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1 Aula de Direito Internacional Público 02
1 Aula de Direito Internacional Público 02
Objetivos
Objetivo geral
O estado internamente vai valorizar essas normas que vão ser criadas entre os
outros estados. Sabemos pelo nosso prevê passado, que o Brasil não tem uma
tradição de valorizar tratados internacionais, ou existe uma dificuldade muito
grande ainda hoje dos operadores do direito em entender de fato como
funciona a relação do direito interno com o direito internacional. Durante todo o
período da ditadura militar foi retirado dos currículos do curso de direito a
disciplina de direito internacional, a única faculdade que permaneceu com a
disciplina de direito internacional foi a Faculdade de direito da USP. Vivemos
no período de ditadura uma tentativa de nos afastar do que estava
acontecendo no mundo.
Então foi com o Collor que iniciou o processo de abertura economia e junto
essa abertura vem também à abertura cultural, se pensarmos naquela época
todo acesso à cultura que o brasileiro tinha se dava por meio da televisão e
dominado por um único canal de televisão, a rede globo. O nosso país foi
globalizado muito recentemente e as normas de direito internacional também
recentemente passaram a integrar com mais força, coerência e lógica o nosso
ordenamento jurídico porque elas passaram a ser valorizadas.
Não podemos se opor a aplicação do direito por que é um poder dever, pois a
norma jurídica ao contrario das outras é dotada de coercibilidade, somos
obrigados a cumprir. Já a norma religiosa apesar dela ter outras características
ela pressupõe uma organização social assim como a norma jurídica, mas não
tem coerção nos dias de hoje. O estado é uma ficção jurídica criada por nos, o
estado moderno nada mais é do que uma criação social onde nessa forma de
estruturação que nos escolhemos onde serão repartidas funções do estado que
será exercida por varias pessoas. Temos uma sociedade tão complexa, que
criamos um fantasma chamado estado e acreditamos na existência dele, outros
povos também reconhece desde que reconheçamos o deles. E ai vem à
questão do direito internacional, porque é um direito construído pelos
fantasmas.
Objetivos específicos:
Para cada ordenamento jurídico de cada estado nação, está relação do direito
internacional público com o estado vai se der de uma forma única. Então
existem estados em que o próprio ordenamento jurídico ele é mais aberto à
integração do direito internacional público. Existem ordenamentos jurídicos que
são constituídos de forma que o direito internacional venha complementa-lo às
vezes até diretamente sem grandes processos formais de integração dos
tratados internacionais ao ordenamento interno. Existem outros que exigem um
grau de procedimentos mais detalhados mais específicos para que essa norma
do DI passe a integrar o ordenamento jurídico interno, isso tudo depende de
como que a estrutura do ordenamento jurídico de cada estado nação vai se
colocar frente ao direito internacional. O Brasil ainda tem uma resistência ao
DI, mas vem diminuindo, pois acaba que as pautas que são colocadas hoje no
âmbito do DI e que acabam no fundo tendo reflexo na própria economia de
cada nação.
Objetivos específicos:
Métodos didáticos:
Bibliografia
Provas
1ª 16/09
Trabalho 04/11, 08/11 e 11/11
O trabalho a parte escrita deve ter um relatório com a referência da parte
escrita, da corte de quais foram os fundamentos utilizados para aquela
decisão, quais os tratados internacionais utilizados, quem que essa
decisão envolveu perante qual tribunal e citar qual foi o caso especifico.
Então é isso que deve estar escrito e basicamente será um guia para
nossa apresentação. E com base nessas informações deve ser montado
o power point.
40:00
Toda nação que é estado parte da carta tratado constitutivo da ONU ele aceita
declaração universal porque ela é uma resolução do conselho de segurança.
Então a partir dessa nova realidade esses estados eles sofrem pressão de
movimentos sociais no âmbito interno, da sociedade civil organizada, de
empresas de vários atores dentro do próprio direito interno e também no
âmbito do direito internacional. Então começamos a pensar nas
organizações internacionais e como elas vão se multiplicar nessas décadas
do final do século passado e nesse século de organizações governamentais
não governamentais empresas transacionais. Então a uma serie de
elementos que vão interagir e pressionar esse estado.
Vamos ter organizações internacionais como a ONU, que foi criada logo no
pós-guerra e é uma organização governamental bem sucedida, que tem um
objetivo primordial que é estabelecer a paz entre as nações. Hoje
praticamente todos estados do mundo integram a ONU. No tratado de
fundação da ONU, vem estabelecendo que os objetivos principais é buscar
o desenvolvimento e a paz entre as nações, ela foi criada de 48 para cá não
existiu um grande conflito internacional. A ONU tem vários órgão que a
compõe, mas podemos falar de dois principais , a assembleia geral que tem
democracia, cada estado tem um assento e um voto. Mas ela não caiu no
mesmo erro da liga das nações e os vencedores da 2ª guerra eles que
arquitetaram de fato a criação da ONU, chamaram a participar também os
perdedores e criaram um órgão dentro da ONU que é o conselho de
segurança. E esse órgão é de fato aquele que concentra o poder. As
decisões mais relevantes dentro do âmbito da existência do poder da ONU
estão na mão do conselho de segurança. O conselho de segurança não é
um órgão democrático, pois tem poder de veto dos seus membros
permanentes. Então os vencedores da guerra são os membros
permanentes do conselho de segurança. Temos dentro dessa realidade um
rearranjo de poder que existia até então. Esses membros permanentes do
conselho de segurança eles são aqueles que têm poder de veto, podem
vetar uma resolução, uma decisão que passa pelo conselho de segurança
que é da competência do conselho.
Depois que a ONU foi criada e ela abre espaço para criação de diversas
outras organizações internacionais que são inclusive temáticas, do clima,
comercio, da água mares de tudo quanto é tema. E existem hoje milhares
de organizações internacionais, e isso tudo começa a fazer com que o
direito internacional nessas ultimas décadas isso é um processo muito
recente, começa alia a fervilhar, vamos ter tratados e mais tratados, nunca
se fez tanto tratado internacional como nos últimos 50 anos. Depois
começaram a surgir às organizações regionais.
O Brasil tem uma politica muito boa de recepção dos refugiados embora
agora a situação não esteja grandes coisas, tanto que os haitianos são
incorporados e nem ouvimos falar disso. No SAJ da PUC Minas Barreiro, foi
recebido um grupo de haitianos para pode prestar auxílio, que a embaixada
brasileira deu asilo para eles.
A questão da soberania hoje ela ultrapassa essa noção clássica que o estado
pode tudo até mesmo porque o estado não tem esse poder sozinho de tomar
decisões, tanto que até os Estados Unidos que é um império não conseguem
se desvincular da influencia que as grandes multinacionais têm sobe os
governos, que são, por exemplo, as grandes financeiras. Arte quando teve a
quebra dos Estados Unidos de 2008 e 2009, do sistema de financiamento na
aquisição de casas, foi uma pirâmide que eles fizeram no sistema financeiro.
Ali nos viemos como um estado nação fica frágil frente a esse sistema
econômico que é estruturado hoje que é maior que a dimensão do estado. E se
pensarmos que existem hoje ainda questões que não sabemos para onde vai,
mas que está ai no tabuleiro do xadrez do direito internacional como
criptomoeda. Uma das requisições dos estados nação hoje é que ele tenha o
monopólio da emissão da moeda, o que é um estado sem ter controle das
operações financeiras que existem dentro de seu território, como o estado
sobrevive sem arrecadar imposto que a criptmoeda impede a arrecadação de
imposto, pois não tem o controle.
Quanto mais frágil um estado menos soberania ele tem, é claro que existe um
princípio no direito internacional de que a soberania é reconhecida por meio da
reciprocidade. E esse reconhecimento pode se dar de forma expressa então
um estado declara que reconhece o outro ou de forma tácita quando o estado
pratica atos somente com os estados soberanos, então que dizer que ele esta
reconhecendo que aquele é um estado soberano. Um exemplo ele manda
representação diplomática para aquele estado quer dizer que ele está
reconhecendo que ele é soberano. Mas uma coisa é esse reconhecimento
reciproco outra coisa é como os estados vão atuar em relação ao outro vão se
relacionar com o outro. E ai é que vem a questão da soberania real, já
devemos ter ouvido falar, por exemplo, que existem setores da economia que
são fundamentais para que o estado seja soberano que não se deve privatizar
que o estado deve ter o controle.
Então esse mesmo problema vai existir em relação aos judeus antes
do estado de Israel ser criado, que o estado de Israel só foi criado no
pós-segunda guerra. Então era um povo que tinha uma identificação
cultural, mas não tinha um território. Só que os judeus ainda tinha
um problema maior eles estavam muito mais espalhados pelo mundo,
depois houve todo um acordo encabeçado pelo próprio estados
unidos para criação do estado de Israel naquele território especifico e
esse é também um dos motivos que Israel foi criado artificialmente,
não o estado em termos de povo e representação, mas a delimitação
territorial foi artificial e isso gera até hoje um monte de problemas.
Porque vários povos eles demandam pra si o direito de ocupar aquele
território que hoje é ocupado pelo estado Israelense. Mas podemos
pensar, por exemplo, em relação ao Tibe, existe até um movimento
grande pela independência do Tibe ele é vinculada a China. Ele não
tem soberania, embora tenha um povo e tenha um território definido,
mas não se reconhece soberania ao povo tibetano. Inclusive o líder
do povo tibetano ele está na Inglaterra, ele teve asilo politico. Então
é um povo que tem território e não tem soberania por exemplo. Os
curdos o exemplo que a professora ia dar que é um povo que ocupa
ali vários estados, um pedaço do Iraque a parte leste da Turquia.
Para nós todo cidadão, podemos praticar todos os atos que não seja
proibido pelo ordenamento jurídico, mas o funcionário público não ele
vai praticar o ato desde que esse ato seja permitido por lei no
exercício de sua função.