipóteses são
constitucionais já que elas descrevem situações que são alheias ao controle da Administração
Pública, ou seja, hipóteses que estão fora do controle do Poder Público e que, se este não
tomasse nenhuma atitude, poderia resultar em desaparelhamento transitório do corpo
docente. Logo, para tais situações está demonstrada a emergencialidade.

A alínea "f" previa que poderia haver a contratação temporária para suprir "outros
afastamentos que repercutam em carência de natureza temporária". O STF entendeu que esta
situação é extremamente genérica, de forma que não cumpre o art. 37, IX, da CF/88. O
parágrafo único do art. 3º autoriza a contratação temporária para que a Administração Pública
pudesse implementar "projetos educacionais, com vista à erradicação do analfabetismo,
correção do fluxo escolar e qualificação da população cearense".

O STF entendeu que esta previsão também é inconstitucional porque estes são objetivos
corriqueiros (normais, ordinários) da política educacional. Desse modo, esse tipo de ação não
pode ser implementado por meio de contratos episódicos (temporários), já que não constitui
contingência especial a ser atendida. STF. Plenário. ADI 3721/CE, Rel. Min. Teori Zavascki,
julgado em 9/6/2016 (Info 829).

INFORMATIVO Esquematizado 828 STF

quinta-feira, 16 de junho de 2016

SERVIDORES PÚBLICOS A questão dos 13,23% e as súmulas vinculantes 10 e 37

O art. 1º da Lei nº 10.698/2003 concedeu reajuste aos servidores públicos federais de todos os
Poderes, porém em percentuais diferentes. A diferença entre o maior e o menor reajuste foi
de 13,23%. Os servidores que receberam o menor percentual alegaram que o mencionado art.

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1º representou uma revisão geral anual, tendo, no entanto, violado o art. 37, X, da CF/88,
considerando que foi feita com índices diferentes, o que não é permitido por esse dispositivo
constitucional. Diante disso, pediram que fosse concedida a incorporação dos 13,23% em sua
remuneração.

A 1ª Turma do TRF1 (órgão fracionário do Tribunal) concedeu a incorporação pedida. Para o


STF, esta decisão violou as súmulas vinculantes 10 e 37. A 1ª Turma do TRF1, mesmo sem dizer
isso expressamente, fez um controle de constitucionalidade do art. 1º da Lei nº 10.698/2003
concluindo que este dispositivo incidiu em inconstitucionalidade por omissão parcial. No
entanto, como se trata de órgão fracionário do TRF, houve violação ao art. 97 da CF/88 e da SV
10: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte."

Além disso, houve violação da SV 37: "Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função
legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia." STF.
2ª Turma. Rcl 14872, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 31/5/2016 (Info 828).

INFORMATIVO Esquematizado 825 STF

quarta-feira, 25 de maio de 2016

PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Observância do devido processo legal, contraditório e ampla


defesa antes da inclusão de entes federativos nos cadastros federais de inadimplência
Atenção! Concursos federais

É necessária a observância da garantia do devido processo legal, em especial, do contraditório


e da ampla defesa, relativamente à inscrição de entes públicos em cadastros federais de
inadimplência. Assim, a União, antes de incluir Estados-membros ou Municípios nos cadastros
federais de inadimplência (exs: CAUC, SIAF) deverá assegurar o devido processo legal, o
contraditório e a ampla defesa. STF. 1ª Turma. ACO 732/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 10/5/2016 (Info 825). STF. Plenário. ACO 1995/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
26/3/2015 (Info 779).

INFORMATIVO Esquematizado 824 STF

segunda-feira, 23 de maio de 2016

RESPONSABILIDADE CIVIL Constitucionalidade do art. 1ºC da Lei 9.494/97

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
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A fixação do prazo prescricional de 5 anos para os pedidos de indenização por danos causados
por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviços públicos, constante do art. 1º-C da Lei 9.494/97, é constitucional. STF.
Plenário. ADI 2418/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 4/5/2016 (Info 824).

INFORMATIVO Esquematizado 818 STF

quinta-feira, 14 de abril de 2016

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO Súmula vinculante 55

Súmula vinculante 55: O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.
STF. Plenário. Aprovada em 17/03/2016, DJe 28/03/2016.

INFORMATIVO Esquematizado 815 STF

terça-feira, 15 de março de 2016

NEPOTISMO Não haverá nepotismo se a pessoa nomeada possui um parente no órgão, mas
sem influência hierárquica sobre a nomeação

Não há nepotismo na nomeação de servidor para ocupar o cargo de assessor de controle


externo do Tribunal de Contas mesmo que seu tio (parente em linha colateral de 3º grau) já
exerça o cargo de assessor-chefe de gabinete de determinado Conselheiro, especialmente pelo
fato de que o cargo do referido tio não tem qualquer poder legal de nomeação do sobrinho. A
incompatibilidade da prática enunciada na SV 13 com o art. 37 da CF/88 não decorre
diretamente da existência de relação de parentesco entre pessoa designada e agente político
ou servidor público, mas de presunção de que a escolha para ocupar cargo de direção, chefia
ou assessoramento tenha sido direcionado à pessoa com relação de parentesco com quem
tenha potencial de interferir no processo de seleção. STF. 2ª Turma. Rcl 18564/SP, rel. orig.
Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 23/2/2016 (Info 815).

INFORMATIVO Esquematizado 812 STF

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

PRECATÓRIO É possível aplicar o regime de precatórios às sociedades de economia mista?


Importante!!! Atenção! Advocacia Pública

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

As sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de atuação própria do Estado


e de natureza não concorrencial submetem-se ao regime de precatório. O caso concreto no
qual o STF decidiu isso envolvia uma sociedade de economia mista prestadora de serviços de
abastecimento de água e saneamento que prestava serviço público primário e em regime de
exclusividade. O STF entendeu que a atuação desta sociedade de economia mista correspondia
à própria atuação do Estado, já que ela não tinha objetivo de lucro e o capital social era
majoritariamente estatal. Logo, diante disso, o STF reconheceu que ela teria direito ao
processamento da execução por meio de precatório. STF. 2ª Turma. RE 852302 AgR/AL, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2015 (Info 812).

2015

INFORMATIVO Esquematizado 811 STF

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

CONCURSO PÚBLICO Surgimento de novas vagas e discussão sobre direito subjetivo à


nomeação

Importante!!!

O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o
prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos
candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de
preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por
comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca
necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser
demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do
candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses:

a) quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; b) quando


houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; e c)
quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do
certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada
por parte da administração nos termos acima. STF. Plenário. RE 837311/PI, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 09/12/2015 (repercussão geral) (Info 811).

INFORMATIVO Esquematizado 810 STF

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

SERVIDORES PÚBLICOS Declaração de inconstitucionalidade de lei que efetuou transposição e


exoneração do servidores

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

No julgamento da ADI 3819, o STF declarou inconstitucional lei estadual, posterior à CF/88,
que transformou ocupantes de determinado cargo público em Defensores Públicos.
Entendeuse que houve violação ao princípio do concurso público. Os servidores foram, então,
exonerados pelo Governador do Estado, mas conseguiram ser reintegrados por decisão do STJ,
que entendeu que, antes da exoneração, deveria a eles ser garantido devido processo legal,
com contraditório e ampla defesa. O STF, em reclamação, cassou essa decisão do STJ por
entender que ela contrariou a autoridade da decisão proferida pelo STF no julgamento da ADI
3.819/MG. STF. 2ª Turma. Rcl 16950/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 1º/12/2015 (Info
810).

INFORMATIVO Esquematizado 809 STF

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

SERVIDORES PÚBLICOS Adicional por tempo de serviço e direito adquirido

Não há garantia à continuidade de recebimento de adicional por tempo de serviço em


percentual superior àquele previsto em legislação posterior sob o fundamento de direito
adquirido. STF. Plenário. MS 22423/RS, rel. orig. Min. Eros Grau, red. p/ o acórdão Min. Gilmar
Mendes, julgado em 26/11/2015 (Info 809).

INFORMATIVO Esquematizado 808 STF

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

CONCURSOS PÚBLICOS Teoria do fato consumado: inaplicabilidade em concurso público


Importante!!!

O candidato que toma posse em concurso público por força de decisão judicial precária
assume o risco de posterior reforma desse julgado que, em razão do efeito “ex tunc”,
inviabiliza a aplicação da teoria do fato consumado em tais hipóteses. A posse ou o exercício
em cargo público por força de decisão judicial de caráter provisório não implica a manutenção,
em definitivo, do candidato que não atende a exigência de prévia aprovação em concurso
público (art. 37, II, da CF/88), valor constitucional que prepondera sobre o interesse individual
do candidato, que não pode invocar, na hipótese, o princípio da proteção da confiança
legítima, pois conhece a precariedade da medida judicial. Em suma, não se aplica a teoria do
fato consumado para candidatos que assumiram o cargo público por força de decisão judicial
provisória posteriormente revista. STF. 1ª Turma. RMS 31538/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red.

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 17/11/2015 (Info 808). STF. Plenário. RE
608482/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/8/2014 (repercussão geral) (Info 753).

TETO REMUNERATÓRIO As vantagens pessoais do servidor também devem respeitar o teto,


mesmo que sejam anteriores à EC 41/2003 Importante!!!

Alguns servidores continuavam tentando excluir do teto as vantagens pessoais que haviam
adquirido antes da EC 41/2003 (que implementou, na prática, o teto no funcionalismo).
Argumentavam que a garantia da irredutibilidade de vencimentos, modalidade qualificada de
direito adquirido, impediria que as vantagens percebidas antes da vigência da EC 41/2003
fossem por ela alcançadas. O STF acolheu esse argumento? As vantagens pessoais anteriores à
EC 41/2003 estão fora do teto? NÃO. Computam-se para efeito de observância do teto
remuneratório do artigo 37, XI, da Constituição da República, também os valores percebidos
anteriormente à vigência da EC 41/2003 a título de vantagens pessoais pelo servidor público,
dispensada a restituição de valores eventualmente recebidos em excesso e de boa-fé até o dia
18/11/2015. STF. Plenário. RE 606358/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 18/11/2015
(repercussão geral) (Info 808).

INFORMATIVO Esquematizado 807 STF


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SERVIDORES TEMPORÁRIOS Competência da Justiça Comum Importante!!!

A justiça comum é competente para processar e julgar causas em que se discuta a validade de
vínculo jurídico-administrativo entre o poder público e servidores temporários. Dito de outra
forma: a Justiça competente para julgar litígios envolvendo servidores temporários (art. 37, IX,
da CF/88) e a Administração Pública é a JUSTIÇA COMUM (estadual ou federal). A competência
NÃO é da Justiça do Trabalho, ainda que o autor da ação alegue que houve desvirtuamento do
vínculo e mesmo que ele formule os seus pedidos baseados na CLT ou na lei do FGTS. STF.
Plenário. Rcl 4351 MC-AgR/PE, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Dias
Toffoli, julgado em 11/11/2015 (Info 807).

INFORMATIVO Esquematizado 800 STF

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

PROVIMENTO DERIVADO É inconstitucional lei estadual que transforma cargo de Comissário


de Polícia em Delegado de Polícia

Em 2001, foi editada uma lei estadual criando cargos e organizando a Polícia Civil de
determinado Estado. Nesta Lei foi previsto que, na estrutura da Polícia Civil, haveria cargos de
Delegado de Polícia e de Comissário de Polícia. Ainda em 2001, foi realizado um concurso
público, com provas específicas para cada um desses cargos, e os aprovados nomeados e
empossados. Contudo, em 2004, houve duas leis modificando o cargo de Comissário de Polícia.
• a primeira delas afirmou que Comissário de Polícia seria autoridade policial, juntamente com
o Delegado de Polícia, equiparando a remuneração dos dois cargos. • a segunda lei,
transformando o cargo de "Comissário de Polícia" em "Delegado de Polícia". Essas duas leis
foram impugnadas por meio de ADI e o STF decidiu que elas são INCONSTITUCIONAIS porque
representaram burla à exigência do concurso público. As referidas leis fizeram uma espécie de
ASCENSÃO FUNCIONAL dos Comissários de Polícia porque transformaram os ocupantes desses
cargos em Delegados de Polícia sem que eles tivessem feito concurso público para tanto.

No caso concreto, os Ministros entenderam que, quando o cargo de Comissário de Polícia foi
criado, ele possuía diferenças substanciais em relação ao de Delegado de Polícia, o que
impediria a transformação mesmo sob o argumento de ser medida de racionalização
administrativa. STF. Plenário. ADI 3415/AM, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 24/9/2015
(Info 800).

INFORMATIVO Esquematizado 793 STF

terça-feira, 18 de agosto de 2015

PODER DE POLÍCIA Poder de polícia de trânsito e guardas municipais

Importante!!!

As guardas municipais podem realizar a fiscalização de trânsito? SIM. As guardas municipais,


desde que autorizadas por lei municipal, têm competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto
de infração de trânsito e impor multas. O STF definiu a tese de que é constitucional a
atribuição às guardas municipais do exercício do poder de polícia de trânsito, inclusive para a
imposição de sanções administrativas legalmente previstas (ex: multas de trânsito). STF.
Plenário.RE 658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso,
julgado em 6/8/2015 (Info 793).

INFORMATIVO Esquematizado 791 STF

domingo, 9 de agosto de 2015

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Princípio da intranscendência subjetiva na inscrição de unidade


federativa em cadastro de inadimplentes

Atenção! Advocacia Pública

O Estado de Pernambuco celebrou convênio com a União por meio do qual recebeu
determinadas verbas para realizar projetos de interesse público no Estado, assumindo o
compromisso de prestar contas da utilização de tais valores perante a União e o TCU. Ocorre
que o Estado não prestou contas corretamente, o que fez com que a União o inserisse no
CAUC Ao julgar uma ação proposta pelo Estado-membro contra a União, o STF exarou duas
importantes conclusões:

1) Viola o princípio do devido processo legal a inscrição de unidade federativa em cadastros de


inadimplentes antes de iniciada e julgada tomada de contas especial pelo Tribunal de Contas
da União. Em casos como esse, mostra-se necessária a tomada de contas especial e sua
respectiva conclusão, a fim de reconhecer que houve realmente irregularidades. Só a partir
disso é possível a inscrição do ente nos cadastros de restrição ao crédito organizados e
mantidos pela União.

2) O princípio da intranscendência subjetiva impede que sanções e restrições superem a


dimensão estritamente pessoal do infrator e atinjam pessoas que não tenham sido as
causadoras do ato ilícito. Assim, o princípio da intranscendência subjetiva das sanções proíbe a
aplicação de sanções às administrações atuais por atos de gestão praticados por
administrações anteriores. A inscrição do Estado de Pernambuco no CAUC ocorreu em razão
do descumprimento de convênio celebrado por gestão anterior, ou seja, na época de outro
Governador. Ademais, ficou demonstrado que os novos gestores estavam tomando as
providências necessárias para sanar as irregularidades verificadas. Logo, deve-se aplicar, no
caso concreto, o princípio da intranscendência subjetiva das sanções, impedindo que a
Administração atual seja punida com a restrição na celebração de novos convênios ou
recebimento de repasses federais. STF. 1ª Turma. AC 2614/PE, AC 781/PI e AC 2946/PI, Rel.
Min. Luiz Fux, julgados em 23/6/2015 (Info 791).

CONCURSO PÚBLICO Momento para comprovação do limite de idade

O limite de idade, quando regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso


público, há de ser comprovado no momento da inscrição no certame. STF. 1ª Turma. ARE
840.592/CE, Min. Roberto Barroso, julgado em 23/6/2015 (Info 791).

INFORMATIVO Esquematizado 790 STF (ATUALIZADO)

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

SERVIDORES PÚBLICOS Revisão geral dos servidores antes da EC 19/98

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

Súmula vinculante 51-STF: O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis
8.622/1993 e 8.627/1993, estende-se aos servidores civis do Poder Executivo, observadas as
eventuais compensações decorrentes dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos
diplomas legais. STF. Plenário. Aprovada em 17/06/2015.

INFORMATIVO Esquematizado 789 STF

terça-feira, 23 de junho de 2015

APOSENTADORIA ESPECIAL Oficiais de justiça não têm direito à aposentadoria especial


Importante!!!

Aposentadoria especial é aquela cujos requisitos e critérios exigidos do beneficiário são mais
favoráveis que os estabelecidos normalmente para as demais pessoas. A CF/88 prevê que os
servidores que exerçam atividades de risco têm direito à aposentadoria especial, segundo
requisitos e condições previstas em lei complementar (art. 40, § 4º, II, “b”). O sindicato dos
Oficiais de Justiça ajuizou, no STF, mandado de injunção coletivo alegando que os oficiais de
justiça exercem atividades de risco, nos termos do art. 40, § 4º, II, da CF/88 e que, apesar
disso, até agora, não foi editada uma lei complementar nacional prevendo aposentadoria
especial para eles. Argumentou, então, que estaria havendo omissão legislativa.

O STF concordou com o pedido formulado? NÃO. Os Oficiais de Justiça, no exercício de suas
funções, até sofrem, eventualmente, exposição a situações de risco, mas isso, por si só, não
confere a eles o direito subjetivo à aposentadoria especial.

Os Oficiais de Justiça podem até, a depender do caso concreto, estar sujeitos a situações de
risco, notadamente quando no exercício de suas funções em áreas dominadas pela
criminalidade, ou em locais marcados por conflitos fundiários. No entanto, o STF entendeu que
esse risco é contingente (eventual), e não inerente ao serviço. Não se pode dizer que as
funções dos Oficiais de Justiça são perigosas (isso não está na sua essência). Elas podem ser
eventualmente perigosas. Se uma atividade é eventualmente perigosa, o legislador pode
prever que os servidores que a desempenham tenham direito à aposentadoria especial com
base no art. 40, § 4º, II, da CF/88. Se o legislador não fizer isso, não haverá omissão de sua
parte porque o texto constitucional não exige. Ex: Oficiais de Justiça. Reconhecer ou não o
direito à aposentadoria especial é uma escolha da discricionariedade legislativa.

Se uma atividade é perigosa por sua própria natureza, o legislador tem o dever de prever que
os servidores que a desempenham terão direito à aposentadoria especial com base no art. 40,
§ 4º, II, da CF/88.

Se o legislador não fizer isso, haverá omissão inconstitucional de sua parte porque o texto da
CF/88 exige. Aqui não existe discricionariedade, mas sim um dever do legislador. Ex: carreira
policial. STF. Plenário. MI 833/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o acórdão Min. Roberto
Barroso, julgado em 11/6/2015 (Info 789).

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

INFORMATIVO Esquematizado 786 STF

sábado, 13 de junho de 2015

NEPOTISMO Norma que impede nepotismo no serviço público não alcança servidores de
provimento efetivo

A Constituição do Estado do Espírito Santo prevê, em seu art. 32, VI, que é “vedado ao servidor
público servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil”. Foi
proposta uma ADI contra esta norma. O STF julgou a norma constitucional, mas decidiu dar
interpretação conforme à Constituição, no sentido de o dispositivo ser válido somente quando
incidir sobre os cargos de provimento em comissão, função gratificada, cargos de direção e
assessoramento. Em outras palavras, o STF afirmou que essa vedação não pode alcançar os
servidores admitidos mediante prévia aprovação em concurso público, ocupantes de cargo de
provimento efetivo, haja vista que isso poderia inibir o próprio provimento desses cargos,
violando, dessa forma, o art. 37, I e II, da CF/88, que garante o livre acesso aos cargos, funções
e empregos públicos aos aprovados em concurso público. STF. Plenário. ADI 524/ES, rel. orig.
Min. Sepúlveda Pertence, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/5/2015
(Info 786).

INFORMATIVO Esquematizado 782 STF

quinta-feira, 14 de maio de 2015

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Divulgação de vencimentos dos servidores públicos com relação


nominal

É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens
pecuniárias. STF. Plenário. ARE 652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015
(repercussão geral) (Info 782)

CONCURSO PÚBLICO Controle de questões de concurso pelo Poder Judiciário

É possível que o Poder Judiciário anule questão objetiva de concurso público que foi elaborada
de maneira equivocada? É possível que seja alterada a pontuação dada ao candidato na
questão sob o argumento de que a correção feita pela banca foi inadequada? Regra: NÃO. Os
critérios adotados por banca examinadora de concurso público não podem ser revistos pelo
Poder Judiciário. Não é possível controle jurisdicional sobre o ato administrativo que corrige
questões de concurso público. Não compete ao Poder Judiciário substituir a banca
examinadora para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados.
Exceção: apenas em casos de flagrante ilegalidade ou inconstitucionalidade, a Justiça poderá
ingressar no mérito administrativo para rever critérios de correção e de avaliação impostos

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

pela banca examinadora. STF. Plenário. RE 632853/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
23/4/2015 (repercussão geral) (Info 782).

INFORMATIVO Esquematizado 781 STF

segunda-feira, 4 de maio de 2015

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS Constitucionalidade da Lei 9.637/98 Importante!!!

Organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, prestadoras
de atividades de interesse público e que, por terem preenchido determinados requisitos
previstos na Lei 9.637/98, recebem a qualificação de “organização social”. A pessoa jurídica,
depois de obter esse título de “organização social”, poderá celebrar com o Poder Público um
instrumento chamado de “contrato de gestão” por meio do qual receberá incentivos públicos
para continuar realizando suas atividades. Foi ajuizada uma ADI contra diversos dispositivos da
Lei 9.637/98 e também contra o art. 24, XXIV, da Lei 8.666/93, que prevê a dispensa de
licitação nas contratações de organizações sociais. O Plenário do STF não declarou os
dispositivos inconstitucionais, mas deu interpretação conforme a Constituição para deixar
explícitas as seguintes conclusões: a) o procedimento de qualificação das organizações sociais
deve ser conduzido de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do
“caput” do art. 37 da CF, e de acordo com parâmetros fixados em abstrato segundo o disposto
no art. 20 da Lei 9.637/98; b) a celebração do contrato de gestão deve ser conduzida de forma
pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do “caput” do art. 37 da CF;

as hipóteses de dispensa de licitação para contratações (Lei 8.666/1993, art. 24, XXIV) e
outorga de permissão de uso de bem público (Lei 9.637/1998, art. 12, § 3º) são válidas, mas
devem ser conduzidas de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios
do “caput” do art. 37 da CF; d) a seleção de pessoal pelas organizações sociais deve ser
conduzida de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do “caput”
do art. 37 da CF, e nos termos do regulamento próprio a ser editado por cada entidade; e e)
qualquer interpretação que restrinja o controle, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de
Contas da União, da aplicação de verbas públicas deve ser afastada. STF. Plenário. ADI
1923/DF, rel. orig. Min. Ayres Britto, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, julgado em 15 e
16/4/2015 (Info 781).

SERVIDORES PÚBLICOS Remunerações acima do teto constitucional e base de cálculo para


incidência do IR e da contribuição previdenciária

Existem determinados servidores, especialmente aposentados, que, por terem vantagens


pessoais incorporadas em seus vencimentos (ex: quintos), “no papel”, deveriam receber mais
do que o teto. Ex: João, Desembargador aposentado, incorporou diversas gratificações
pessoais ao longo de sua carreira. Assim, a remuneração bruta de João é de R$ 50 mil, mas ele
só receberá, de fato, até o valor do teto, devendo ser ressaltado que a quantia que superar o
limite constitucional não lhe será paga. O valor que, no momento do pagamento, é descontado

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

da remuneração total do servidor por estar superando o teto constitucional é chamado de


“abate-teto”. O servidor público, antes de receber sua remuneração líquida, é obrigado a
pagar imposto de renda e contribuição previdenciária. Esse valor já é descontado na folha pela
entidade pagadora. Assim, o Tribunal de Justiça, antes de pagar a remuneração de um
Desembargador, já desconta os valores que ele deverá pagar de IR e contribuição
previdenciária. As alíquotas do IR e da contribuição previdenciária incidem sobre o valor da
remuneração do servidor público. Ex: valor do IR = 27,5% multiplicado pela remuneração do
servidor. Em termos tributários, podemos dizer que a base de cálculo do IR e da contribuição
previdenciária é a remuneração do servidor. Se o servidor tem uma remuneração “no papel”
superior ao teto, o imposto de renda e a contribuição previdenciária incidirão sobre essa
remuneração total ou sobre a remuneração total menos o abate-teto? Em outras palavras, a
remuneração de João é 50 mil; ocorre que o teto do funcionalismo é 33 mil; João pagará IR e
CP sobre 50 mil ou sobre 33 mil? Sobre os 33 mil. A base de cálculo para se cobrar o IR e a
contribuição previdenciária é o valor da remuneração do servidor depois de ser excluída a
quantia que exceder o teto. Como o recurso extraordinário foi julgado sob a sistemática de
repercussão geral, o STF definiu, em uma frase, a tese que será aplicada em todos os demais
casos idênticos. A tese firmada foi a seguinte: “Subtraído o montante que exceder o teto e
subteto previsto no artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, tem-se o valor que vale como
base para o Imposto de Renda e para a contribuição previdenciária”. STF. Plenário. RE
675978/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 15/4/2015 (repercussão geral) (Info 781).

SERVIDORES PÚBLICOS Aposentadoria dos policiais civis e militares

Foi ajuizada ação direta de inconstitucionalidade por omissão contra o Governador e a


Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo afirmando que eles estavam sendo omissos
porque ainda não haviam editado lei complementar estadual prevendo critérios diferenciados
para aposentadoria de policiais civis e militares do sexo feminino nos termos do art. 40, §§ 1º e
4º, da CF/88. O STF julgou a ação improcedente por dois motivos:  Quanto às policiais civis, o
pleito formulado na ação já foi atendido com a edição, pelo Congresso Nacional, da Lei
Complementar federal 144/2014, de abrangência nacional, que deu à policial civil o direito de
se aposentar voluntariamente, com proventos integrais, independentemente de idade, após
25 anos de contribuição, desde que conte pelo menos 15 anos de exercício em cargo de
natureza estritamente policial.  Quanto às policiais militares, o STF entendeu que não se
aplica a regra de aposentadoria especial do art. 40, § 4º, da CF/88, porque os militares não
podem ser considerados, atualmente, como servidores públicos, sendo a eles aplicável um
regime jurídico próprio disciplinado pelo art. 142, § 3º, X (e não pelo art. 40, § 4º). Não
havendo determinação constitucional expressa, a decisão de conceder aposentadoria com
critérios facilitados para policiais militares mulheres é uma escolha discricionária de cada
Estado-membro. STF. Plenário. ADO 28/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 16/4/2015
(Info 781)

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INFORMATIVO Esquematizado 780 STF (corrigido)

terça-feira, 28 de abril de 2015

CONCURSO PÚBLICO Súmula vinculante 43

Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao


servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. STF. Plenário. Aprovada
em 08/04/2015 (Info 780).

CONCURSO PÚBLICO É inconstitucional lei estadual que cria Serviço de Interesse Militar
Voluntário Estadual

O Estado de Goiás editou uma lei criando algo que ele chamou de Serviço de Interesse Militar
Voluntário Estadual (SIMVE). Esse SIMVE funcionaria, em linhas gerais, da seguinte forma: as
pessoas poderiam se alistar para trabalhar “voluntariamente” como soldado na Polícia Militar
ou no Corpo de Bombeiros Militar. Haveria uma espécie de seleção (menos rigorosa que um
concurso público) e, se a pessoa fosse escolhida, ela receberia, como contraprestação pelo
trabalho desempenhado, um subsídio e atuaria como se fosse um soldado. Esse contrato seria
por um prazo determinado. O STF entendeu que esse SIMVE é formal e materialmente
inconstitucional. O SIMVE viola a regra do concurso público (art. 37, II, da CF/88). Além disso, o
STF afirmou ainda que a Lei estadual possui um vício formal, já que trata sobre prestação
voluntária de serviços na PM e Corpo de Bombeiros de forma diametralmente oposta ao que
diz a Lei federal 10.029/2000. STF. Plenário. ADI 5163/GO, rel. Min. Luiz Fux, julgado em
26/3/2015 (Infos 880 e 881).

CONCURSO PÚBLICO Súmula vinculante 44

Súmula vinculante 44-STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de
candidato a cargo público. STF. Plenário. Aprovada em 08/04/2015 (Info 780).

SERVIDORES PÚBLICOS Inconstitucionalidade de subsídio vitalício a ex-governador

Algumas Constituições estaduais preveem que a pessoa que tiver exercido o cargo de
Governador do Estado fará jus, após deixar o mandato, a um subsídio mensal e vitalício. Alguns
chamam isso de representação, outros de pensão vitalícia e outros de pensão civil. A previsão
desse pagamento é compatível com a CF/88? NÃO. Essa regra fere o princípio da isonomia.
Não há uma justificativa razoável para que seja prevista genericamente a concessão da
“pensão” para ex-governadores, configurando um tratamento privilegiado sem haver
fundamento legítimo. STF. Plenário. ADI 4552 MC/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
9/4/2015 (Info 780).

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INFORMATIVO Esquematizado 779 STF

sábado, 18 de abril de 2015

PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Observância do devido processo legal, contraditório e ampla


defesa antes da inclusão de entes federativos nos cadastros federais de inadimplência
Atenção! Concursos federais

A União, antes de incluir Estados-membros ou Municípios nos cadastros federais de


inadimplência (exs: CAUC, SIAF) deverá observar o devido processo legal, o contraditório e a
ampla defesa. STF. Plenário. ACO 1995/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/3/2015
(Info 779).

CONCURSO PÚBLICO Constitucionalidade do art. 19-A da Lei 8.036/90

É nula a contratação de pessoal pela Administração Pública sem a observância de prévia


aprovação em concurso público, razão pela qual não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos
em relação aos empregados eventualmente contratados, ressalvados os direitos à percepção
dos salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/90, ao
levantamento dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço — FGTS.
Neste julgado, o STF declarou que o art. 19-A da Lei 8.036/90 é CONSTITUCIONAL. STF.
Plenário. ADI 3127/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 26/3/2015 (Info 779).

INFORMATIVO Esquematizado 778 STF

quarta-feira, 15 de abril de 2015

CONCURSO PÚBLICO Questão da prova objetiva que exige do candidato saber quantas
afirmações estão corretas

Determinada candidata impetrou mandado de segurança questionando três questões da prova


objetiva do concurso para Procurador da República. As questões impugnadas foram
formuladas da seguinte forma: eram apresentadas quatro afirmações; após essas assertivas,
existiam quatro alternativas; a letra “A” dizia: “apenas uma está correta”; letra “B”: “duas
estão corretas”; letra “C”: “três estão corretas”; letra “D”: “todas estão corretas”. Segundo a
autora, essa forma de questão objetiva estaria em desacordo com as Resoluções do CNMP e
do CNJ sobre concursos públicos. O STF concordou com a tese da impetrante? Essa forma de
questão objetiva violou a resolução do CNMP?

NÃO. Apesar de as referidas questões apresentarem realmente uma estrutura objetiva diversa
das demais perguntas normalmente feitas em prova objetiva, isso não significa qualquer
nulidade, sendo apenas uma forma de dificultar o nível da prova igualmente a todos os
candidatos e condizente com o objetivo de um concurso destinado a medir conhecimentos de
vários tipos, ou seja, não só jurídicos, mas também lógicos e gramaticais. Ademais, entendeu-
se que não se poderia invocar a Resolução 57/2009 do CNJ porque, embora o CNJ e o CNMP

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
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possuam estruturas semelhantes e mesma origem constitucional, são órgãos autônomos, de


forma que o CNMP disciplinou o tema na forma que entendeu melhor e não vedou esse tipo
de questão. STF. 1ª Turma. MS 31323 AgR/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 17/3/2015
(Info 778).

INFORMATIVO Esquematizado 777 STF

domingo, 29 de março de 2015

CONCURSO PÚBLICO Critério de desempate em concursos de remoção de serventias notariais


e registrais Importante!!!

A lei estadual do Estado “X” prevê que, em caso de empate entre os candidatos em concurso
de remoção para serventias notariais e registrais, o primeiro critério de desempate é o maior
tempo de serviço público. Ocorre que a Lei Federal 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) determina
que o primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência
ao de idade mais elevada (art. 27, parágrafo único). Qual das duas legislações deverá
prevalecer no caso? A legislação estadual. O Estatuto do Idoso, por ser lei geral, não se aplica
como critério de desempate, no concurso público de remoção para outorga de delegação
notarial e de registro, quando existir lei estadual específica que regule o certame e traga regras
aplicáveis em caso de empate. Desse modo, em nosso exemplo, a vaga deve ficar com o
candidato que tiver maior tempo de serviço público (e não necessariamente com o mais
idoso). STF. 1ª Turma. MS 33046/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10/3/2015 (Info 777).

SERVIDORES PÚBLICOS SÚMULA VINCULANTE 42-STF: É inconstitucional a vinculação do


reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção
monetária.

REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL Lei estadual não pode incluir os titulares de
serventias extrajudiciais no regime próprio de Previdência Social

Duas Leis estaduais incluíram no regime próprio de Previdência Social os titulares de serventias
extrajudiciais (notários e registradores). Tais leis foram declaradas inconstitucionais. Os
titulares de serventias notariais e registrais exercem atividade estatal, entretanto não são
titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são servidores
públicos. Logo, a eles não se aplica o regime próprio de Previdência Social previsto para os
servidores públicos (art. 40 da CF/88). Desse modo, a lei estadual não poderia tê-los incluído
no regime próprio de previdência social. As leis estaduais acima desviaram-se do modelo
previsto na CF/88 e usurparam a competência da União para legislar sobre o tema. STF.
Plenário. ADI 4639/GO e ADI 4641/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, julgados em 11/3/2015 (Info
777).

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
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CONCURSO PÚBLICO Critério de desempate em concursos de remoção de serventias notariais


e registrais Importante!!!

A lei estadual do Estado “X” prevê que, em caso de empate entre os candidatos em concurso
de remoção para serventias notariais e registrais, o primeiro critério de desempate é o maior
tempo de serviço público. Ocorre que a Lei Federal 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) determina
que o primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência
ao de idade mais elevada (art. 27, parágrafo único). Qual das duas legislações deverá
prevalecer no caso? A legislação estadual. O Estatuto do Idoso, por ser lei geral, não se aplica
como critério de desempate, no concurso público de remoção para outorga de delegação
notarial e de registro, quando existir lei estadual específica que regule o certame e traga regras
aplicáveis em caso de empate. Desse modo, em nosso exemplo, a vaga deve ficar com o
candidato que tiver maior tempo de serviço público (e não necessariamente com o mais
idoso). STF. 1ª Turma. MS 33046/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10/3/2015 (Info 777).

APOSENTADORIA Lei estadual não pode incluir os titulares de serventias extrajudiciais no


regime próprio de Previdência Social

Duas Leis estaduais incluíram no regime próprio de Previdência Social os titulares de serventias
extrajudiciais (notários e registradores). Tais leis foram declaradas inconstitucionais. Os
titulares de serventias notariais e registrais exercem atividade estatal, entretanto não são
titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são servidores
públicos. Logo, a eles não se aplica o regime próprio de Previdência Social previsto para os
servidores públicos (art. 40 da CF/88). Desse modo, a lei estadual não poderia tê-los incluído
no regime próprio de previdência social. As leis estaduais acima desviaram-se do modelo
previsto na CF/88 e usurparam a competência da União para legislar sobre o tema. STF.
Plenário. ADI 4639/GO e ADI 4641/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, julgados em 11/3/2015 (Info
777).

INFORMATIVO Esquematizado 776 STF

sexta-feira, 27 de março de 2015

REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL Lei estadual não pode conceder isenção de
contribuição previdenciária para todos os servidores aposentados e pensionistas que tiverem
doença incapacitante

O Estado-membro pode tratar sobre o regime próprio de previdência social de seus servidores
por meio de lei, não sendo necessário que tal regulamentação seja feita na Constituição
estadual. As normas estaduais, contudo, deverão observar as regras da CF/88, em especial
aquelas previstas no art. 40. Determinada lei estadual previu que os servidores públicos
aposentados e pensionistas que fossem portadores de doenças incapacitantes não iriam pagar
contribuição previdenciária (seriam isentos). O STF afirmou que essa regra estadual está em
confronto com o § 21 do art. 40 da CF/88, considerando que a Carta Federal previu que os

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INFORMATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO STF
CHRISTINE BRADFORD

servidores públicos aposentados e pensionistas que sejam portadores de doenças


incapacitantes devem pagar contribuição previdenciária se o valor dos proventos por eles
recebidos superar o dobro do teto do RGPS (dobro do maior valor de aposentadoria do INSS).
Assim, a norma da lei estadual deve receber interpretação conforme para que respeite essa
previsão do art. 40, § 21 da CF/88. STF. Plenário. ADI 3477/RN, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red.
p/ o acórdão Min. Luiz Fux, julgado em 4/3/2015 (Info 776).

INFORMATIVO Esquematizado 775 STF

domingo, 15 de março de 2015

CONCURSO PÚBLICO Posse em cargo público por determinação judicial e dever de indenizar
Importante!!! O candidato que teve postergada a assunção em cargo por conta de ato ilegal da
Administração tem direito a receber a remuneração retroativa?

Regra: NÃO. Não cabe indenização a servidor empossado por decisão judicial sob o argumento
de que houve demora na nomeação. Dito de outro modo, a nomeação tardia a cargo público
em decorrência de decisão judicial não gera direito à indenização. Exceção: será devida
indenização se ficar demonstrado, no caso concreto, que o servidor não foi nomeado logo por
conta de uma situação de arbitrariedade flagrante. Nas exatas palavras do STF: “Na hipótese
de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor não faz jus à
indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo
situação de arbitrariedade flagrante.” STF. Plenário. RE 724347/DF, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 26/2/2015 (repercussão geral)
(Info 775).

INFORMATIVO Esquematizado 774 STF

terça-feira, 10 de março de 2015

TETO CONSTITUCIONAL É inconstitucional lei estadual que fixa teto remuneratório para
servidores do Poder Judiciário

Lei do Estado da Bahia fixava um teto remuneratório exclusivo para os servidores do Poder
Judiciário. O STF entendeu que essa lei é inconstitucional. O teto para o funcionalismo estadual
somente pode ser fixado por meio de emenda à Constituição estadual, não sendo permitido
mediante lei estadual. Além disso, a Constituição do Estado da Bahia adotou subteto único (§
12º do art. 37 da CF/88) e a lei viola a sistemática escolhida porque fixou um teto apenas para
os servidores do Poder Judiciário, excluindo-o para os demais Poderes. STF. Plenário. ADI
4900/DF, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em
11/2/2015 (Info 774).

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