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Literatura Portuguesa- Margarida Matos, 10º B, nº 14

Assuntos tratados no documentário (por tópicos):


 António Vieira nasceu em 1608, em lisboa, e morre em 1697, com 89
anos.
 Com os seus 6 anos, o pai arranja um trabalho no Brasil e mudam-se
para lá, mais precisamente para a Bahia. Viveu aqui até aos seus 33 anos
e ensinou estudantes do colégio da Bahia, sendo que era bom aluno.
 Em 1641, depois de Portugal passar por uma Revolução, havia um novo
rei, D. João IV, e António Vieira era um dos escolhidos para ir felicitar o
rei. E é assim que este entra para a política.
 O rei viveu sempre dominado pela fascinação pelo jesuíta que era
António Vieira.
 O rei confiava-lhe as missões mais difíceis, enquanto que a sua missão
era defender Portugal de Espanha. E é aqui que o Padre pensa num
aliado para vencer a Espanha, França, e então elabora um plano. O plano
consistia em casar um príncipe português com uma princesa francesa,
mandar o rei português reinar o Brasil e deixar o esse príncipe a reinar
Portugal, mas com um fidalgo francês, o pai da noiva, como regente. No
entanto a missão falhou.
 Então Vieira lembra-se de outro possível aliado, os judeus. Este vai pedir
a ajuda dos banqueiros israelitas em troca do rei deixar os judeus
perseguir.
 O rei morre me 1655, e foi então que a grande proteção e apoio do
padre se foi. Quem estava agora à frente do país era a rainha D. Luísa,
que não apoiava as ideias do Padre Vieira. Nesta altura o Padre já tinha
muito mérito pelos seus sermões por ter tido pregador do rei.
 Em 1645, voltou ao Brasil onde é missionário, pretendendo civilizar os
índios das aldeias, sendo que estes eram escravizados.
 O Padre é expulso do Brasil, por defender os índios, e volta a Portugal,
onde agora se dedica a ser pregador. Devido aos seus sermões, este teve
um processo na Inquisição que durou 4 anos, estando ele preso durante
este tempo. A sentença era que nunca mais poderia pregar e ser um
homem reprimido. O novo rei, D. Pedro não concordava com a
perseguição ao Padre e anulou a sentença
 Entretanto, o Padre António Vieira vai para Roma, onde permanece
durante alguns anos e volta a ter sucesso como pregador. Quando, de
novo, volta a Portugal traz um “recado” do Papa, que diz que a única
pessoa que tinha autoridade sobre o Padre era o Próprio Papa.
 MAis tarde, voltou ao Brasil, onde morreu e onde fazia uma edição de
sermões em que dizia que os lucros desta edição era para serem gastos
numa missão de civilização dos índios.
Vida e Obra do Padre António Vieira:
Padre António Vieira foi um religioso, filósofo, escritor e que praticava a
oratória (arte de falar) da Companhia de Jesus, ordem religiosa. Destacou-se
no Brasil como missionário, sobressaindo-se em termos de política e oratória.
Defendeu os povos indígenas e os judeus, lutando contra a escravatura, a
exploração e a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. António Vieira
defendia que a escravatura indígena tinha que acabar, por isso foi desprezado
pelos portugueses, visto que este criticava as crueldades cometidas por eles e
chegou a ser preso devido a algumas obras escritas por ele. Este que escreveu
cerca de duzentos sermões e de 500 cartas de profecia.
Biograficamente, António Vieira, nasceu em 1608, em Lisboa. Mais
tarde, aos seis anos de idade, chegou ao Brasil com a sua família. Aos 15 anos,
integrou a Companhia de Jesus, tornando-se noviço e preparando-se para dizer
os votos de castidade. Em 1626, já era conhecido pelos seus escritos e já
estava encarregue de alguns trabalhos de escrita e tradução. Continuou com
os estudos e aprendeu, ainda, Teologia, Metafísica, Lógica, Matemática e
Artes, e pouco mais tarde começou a dar aulas de Retórica. Com os seus 28
anos foi ordenado sacerdote, ainda no Brasil. Cinco anos mais tarde, regressou
a Portugal encarregue de apoiar o rei D. João IV e agiu perante as negociações
da Guerra da Restauração e ajudou o rei no combate aos conflitos contra a
França, Holanda e Inglaterra. O Padre António Vieira tinha como principal
objetivo recuperar as colônias invadidas pelos holandeses e queria, também,
acolher e ajudar os judeus em Portugal. No entanto, ninguém abria mão das
suas colónias e os judeus eram renegados e acusados de ocupar o lugar dos
portugueses em casos com alguma importância. Foi por as suas ideias serem
consideradas disparatadas que ele voltou ao Brasil, contudo voltou a regressar
a Portugal, onde escrever as profecias, destacando as obras Quinto do Império
e História do Futuro. Estas duas obras foram consideradas desrespeitosas e por
isso foi preso, onde permaneceu durante dois anos. Entretanto recebeu
perdão, e viajou até Roma. Mais tarde voltou para o Brasil, onde morreu com
89 anos.
Padre António Vieira, ficou conhecido pelos seus sermões, onde criticava
a maneira como a colonização era feita. O livro “A chave dos Profetas” é uma
compilação das cerca de quinhentas cartas e profecias que escreveu. Para além
de todos estes escritos, escreveu ainda cerca de duzentos sermões, sendo um
dos mais famosos o Sermão da Sexagésima, onde afirma que a palavra de Deus
não cresce por culpa daqueles que a propagam, pois fazem-no de maneira
errada. Outro dos sermões mais destacados é o Sermão pelo bom sucesso das
armas de Portugal contras as de Holanda. Neste sermão o Padre chama os
seguidores de Deus para combater contra a invasão dos holandeses e diz que a
existência de protestantes não seria boa, por isso apela a que o povo se una. O
Sermão de Santo António, conhecido como “Sermão dos peixes”, utiliza os
peixes como metáfora aos colonos que exploravam os povos indígenas.
O Padre António Vieira defendia que os textos deviam ser escritos de
forma simples e pouco elaborada para que todas as pessoas compreendessem
a mensagem que este queria transmitir.
Barroco na Literatura Portuguesa:
O Barroco em Portugal iniciou-se depois da morte de Luís de Camões,
em 1580 e numa altura de crise e de conflitos. Teve como maior representante
o Padre António Vieira e os seus “Sermões”, escritas segundo o conceptismo,
isto é, estilo literário marcado por conceitos e onde está presente um
raciocínio lógico seguido de retórica.
O barroco na literatura portuguesa carateriza-se pelo exagero e precisão
dos detalhes, era utilizado o tema religioso e profano, utilização frequente de
figuras de estilo, estão presentes também conflitos, o teocentrismo
contrapondo-se ao antropocentrismo e o cultismo e o conceptismo. Estes dois
últimos conceitos são dois aspetos muito importantes no barroco. Enquanto
que o cultismo é marcado pelo jogo de palavras e uma linguagem, digamos,
requintada e sábia. Já no conceptismo temos presente um jogo de conceitos e
ideias, refere-se ao raciocínio lógico. Neste estilo o principal objetivo é
convencer o leitor do que este está a ler.
Sermão no século XVII:
O sermão é um discurso oratório. Na introdução o orador apresenta as
suas ideias e o que pretende defender aos longo do sermão, na invocação
pede ajuda ao divino, na exposição está presente o corpo do discurso, onde o
tema e as ideias do autor são desenvolvidas, e por fim, a chamada peroração
consiste numa conclusão forte e impressionante e com o objetivo de levar o
público a executar o que foi dito ao longo do sermão. Tanto o sermão como a
oratória utilizam o discurso argumentativo. O principal propósito do sermão é
ensinar a palavra de Deus de maneira a que seja desenvolvido um sentimento
de amor e devoção perante Deus e ainda o aconselhamento do caminho certo.
Na literatura Portuguesa, os Sermões são as principais obras do Padre António
Vieira.

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