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Departamento de Educación

Lenguas Extranjeras Portugués

Apostila
Português I - Comercio

Prof. Andrea DAYAN

2023
2020
2021
2022
Moeda “sur” resolveria rejeição do peso no
mercado, diz Galípolo
Representante da Fazenda afirmou que o comércio entre Brasil e Argentina fica “constrangido”
por ter que usar dólar

Secretário-executivo do Ministério da Fazenda disse que proposta não é acaba com o real e o peso
argentino

HAMILTON FERRARI
23.jan.2023 (segunda-feira) - 17h01

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse nesta 2ª feira (23.jan.2023) que o peso
argentino tem difícil aceitação no mercado internacional. Ele comentou sobre a possibilidade de uma moeda
comum na América do Sul e afirmou que o comércio entre Brasil e Argentina fica “constrangido” pelo uso
do dólar nas negociações.

5 Galípolo é o número 2 do Ministério da Fazenda. Fica responsável pela pasta quando o ministro Fernando
Haddad não está no Brasil. O comandante da equipe econômica está na Argentina.

Ele tratou sobre os inícios das discussões sobre a moeda, que pode se chamar “sur”. Disse que o grande
problema é a rejeição do peso argentino no comércio global, o que atrapalha a relação de exportação e
importação do Brasil e o país vizinho.

10 “É justamente pela baixa conversibilidade do peso e porque a gente entende que é difícil aceitar o peso no
comércio internacional hoje, queestá se pensando em outra forma de unidade de conta e de meio de
pagamento”, afirmou.

O secretário-executivo concedeu entrevista à GloboNews. A proposta de integração financeira do Brasil


visa a criação de uma moeda comum só para o comércio. O real e o peso continuariam a existir e seriam
15 soberanos em cada nação. Indicou que a Argentina seria a mais beneficiada com o acordo.

“Esse é o ponto principal, […] sobre a dificuldade que existe de se aceitar peso no comércio internacional.
Esse é um problema muitoespecífico que acossa e aflige as economias emergentes e afligiu játambém a
Alemanha no imediato pós-1º Guerra Mundial, que o problema é da conversibilidade da moeda”, afirmou.

Para ele, os governos do Brasil e Argentina pretendem criar uma moeda comum “que nada tem a ver com
20 uma ideia de substituição de moedas nacionais”, como foi o exemplo do euro. Ele disse que há diferença
entre moeda única e moeda comum. Galípolo declarou que os países iniciaram as negociações para
“desenvolver a ideia”.
“O que foi aprovado hoje e está sendo proposto hoje é a criação de um grupo de trabalho. Seria difícil
propor alguma coisa mais rápida do que isso, tendo 20 e poucos dias de governo e, simultaneamente, a 1º
25 encontro com a Argentina”, disse.

Segundo ele, o comércio entre Brasil e Argentina fica “constrangido” por ter que usar uma 3ª moeda.

“O que acaba acontecendo hoje é que o comércio entre Brasil e Argentina fica constrangido justamente
pela disponibilidade de uma moeda de um 3º país não participante desse comércio. Porque hoje no mundo
a gente tem um país que detém a sua moeda nacional como uma moeda internacional”, disse o secretário-
30 executivo.

NOVA ERA DE MOEDAS

Gabriel Galípolo disse que o mundo não vive mais a época de “moedasmercadorias” e, sim, das “moedas
fiduciárias”. Na prática, o regime atual permite que a autoridade monetária determine os preços das moedas.

O secretário disse que, neste cenário, o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos), vai
35 determinar a taxa de juros em função de questões domésticas, como inflação e atividade econômica norte-
americanas.

“Por causa de decisões que são atinentes e relacionadas à questão doméstica [dos EUA] a gente pode
sofrer uma restrição da oferta desta moeda e essa restrição pode constranger inclusive o comércio entre
Brasil, Argentina e outros países da região”, defendeu.

40 Galípolo afirmou que os governos do Brasil e Argentina vão buscar soluções para superar esse tipo de
“constrangimento”. Ele disse que a relação comercial entre as nações recuou nos últimos anos e parte do
espaço foi preenchido pela China.

“O espaço que a gente perdeu em função das restrições que a Argentina sofre hoje de acesso a uma moeda
conversível, a gente estátentando construir soluções”, afirmou.

45 A proposta é que o comércio entre os países sul-americanos não dependa mais da conversibilidade do peso
argentino.

ARTIGO SOBRE MOEDA SUL-AMERICANA

Em 1º de abril de 2022, Haddad e Galípolo publicaram no jornal Folha de S.Paulo um artigo que defendem
a criação de uma moeda sul- americana. Disse que a divisa para o comércio internacional tem uma lógica
50 distinta.

“O início de um processo de integração monetária na região é capaz de inserir uma nova dinâmica à
consolidação do bloco econômico, ao oferecer aos países as vantagens do acesso e gestão compartilhada
de uma moeda com maior liquidez, válida para relações com economias que, juntas, representam maior
peso no mercado global”, disse.

55 A proposta prevê a existência de um Banco Central Sul-Americano único. A moeda seria emitida pela
autoridade monetária e a capitalização seria feita com reservas internacionais dos países ou com uma taxa
sobre as exportações dos países para fora da região.

FONTE: https://www.poder360.com.br/economia/moeda-sur-resolveria-rejeicao-do-peso-no-mercado-diz-galipolo/
GUIA / Moeda “sur” resolveria rejeição do peso no mercado, diz Galípolo
FONTE: https://www.poder360.com.br/economia/moeda-sur-resolveria-rejeicao-do-peso-no-mercado-diz-galipolo/

PARTE A

1. Localize no texto os elementos do paratexto a seguir e identifique qual é a relevância da


informação que fornece cada um.

a) Título
b) Fonte
c) Epígrafe
d) Data de publicação
e)

2. Qual a função do texto? Assinale a opção certa

f) convencer (apresenta argumentos para ganhar a adesão do leitor)


g) informar (dá notícia de algo)
h) instruir (comunica sistematicamente ideias ou conhecimentos)
i) contar (conta fatos reais ou imaginários)

PARTE B

1. Siga o exemplo e complete

a) pelo uso (L. 3) por + o

b) nas negociações (L.4) _______________________

c) do Ministério (L. 5) _______________________

d) pela pasta (L. 5) _______________________

e) no Brasil (L. 6) _______________________

f) na Argentina (L. 6) _______________________

2. Indique o referente

j) isso (L.24)
k) ele (L.26)
l) neste (34)

PARTE C

m) Faça o resumo do artigo


23 Dec 2022

Entenda mais sobre a Zona Franca de Manaus


Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM).
Em termos de tributação em comércio exterior, a ZFM é praticamente um
outro país com suas regulamentação própria.

O que é a Zona Franca de Manaus?

A Zona Franca de Manaus (ZFM) é um modelo de desenvolvimento


econômico implantado pelo governo com o objetivo de viabilizar uma
base econômica na região amazônica, além de promover a melhor
integração produtiva e social dessa região ao país. A Zona Franca de
5 Manaus é administrada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus
(Suframa) e abriga atualmente cerca de 600 indústrias.

A Zona Franca de Manaus compreende uma área total de dez mil quilômetros
quadrados que inclui a cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, e
seus arredores. No entanto, os benefícios do modelo ZFM foram estendidos ao
10 longo dos anos, em parte, para uma área superior a 8,5 milhões de quilômetros
quadrados, contemplando a Amazônia Ocidental – Estados do Amazonas,
Acre, Rondônia e Roraima (Decreto Lei nº 356/1968) – e as cidades de
Macapá e Santana, no Estado do Amapá (Lei nº 8.387/1991).
15 A Zona Franca de Manaus surgiu em 1967, durante o regime militar, por meio
do Decreto-Lei nº 288/67. A finalidade inicial desse projeto era estabelecer
incentivos fiscais por 30 anos para criar um pólo industrial, comercial e
agropecuário na Amazônia. Com o passar dos anos, o prazo para esses
incentivos fiscais foi aumentando e atualmente eles se estendem até 2073.

20 Na prática, a ZFM é um grande polo econômico dividido em três grandes


áreas: comercial, industrial e agropecuário. A proposta da Zona Franca de
Manaus, ao reunir diversas grandes empresas, passa pela movimentação de
faturamentos bilionários e gera mais de meio milhão de empregos diretos e
indiretos.

25 Organização da Zona Franca de Manaus


Com o objetivo de garantir o pleno funcionamento da Zona Franca de
Manaus, existem oito Coordenações Regionais e quatro Áreas de Livre
Comércio em funcionamento. De acordo com a Suframa, essas Áreas de
Livre Comércio foram criadas para promover o desenvolvimento das
30 cidades de fronteiras internacionais localizadas na Amazônia Ocidental e
em Macapá / Santana, com o intuito de integrá-las ao restante do país.
Assim sendo, essas áreas também recebem benefícios fiscais semelhantes aos
da Zona Franca de Manaus, com incentivos do IPI e do ICMS. Dessa forma,
ocorre uma melhoria na fiscalização de entrada e saída de mercadorias,
35 fortalecimento do setor comercial, abertura de novas empresas e geração de
empregos.
Conforme o mapa exibido no tópico anterior, são três Áreas de Livre
Comércio: Tabatinga, Macapá-Santana e Guajará-Mirim, além de sete
Coordenações Regionais: Boa Vista, Itacoatiara, Porto Velho, Ji-Paraná,
40 Vilhena, Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

Produtos produzidos na Zona Franca de Manaus


A ZFM possui um dos mais modernos aparatos tecnológicos e abriga uma
enorme linha produtiva em várias áreas industriais. Dentre elas, destaca-se a
produção de produtos como:
45 Eletrodomésticos ✔️
 Veículos ✔️
 Televisores ✔️
 Celulares ✔️
 Motocicletas ✔️
50 Aparelhos de som e de vídeo ✔️
 Aparelhos de ar-condicionado ✔️
 Relógios ✔️
 Bicicletas ✔️
 Microcomputadores ✔️
55 Aparelhos transmissores/receptores ✔️

Como fazer parte da Zona Franca de Manaus?


Para que uma empresa obtenha aprovação de projetos industriais e tenha
acesso aos incentivos fiscais especiais da ZFM, os seguintes itens devem ser
observados:
601. Cumprimento de Processo Produtivo Básico (PPB)
2. Geração de emprego na região
3. Concessão de benefícios sociais aos trabalhadores
4. Incorporação de tecnologias de produtos e de processos de produção
compatíveis com o estado da arte
655. Níveis crescentes de produtividade e de competitividade
6. Reinvestimento de lucros na região
7. Investimento na formação e capacitação de recursos humanos para o
desenvolvimento científico e tecnológico
8. Aprovação de projeto industrial com limites anuais de importação de insumos

70 Todos os requisitos acima são avaliados no momento em que a empresa


apresenta o projeto industrial perante o Conselho de Administração da
Suframa (CAS), que é um órgão composto por representantes de diversos
ministérios do Governo Brasileiro e responsável pela deliberação sobre
investimentos na área de abrangência da Zona Franca de Manaus.
75 Ainda sobre a Zona Franca de Manaus, caso esteja procurando
por Consultoria em Comércio Exterior em Manaus - AM, acesse nosso Portal
de Empresas e conheça os principais prestadores de serviços de comex da
cidade e também de todo o país.

Quais os benefícios tributários da ZFM?


80 A Zona Franca de Manaus atrai empresas e indústrias do Brasil e estrangeiras
por oferecer diversas vantagens econômicas. Além da burocracia reduzida,
existem vantagens fiscais do modelo ZFM para o Comércio Exterior nos
seguintes impostos e tributos:
 Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI)
85 Imposto de Importação (II)
 Imposto de Exportação (IE)
 Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos
ou Valores Mobiliários (IOF)
 Imposto de Renda na Fonte (IRF)
90 Contribuições para Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
 Programa de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (Pasep)
 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de
Transportes Intermunicipal e Interestadual e de Comunicação (ICMS)

95 Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI): Isenção do IPI vinculado à


importação na entrada de mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo
interno, industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento,
agropecuária, pesca, instalação e à estocagem para reexportação, com exceção
de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros e
100 produtos de perfumaria ou de toucador e preparados e preparações cosméticas.
Imposto de Importação (II): Suspensão, nos termos dos Decretos-Lei Nº.
288/1967, nº. 356/1968, Decreto nº. 61.244/1967 e legislação complementar
Imposto de Exportação (IE): A alíquota do imposto está reduzida à 0% (zero
por cento), exceto para exportação de peles em bruto de bovinos ou de
105 eqüídeos, de ovinos e outras peles em bruto, cujo percentual é de 9%.

Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a


Títulos ou Valores Mobiliários (IOF): A alíquota do IOF é reduzida a 0%
nas operações de câmbio vinculadas à exportação de bens e serviços, bem
como nas operações de seguro, quando crédito à exportação e transporte
110 internacional de mercadorias.
Imposto de Renda na Fonte (IRF): A alíquota do IRF incidente sobre os
rendimentos auferidos no país, por residentes ou domiciliados no exterior, é
reduzida para 0% (zero por cento), nos casos previstos na legislação

Contribuições para Financiamento da Seguridade Social (Cofins)

115 Programa de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do


Servidor Público (Pasep)

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de


Transportes Intermunicipal e Interestadual e de Comunicação (ICMS)

👉🏼 A Zona Franca de Manaus é um programa de desenvolvimento regional


120 voltado para a consolidação de atividades produtivas em uma região tida
como remota da perspectiva do mercado consumidor brasileiro. Desde
seu ato de criação, em 1967, a ZFM cumpre ainda o papel de garantir a
integridade do território nacional.

Sinara Bueno
Despachante Aduaneira, formada em Comércio Exterior e empreendedora.
Apaixonada por criar e inovar no Comex! Trabalhou na área de importação
e exportação de indústrias, consultorias de comércio exterior e, nos últimos
anos, tem se dedicado aos sistemas para comex. É co-founder da Fazcomex

FONTE: https://www.fazcomex.com.br/comex/zona-franca-de-manaus/
GUIA / Entenda mais sobre a Zona Franca de Manaus
FONTE : https://www.fazcomex.com.br/comex/zona-franca-de-manaus/

PARTE A

1. Localize no texto os elementos do paratexto a seguir e identifique qual é a


relevância da informação que fornece cada um.

a) Título
b) Fonte
c) Data de publicação
d) Elementos icónicos

2. Qual a função do texto? Assinale a opção certa

a) convencer (apresenta argumentos para ganhar a adesão do leitor)


b) informar (dá notícia de algo)
c) instruir (comunica sistematicamente ideias ou conhecimentos)
d) contar (conta fatos reais ou imaginários)

3. Quem é o leitor ideal da publicação?

PARTE B

1. Indique o referente

a) Dessa forma (L. 33)


b) Dentre elas (L.42)
c) seu (L.122)

2. Assinale o equivalente

a) Além da (L. 81) pero, además , sin embargo, también


b) bem como (L. 108) pero – también - como así también – en síntesis

PARTE C

Guiando-se pelos títulos e subtítulos, organize o resumo do artigo (em espanhol)


FONTE: https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/politica-externa-comercial-e-economica/comercio-internacional/comercio-eletronico

Ministério das Relações Exteriores

Comércio eletrônico
Publicado em 07/07/2020 13h33 Atualizado em 03/11/2022 16h34

Não há definição universalmente aceita de comércio eletrônico, conceito com


que se pretende abarcar desde a compra pela Internet de produtos físicos até a
contratação de serviços de nuvem para armazenamento e processamento de
dados de empresas em servidores no exterior.

O conceito poderia abranger, ainda, novos serviços, como os de “streaming” de


6 vídeos e músicas, que têm surgido nos últimos anos em decorrência dos
avanços em inovação, pesquisa e desenvolvimento tecnológicos em áreas da
economia digital.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) define comércio eletrônico como a


“produção, distribuição, marketing, venda e entrega de bens e serviços por meios
eletrônicos” entre empresas, indivíduos, governos e outras organizações, ao
12 passo que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), como “transações realizadas digitalmente de bens e serviços que
podem ser entregues digitalmente ou fisicamente e que envolvem consumidores,
firmas e governos”.

Em vista da falta de consenso quanto à definição e ao escopo do conceito de


comércio eletrônico e das dificuldades inerentes à mensuração de fluxos
18 domésticos e transfronteiriços de bens e serviços digitais, não há metodologias
estabelecidas para estimar a participação do comércio eletrônico nas economias
nacional e mundial. No Brasil, algumas estimativas indicam crescimento
acelerado do comércio eletrônico nos últimos anos, com faturamento do setor
em 2019 totalizando entre R$ 61,9 bilhões (41º relatório “Webshoppers”) e R$
75,1 bilhões (2º relatório “NeoTrust”), o que representaria crescimento de,
24 respectivamente, 16,3% e 22,7% do faturamento quando comparado ao do ano
anterior.

Contudo, o aumento da participação do comércio eletrônico na economia


mundial não foi acompanhado, no mesmo ritmo, pela criação de regras
internacionais. Estas devem, por um lado, promover abertura comercial,
previsibilidade e segurança jurídica para as empresas que atuam no setor e, por
30 outro lado, assegurar ambiente de confiança para os usuários do comércio
eletrônico. Nesse particular, é necessário que estejam salvaguardados direitos
relacionados com a proteção do consumidor, de sua privacidade e dados
pessoais, entre outros, bem como consolidados mecanismos para facilitar a
realização de transações digitais, como o reconhecimento de assinaturas e
autenticações eletrônicas.
36 O Brasil tem participado de frentes de negociações comerciais de comércio
eletrônico nos âmbitos bilateral, regional, extrarregional e plurilateral. O propósito
é expandir o mercado potencial de exportação de empresas brasileiras de
comércio eletrônico, especialmente as micro, pequenas e médias (MPMEs), e
facilitar o ingresso e disseminação de serviços e tecnologias avançadas. Os
benefícios desses acordos se traduzirão, portanto, no aumento de produtividade
42 e na criação de renda e emprego na economia brasileira.

Em 2018, o Brasil assinou com o Chile seu primeiro acordo bilateral de livre-
comércio com capítulo de comércio eletrônico. Em 2019, o Mercosul e a União
Europeia anunciaram a conclusão das negociações de acordo entre os blocos
econômicos, o qual também contém seção dedicada a comércio eletrônico.
Também em 2019, iniciaram-se negociações plurilaterais de comércio eletrônico
48 na OMC, das quais o Brasil é participante ativo.

No momento, encontram-se também em negociação, no âmbito regional,


Protocolo de Comércio Eletrônico do Mercosul; e, no âmbito extrarregional,
capítulos de comércio eletrônico nos acordos entre Mercosul e Canadá,
Mercosul e Coréia do Sul e Mercosul e Singapura.

GUIA / Comércio eletrônico


FONTE: https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/politica-externa-comercial-e-economica/comercio-
internacional/comercio-eletronico

PARTE A

A trama textual predominante é narrativa, descritiva, argumentativa ou instrucional?


Justifique a sua resposta.

PARTE B

Indique a referencia

a) Estas (L.28)
b) Nesse particular (L.31)
c) das quais (L. 48)

Selecione o equivalente

a) Contudo (L. 26) más allá / porque / otro / sin embargo


b) bem como (L.33) claramente / como así también / de este modo / ahora
c) portanto (L.41) siempre / sin embargo / además / por lo tanto
d) No momento (L. 49) actualmente / a pesar de que / incluso / por el momento

PARTE C

Resuma o texto.
OPINIÃO 4 DE MAIO DE 2021

Reduzir o fosso digital requer universalizar o acesso à


internet e a mecanismos de identificação online
Pablo AcostaFolha de São Paulo

A redução do fosso digital permitirá alavancar o potencial da revolução


digital e fortalecer o governo eletrônico
O Brasil está entre os países líderes no mundo para a transformação digital do governo
segundo o E-Government Survey 2020 das Nações Unidas. Esse desempenho reflete
os avanços decorrentes da implementação da Estratégia de Governo Digital, assim
como da aceleração do processo de transformação digital impulsionado pela Covid-19.
5 De fato, a pandemia revelou o papel central da conectividade e dos serviços digitais
para garantir a resiliência das interações entre as populações, os governos e as
empresas, bem como a mudança necessária para teletrabalho, educação remota,
telessaúde e, em geral, garantir a continuidade dos negócios e a prestação de serviços
públicos.
10 No entanto, os resultados positivos não devem minimizar as disparidades existentes
entre os diferentes sub-indicadores da pesquisa. O índice de serviços online está acima
da média regional, mas o índice de infraestrutura de telecomunicações não ultrapassa
a média da região. Por exemplo, o acesso a banda larga fixa residencial (49%) está
abaixo da média da OCDE (84%).
15 Na realidade, o fosso digital segue sendo uma deficiência estrutural do ecossistema
digital nacional. Apesar de recentes avanços, o CETIC (Centro Regional de Estudos
para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) mostra, na pesquisa TIC
Domicílios 2019, que ainda 28% dos domicílios brasileiros, ou seja, 47 milhões de
pessoas não têm acesso à internet. Portanto, um quarto da população permanece
20 excluída dos potenciais benefícios da revolução digital.
Esse fosso digital também reflete e reforça as desigualdades no país. Os números falam
por si. Enquanto 99% das famílias da classe A estão conectadas, apenas 57% das
famílias das classes D e E têm acesso à internet. Da mesma forma, quase 50% das
famílias nas áreas rurais não contam com esse acesso, contra 25% nas áreas urbanas.
25 A pesquisa TIC Educação 2019 mostra que só 49% das escolas rurais têm acesso a
internet contra 99% das escolas urbanas. Isso reforça gravemente as desigualdades na
educação, ainda mais em tempos de pandemia e com a necessidade de depender do
ensino remoto para garantir um mínimo de aprendizagem. A garantia de acesso
inclusivo e universal é um grande desafio e demandará grandes esforços.
30 É então essencial para o país investir até atingir a universalização do acesso à internet.
O Brasil precisa não só expandir a infraestrutura para cobrir todas as áreas do país e
melhorar a velocidade da conectividade para permitir os novos usos da internet, mas
também reduzir o custo das conexões para as populações mais vulneráveis e
geograficamente distantes. De forma geral, o país deve reforçar as políticas nacionais
35 por meio de uma melhor coordenação entre os diferentes níveis administrativos, fazer
ajustes no quadro regulatório e aplicar os mecanismos já existentes para resolver os
desafios práticos dessa universalização.
Por mais que o papel do governo seja central, a participação do setor privado é
fundamental para diminuir o fosso digital. As políticas públicas devem contribuir para a
40 redução das barreiras de entrada a novos provedores de serviços de telecomunicações,
inclusive para facilitar o compartilhamento de infraestrutura. Nesse sentido, o leilão 5G
previsto para o início do segundo semestre de 2021 representa um marco importante
da cooperação entre atores públicos e privados para a implementação da nova geração
das comunicações móveis.
45 Outro aspecto fundamental é não só a capacidade do governo de disponibilizar serviços
públicos online, tal como refletido no E-Government Survey do 2020, mas de viabilizar
o acesso a esses serviços. Assim, o lançamento oficial do portal gov.br representa uma
etapa importante no fortalecimento do ecossistema digital do governo. Quase quatro mil
serviços públicos federais são referenciados no portal e mais de dois mil já são
50 digitalizados e acessíveis online.[1] O governo prevê que poderá oferecer 100% dos
serviços públicos federais de forma digital até o final de 2022. O portal traz significativas
vantagens tanto para os entes públicos como para os usuários e promete transformar a
maneira como o governo interage com a população.
Contudo, existem limitações estruturais no ecossistema da identidade do indivíduo que
55 impedem, junto com a falta de conectividade de banda larga, que o acesso a serviços
seja inclusivo e seguro. Por exemplo, 14 milhões de pessoas seguem sem nenhuma
prova de identidade e, portanto, excluídas do portal gov.br. Muitos outros só
conseguem acessar alguns dos serviços oferecidos, pois dependem das credenciais ao
seu dispor, ou seja, das ferramentas que as pessoas têm para comprovar a sua
60 identidade (como o CPF, a Conta de Banco Credenciado ou o certificado digital da ICP-
Brasil). A quantidade de serviços acessíveis por um cidadão reflete as desigualdades
de acesso à identificação: os serviços que requerem maior confiabilidade são
accessíveis apenas pelas pessoas que têm um certificado digital da ICP-Brasil
(aproximadamente 2% da população), ou que têm um smartphone e estão cadastrados
65 na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo, permanecem falhas críticas
de segurança, com repetidos vazamentos de dados pessoais inclusive a exposição
na deep web de 223 milhões de CPFs de pessoas vivas e falecidas em janeiro de 2021.
Em palavras simples, é fundamental garantir a universalização de uma identidade
segura para que cada cidadão possa acessar os serviços públicos. Nesse sentido, o
70 governo iniciou reformas. Porém, ainda é necessária uma visão nacional ampla e de
longo prazo para que a identificação digital seja a chave universal para o amplo acesso
aos serviços, para a troca de informações com entidades públicas e privadas e para a
proteção dos dados pessoais.
Reduzir o fosso digital é um dever do governo. Cada indivíduo no país, onde quer que
75 esteja e independentemente de sua situação socioeconômica, tem direito a se beneficiar
da revolução digital em curso. Além disso, as barreiras que a atual situação sanitária
impõe à entrega de serviços obrigam as autoridades a encontrarem alternativas viáveis
e inclusivas o quanto antes. Por isso, a universalização do acesso à internet e a
credenciais para identificação digital são imprescindíveis.

Esta coluna foi escrita em colaboração com Axel Rifon Pérez, especialista em
desenvolvimento digital do Banco Mundial e Emmanuel Vassor, consultor do
Banco Mundial especialista em identidade digital.

[1] http://faq-login-unico.servicos.gov.br/en/latest/_perguntasdafaq/oquee.html
FONTE: https://www.worldbank.org/pt/news/opinion/2021/05/04/reduzir-o-fosso-digital-requer-universalizar-o-acesso-a-
internet-e-a-mecanismos-de-identificacao-online

GUIA/ Reduzir o fosso digital requer universalizar o acesso à internet e a mecanismos


de identificação online
FONTE: https://www.worldbank.org/pt/news/opinion/2021/05/04/reduzir-o-fosso-digital-requer-universalizar-o-acesso-a-
internet-e-a-mecanismos-de-identificacao-online

PARTE A

Localize no texto os elementos do paratexto a seguir e identifique qual é a relevância

da informação que fornece cada um.

a) Título
b) Subtítulo ou topete
c) Fonte
d) Data de publicação

Qual é a trama principal do texto? E atrama secundária?

a) convencer (apresenta argumentos para ganhar a adesão do leitor)


b) informar (dá notícia de algo)
c) instruir (comunica sistematicamente ideias ou conhecimentos)
d) contar (conta fatos reais ou imaginários)

PARTE B

Organize os conectores a seguir, nos espaços abaixo, conforme o sentido


No entanto (Linha 10), ou seja (linha 18), Portanto (linha 19), também (linha 21) não

só... mas também (linha 31 a 33) Contudo, (linha 54), portanto (linha 57), Em palavras

simples (linha 68), Além disso (linha 76), Por isso (linha 77)

a) acréscimo ( acrescenta informação)

b) oposição (contrapõe duas ideias)

c) síntese (adianta que o dito será explicado de uma forma mais sintética):

d) reformulação (adianta que o dito será explicado de outra forma)

e) condição (precisa se cumprir uma premissa para que a outra possa se realizar)

f) concessão (se a primeira premissa se cumpre ou não, não impede a realização

da segunda)

Indique o referente

a) Nesse sentido (L.41)


b) Nesse sentido (L.69)

PARTE C

Faça o resumo do artigo


HOME SEÇÕES PARTICIPE ASSINATURA MAIS SALA DE AULA

Doce lucro
A cana-de-açúcar reforçou o papel do Brasil na economia global e foi responsável pela invenção de uma nova sociedade.

O negócio era ser “senhor”

Stuart B. Schwartz Tamanho da letra:

O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do pau-brasil.


Foi a famosa madeira, da qual se extrai um corante, que
primeiro deu motivos aos portugueses para se estabelecer e
explorar a terra a que tinham chegado em 1500. Porém, foi a
5 introdução da cana-de-açúcar e a dos engenhos, com sua
tecnologia para a produção de açúcar, as verdadeiras
responsáveis por transformar a colônia três décadas depois
desse primeiro contato. O açúcar foi a madrasta da
colonização, que por quase dois séculos regeu a história econômica, social e política do Brasil. E, em algumas
10 regiões, continua a dominar.

Ao longo da costa brasileira – primeiro em São Vicente, Pernambuco e Bahia, depois no Rio de Janeiro e em
outras áreas – foi no espaço dos engenhos que a sociedade colonial tomou forma. Essa nova sociedade era fruto
da Europa medieval, a partir do conceito jurídico de estados ou ordens, com nobres e plebeus, pagãos e cristãos,
cristãos-novos e cristãos velhos. Foi modificada ainda com as novas realidades americanas de etnias ou raças.
15 A presença de índios e africanos, que tinham diferentes cores de pele, culturas, religiões e línguas, criava novas
hierarquias.

Os engenhos não erigiram essa pirâmide social, mas a reforçavam. Nessas verdadeiras indústrias, os brancos
eram os donos da terra e das moendas. Os indígenas e depois os africanos eram a força de trabalho. E cabia aos
brancos pobres, mulatos, mestiços e libertos os chamados “ofícios mecânicos”. Essas fazendas se
20 transformaram no espelho e na metáfora da sociedade brasileira: os brancos nas mais altas posições, os negros
(ou índios) na mais baixa, e as pessoas de raças misturadas, no meio. Gradações bem parecidas, aliás, com as da
produção do açúcar: o branco como o mais valorizado; o de panela, escuro, e de menor valor; e o marrom,
mascavo, no meio.

Claro que sempre houve segmentos da sociedade que não estavam diretamente envolvidos na produção
25 açucareira – como roceiros, boiadeiros, calafates (profissionais que vedam as frestas de uma embarcação) e
sertanistas – mas era frequente, de um jeito ou de outro, que seus negócios (as plantações, o gado, as
embarcações, os índios cativos) estivessem relacionados com a economia do açúcar. Até o surgimento de Minas
Gerais como força econômica, era comum dizer que o Brasil era uma “sociedade e civilização do açúcar”.

É fácil entender por quê. A produção do açúcar cresceu de forma rápida especialmente em Pernambuco e na
30 Bahia. Em 1570, havia 60 engenhos no Brasil. Em 1630, eram 350 e produziam mais de 20 mil toneladas por
ano. A riqueza estava sendo criada. No fim do século XVII, o lucro que a colônia dava a Portugal já era cerca
de 50% maior que o seu custo de manutenção. Esse período de rápida expansão no século XVI, quando
algumas fortunas foram criadas, foi possível em função dos altos preços do açúcar no mercado europeu. Já na

21
década de 1620, guerras e retrações econômicas diminuíram as margens de lucro. Embora os preços tenham
35 subido novamente em 1640, o início da competição com o açúcar das ilhas caribenhas nas décadas seguintes
acabou abaixando os valores novamente. Junto a isso, a demanda nessas ilhas por trabalho aumentou o custo
dos escravos no Atlântico. No fim da década de 1680, os senhores de engenho no Brasil reclamavam que a
indústria açucareira estava quase falindo. Mas as guerras europeias novamente mudaram as condições do
mercado, e os produtores brasileiros outra vez ganharam confiança.

40 Depois de 1670, o Brasil nunca mais dominou o mercado do açúcar no Atlântico da mesma maneira que antes,
mas a indústria açucareira permaneceu lucrativa. Na maior parte do século XVIII, os senhores de um engenho
bem administrado contavam com um lucro anual de 5 a 10%. E em algumas décadas, como a de 1790, os
ganhos foram consideravelmente maiores que isso. Também é importante lembrar que, até no ápice da
mineração de ouro no século XVIII, o valor da produção agrícola sempre excedeu o do garimpo. Mesmo
45 quando Barbados, Jamaica e outras ilhas se tornaram grandes produtores de açúcar, o Brasil produzia mais do
que todos eles. Apesar das rivalidades e competições entre si, o setor açucareiro – os senhores de engenho, os
lavradores de cana, os mercadores que entregavam o açúcar – continuaram sendo uma força política na colônia.

O Brasil se tornou uma colônia de sucesso porque a coroa portuguesa podia taxar a produção e o comércio de
açúcar, e percebia que a indústria açucareira crescia principalmente a partir de investimentos privados.
50 Enquanto isso foi verdade, a coroa portuguesa deu aos produtores de açúcar alguma liberdade. O crescimento
da produção de açúcar foi acompanhado por outra mudança e, de alguma forma, só foi possível graças a ela: a
questão da mão de obra indígena. Na primeira metade do século da produção brasileira, os povos nativos foram
contratados ou forçados a trabalhar no campo. Mas a relutância de guerreiros em trabalhar na agricultura – que
eles consideravam serviço de mulheres – as doenças epidêmicas da década de 1560, as guerras de resistência, as
55 leis reais contra a escravização dos indígenas (de 1570, 1595 e 1609), além dos esforços dos jesuítas que
exigiam um tratamento mais digno para os índios, tornaram muito caro e difícil o uso de trabalhadores
indígenas. A resposta veio da África.

Os escravos africanos eram caros, mas os portugueses acreditavam que eles eram mais produtivos que os
índios, e menos propensos a fugir ou a morrer de doenças. “Sem açúcar, não há Brasil; sem a escravidão, não
60 há açúcar; sem Angola, não há escravos”, era um dito comum que mostrava a centralidade do açúcar, da
escravidão e da África para a existência da colônia. O que saiu daí foi o sistema de plantation, que ao fim se
espalhou pelas Américas, de Luisiana a Barbados, como uma forma clássica de produção do açúcar e, depois,
para o cultivo de café, cacau e outras monoculturas

A escravidão fazia parte de todos os aspectos da vida brasileira, mas nas áreas do açúcar os escravos eram
65 frequentemente 70% da população. A alta mortalidade e as baixas taxas de fertilidade dos escravos nessas áreas
exigiam uma importação contínua de mais africanos – um fato que ajuda a explicar a presença e a persistência
da cultura africana no Brasil. Quando o Conde de Arcos, governador da Bahia, reclamou com exasperação em
1760 que sua capitania era “uma terra de hotentotes [povo do sudoeste da África]”, ele estava reconhecendo a
herança do açúcar.

70 A influência do doce produto ultrapassava as porteiras dos engenhos. Quase todas as primeiras cidades
brasileiras foram portos criados para exportar o açúcar e importar maquinário, materiais, comida e pessoas
necessárias às moendas. Já a “incrível machina e fábrica”, como o padre Antônio Vieira chamou os engenhos,
por sua vez, eram verdadeiras cidades: escravos, administradores, trabalhadores livres e artesãos se reuniam nas
lavouras, o que reduzia a necessidade de pequenas vilas rurais e comunidades. As capelas, por exemplo,
75 encontradas em muitos engenhos, serviam como centros da vida religiosa. Além disso, nos primeiros anos da
colonização, os engenhos também tinham uma função defensiva contra ataques indígenas, ou seja, cada
engenho era “uma nação dentro de si”, conforme comentou um contemporâneo. Outros observadores
ressaltaram que, por estar tão diluído nesses pequenos pontos isolados, faltava ao Brasil colonial o senso de
comunidade e coesão social.

32
80 Nas cidades verdadeiramente constituídas era possível
encontrar ainda figuras importantes, como mercadores
portugueses e estrangeiros, advogados, inspetores, fiscais
de impostos e oficiais do governo. Essa aglomeração até
alimentava as tensões entre engenho e município, senhor
85 de engenho e mercador, mas pesquisas recentes têm
mostrado que as elites urbana e rural estavam muitas
vezes interligadas, e que a posse de um engenho era um
objetivo social, não apenas uma atividade econômica.
Os senhores de engenho insistiam em usar esse título
90 porque ele significava autoridade senhorial. Eles raramente se autodenominavam “fazendeiros”. Como na
famosa passagem de padre Antonil (pseudônimo do jesuíta italiano Giovani Andreoni, que viveu no Brasil entre
os séculos XVII e XVIII): “é título [o de senhor] a que muitos aspiram, porque traz consigo a ser servido,
obedecido e respeitado de muitos”.

Muitos dos senhores de engenho tinham origem plebeia ou eram cristãos-novos (ou seja, descendentes de
95 judeus), mas agora viviam e agiam como se pertencessem a uma aristocracia. Eles eram apoiados pelos
lavradores de cana, que não tinham capital suficiente para ter seus próprios engenhos, mas que, ainda assim,
cultivavam a cana-de-açúcar em suas propriedades ou em terras alugadas. Essa classe era característica da
economia brasileira do açúcar. Entre esses lavradores havia desde homens ricos com alto status até pobres e
dependentes. O certo é que a maioria era branca e quase todos desejavam possuir seu próprio engenho. Por
100 volta de 1710, quando o Brasil tinha 525 engenhos, havia cerca de 450 famílias controlando-os, e em torno de 2
mil famílias de lavradores. Juntos, eles formavam a elite colonial. Mesmo que fossem frequentes as dívidas
com mercadores da colônia, o setor açucareiro encantava estes comerciantes: até eles buscavam ganhar
prestígio social para também se tornarem senhores de engenho.

Conforme a indústria açucareira se desenvolveu, o campo se ajustou ao seu produto principal e às suas
105 necessidades. Gado, lenha e farinha de mandioca estavam todos ligados ao mundo dos engenhos. E no centro
de tudo estava a safra de nove meses, com a qual o engenho operava dia e noite, moendo a cana e consumindo a
lenha e as pessoas para produzir açúcar e riqueza. “Um engenho de açúcar é o horror, e todos os seus senhores
são malditos”, disse o jesuíta Andrés de Gouvea, na Bahia, em 1627. Padre Antônio Vieira fez uma comparação
do caldeirão de cobre e da fumaça que subia das caldeiras com o inferno. Em um famoso sermão, ele equiparou
110 os escravos do engenho à paixão de Cristo.

Vieira era um realista, cujo irmão era dono de engenhos na Bahia. Ele conhecia bem a economia da cana.
Sempre reconheceu que a riqueza do açúcar assegurava o crescimento do Brasil. O seu comércio garantia a
Portugal a capacidade de se manter independente e de defender o seu império contra as ameaças de conquistas
dos holandeses invejosos ou a absorção pela vizinha Castela. Mesmo que no fim do século XVII Vieira tenha
115 reconhecido que a frota brasileira, às vezes, carregava “mais queixas que caixas”, ele, como as demais pessoas,
viram que o açúcar moldou o corpo e a alma da colônia, suas virtudes e seus pecados, e deu importância ao
Brasil dentro do império de Portugal e da economia global. Esse legado continuaria de diversas formas bem
depois de o açúcar deixar de ser o principal produto brasileiro.

Stuart B. Schwartz é professor da Universidade de Yale (EUA) e autor de Segredos internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835
(Companhia das Letras, 1995).

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33
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/doce-lucro

Doce lucro
PARTE A

Assinale no texto, caso houver, os elementos do paratexto a seguir:

a) Fonte
b) Autor
c) Titulo
d) Topete
e) Elementos icônicos (especifique de que tipo)
f) Torta
g) Cardápio
h) Caixa de pesquisa
i) Botões de redes sociais
j) Pé biográfico
k) Rodapé

PARTE B

1. Escolha a opção equivalente

a) Porém (L. 4) sin embargo / además / nunca


b) Aliás (L.20) por otra parte / por cierto / además
c) mas (L.35) Ni / pero / nunca
d) além disso (L.69) Además / más allá de eso / tampoco
e) ou seja (L.70) es decir / o / y

2. Indique o referente no texto

a) nessas (L.16)
b) isso (L.33)
c) isso (L.46)

34
3. Indique quais ciclos da economia brasileira são mencionados no texto.

4. Complete a tabela com as informações fornecidas pelo texto

PRODUTO ÁREA

pau-brasil litoral brasileiro (desde Rio Grande do Norte hasta Río de Janeiro)

cana de açúcar

ouro

café Pará, Maranhão, Vale do Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo.

5. Responda as perguntas (em espanhol)

a) A que se refere o autor com a expressão “cristãos-novos”?


b) Conforme Schwartz, quais são os segmentos da sociedade não envolvidos na produção
açucareira?
c) Porque, segundo o autor, “o Brasil era uma sociedade e civilização do açúcar”?
d) Quais os 3 motivos que menciona Schwartz pelos quais foi introduzida a mão de obra
escrava da África?
e) Por que o Conde de Arcos diz que sua capitania é “uma terra de hotentotes”?
f) Por que os fazendeiros preferiam serem chamados de “senhores de engenho”?
g) Qual a opinião dos jesuítas Andrés de Gouvea e António Vieira a respeito dos engenhos?

PARTE C

Explique o título

35
Home → CARREIRA → Mulheres superam homens em 11 de 12 habilidades emocionais

CARREIRA

Mulheres superam homens em 11 de 12


habilidades emocionais
Estudo teve a participação do autor de "Inteligência Emocional", o escritor Daniel
Goleman

Por Camila Pati


Publicado em: 08/03/2016 às 15h11
Tempo de leitura: 2 min

Executivas: mulheres avaliadas apresentavam mais empatia do que os homens (Thinkstock/)

São Paulo – Estudo divulgado hoje pelo Korn Ferry Hay Group enterra o
estereótipo de que a mulher tem mais dificuldade do que os homens na hora
de gerir suas emoções no trabalho.

Ancorada no inventário de Competências Emocionais e Sociais (ESCI,


5 desenvolvido pelo professor Richard E. Boyatzis e pelo psicólogo e escrito
Daniel Goleman, autor de “Inteligência Emocional”, a pesquisa mostra
que a mulheres superam os homens em quase todas as habilidades
intangíveis investigadas. A base de dados utilizada foi ampla: contou com
informações coletadas entre 2011 e 2015 de 55 mil profissionais de todos
10 os níveis hierárquicos em 90 países.

A ferramenta ESCI mede 12 competências emocionais e sociais: orientação


para o resultado, adaptabilidade, coaching e mentoring, gestão de conflito,
empatia, autoconhecimento emocional, liderança inspiradora, influência,
entendimento organizacional, otimismo, trabalho em equipe e autocontrole
15 emocional.

A maior diferença entre eles e elas está no autoconhecimento emocional.


De acordo com o Hay Group, as profissionais utilizam 86% mais
consistentemente esta competência do que os homens. Os resultados
indicam que apenas 9,9% deles demonstraram autoconhecimento, em
20 comparação a 18,4% das mulheres avaliadas.

Entre as mulheres, a empatia apareceu 45% mais frequentemente do que


entre os homens. Elas também demonstraram ser mais competentes em
relação a coaching, mentoria, capacidade de influência, de liderança
inspiradora, gestão de conflito, entendimento organizacional,
25 adaptabilidade, trabalho em equipe e orientação para resultado. Também
um pouco mais otimistas do que eles, as mulheres só empatam com os
homens em controle emocional.

A pesquisa é importante para mostrar a necessidade de mais mulheres em


postos de comando, segundo o escritor Daniel Goleman, que além de
30 psicólogo e escritor é também o codiretor do Consórcio para Pesquisas de
Inteligência Emocional nas Organizações, da Universidade Rutgers de New
Jersey.

Ele sugere que as empresas encontrem meios de identificar estas


competências em suas executivas com o objetivo de oferecer
35 oportunidades de crescimento a estas mulheres.

A iniciativa pode trazer bons resultados para a organização já que o


estudo também mostrou que líderes que não demonstram
consistentemente qualquer competência de Inteligência Emocional
tinham duas vezes mais funcionários planejando sair da empresa nos
40 próximos 12 meses em comparação com aqueles que demonstram uma
ou mais competências.

https://exame.com/carreira/mulheres-superam-homens-em-11-de-12-habilidades-emocionais/
GUIA / Mulheres superam homens em 11 de 12 habilidades emocionais
FONTE: https://exame.com/carreira/mulheres-superam-homens-em-11-de-12-habilidades-emocionais/

PARTE A

1. Localize no texto os elementos do paratexto a seguir e identifique qual é a


relevância da informação que fornece cada um.

a) Título
b) Nome da seção
c) Epígrafe
d) Data de publicação

PARTE B

1. A trama principal é argumentativa, informativa, dialogal ou instrucional?


Justifique a sua resposta.

2. Indique a que se referem, no texto, os números a seguir

a) 90
b) 86
c) 12
d) 45

3. Complete a tabela
Verbo linha sujeito no texto passado presente futuro

tem 2

contou 8

demonstraram 19

demonstram 40

PARTE C

Explique o título, desenvolvendo os conceitos necessários como para que uma pessoa
que não tenha lido o texto, o compreenda.
Ministério das Relações Exteriores
Publicado em 29/04/2022 14h45 / Atualizado em 06/07/2022 08h21
FONTE: História — Português (Brasil) (www.gov.br)

Breve história do Instituto Rio Branco


O Instituto Rio Branco foi criado em 1945, na esteira das comemorações do
centenário de nascimento do Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia
brasileira. Inicialmente instituído com a dupla finalidade de tratar da formação e
aperfeiçoamento dos funcionários do Ministério das Relações Exteriores e de
5 constituir um núcleo de estudos sobre diplomacia e relações internacionais, o
Instituto tornou-se, ao longo de seus quase 70 anos de existência, referência
internacional como academia diplomática.

A seleção para a carreira diplomática, a cargo exclusivamente do Instituto, é uma


das mais tradicionais do País, tendo-se realizado anualmente – em alguns casos
10 até duas vezes por ano – desde 1946. Da primeira turma a ingressar no Instituto,
naquele ano, até hoje, formaram-se mais de dois mil diplomatas, os quais
ingressaram invariavelmente por meio de processo seletivo, seja na forma de
concurso direto ou de exames para o Curso de Preparação à Carreira de
Diplomata, sucedido pelo PROFA-I, depois denominado Curso de Formação do
15 Instituto Rio Branco.

O Instituto Rio Branco é responsável, ainda, pela realização do Curso de


Aperfeiçoamento de Diplomatas e do Curso de Altos Estudos, obrigatórios para
os diplomatas que almejam a ascensão na carreira.

Desde a classe inicial de terceiro secretário até o topo da carreira diplomática, o


20 Instituto Rio Branco responsabiliza-se por selecionar, formar e aperfeiçoar um
corpo de servidores coeso, coerente com a tradição da política externa brasileira.

O Instituto promove, ademais, seleção anual de bolsistas para o Programa de


Ação Afirmativa, com a finalidade de proporcionar maior igualdade de
oportunidades de acesso à carreira de diplomata e de acentuar a diversidade
25 nos quadros do Itamaraty, por meio da concessão de bolsas-prêmio para custeio
dos estudos de candidatos negros ao Concurso de Admissão à Carreira de
Diplomata.

Recrutamento e treinamento antes da criação do Instituto

O Estado brasileiro sempre teve presente que se fazia necessário dispor de um


30 corpo de funcionários selecionado e treinado para a realização da política
externa brasileira. O recrutamento de pessoal para o serviço público ganhará
contornos de política de estado a partir da criação do DASP, em 1938. No caso
específico da carreira diplomática, a sistematização de seu recrutamento e
treinamento dar-se-ia somente com a criação do Instituto Rio Branco, em
35 1945. Realizaram-se diversos esforços para conformar um padrão no
recrutamento. No Império, por exemplo, ainda no Primeiro Reinado, o Marquês
de Aracati, um dos primeiros titulares da pasta dos Negócios Estrangeiros,
apontava a necessidade de prover o serviço diplomático do Brasil com pessoal
idôneo e capaz.

40 Em 1834, ao tempo do primeiro mandato do Visconde de Sepetiba à frente da


pasta, o regimento consular dispunha que o cônsul tivesse de se fazer “acreditar
por uma conduta regular, perícia nas línguas francesa e inglesa, conhecimento
do direito mercantil e marítimo, e dos usos e estilo do comércio”.

Entre as primeiras tentativas de recrutamento de diplomatas e cônsules


45 mediante concurso público, está a do próprio Visconde de Sepetiba, em sua
segunda gestão nos Negócios Estrangeiros. O regulamento de 1842 introduzia
o concurso de habilitação, exigindo-se que os candidatos demonstrassem
conhecimento de gramática, ortografia, aritmética, direito internacional,
geografia, latim, francês e inglês, para além de uma boa caligrafia.

50 Na gestão do Visconde do Uruguai à frente dos Negócios Estrangeiros, a qual


marca um período de importantes conquistas no campo da diplomacia, nas
questões do Prata e na extinção do tráfico de escravos, seria lançado um dos
pilares do conceito de carreira. A Lei nº 614, de 22 de agosto de 1851, conhecida
como "Regulamento Paulino de Sousa", determinava que o preenchimento dos
55 cargos do serviço diplomático só poderia ocorrer na classe de secretários e
adidos de legação. Ao tratar dos critérios de qualificação dos adidos de legação,
então funcionários de nível inicial da carreira diplomática, a Lei nº 614/1851 dava
preferência aos “bacharéis formados nos cursos jurídicos do Império, e aos
graduados em academias ou universidades estrangeiras que mais versados se
60 mostrarem em línguas”. Mencionava, ainda, que, para os que não possuíssem
aquelas qualificações, dever-se-ia proceder à habilitação por intermédio de
exames.
Em decorrência da edição da Lei nº 614/1851, foi promulgado, em 20 de março
de 1852, o Decreto nº 940, que criou o concurso público para adidos de legação.
65 A estrutura do concurso não difere radicalmente daquela dos concursos atuais.
De fato, o artigo 2º das “Instruções para o Exame dos Candidatos ao Lugar de
Adido de Legação” daquele decreto estipulava que o exame deveria versar sobre
as seguintes matérias:

1. Conhecimento das línguas modernas, especialmente da inglesa e francesa,


70 devendo o candidato traduzir, escrever e falar esta última;

2. História geral e geografia política, história nacional e notícia dos tratados feitos
entre o Brasil e as potências estrangeiras;

3. Princípios gerais do direito das gentes e do direito público nacional e das


principais nações estrangeiras;

75 4. Princípios gerais de economia política, e do sistema comercial dos principais


Estados e da produção, indústria, importações e exportações do Brasil;

5. A parte do direito civil relativa às pessoas e princípios fundamentais em


matérias de sucessão;

6. Estilo diplomático, redação de despachos, notas, relatórios etc.

80 Embora esse procedimento de seleção não se tenha mantido com a regularidade


esperada por seu criador, nota-se a preocupação em aparelhar o Ministério dos
Negócios Estrangeiros com um corpo de funcionários estável e bem preparado.

Já no século XX, o Decreto nº 19.592, de 15 de janeiro de 1931, dispunha que


“os cônsules de terceira classe serão nomeados mediante concurso, nas
85 condições atualmente estabelecidas a terceiros oficiais, e farão um estágio
preparatório de habilitação de dois anos na Secretaria de Estado”.

Em 1934, o Decreto nº 24.486, ao instituir, na Secretaria de Estado das Relações


Exteriores, um “Curso de Aperfeiçoamento nos Serviços Diplomático e
Consular”, acabaria por ensejar a criação, em 1945, do Instituto Rio Branco, o
90 qual assumiria definitivamente, ainda em princípios do ano seguinte, a tarefa de
selecionar anualmente quadros para a carreira de diplomata, criada pelo
Decreto-Lei nº 791, de 14 de outubro de 1938, norma que serviu de suporte à
chamada Reforma Osvaldo Aranha.

Origens e evolução do Instituto


Pode-se apontar o Decreto nº 24.486, de 28 de junho de 1934, como pedra
95 fundamental do trinômio seleção-formação-aperfeiçoamento dos membros da
carreira diplomática, tarefas as quais seriam, na década seguinte, conferidas
exclusivamente ao Instituto por meio de seu ato de fundação. Ao sancionar
aquele decreto, considerando não existir no Brasil um “instituto de especialização
destinado a formar funcionários aptos para a direção dos serviços diplomático e
100 consular”, Getúlio Vargas constituía, na Secretaria de Estado das Relações
Exteriores, um curso de aperfeiçoamento para os funcionários do Itamaraty.

No contexto da inovação trazida pela dita norma, o então Secretário Jorge Latour
sugeria, em memorando de 7 de dezembro de 1934, a criação de um órgão, no
âmbito do Ministério das Relações Exteriores, com a finalidade de ministrar dois
105 cursos, “um, de preparatórios, para a admissão de funcionários no Ministério e
em repartições internacionais; outro, de aperfeiçoamento, para os funcionários
do Ministério e para os investidos em comissões no exterior em cargos de
responsabilidade”.

A proposta seria reformulada uma década mais tarde, em memorandos de 4 de


110 maio e 4 de dezembro de 1944. À frente do Serviço de Documentação e chefe
da comissão preparatória dos festejos do centenário do Barão, instituída no
Ministério das Relações Exteriores em 23 de março de 1944, Latour sugeriu que
se incluísse, entre os atos comemorativos, a assinatura e publicação de uma
norma dando existência legal ao que se denominaria “Instituto Barão do Rio
115 Branco”, “uma entidade mista, oficial e privada, criada com o fim de ensinar e
exercitar matérias de interesse para a conservação e consolidação interna da
nação e da nacionalidade brasileira e de sua expansão ou influência no exterior,
mediante o aperfeiçoamento da sua política externa e das suas relações
internacionais em diferentes aspectos”, e no qual “se organizassem cursos e se
120 lecionassem matérias diretas ou indiretamente relacionadas com a política
exterior, a vida internacional, a diplomacia, os assuntos consulares e outros de
interesse real dentro da mesma esfera de cogitações”.

Aprovada, essa concepção levou à promulgação, em 18 de abril de 1945, do


Decreto-Lei nº 7.473, sancionado pelo Presidente Getúlio Vargas e referendado
125 pelo Embaixador José Roberto de Macedo Soares como Ministro das Relações
Exteriores interino. Criava-se o Instituto Rio Branco.

O Decreto-Lei nº 7.473/1945 desenvolvia e mesmo conferia nova dimensão


aos consideranda do Decreto nº 24.486/1934 ao consignar que o “centro de
investigações e ensino” que estava sendo criado seria responsável pela
130 “formação, o aperfeiçoamento e a especialização de funcionários do Ministério
das Relações Exteriores” e pelo “preparo de candidatos ao concurso para a
carreira de ‘Diplomata’”.
No entanto, não foi esse decreto-lei, nem o de número 8.461, de 26 de dezembro
de 1945, que lhe alterava o texto, que atribuiu ao Instituto a responsabilidade de
135 selecionar quadros para o Ministério das Relações Exteriores[1]. As primeiras
atividades do Instituto tiveram a forma de cursos de extensão destinados ao
aperfeiçoamento dos funcionários da carreira de diplomata e à difusão de
conhecimentos relativos à geografia e à cartografia do Brasil.

A publicação do Decreto-Lei nº 9.032, em 6 de março de 1946, traria finalmente


140 para a esfera do Instituto a realização de concurso de provas e a seleção entre
candidatos aprovados nos exames finais do Curso de Preparação à Carreira de
Diplomata (CPCD) para o ingresso na carreira diplomática. Ademais do CPCD,
o decreto-lei instituía o Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas (CAD) e
competia-o também ao Instituto, inicialmente obrigatório para o diplomata em
145 primeira remoção para o exterior.

Sob a administração do primeiro diretor do Instituto Rio Branco, Embaixador


Hildebrando Accioly, foram elaborados o Regimento (Decreto nº 20.279, de 26
de dezembro de 1945) e o Regulamento (Decreto nº 20.694, de 6 de março de
1946) e organizados os primeiros exames vestibulares do recém-criado CPCD.
150 Ainda em 1946, foi admitida a primeira turma de 27 cônsules de terceira classe,
como eram então chamados os terceiros secretários de hoje.

No início da década de 1960, sob inspiração do depois Embaixador Jaime


Azevedo Rodrigues, importante inovação ocorreu em matéria de
aperfeiçoamento de diplomatas: a Lei nº 3.917, de 14 de julho de 1961, criou o
155 Curso de Altos Estudos (CAE), o qual se tornaria, após cinco anos de sua
instalação, condição para promoção dos Ministros de Segunda Classe a Ministro
de Primeira Classe e comissionamento na função de Embaixador. O CAE só viria
a ser efetivamente implementado em 1977, quando, já então criada a classe de
conselheiro, tornou-se condição para promoção a ministro de segunda classe.

160 A evolução do Instituto e o desenvolvimento de seus três cursos derivam do


esforço empreendido na busca pela excelência na seleção, formação e
aperfeiçoamento de diplomatas. É interessante notar como o aprimoramento dos
cursos contribuiu para o fortalecimento institucional, e vice-versa. Em despacho
de 5 de junho de 1975, o Ministro de Estado da Educação e Cultura homologou
165 o Parecer nº 1.842/1975, do Conselho Federal de Educação, que reconhecia o
CPCD como curso de nível superior e atribuía ao Instituto Rio Branco a
designação de “estabelecimento de ensino superior”. Já o CAD e o CAE
obtiveram, a partir do Decreto nº 79.556, de 20 de abril de 1977, o status de
“sistema de treinamento e qualificação destinado a assegurar a permanente
170 atualização e elevação do nível de eficiência do funcionalismo” de que trata o
artigo 6º da Lei nº 5.645, de 10 de dezembro de 1970, condição essa já esboçada
no artigo 16 do Decreto nº 71.323, de 7 de novembro de 1972, o qual estabelecia
que a ascensão na carreira diplomática se daria mediante a conclusão de tais
cursos. Na década de 1990, o empenho do Instituto em aprimorar a formação de
175 diplomatas com a criação do PROFA-I[2] acarretaria o reconhecimento do curso
inicial da carreira diplomática como mestrado profissionalizante, por meio de
despacho do Ministro de Estado da Educação de 31 de dezembro de 2002.

A maior parte dos decretos e portarias que, desde a fundação do Instituto,


aprovariam novas versões de seu Regulamento tinha por objetivo incorporar
180 aprimoramentos ao CPCD e suas regras de admissão[3]. As sucessivas
modificações no curso de 50 anos, no entanto, não alterariam a essência do
Regulamento, e o CPCD funcionaria até o concurso de 1995, sendo sucedido no
concurso de 1996 pelo PROFA-I, o qual, por sua vez, seria substituído pelo
Curso de Formação do Instituto Rio Branco com a edição da Portaria nº 336, de
185 30 de maio de 2003. Essa portaria, ademais, franqueava aos alunos do Curso
de Formação participar do Mestrado em Diplomacia, o qual propiciou a defesa
de 190 dissertações entre 2003 e 2010, antes de ser descontinuado.

[1] O Decreto-Lei nº 8.461/1945 deu nova redação ao Decreto-Lei nº 7.473/1945. Embora aquele
diploma legal não conferisse ao Instituto Rio Branco o recrutamento e a seleção de diplomatas,
pode-se dizer que caminhava nesse sentido, ao substituir a finalidade de “preparo de candidatos
ao concurso para a carreira de Diplomata” pela de “ensino das matérias exigidas para o ingresso
na carreira de Diplomata”. A mudança é sensível, pois com ela o Instituto não se prestaria a
preparar candidatos ao concurso, cuja realização estava então a cargo do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP), mas, sim, se tornaria um centro de formação. O
Decreto-Lei nº 9.032/1946 viria a concluir e complementar a mudança trazida pelo Decreto-Lei
nº 8.461/1945 ao cometer ao Instituto a responsabilidade pelas duas possibilidades de ingresso
que vigoraram até 1995: seleção entre formandos do Curso de Preparação à Carreira de
Diplomata, cuja frequentação era adstrita aos aprovados em seu exame vestibular, ou concurso
direto.
[2] O Programa de Formação e Aperfeiçoamento – Primeira Fase foi criado por Decreto de 14
de setembro de 1995, que alterava o Decreto nº 93.325, de 1º de outubro de 1986.
[3] Vale notar que somente com a edição do Decreto nº 75.350, de 4 de fevereiro de 1975, a
competência pela aprovação do Regulamento seria delegada pelo Presidente da República ao
Ministro de Estado das Relações Exteriores.
GUIA / Breve história do Instituto Rio Branco
FONTE: História — Português (Brasil) (www.gov.br)

PARTE A

Localize no texto os elementos do paratexto, a seguir

a) Título
b) Fonte
c) Rodapé

Qual a função do texto? Assinale a opção certa

a) convencer (apresenta argumentos para ganhar a adesão do leitor)


b) informar (dá notícia de algo)
c) instruir (comunica sistematicamente ideias ou conhecimentos)
d) contar (conta fatos reais ou imaginários)

Identifique a trama textual predominante

narrativa – descritiva – argumentativa

PARTE B

Indique a referencia

e) naquele (L. 9)
f) daquele (L.66)

Selecione o equivalente

a) Para além (L. 14) más allá / porque / otro


b) Assim (L.17) claramente / de este modo / ahora
c) ademais (L.20) siempre / sin embargo / además
d) muito embora (L. 36) ahora / a pesar de que / incluso
e) segundo (L.48) segundo (ordinal) / según / siempre
f) para além de (L.51) nunca / además de / más allá de
g) embora (79) aunque / pero / ahora
h) ainda (L.87) ya / aunque / recién

PARTE C

Resuma o texto numa única frase.


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PORTAL DO SIS

Mas afinal, o que é empreendedorismo?


Publicado em 27 de novembro de 2019 por Jefferson Reis Bueno

Houve um tempo em que a palavra “empreendedorismo” não fazia parte oficial da língua portuguesa. No entanto,
há empreendedores por aí há séculos, contribuindo com mudanças importantes na humanidade. Hoje, o termo é
cada vez mais utilizado para definir pessoas capazes de identificar problemas, oportunidades e encontrar soluções
inovadoras.

Isso não significa que um empreendedor seja, necessariamente, um empresário e vice-versa. Neste artigo, você vai
finalmente entender o que é empreendedorismo e descobrir algumas qualidades comuns aos empreendedores de
sucesso.
O que é empreendedorismo?
Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e
oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a
sociedade. Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais
e impacto no cotidiano das pessoas.

5 Segundo o teórico Joseph Schumpeter, empreendedorismo está diretamente associado à inovação.


Para Schumpeter, o empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações.

A introdução de um novo bem, a criação de um método de produção ou comercialização e até a


abertura de novos mercados, são algumas atividades comuns do empreendedorismo. Isso significa
que “a essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas
10 oportunidades no âmbito dos negócios”.

O Brasil apresenta grande potencial para o empreendedorismo. De acordo com A Global


Entrepreneurship Monitor (GEM), a Taxa de Empreendedorismo Total no Brasil é de 38% (2018).
São 52 milhões de brasileiros se dedicando ao próprio negócio.

A pesquisa também mostra que, comparado com os países do BRICS, o Brasil apresenta a maior
15 taxa. A China é o segundo colocado na listagem, com 26,7%. Diante dos outros 49 países listados em
todo levantamento, o Brasil segue bem posicionado.
O que é ser empreendedor
Agora que você já sabe o que é empreendedorismo, precisa saber o que significa ser um verdadeiro
empreendedor. Alguns entendem como empreendedor quem começa algo novo, que enxerga
20 oportunidades que ninguém viu até o momento. Em outras palavras, é aquela pessoa que
faz, sai da zona de conforto e da área de sonhos e parte para a ação.

7
Portanto, um empreendedor é um realizador que coloca em prática novas ideias, por meio de
criatividade. Isso muitas vezes significa mudar tudo o que já existe. Já viu aquelas pessoas que
conseguem transformar crises em oportunidades e que influenciam os outros com suas ideias?
25 Provavelmente são bons empreendedores.

Aproveitar as oportunidades do mercado e transformar crises em oportunidade é uma característica


do brasileiro. Dados do Relatório de Empreendedorismo no Brasil de 2018, mostram que houve um
aumento no número de pessoas que empreendem por oportunidade.

De acordo com o levantamento, 61,8% dos empreendedores abriram o próprio negócio porque
30 identificaram uma oportunidade. O dado é o maior desde 2014, quando atingiu a marca de 70,6%.
Enquanto isso, a necessidade tem influenciado cada vez menos a decisão de empreender. O índice
caiu para 37,5% em 2018. A menor taxa desde 2014.

A pesquisa também mostra que houve um crescimento no número de jovens empreendedores. De


2017 para 2018, a participação de pessoas de 18 a 24 anos subiu de 18,9% para 22,2%.

35 Os jovens estão mais interessados em ter o próprio negócio e colocar suas ideias em prática, criando
soluções inovadoras para a sociedade. Mas como identificar um empreendedor? Veja a seguir quais
são as características presentes nesse perfil.
Características de um empreendedor
Ninguém nasce empreendedor. É o contato social e estudos que favorecem o
40 desenvolvimento de talentos e características na personalidade, que podem ser fortalecidos
ao longo da vida. Todos os contatos e referências irão influenciar diretamente no nível de
empreendedorismo de uma pessoa, já que um empreendedor é um ser social. Abaixo,
elencamos algumas peculiaridades encontradas nos diversos perfis de
empreendedores:

45 Otimismo: não confunda otimista com sonhador. O otimista sempre espera o melhor e acredita
que tudo vai dar certo no final, mas faz de tudo para chegar aos seus objetivos. Isso inclui, claro,
mudanças em seu negócio. Já o sonhador não enxerga riscos, e mesmo que seu negócio esteja falindo,
continua fazendo a mesma coisa por acreditar cegamente que basta sonhar para realizar.

Autoconfiança: acreditar em si mesmo é fundamental para valorizar seus próprios talentos e


50 defender suas suas opiniões. Assim, esse tipo de empreendedor costuma arriscar mais.

Coragem: sem temer fracasso e rejeição, um empreendedor faz tudo o que for necessário para ser
bem sucedido. Essa característica não impede que sejam cautelosos e precavidos contra o risco, mas
os faz entender a possibilidade de falhar.

Persistência e resiliência: motivado, convicto e entusiasmado, um bom empreendedor pode


55 resistir a todos os obstáculos até que as coisas finalmente entrem nos eixos. Ele não desiste
facilmente, supera desafios e segue até o fim, sempre perseverante.
Quem reúne essas características já está em vantagem quando o assunto é empreendedorismo, mas
isso não é suficiente. Para ter sucesso como empreendedor, em alguma atividade é
fundamental ter um bom projeto, investir no planejamento e no plano de negócios. A

8
60 seguir, listamos algumas dicas que podem ajudar quem quer empreender.

4 dicas para quem quer investir no empreendedorismo


Carlos Wizard Martins começou do zero e se tornou um dos principais empresários do Brasil. O
empreendedor fundou o Grupo Multi Holding, detentor do Mundo Verde líder da América Latina no
segmento de produtos Naturais, Orgânicos e Bem-Estar, do serviço de pagamento online
65 Akatus e do Vale Presente.

Em matéria para o portal da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, Wizard lista suas dicas
para quem quer empreender:
Defnição de atividade
Em qual segmento você quer atuar, tem afinidade ou entende um pouco sobre o mercado? A
70 primeira dica do empresário é analisar as necessidades do consumidor e entender o que pode ser
uma boa oportunidade. Evite investir em um tipo de negócio só porque está na moda, a
tendência pode acabar e você terá que arcar com os custos do investimento.
Diferenciação
Ofereça uma diferenciação. O cliente precisa ter uma motivação para escolher o seu negócio e não o
75 do concorrente. “Quando comecei a dar aulas, foquei na necessidade do aluno aprender a falar o
inglês rapidamente. Foi por isso que lancei a chamada “Fale Inglês em 24 Horas”. Essa chamada
simples, mas poderosa, foi o diferencial necessário para atrair milhares de alunos”, conta o
empreendedor.
Escalar
80 Depois de definir a atividade empresarial do negócio, identifique quais ações podem ser tomadas para
atender o mercado em larga escala. Quanto maior o potencial de escalabilidade da empresa, maiores
serão suas chances de crescer, receber investimento etc.
Converse com especialistas
Esteja por dentro dos eventos e atividades do seu segmento. Participe de feiras, workshops, palestras,
85 busque os especialistas do setor e converse com eles. Ter a visão de outros profissionais vai te ajudar
em diferentes aspectos, principalmente daqueles que estão há mais tempo no mercado.

9
Leia o texto Mas afinal, o que é empreendedorismo? Complete os exercícios.

PARTE A

Assinale os elementos do paratexto a seguir:

h. Fonte

i. Data

j. Título

k. Autor

PARTE B

1. Procure no texto o referente

Texto Linha Referente

Isso 9

A pesquisa 14

o levantamento 29

A pesquisa 33

Essa característica 52

Ele 55

2. Indique o sujeito dos verbos a seguir

Verbo Sujeito Tempo

(passado/presente/futuro)

significa L.23

abriram L.29

lancei L.76

serão L.82

10
3. Relacione

mas (L.53) explicação

por isso (L.76) acréscimo

também (L.33) oposição

PARTE C

Responda às perguntas em espanhol

1. Conforme o autor, o que é ser empreendedor?


2. Você concorda num todo com o autor? Por quê?
3. Conforme às características enumeradas pelo autor, você acha que poderia ser um empreendedor?
Explique.
4. Onde você procuraria especialistas de sua disciplina para consultar?

11
Semana Global do
Empreendedorismo
A mudança no ecossistema
empreendedor começa com você -

Crie um comitê local


estratégico

A Semana Global do Empreendedorismo sempre foi - e ainda é - motivo de grande orgulho para
todos nós: são milhares de iniciativas acontecendo em diversas localidades do país na mesma semana.
É um movimento pela e para a cultura empreendedora, com diversas inovações e setores da sociedade
envolvidos na causa - governos locais, academia, grandes e pequenos empreendedores, voluntários e
5 cidadãos.

Nós da Rede Global do Empreendedorismo acreditamos que finalmente chegou a hora dessa
movimentação transformadora perdurar durante todo ano. Como? Mobilizando estas mesmas milhares
de pessoas para mudar o ecossistema de suas cidades. Inclusive porque, quando falamos em mudança
de ecossistema, com certeza não estamos falando de apenas uma semana de mobilização.

10 Não é viável que milhares de pessoas criem um planejamento estratégico para o


desenvolvimento da cidade - é essencial e imprenscindível que haja um comitê diretivo em cada uma
delas, pensando e direcionando ações efetivas de transformaçãoe mobilizando os agentes-chave.

É por isso que a Rede Global precisa de vocês! Os comitês são fundamentais para nos ajudar a
transformar o ecossistema empreendedor.

15 Nós criamos uma jornada - um caminho a ser percorrido por vocês - para se tornarem um comitê
estratégico na transformação do ambiente de negócios. A Endeavor irá proporcionar o capital do
conhecimento necessário para cada uma das fases desta jornada. Não se preocupem, vocês não estão
sozinhos, e o trabalho em Rede vai nos provar que é possível se inspirar e aprender em conjunto.

A nossa grande missão neste ano é que cada cidade crie seu plano de desenvolvimento. Parece
20 difícil, mas nós garantimos que é possível, principalmente a partir do trabalho em equipe. Vamos chegar
na Semana Global em Novembro com muito mais repertório de conhecimento para divulgar as iniciativas
criadas, chamar atenção para elas, engajar mais voluntários e chegar no nosso sonho grande: mudar o
ecossistema empreendedor em todo Brasil.

Os passos desta jornada serão detalhados a seguir - usem eles como guia, para mobilizar e
25 direcionar as atividades de todos os envolvidos no comitê.

22
Jornada de um comitê: Como se tornar estratégico?

FASE 1.: Organizar a Casa

Fase de estruturação interna do comitê. Definir as pessoas envolvidas, os processos internos que vão
ser utilizados - atas, pautas, calendário de encontros - designação de funções dos envolvidos.

Atividades principais:
Engajamento e participação de grupos estratégicos da sociedade - é desejável que tenham no mínimo
três grupos envolvidos na estrutura do comitê: governo, empreendedores e academia.
Lideranças engajadas para traçar as principais diretrizes e motivar os parceiros.
Estabelecer necessariamente a periodicidade mínima de reuniões - os encontros devem ser constantes.
Criar planejamento macroestratégico envolvendo as fases 2, 3 e 4 da jornada (Detalhadas a seguir!)

FASE 2.: Diagnóstico da Cidade

Fase para entender e definir qual o principal desafio do ambiente empreendedor da sua cidade. É o
momento de mapear todos os possíveis pilares de atuação do comitê local: ambiente regulatório?
Infraestrutura? Mercado? Acesso á capital? Capital humano? Cultura empreendedora? Inovação?

Além disso, também é o momento de mapear e entender quais os parceiros estratégicos que devem
participar dos encontros do comitê. Quais Secretarios(as)? Quais aceleradoras? Quem poderia contribuir
mais ás discussões e criação do plano?

Para fazer esse diagnóstico, nós sugerimos algumas atividades:

Pesquisa: buscar dados qualitativos, quantitativos, entrevistas com autoridades locais, envolver a
academia e apoio em estudos como o Índice das Cidades Empreendedoras da Endeavor.
(Disponível em https://endeavor.org.br/importancia-indice-de-cidades-empreendedoras/)
Delegar funções (quem vai ser o responsável por cada etapa do planejamento?)
Debates entre os parceiros dos comitês - definição dos problemas e do plano de ação.
Elaboração de um documento aberto para todos terem acesso - compartilhar todo aprendizado com o
máximo de pessoas possível.

28
FASE 3.: Mobilização – Como engajar a sociedade na Discussão?

Após identificar os problemas, é preciso engajar a sociedade nesta discussão e trazer visibilidade para as
ações do comitê e da Rede Global como um todo. É interessante promover debates, convocar
autoridades locais para a discussão sobre quais problemas eles enfrentam e o que eles gostariam de
mudar na cidade - além da cobertura da mídia local nos eventos.

É importante também já criar momentos de idealização e prototipação de iniciativas e soluções: o que


estes atores fariam para resolver estas questões? Quanto mais atores forem mobilizados durante o
processo de criação do Plano para a Cidade e suas iniciativas, maiores as chances destes mesmos atores
apoiarem sua efetivação no futuro.

FASE 4.: Planejamento: Iniciativas e seus desafios

Depois de todo o “barulho” causado na fase anterior chegou o momento de estruturar as soluções. É a
hora de idealizar e/ou buscar iniciativas já existentes. É importante encontrar sinergias, identificar os
desafios e realizar um planejamento de “como” efetivar cada uma delas. Neste momento, a pesquisa, a
prototipação e o engajamento de parceiros estratégicos também são essenciais.

FASE 5.: Compromisso - Criação de um plano de transformação para a sua


Cidade

Chamamos de compromisso o momento de institucionalização de todas as iniciativas em um único


documento para colocá-las como um grande feito da Rede Global do Empreendedorismo, liderado pelo
comitê local da sua cidade. Este documento deve ser estruturado suficiente para poder ser valorizado e
reconhecido pelas autoridades locais - eles devem se comprometer com a causa e a importância deste
plano criado por vocês.

FASE 6.: Semana Global do Empreendedorismo

Semana de celebração da Cultura Empreendedora, onde comitês do Brasil inteiro vão estar fazendo
eventos, concursos, competições pela causa empreendedora. É um momento importantíssimo para a
visibilidade das ações do Comitê e da Rede Global do Empreendedorismo como um todo. Como líderes da
transformação do ecossistema empreendedor nas cidades, faz todo sentido esta semana ser liderada por
vocês!
Busquem voluntários, engajem a sociedade e tragam para as ações do Comitê – inclusive para o plano-
toda visibilidade que elas merecem.

29
FASE 7.: Renovação

Momento para realizar um balanço sobre as ações de 2016 e considerar quais vão ser os avanços e as
prospecções para 2017. Quem vai continuar no comitê? As lideranças serão renovadas? O que podemos
mudar? O que queremos mudar?

Nós sabemos que esta missão de transformar o ecossistema das cidades não é uma missão fácil.
Mas é exatamente por isso que nós precisamos trabalhar juntos!

Contem com o apoio da Endeavor e de todos os comitês; vamos juntos sair das nossas zonas de
conforto e transformar o ambiente de negócios de todo o Brasil.

Não deixe de apresentar esta jornada na próxima reunião do comitê!

Este artigo te ajudou?


Dúvidas e Sugestões:
redeglobal@endeavor.org.br

30
GUIA
A mudança no ecossistema empreendedor começa com você
FONTE http://empreendedorismo.org.br/html_novo/arquivos/Jornada-para-se-tornar-um-comite-local-estrategico.pdf

PARTE A

1. Assinale os elementos do paratexto


2. Qual é o objetivo dos elementos icônicos?
3. Conforme a distribuição do texto na página 1, que tipo de trama textual você acha que é a
principal nesta seção?
4. Conforme a distribuição do texto na página 2 e subsequentes, que tipo de trama textual
você acha que é a principal nesta seção?

PARTE B

1. Leia o texto da página 1.


a) Divida-o em partes.
b) Dê um título a cada parte. Justifique a sua resposta com marcas no texto.
2.
a) Sintetize o objetivo de cada fase (página 2 e subsequentes) e complete o esquema a
seguir:

FASE FASE FASE


_____ ________ ________
1 2 3

FASE FASE FASE FASE ________


________ ________ ________
4 5 6 7

b) Estas fases, por sua vez, poderiam ser reagrupadas em seções maiores. Assinale quais
fases correspondem a cada uma.

F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7

início processo fecho avaliação

PARTE C

Faça o resumo

31
50

55

60

5 30

65

10
35
70

15
40
75

20
45
80

25

40
85

90

95

100

105

110

115

120

125

41
Ideias na madrugada

http://www.cartacapital.com.br/revista/832/ideias-na-madrugada-6410.html

PARTE A

1. Assinale e identifique os elementos do paratexto.


2. Marque com um X. A trama principal é

narrativa  descritiva  dialogal 

PARTE B

1. Assinale no texto 3 marcas de subjetividade do autor.


2. Marque no texto as citações. Todas têm o mesmo critério tipográfico?

PARTE C

1. Explique o título

2. Complete o mapa conceitual a seguir

42
Gobierno Vargas
Crea para implementar el
ideario:

Bancos

Asesoria económica
Empresas "los bohemios cívicos" Comisiones
del Estado * (Bahia)
*(Marañón)
*(Paraíba)
*(Ceará)

Otros

43

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