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PROFESSOR PDE
1. Nome do(a) Professor(a) PDE: Maria Odete Rodrigues Bernardelli
2. Disciplina/Área: Pedagogia
3. IES: UEM
4. Orientador(a): Janira Siqueira Camargo
5. Co-Orientador(a) (se houver): Rosângela Bressan
6. Caracterização do objeto de estudo (exceto Professor PDE Titulado):
Resgatar o Prazer de Aprender por meio do Aperfeiçoamento da Prática Pedagógica
7. Título da Produção Didático-Pedagógica:
A Formação Continuada de Professores e a Qualidade do Processo Ensino-
Aprendizagem
8. Justificativa da Produção:
Buscando resgatar o prazer de aprender nos estudantes e considerando a
insatisfação observada
entre os profissionais da educação diante dos problemas enfrentados no dia-a-dia
em sala de aula
e na escola, este trabalho busca incentivar esses profissionais, mostrando a
importância e a
necessidade de se procurar na pesquisa as soluções para essas dificuldades.
9. Objetivo geral da Produção:
Reforçar a importância da formação continuada do docente como prática
imprescindível no sentido
de despertar nos educandos o prazer de aprender, de superar a rotina e dinamizar
o processo ensino-aprendizagem.
10. Tipo de Produção Didático-Pedagógica:
( ) Folhas ( ) OAC ( X ) Outros (descrever): Caderno Pedagógico
Material elaborado com acompanhamento da Orientadora da IES, em conjunto com
três professoras PDE e duas Co-orientadoras. Cada integrante do grupo produz um
texto, de acordo com seu objeto de estudo, para ser incorporado em forma de
capítulo no Caderno Pedagógico.
11. Público-alvo: Educadores participantes do GTR e educadores do município de
Xambrê – Pr.
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Não se pode negar que o docente de hoje acumula funções que até
a bem pouco tempo não eram suas. Mas, também é inquestionável que
desempenha inúmeros papéis que são importantíssimos para o
desenvolvimento das futuras gerações cabendo-lhe, por isso, estimular a
cooperação, a solidariedade, a valorização individual e do grupo. Para isso,
é necessário encarar com muita seriedade sua profissão e trabalhar para
esclarecer os estudantes fazendo com que reflitam sobre a realidade em
que vivem buscando melhorá-la. Como fazer isso? A resposta está no
estudo, na pesquisa e no constante aperfeiçoamento.
Em uma de suas dicas “de como ser um bom professor”, Silva (1991,
p. 3) alerta:
Mas, não vamos nos enganar. “Mudar não é tão simples e não
depende de um único fator. O que não podemos é cada um jogar a culpa
nos outros para justificar a inércia, a defasagem gritante entre as
aspirações dos alunos e a forma de preenchê-las” (Moran, 2007, p.1).
Cabe a cada um de nós a busca pela atualização, seja participando
de cursos presenciais ou à distância, seja pela pesquisa que é uma das
maneiras de formação continuada.
Segundo Demo (1996, apud FURLAN e NASCIMENTO, 2007, p. 6)
“educar pela pesquisa tem como condição essencial primeira que o
profissional da educação seja pesquisador, ou seja, maneje a pesquisa
como princípio científico e educativo e a tenha como atitude cotidiana”.
Assim, a pesquisa deve ser contemplada como definição inerente à
prática pedagógica, constituindo-se num compromisso intrínseco à
profissão docente, entendendo que “quem pesquisa, tem o que ensinar,
deve, pois, ensinar, porque “ensina” a produzir, não a copiar. Quem não
pesquisa, nada tem a ensinar, pois apenas ensina a copiar” (DEMO, 1993,
p. 128).
Nesse sentido Freire (2002, p. 32) ressalta:
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REFERÊNCIAS
SUGESTÕES DE LEITURAS
www.eca.usp.br/
www.profissaomestre.com.br
www.escola2000.org.br/
E ainda:
seu trabalho e fazendo a cada dia a opção pelo melhor, não de forma
ingênua, mas com certeza de que, se há tentativas, há esperanças e
possibilidades de mudanças daquilo que necessita mudar.
Disponível em www.escola2000.org.br/
Uma professora me escreveu pedindo-me que eu lhe desse algumas dicas sobre
como despertar o interesse dos seus alunos sobre a sua matéria. Sua pergunta
brotava do seu sofrimento. Preparava suas aulas como havia aprendido nas aulas
de didática - mas a sua aula não era capaz de seduzir a imaginação dos seus
alunos. Numa situação como essas o mais fácil e o mais comum é culpar os
alunos: eles são indisciplinados, não querem aprender, são psicologicamente
incapazes de concentrar a atenção. Essa professora não culpava os alunos.
Culpava a si mesma. Devia haver algo de errado em suas aulas para que os
alunos não prestassem atenção.
Uma aula é como comida. O professor é o cozinheiro. O aluno é quem vai comer.
Se a criança se recusa a comer pode haver duas explicações. Primeira: a criança
está doente. A doença lhe tira a fome. Quando se obriga a criança a comer
quando ela está sem fome, há sempre o perigo de que ela vomite o que comeu e
acabe por odiar o ato de comer. É assim que muitas crianças acabam por odiar
as escolas. O vômito está para o ato de comer como o esquecimento está para o
ato de aprender. Esquecimento é uma recusa inteligente da inteligência.
Segunda: a comida não é a comida que a criança deseja comer: nabo ralado, jiló
cozido, salada de espinafre... O corpo é um sábio. Etimologicamente a palavra
sábio quer dizer "eu degusto". O corpo não é um porco que come tudo o que
jogam para ele, como se tudo fosse igual. Ele opera com um delicado senso de
discriminação. Algumas coisas ele deseja. Prova. Se são gostosas, ele come com
prazer e quer repetir. Outras não lhe agradam, e ele recusa. Aí eu pergunto: "O
que se deve fazer para que as crianças tenham vontade de tomar sorvete?"
Pergunta boba.
Nunca vi criança que não estivesse com vontade de tomar sorvete. Mas eu não
conheço nenhuma mágica que seja capaz de fazer com que uma criança seja
motivada a comer salada de jiló com nabo. Nabo e jiló não provocam a sua fome.
As crianças têm, naturalmente, um interesse enorme pelo mundo. Os olhinhos
delas ficam deslumbrados com tudo o que vêem. Devoram tudo. Lembro-me da
minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma
minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca aos olhos de uma
criança que a vêem pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca
estiveram no mundo. Tudo é novidade, supresa, provocação à curiosidade.
Visitando uma reserva florestal no Espírito Santo a bióloga encarregada de
educação ambiental me contou que era um prazer trabalhar com as crianças.
Não era necessário nenhum artifício de motivação. As crianças queriam comer
tudo o que viam. Tudo provocava a fome dos seus olhos: insetos, pássaros,
ninhos, cogumelos, cascas de árvores, folhas, bichos, pedras. Alberto Caeiro
disse que foram as crianças que o ensinaram a ver. Disse que a criança que o
ensinou a ver era Jesus Cristo tornado outra vez menino: "A mim ensinou-me
tudo. / Ensinou-me a olhar para as coisas. / Aponta-me todas as coisas que há
nas flores. / Mostra-me como as pedras são engraçadas / Quando a gente as tem
na mão / E olha devagar para elas./
Quando eu era jovem e não sabia que os olhos das crianças eram diferentes dos
olhos dos adultos eu ficava bravo com meus filhos quando a gente viajava. Eu
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olhava para fora do carro e ficava deslumbrado com cenários que via:
montanhas, lagos, florestas. Queria que eles gozassem aquela beleza. Mostrava
para eles, e era como se ela não existisse. Eles nem ligavam. E eu ficava com
raiva. "Como podem ser insensíveis a tanta beleza?"
Eu não sabia que os olhos das crianças não têm fome de coisas que estão longe.
Os olhos das crianças têm fome de coisas que estão perto. As crianças querem
pegar aquilo que vêem. Cenários não podem ser pegos com a mão. Quando são
bem pequenas elas olham, pegam, e levam à boca: querem comer, sentir o gosto
da coisa. O bichinho de que gostam é aquele que elas podem acariciar, colocar
no colo: o coelhinho, o cachorrinho, o gatinho. Nunca vi crianças com interesse
especial por peixes em aquários. Peixinhos não podem ser agradados, não
podem ser colocados no colo. E nem por pássaros. A menos que os pássaros
possam ser agradados. Conheço uma menina que tinha como seu bichinho de
estimação uma galinha. Mas a galinha dela era diferente: vinha quando era
chamada e gostava de ser agradada.
Todos os objetos que podem ser pegos com a mão são brinquedos para as
crianças. E por isso elas gostam deles. Estão naturalmente motivadas por eles.
Querem comê-los. Querem conhecê-los. Com sete anos de idade tive a minha
primeira experiência fracassada com a engenharia mecânica. Secretamente
desmontei o relógio de pulso de minha mãe. Infelizmente não consegui juntar as
engrenagens de novo. Com sete anos eu sabia que os objetos são interessantes
e que a gente os conhece não de longe, mas mexendo neles, desmontando e
montando.
que é moderno deve ser melhor. Uma escola que tem laboratórios com
aparelhinhos deve ser uma boa escola. Mas os laboratórios, antes que os
estudantes entrem nele, já ensinaram uma coisa fatal para a inteligência
científica: que ciência é algo que acontece dentro daquele espaço. A ciência não
começa com aparelhos. Ela começa com olhos, curiosidade e inteligência.
Sonho com uma escola que tenha a casa de morada da criança como seu
laboratório. A casa é o seu espaço imediato. Ela está cheia de objetos e ações
interessantes. Pensar a casa é pensar o mundo onde a vida de todo dia está
acontecendo. Numa casa não poderia haver um currículo pronto porque a vida é
imprevisível: não segue uma ordem lógica. Os saberes prontos ficariam
guardados num lugar, como as ferramentas ficam guardadas numa caixa. As
ferramentas são tiradas da caixa quando elas são necessárias para resolver
problemas. Assim são os saberes: ferramentas. Ninguém aprende ferramenta
para aprender ferramenta.
O sentido da ferramenta é o seu uso na prática. O sentido de um saber é o seu
uso na prática. Se não pode ser usado não tem sentido. Deve ser jogado fora.
E por falar nisso, a palavra "dígrafo" que todas as crianças têm de aprender,
serve para que? Assim são os nossos programas, cheios de "dígrafos" sem
sentido... Por isso as crianças não aprendem.
Por outro lado, criatividade tem a ver com a possibilidade do olho brilhar
diante da compreensão de alguma coisa nova sobre a qual somente tínhamos
ignorância, desconhecíamos. Criatividade tem a ver com o prazer de
aprender, de entender, de buscar, de saber fazer, de construir, de conseguir
dar conta de alguma coisa que nos desafia ou que desafia nossos educandos.
Educadores e educadoras que rompem com a formalidade na prática
pedagógica são aqueles que colocam “coração” no caminho pedagógico e
insistem, inventam e reinventam possibilidades para que os seus educandos
aprendam, porque, para desenvolver-se, importa que aprendam
significativamente sobre tudo o que se passa diante de seus olhos. Muitas
vezes, isso parece ser difícil, mas se o coração estiver lá, tudo se torna fácil;
inventa-se e flui. Se nosso caminho “tiver coração”, ele guiará nossa ação,
que será via eficaz, nada formal.
Responda a cada uma das questões abaixo, e veja sua situação no final. Boa Sorte!
Disponível em http://sitededicas.uol.com.br/teste_futprof.htm
EXPERIÊNCIA
1) Onde você já trabalhou?
a) Somente em escola pública. ( II )
b) Somente em escola particular. ( I )
c) Em escola pública e particular. (III)
ATUALIZAÇÃO
4) Quantos livros você leu nos últimos seis meses?
a) Até dois. ( I )
b) De três a cinco. ( II )
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL
8) Em quantos idiomas você é capaz de ler além do Português?
a) Nenhum. ( I )
b) Um. ( II )
c) Dois ou mais. ( III )
PRÁTICA
11) Quantas vezes você levou seus alunos a uma aula fora da escola ou a
eventos culturais (teatro, cinema, museu) no ano?
a) Nenhuma. ( I )
b) Uma. ( II )
c) Duas ou mais. ( III )
14) O que cocê considera mais importante para a avaliação dos alunos?
a) Provas e lição de casa. ( I )
b) Participação nas aulas e, em segundo plano, as provas e as tarefas. ( II )
c) A trajetória de cada aluno nas aulas, seu envolvimento com a disciplina e seu
rendimento nas lições e provas. ( III )
15) Que atitude você toma se tem um aluno muito lento na realização dos
trabalhos e que se torna o centro de brincadeiras desagradáveis por parte dos
colegas?
a) Espera a situação se resolver com o tempo. ( I )
b) Sugere à família do aluno que consulte um especialista. ( II )
c) Além da solução clínica, aproveita o caso para trabalhar com a turma temas
como solidariedade, respeito e cidadania. ( III )
16) O que você faz se, ao entrar na sala de aula, seus alunos estão reunidos,
discutindo animados uma notícia de jornal?
a) Pede que parem para que a aula possa começar. ( I )
b) Se o assunto tem relação com a disciplina, incentiva o debate. ( II )
c) Mesmo que o tema não tenha ligação com a matéria, estimula o debate.
( III)
17) Que providência você toma diante de uma classe indisciplinada?
a) Recorre imediatamente à direção. ( I )
b) Espera que a turma se acalme para tentar conversar. ( II )
c) Investiga as causas e desenvolve ações para combater a indisciplina (conversa
e definição de regras). ( III )
18) Quantas vezes você perdeu a cabeça em sala por motivos pouco relevantes
nos últimos seis meses?
a) Até uma. ( III )
b) De duas a quatro. ( II )
c) Cinco ou mais. ( I )
POSTURA
19) Como é seu relacionamento profissional com os colegas?
a) Troca informações, aceita sugestões e colabora sempre que solicitado. (III
b) Dá sua contribuição quando pedida, mas não divide idéias com o grupo. II
c) Procura fazer o trabalho da forma mais independente possível, sem
interferência de ninguém. ( I )
21) Qual a sua reação se um pai de um aluno o procura pedindo ajuda para uma
campanha ambiental no bairro da escola?
a) Não participa, alegando que este não é o papel da escola. ( I )
b) Procura se informar sobre o problema, incentiva a participação dos alunos e
dos outros professores e aproveita o tema em aula. ( III )
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