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UNIVERSIDADE DO ALGARVE

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
TeSP Desenho e Modelação Digital (A1S2)

Relatório de Projeto: Digitalização e Modelação 3D do


Pavimento Térreo do Edifício de Engenharia Civil da
Universidade do Algarve

José Victor dos Santos - 56278

FARO
2021
Índice

ÍNDICE ................................................................................................................................................................. 5

ÍNDICE DE IMAGENS ............................................................................................................................................ 6

ÍNDICE DE TABELAS.............................................................................................................................................. 7

RESUMO .............................................................................................................................................................. 8

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 5

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................................. 7


1.2 METODOLOGIA ............................................................................................................................................... 7

2. AQUISIÇÃO DA INFORMAÇÃO GEOMÉTRICA DO INTERIOR DO EDIFÍCIO COM ETT ....................................... 9

2.1 EQUIPAMENTO ................................................................................................................................................ 9


2.1.1 Posicionamento da ETT......................................................................................................................... 10
2.1.2 ETT Centrada ........................................................................................................................................ 10
2.1.3 ETT Verticalizada .................................................................................................................................. 10
2.1.4 ETT Orientada ....................................................................................................................................... 10
2.2 AQUISIÇÃO DA INFORMAÇÃO............................................................................................................................ 11
2.3 TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................................................................................... 12
2.4 RESULTADOS ................................................................................................................................................. 15

3. OBTENÇÃO DE INFORMAÇÃO GEOMÉTRICA MASSIVA – NUVEM DE PONTOS ............................................ 17

3.1 EQUIPAMENTOS E SOFTWARES ......................................................................................................................... 17


3.2 AQUISIÇÃO DA INFORMAÇÃO............................................................................................................................ 17
3.3 TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................................................................................... 18
3.4 RESULTADOS ................................................................................................................................................. 21

4. MODELAÇÃO DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO – BIM .......................................................................... 22

4.1 CONFIGURAÇÕES E INTEROPERABILIDADE ............................................................................................................ 22


4.2 MODELAÇÃO ................................................................................................................................................ 23
4.3 RESULTADOS ................................................................................................................................................. 25

5. CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 28

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................................... 29

ANEXOS ............................................................................................................................................................. 30
Índice de Imagens

IMAGEM 1 - EDIFÍCIO DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE ................................................... 5


IMAGEM 2 - EIXOS DA ESTAÇÃO TOTAL. ................................................................................................................................ 9
IMAGEM 3 - VISADA DA SALA 3 .......................................................................................................................................... 12
IMAGEM 4 - FICHEIRO SDR DA ETT .................................................................................................................................... 13
IMAGEM 5 - COLOCAÇÃO DA LINHA SEPARADORA .................................................................................................................. 14
IMAGEM 6 – TABELA APÓS TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................................................................ 14
IMAGEM 7 - UNIDADES DO PROJETO – AUTODESK REVIT ........................................................................................................ 23
IMAGEM 8 - INSERIR NUVEM DE PONTOS - AUTODESK REVIT ................................................................................................. 24
IMAGEM 9 - LINHAS DE PISO - AUTODESK REVIT .................................................................................................................. 25
IMAGEM 10 - RESULTADO FINAL DO MODELO BIM EM REVIT. ................................................................................................. 26
IMAGEM 11 - RESULTADO FINAL DO MODELO BIM EM REVIT - FACHADA POSTERIOR.................................................................. 26
IMAGEM 12 - VISTA EM PLANTA DO MODELO BIM CRIADO EM REVIT. . .................................................................................... 27
Índice de Tabelas

TABELA 1 - PONTOS DE CONTROLO. .................................................................................................................................... 21


Resumo

O presente relatório tem caráter descritivo e pretende descrever e documentar as


etapas envolvidas na digitalização e modelação de parte do pavimento térreo do edifício
do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Algarve. Por digitalização,
compreende-se a aquisição da informação geométrica do edifício, que se deu através de
dois métodos distintos: para o interior do edifício, utilizou-se o método de obtenção de
pontos de interesse através de varrimento a laser com Estação Total Topográfica (ETT).
Para o exterior do edifício, valeu-se do método de aquisição de informação geométrica
massiva – nuvem de pontos, através do método da fotogrametria. Após obtenção desta
informação, procedeu-se à modelação em BIM do edifício no software Autodesk REVIT.
Este trabalho justifica-se por consolidar e documentar os conhecimentos adquiridos na
UC Digitalização e Modelação 3D, que poderão servir como base de consulta em futuros
trabalhos deste género.
1. Introdução

O presente relatório emerge no contexto do trabalho prático desenvolvido na


unidade curricular (UC) Digitalização e Modelação 3D, componente do segundo
semestre do primeiro ano do curso Técnico Superior Profissional (TeSP) de Desenho e
Modelação Digital, na Universidade do Algarve (UAlg), a decorrer entre 01 de março e
12 de Junho de 2021.
O trabalho prático, supramencionado, teve como objeto o pavimento térreo do
edifício do Departamento de Engenharia Civil (DEC) da Universidade do Algarve
(imagem 1) e dividiu-se em três etapas principais, que serão abordadas em profundidade
nas secções seguintes e consistiram em:

a) Aquisição da informação geométrica do interior das salas e corredores por


coordenadas esféricas através de varrimento a laser com uma Estação Total
Topográfica (ETT);

b) Aquisição de imagens digitais de uma fachada do pavimento térreo


necessárias para a obtenção de informação geométrica massiva (nuvem de
pontos) pelo método conhecido como fotogrametria;

c) Modelação tridimensional em software de modelação da informação da


construção – Building Information Modeling (BIM).

O tratamento dos dados mencionados nas alíneas a e b acima constitui parte


essencial de todo o processo, o que será, igualmente, abordado nas próximas secções.

Imagem 1 - Edifício do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Algarve

5
A indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) vem enfrentando uma
mudança de paradigma nos últimos anos. Embora o BIM já seja uma realidade neste
setor, há ainda um longo caminho a percorrer em busca da total integração entre os
entes envolvidos nos projetos. Esta harmonia entre profissionais da AEC e órgãos
públicos é essencial para a evolução dos tradicionais projetos em CAD geométrico para
os projetos em BIM. Conforme defendido por Eastman et al, citados por Oliveira e Pereira
(2011), o nível de comprometimento é uma das barreiras para a implementação de novas
tecnologias, esforços individuais não são suficientes para atingir o principal objetivo do
BIM, que é a integração absoluta do projeto e dos membros de suas equipes com o
mundo real, sendo importante uma sensibilização coletiva para adoção de sistemas
compatíveis. Segundo Hilgenberg e outros (2012) citados por Menezes et al (2013), o
mercado precisa demonstrar maturidade organizacional e possuir metodologias de
trabalho compatíveis.
Menezes et al (2013) referem ainda que os modelos BIM têm uma maior
probabilidade de conterem informação inequívoca e consistente, comparativamente aos
desenhos CAD, uma vez que incluem informações relativas à natureza dos objetos. Já
os arquivos CAD geométricos, por outro lado, são formados por elemento geométricos
básicos, sem qualquer referência, cabendo ao projetista interpretar e dar significado às
linhas e demais elementos, conforme defendido por Ayres e Scheer (2007), citados por
Menezes et al (2013). “A modelagem tridimensional BIM não só possibilita melhor
visualização do projeto, mas seu próprio processo de desenvolvimento permite a
detecção de conflitos relativos à falta e à incoerência de informações, quando houver”
(Menezes, Viana, Junior, & Palhares, 2013). Destacam também que “um modelo BIM é
organizado como um protótipo do prédio, em termos de pisos do edifício, espaços,
paredes, portas, janelas, entre outros elementos, e uma vasta gama de informações
associadas a cada um desses componentes, através de relações paramétricas”
(Menezes, Viana, Junior, & Palhares, 2013), possibilitando obter dados como estimativa
de custos, simulação de consumo de energia, iluminação natural, entre outros.
Nos casos dos modelos BIM referentes a um novo projeto, de um edifício que
ainda será construído, todas as suas medidas são estipuladas pelos arquitetos e
engenheiros. No entanto, quando o modelo BIM é criado a partir de um edifício já
existente, caso do presente trabalho prático, fazem-se necessárias ferramentas e
métodos de medições com a maior precisão possível e que sejam adequadas às
dimensões do objeto a ser medido. Como é evidente, métodos de medições diretas como

6
medição com fitas não são adequados no caso dos edifícios. Por esta razão, recorreu-
se aos métodos de obtenção de coordenadas geométricas esféricas e obtenção de
informação geométrica massiva pelo método conhecido como fotogrametria (nuvem de
pontos).
De acordo com Tomasselli (2009), o termo fotogrametria deriva das palavras
gregas photos, que significa luz, gramma, que significa algo desenhado ou escrito e
metron, que significa "medir". Portanto, Fotogrametria, de acordo com suas origens,
significaria "medir graficamente usando luz".
“A definição de Fotogrametria até a década de 60 era: ‘ciência e arte de obter
medidas confiáveis por meio de fotografias’ (American Society of
Photogrammetry). Com o advento de novos tipos de sensores uma definição mais
abrangente de Fotogrametria foi proposta também pela ASP em 1979, como
sendo: ‘Fotogrametria é a arte, ciência e tecnologia de obtenção de informação
confiável sobre objetos físicos e o meio ambiente através de processos de
gravação, medição e interpretação de imagens fotográficas e padrões de energia
eletromagnética radiante e outras fontes’” (Tommaselli, 2009).

1.1 Justificativa

Conforme já observado, para que a mudança de paradigma ocorra por completo


e haja uma integração absoluta entre os projetos em BIM e o mundo real, é essencial o
domínio das técnicas aqui abordadas por todos os profissionais da indústria da AEC.
Assim, o presente relatório justifica-se por representar uma espécie de manual básico
consolidado das técnicas aqui abordadas para futuras consultas.

1.2 Metodologia

O presente relatório tem carácter descritivo e objetiva documentar as etapas


executadas na digitalização e subsequente modelação tridimensional de parte do
pavimento térreo do edifício do DEC da Universidade do Algarve, conforme já referido,
servindo como uma espécie de material de apoio em ocasiões futuras em que tais
procedimentos se façam necessários.
Uma breve revisão de literatura foi efectuada a fim de possibilitar a compreensão
do funcionamento e da importância das novas ferramentas na área da AEC, como as
usadas no presente trabalho, ao passo em que vêm quebrando paradigmas e
revolucionando os métodos e técnicas anteriormente utilizados.

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A estrutura do relatório seguirá o enunciado do trabalho, fornecido pelo docente
da UC, dividindo-se nos tópicos apresentados abaixo. Em cada um deles, serão descritos
os passos executados, as ferramentas utilizadas e os conceitos relevantes a se ter em
consideração, bem como o resultado obtido em cada etapa.
a) Aquisição da informação geométrica do interior do edifício com ETT;
b) Obtenção de Informação Geométrica Massiva – Nuvem de Pontos;
c) Modelação da informação da construção – BIM.

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2. Aquisição da Informação Geométrica do interior do edifício com ETT

Nesta seção abordar-se-á o procedimento de obtenção de coordenadas


geométricas esféricas do interior do edifício, com uma ETT.
A Área a ser levantada conta com aproximadamente 552 m² e é composta por um
corredor com 35m de extensão por 3,85m de largura, que dá acesso a quatro salas. O
levantamento resultou em um ficheiro com 108 pontos, que foram devidamente tratados
e separados em outros ficheiros individuais conforme será explicado a seguir.

2.1 Equipamento

O equipamento utilizado, como já referido, foi uma Estação Total Topográfica


(ETT). Trata-se de um equipamento eletrónico, evolução do teodolito, que se destina a
obtenção de ângulos e distâncias horizontais a partir de um ponto de coordenadas
conhecidas, através de um laser que é apontado na direção de um prisma posicionado
no ponto que se pretende obter as coordenadas (em algumas ETT o prisma é
dispensável). A estação total é construída com base em três eixos: eixo principal, eixo
dos munhões e eixo de colimação (imagem 2).

Imagem 2 - Eixos da Estação Total. Fonte: (Prates, 2020)

Na base do equipamento e no eixo dos munhões, estão localizados os limbos ou


círculos graduados. O limbo vertical destina-se a medição de ângulos verticais a partir
do zénite. Já o limbo horizontal destina-se a medição de ângulos horizontais, sempre a

9
partir do Norte. No eixo de colimação, ou pontaria, é onde está localizada a luneta, que
permite visar os pontos de interesse.
Para se realizar a visada são necessários alguns procedimentos importantes de
preparação do equipamento que serão abordados a seguir nas subsecções 2.1.1, 2.1.2,
2.1.3 e 2.1.4. Após feita a preparação, dá-se início à obtenção das coordenadas dos
pontos, que vão sendo gravadas na memória do equipamento para que posteriormente
se faça a extração do ficheiro para um computador.

2.1.1 Posicionamento da ETT

Para realização das visadas e obtenção das coordenadas, a ETT foi posicionada
no centro de cada sala, bem como no centro do corredor. Após posicionada, foi
introduzida uma única vez no equipamento a altura do pavimento até o centro da luneta,
para que fosse descontada e assim o nível zero ficasse definido como o pavimento do
edifício. A partir daí foram realizados os procedimentos de centralização, verticalização
e orientação, descritos abaixo.

2.1.2 ETT Centrada

As ETT colocam-se, normalmente, sobre um tripé “com o eixo principal a


intersectar o ponto estação, ficando com ele centrado. Para tal, faz-se uso de prumos
que materializem a vertical do lugar. Existem prumos de fio, de vara, óticos ou laser”.
(Prates, 2020).

2.1.3 ETT Verticalizada

Outra etapa de preparação do equipamento é a verticalização, em que procura-


se coincidir o eixo principal da ETT com a vertical do lugar. “Para tal, faz-se uso de dois
níveis de bolha incorporados no aparelho. O nível esférico, que informa qual a zona mais
elevada do aparelho, seja qual for a direção. E o nível tórico, mais sensível, que o coloca
rigorosamente verticalizado”. (Prates, 2020)

2.1.4 ETT Orientada

De acordo com Prates (2020), após centrar e verticalizar a ETT, é preciso fazer
coincidir a origem do limbo horizontal com a direção Norte, para medir ângulos a partir
do Norte, ditos rumos ou azimutes. A direção de referência em topografia, em geral, é a
direção Norte, que será a direção do meridiano que passa pela ETT centrada e

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verticalizada, linha imaginária não materializada. Em alternativa, considera-se o Norte
geográfico na direção da estrela polar, a Polaris da constelação Ursae Minoris, ou o Norte
magnético na direção das linhas do campo magnético terrestre, observável com uma
bússola. Ainda segundo Prates (2020), a orientação do círculo horizontal pressupõe a
ETT centrada num ponto de coordenadas conhecidas, e uma pontaria para um outro
ponto de coordenadas conhecidas, ou em alternativa que o rumo entre ambos seja
conhecido.

2.2 Aquisição da informação

Após realizados os procedimentos descritos acima, deu-se início a obtenção das


coordenadas dos pontos pretendidos, sala por sala e, por fim, do corredor. Em cada sala,
com exceção da de número 3, foram obtidos os seguintes pontos:

a) Quatro cantos superiores das salas (intersecção entre os planos das paredes
e do forro do teto);
b) Os dois vértices superiores de cada abertura de porta;
c) Os quatro vértices de cada abertura de janela;

Os pontos relativos às bases das portas e aos cantos inferiores da sala foram
adicionados manualmente, posteriormente, na fase de tratamento dos dados, como será
explicado adiante.
A sala 3 apresenta uma particularidade em relação às outras salas por conter
dentro de si uma pequena sala com aproximadamente 11,50 m2, o que acabou por se
tornar um obstáculo. Ao posicionar a ETT no centro da sala, alguns vértices das portas
de acesso pelo corredor ficavam obstruídos, não sendo possível obter estes pontos,
tornando o varrimento, de certa forma, incompleto. A falta destes pontos, no entanto, não
impediu o correto posicionamento das portas na etapa da modelagem, uma vez que
ainda era possível contar com os pontos das portas obtidos a partir do corredor.
Na imagem 3, a seguir, é possível verificar a pequena sala localizada dentro da
sala 3 e como obstruiu a visada das portas.

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Imagem 3 - Visada da sala 3

Quanto ao corredor, a ETT foi posicionada no centro, como já referido, e a seguir


obtidos os pontos em duas etapas separadas. Primeiramente numa direção, e em
seguida na direção contrária, de forma a se levantar os dois lados do corredor. Aqui,
foram adquiridos os seguintes pontos:

a) Cantos superiores;
b) Vértices superiores das portas;
c) Vértices superiores de duas paredes de cortina de vidro;
d) Vértices da porta do elevador;
e) Vértices da janela situada ao fim do corredor, ao lado do elevador.

Os pontos relativos aos cantos inferiores do corredor e as bases das portas foram
igualmente adicionados manualmente na etapa de processamento dos dados.

2.3 Tratamento dos dados

Todos os pontos registados foram extraídos para um pendrive e então transferidos


para um computador, em um ficheiro de extensão .SDR, visualizável e editável no
software Microsoft Excel, cujo aspeto é o que se vê a seguir, na imagem 4.

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Imagem 4 - Ficheiro SDR da ETT

Apesar de toda a informação contida no ficheiro, apenas parte dela interessa,


nomeadamente as coordenadas X, Y e Z, constantes nas colunas B, C e D, a partir da
linha 7, que serão extraídas deste ficheiro e coladas em ficheiros de texto a parte. Mas
antes disso, é preciso “quebrar” a coluna B em duas partes, uma vez que os três
primeiros caracteres se referem ao nome do ponto, o que não nos interessa e será
dispensado.
Para esse procedimento, deve-se primeiro selecionar toda a primeira coluna,
clicando no “A”. Em seguida, deve ir ao separador “Dados”, depois carregar no botão
“Texto para colunas”. Na janela que abrir, deve selecionar a opção “Largura fixa” e
avançar para a próxima etapa, onde deverá carregar em um ponto entre os três primeiros
caracteres da coluna “B” e o resto dos caracteres (coordenada X), para que seja então
colocado um separador entre eles. Ao ser exibida a linha separadora e após confirmado
que está no ponto correto (imagem 5), deve clicar novamente em avançar.

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Imagem 5 - Colocação da linha separadora

Na próxima etapa, deve carregar no botão “Avançado” e definir o ponto como


símbolo separador decimal. Em seguida é só finalizar. O aspeto da tabela, após as
operações, deve ser como se apresenta na imagem 6.

Imagem 6 – Tabela após tratamento dos dados

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Após concluída esta etapa do tratamento, já foi possível selecionar e copiar as
coordenadas X, Y e Z de cada sala e do corredor, agora constantes nas colunas C, D e
E, e então colá-las em ficheiros de texto separados, criados um para cada sala e dois
para o corredor. Para tanto, foi utilizado o software TextEdit (Apple), sendo possível
também a utilização do Bloco de Notas (Microsoft). Os ficheiros foram salvos no formato
.txt conforme alíneas abaixo:

a) S001.txt (sala 01)


b) S002.txt (sala 02)
c) S003.txt (sala 03)
d) S004.txt (sala 04)
e) C005.txt (corredor)
f) C006.txt (corredor)

Em seguida, dentro de cada ficheiro foi preciso identificar os pontos relativos aos
vértices superiores das portas e os cantos superiores das paredes para que se criasse
os pontos correspondentes na cota zero (no pavimento), completando o varrimento e
perfazendo a geometria completa da área objeto do levantamento. Para identificá-los
bastava observar a coordenada Z dos pontos. Os que tinham uma coordenada Z de
aproximadamente 2.700 (dois metros e setenta) correspondiam aos cantos superiores
das paredes. Já os pontos relativos às portas, tinham uma coordenada Z de
aproximadamente 2.050 (dois metros e cinco centímetros). Após identificados os pontos,
bastava copiá-los, colá-los logo abaixo e alterar o valor da coordenada Z (cota
altimétrica) para 0.000.
Com isso, as portas passariam a ter 4 pontos e as paredes teriam os pontos
relativos aos cantos superiores e inferiores.
Por fim, por uma questão de interoperabilidade, os ficheiros .txt criados
precisaram ser convertidos para o formato RCS para que pudessem ser importados no
software de modelação Autodesk REVIT. Essa conversão foi realizada no software
Autodesk RECAP.

2.4 Resultados

O resultado final, portanto, foram 6 ficheiros de formato RCS, cada um


correspondendo a cada sala e dois ao corredor, que, ao serem importados, um a um,
para o software Autodesk REVIT, deviam então ser corretamente posicionados, usando

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como referência os pontos já colocados e posicionados anteriormente, nomeadamente
os pontos das portas, cantos de parede e o nível zero. A movimentação dos pontos de
cada ficheiro é feita com as ferramentas rotação e translação. Após corretamente
posicionados os pontos, é possível dar início à modelagem da estrutura básica como
paredes, portas e janelas.

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3. Obtenção de Informação Geométrica Massiva – Nuvem de Pontos

Nesta seção abordar-se-á a etapa de aquisição de informação geométrica


massiva do exterior do edifício, nomeadamente a fachada posterior, de onde é possível
ver o fundo das salas e as suas respetivas portas e janelas. Tal informação geométrica
massiva caracteriza-se por uma nuvem de pontos, gerada no software Agisoft
Photoscan, a partir de um conjunto de fotografias digitais, tiradas com certas
características que serão abordadas a seguir. Será abordado igualmente a preparação
da nuvem de pontos para utilização no software de modelação BIM Autodesk REVIT

3.1 Equipamentos e softwares

A nível de equipamentos, foi usado uma câmera digital para obtenção das
fotografias, da marca SAMSUNG, modelo WB610, com resolução 4000x3000, distância
focal de 8,2mm.
A nível de softwares, foram utilizados, como já referido, o Agisoft Photoscan para
criação da nuvem de pontos e também o Autodes RECAP para conversão da nuvem de
pontos para o formato RCS, compatível com o software de modelação BIM Autodesk
REVIT.

3.2 Aquisição da informação

Para o correto processamento das fotografias e a criação de uma nuvem de


pontos com a qualidade adequada, é imprescindível que as fotografias sejam tiradas
observando-se alguns critérios:

a) Evitar sombras e iluminação muito diferente;


b) Evitar local com baixa iluminação;
c) Garantir que a câmera seja posicionada de forma perpendicular ao objeto;
d) Todas as fotos devem ser tiradas à mesma distância do objeto;
e) Garantir sobreposição mínima de 60% nas fotos;
f) Além das fotografias perpendiculares, pode ser necessário a obtenção de
fotografias oblíquas para a correta deteção de profundidades, como dos vãos
de portas e janelas, por exemplo.

Para que a nuvem de pontos seja criada em escala real, é necessário que se faça
a inclusão de pontos de controlo, ou Ground Control Points (GCP), no software

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Photoscan, que são pontos previamente obtidos com uma ETT, cujas coordenadas X, Y
e Z servem para colocar o desenho em escala. Estes pontos devem estar já organizados
em um ficheiro de texto txt, contendo o nome dos pontos e as suas coordenadas, através
do método definido na subseção 2.3.

3.3 Tratamento dos dados

a) Importar fotos
• Workflow > Add photos.

b) Alinhar fotos
• Workflow > Align photos.
• Parâmetros: Medium; Disabled.

c) Criar uma Mesh


• Workflow > Build Mesh.
• Parâmetros: Arbitrary; Sparse Cloud; Medium; Enabled.

d) Criar pontos de controlo

• Carregar no submenu “Ground Control”, no menu inferior esquerdo;

• Carregar com o botão esquerdo do rato duas vezes sobre uma foto que
contenha um dos pontos de controlo;

• Na aba que abrir, com a foto, dar zoom in onde se encontra localizado o
ponto de controlo e carregar com o botão direito do rato;

• No menu suspenso que abrir, carregar na opção “Create Marker” (deve


aparecer uma pequena bandeira no local do ponto de controlo, assim como
em todas as outras imagens onde este ponto aparece e na lista de markers,
no menu localizado no lado esquerdo da janela);

• A bandeira criada tem o nome “Point 1”, deve alterá-lo para o mesmo nome
que consta no ficheiro txt com as coordenadas, para isso basta clicar duas
vezes na bandeira, no menu situado no lado esquerdo na janela e digitar o
nome pretendido;

• Em seguida, deve abrir cada foto que tiver este ponto de controlo (será
indicado por uma bandeirinha sobre a foto, na lista de fotos), e posicionar a

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bandeira precisamente no local correto. A bandeira que antes estava na cor
azul, passa a estar na cor verde, indicando que a sua posição já foi
confirmada;

• Após a confirmação da posição de todas as bandeiras deste ponto de


controlo, deve carregar no botão “Atualizar”, representado por duas setas
azuis, situado no menu lateral esquerdo, e então, na janela das markers,
situada no menu lateral esquerdo, deve deslizar a barra de rodagem para a
direita, até o fim, e verificar o erro obtido em pixeis. Se o valor estiver acima
de 5 pixeis, significa que há um erro na posição das bandeiras (pontos de
controlo) e devem ser reposicionadas, garantindo sempre que o valor esteja
abaixo de 5 pixeis. Para corrigir, reposicione tantas bandeiras quanto
necessário e carregue novamente no botão atualizar;

• Ao criar um ponto de controlo, caso verifique que uma das outras bandeiras
criadas automaticamente estejam obstruídas por algum objeto como uma
persiana, por exemplo, deve excluir esta bandeira carregando nela com o
botão direito e selecionando a opção Remove Marker.

• Repetir este procedimento até ter todos os pontos de controlo incluídos e


com erro abaixo de 5 pixeis;

• Em seguida, deve importar o ficheiro txt contendo os nomes e coordenadas


dos pontos de controlo. Para isso, deve carregar no primeiro botão do menu
lateral esquerdo (representando pelo desenho de um quadro com uma
pasta amarela na frente). Na janela que abrir deve procurar o ficheiro e
carregá-lo. Uma nova janela será aberta, bastando confirmar no OK, não
sendo necessário alterar nenhum parâmetro. Caso uma janela pop up
apareça dizendo que um determinado ponto não foi encontrado e
perguntando se deve criar este ponto, basta carregar em “No to all”. Agora,
é possível verificar na lista de markers, no menu lateral esquerdo, que todos
os pontos de controlo já têm as coordenadas e também apresentam agora
um erro em metros.

• O erro apresentado, em metros, pode ser mitigado através de um


processamento feito ao clicar na ferramenta “varinha mágica” - Optimize
Photo Alignment, quinto botão do menu lateral esquerdo. Na janela pop up

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que será aberta, podem ser deixados os parâmetros pré-definidos, não
sendo preciso marcar ou desmarcar nenhuma opção, bastando confirmar.

e) Criar nuvem densa de pontos


• Workflow > Build Dense Cloud.
• Parâmetros: Medium; Aggressive.

f) Limpar a nuvem de pontos densa


• Nesta etapa, deve-se limpar a nuvem de pontos densa, selecionando e
apagando tudo o que não interessa na fachada. Para isso, deve usar as
ferramentas de seleção (5º ao 7º botão da barra de ferramentas superior) e
exclusão (11º botão, representado pelo desenho de um X, também na barra
de ferramentas superior).

g) Salvar projeto e exportar nuvem de pontos


• Salvar o projeto em File (menu superior) > Save. Uma janela se abrirá para
escolher o local, o nome e tipo de ficheiro. O projeto é salvo no formato PSZ;
• Para exportar a nuvem de pontos, deve ir novamente em File (menu
superior) > Export Points. Uma janela se abrirá onde deverá selecionar o
local para guardar o ficheiro, deverá definir também o nome e o tipo de
ficheiro, que deve ser XYZ (txt). Ao carregar em guardar, uma nova janela
de parâmetros de exportação será aberta, onde será preciso alterar apenas
dois parâmetros: desmarcar a checkbox “Point normals” e alterar a precisão
para 3 casas decimais. O parâmetro Source Data deve ter o valor Dense
Cloud e a checkbox Point Colors deve estar marcada;

h) Criar Mesh
• Workflow > Build Mesh;
• Este passo é necessário para gerar o relatório;
• Parâmetros: Arbytrary; Dense Cloud; Medium.

i) Criar Textura
• Workflow > Build Texture

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• Parâmetros: Generic; Mosaic; 4096.

j) Gerar relatório
• File > Generate Report

3.4 Resultados

Após aquisição das imagens digitais e o seu devido tratamento no software Agisoft
Photoscan, esta etapa resultou em uma nuvem de pontos - Dense Point Cloud,
materializada através de um ficheiro no formato XYZ (txt). Além disso, restou o ficheiro
do projeto, no formato PSZ, e também o relatório do processamento no software
Photoscan (Anexo 1).

Tabela 1 - Pontos de Controlo. Fonte: Agisoft Photoscan

Como pode ser verificado no anexo 1, a nuvem de pontos contou com 73


fotografias para ser criada. O erro final foi de apenas 1,70 pixel, aproximadamente, e a
densidade foi de aproximadamente 120 pontos por metro quadrado. Abaixo, na Tabela
1, é possível verificar os pontos de controlo utilizados.

21
4. Modelação da informação da construção – BIM

Aqui abordar-se-á a etapa da modelação no software BIM Autodesk REVIT, do


pavimento térreo do edifício em estudo. Para a modelação da estrutura (paredes) e
aberturas (portas e janelas), fez-se uso da informação geométrica obtida através dos
métodos descritos nas secções anteriores. Tais métodos, especialmente a aquisição de
informação geométrica massiva por fotogrametria, constituem uma importante
ferramenta para a modelação de edifícios já construídos, caso do presente trabalho. A
obtenção de medições é uma etapa crítica do projeto uma vez que implica na precisão
do trabalho final e na correspondência do modelo criado com o edifício real, por isso,
devem ser buscados meios fiáveis e práticos de obtenção de medições. A partir da
nuvem de pontos gerada com um conjunto de fotografias, é possível posicionar paredes,
portas, janelas e outros elementos presentes no edifício com uma precisão de milímetros.
Relativamente ao desenho CAD, a modelação em BIM constitui uma ferramenta
indubitavelmente mais completa e capaz de detetar erros e inconsistências na obra.
Enquanto no desenho CAD, cada elemento constitui apenas uma forma geométrica sem
qualquer significado implícito, em BIM, cada elemento traz consigo informações acerca
da natureza do objeto, com diversos parâmetros que podem ser definidos e
posteriormente utilizados para cálculo dos custos da obra, eficiência energética,
manutenção, entre outras coisas. Um mesmo projeto BIM pode conjugar o projeto
arquitetónico, de estruturas e MEP de uma construção, concentrando toda a informação
para processamento da obra. Outra grande diferença que se pode destacar é que
enquanto no CAD os desenhos 2D e 3D são coisas completamente distintas em termos
de execução (são feitos separadamente), no BIM ao fazer o desenho 2D, em planta, o
modelo 3D é criado automaticamente conforme os parâmetros definidos para cada
objeto.

4.1 Configurações e interoperabilidade

Conforme já referido, devido às características do objeto a ser modelado (um


edifício) optou-se aqui por dois métodos de medição distintos. Para o interior, optou-se
pela obtenção de pontos de interesse por varrimento a laser com ETT e para o exterior
por aquisição de informação geométrica massiva, gerando uma nuvem densa de pontos
através do método da fotogrametria. Tais métodos resultaram, respetivamente, em um
conjunto de ficheiros contendo pontos relevantes do interior do edifício (portas, janelas,
cantos de parede) e uma nuvem de pontos da fachada posterior do edifício, contendo a

22
parede da fachada posterior e todas as portas e janelas nela existente. Há que se
ressaltar aqui que, na nuvem de pontos, algumas janelas ficaram obstruídas pelas
persianas, motivo pelo qual é importante conjugar a informação obtida no interior do
edifício com a informação da nuvem de pontos.
Tais ficheiros, como já abordado, foram criados originalmente no formato XYZ (txt)
no entanto foram posteriormente convertidos para o formato RCS no software Autodesk
RECAP, para que pudessem então serem importados para o software de modelação BIM
Autodesk REVIT.

4.2 Modelação

Para dar início à modelação BIM, ao abrir o software Autodesk REVIT a primeira
ação tomada foi definir as unidades de medida padrões do projeto. Para isso, deve-se ir
à aba “Gerenciar” e carrega no botão “Unidades do Projeto” (imagem 7).

Imagem 7 - Unidades do Projeto – Autodesk Revit

Uma nova pequena janela pop up se abre, onde se pode definir as unidades
desejadas para o projeto.

23
A próxima etapa consistiu na importação da nuvem densa de pontos para dentro
do ambiente BIM. Para isso, foi preciso ir à aba “Inserir” e então carregar no botão
“Nuvem de Pontos” (imagem 8).

Imagem 8 - Inserir Nuvem de Pontos - Autodesk REVIT

Na janela pop up que se abre para procurar o ficheiro, deve-se alterar o tipo de
ficheiro para RCS, caso contrário os ficheiros não aparecerão para importação. Feita a
importação, deve-se posicionar a nuvem de pontos de modo que fique alinhada às
“setas” indicadoras das vistas de elevação (alçados). Para movimentar a nuvem de
pontos, deve selecioná-la e então usar as ferramentas Rotacionar e Mover do menu
Modificar.
Após corretamente posicionada, foram definidas as linhas do nível 1 e 2 do projeto
(térreo e 1º pavimento) conforme a altura da parede observável na nuvem de pontos.
Para movimentar as linhas de nível de piso, basta selecioná-las e usar a ferramenta
Mover, do menu Modificar.

24
Imagem 9 - Linhas de Piso - Autodesk REVIT

A partir daí, já foi possível dar início à modelação da fachada posterior, incluindo
elementos como parede, portas e janelas, parametrizados para que ficassem o mais
próximo possível da realidade. Tais elementos encontram-se no menu Arquitetura. Para
uma melhor visualização do modelo, alternou-se entre as vistas em alçados, em planta
e tridimensional, no menu de navegação na lateral esquerda.
Após modelada a fachada posterior, deu-se início a inclusão dos pontos obtidos
com a ETT, de cada sala e do corredor, pelo mesmo menu indicado na imagem 8. O
posicionamento destes pontos constitui parte importante do processo e deve ser feito
com cuidado, tendo em conta os elementos já presentes no modelo (nuvem de pontos,
paredes, portas e janelas da fachada posterior).

4.3 Resultados

O resultado desta etapa foi um modelo com todos os elementos constantes nas
tabelas do anexo 2. As referidas tabelas foram criadas a partir da função Tabelas, no
menu Analisar, do software Autodesk REVIT. Tal modelo representa parte do pavimento
térreo do edifício do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Algarve e
representa com precisão milimétrica o edifício real. Abaixo, nas imagens 10 e 11 é
possível verificar o resultado final.

25
Imagem 10 - Resultado final do modelo BIM em Revit. Fonte: Autor.

Imagem 11 - Resultado final do modelo BIM em REVIT - Fachada Posterior. Fonte: Autor.

26
Imagem 12 - Vista em planta do modelo BIM criado em REVIT. Fonte: Autor.

27
5. Conclusão

Os objetivos do presente trabalho prático, que consistiam em descrever e


documentar as etapas envolvidas na obtenção de informação geométrica por varrimento
a laser com ETT, obtenção de informação geométrica massiva por fotogrametria e
modelação BIM de parte do pavimento térreo do edifício do Departamento de Engenharia
Civil da Universidade do Algarve foram alcançados.
Os conhecimentos e métodos aqui abordados foram de grande valia para
consolidar a importância do BIM face ao método CAD, bem como dos métodos de
aquisição de informação geométrica dos edifícios através de varrimento a laser com ETT
e aquisição de informação geométrica massiva por fotogrametria.

28
Bibliografia

Menezes, A. M., Viana, M. S., Junior, M. P., & Palhares, S. R. (2013). CAD e BIM: Evolução ou
Revolução na Aprovação de Projetos de Edificações nas Instâncias Legais? Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Tommaselli, A. G. (2009). Fotogrametria Básica - Introdução.

Oliveira, L. C., & Pereira, A. C. (2011). O uso de tecnologias BIM em escritórios de arquitetura
relacionados ao modo de implantação. V Encontro de Tecnologia de Informação e
Comunicação na Construção. Salvador.

Prates, G. (2020). Topografia - Apresentação utilizada na UC Topografia e Cartografia do TeSP


de Desenho e Modelação Digital da Universidade do Algarve. Faro, Portugal.
ANEXOS
ANEXO 1 – Relatório de Processamento Agisoft Photoscan
Agisoft PhotoScan
Processing Report
25 March 2021
Survey Data

>9
9
8
7
6
5
4
3
2
1

Fig. 1. Camera locations and image overlap.

Number of images: 73 Camera stations: 73


Flying altitude: 12.2273 m Tie-points: 10100
Ground resolution: 0.00147273 m/pix Projections: 22596
Coverage area: 3.60587e-005 sq km Error: 1.69515 pix

del Resolution Focal Length Pixel Size Pr


WB600 / VLUU WB600 / SAMSUNG WB610 (8.2 mm) 4000 x 3000 8.2 mm 1.41914 x 1.41914 um No
Table. 1. Cameras.
Ground Control Points
910

908
909

907

906

902
901

903

Fig. 2. GCP locations.

Label X error (m) Y error (m) Z error (m) Error (m) Projections Error (pix)
901 0.062526 -0.005970 -0.001700 0.062834 7 0.320799
902 -0.014613 0.006573 -0.007031 0.017497 7 0.348377
903 -0.022187 -0.000151 0.004409 0.022622 7 0.141652
906 -0.082241 0.002065 0.007022 0.082566 16 0.227552
907 -0.070014 0.021157 0.006026 0.073389 11 0.557838
908 0.166136 -0.014161 0.001313 0.166743 6 0.494353
909 0.035410 -0.022247 -0.009952 0.042986 6 0.680703
910 -0.074296 0.013653 -0.000039 0.075540 7 0.230619
Total 0.079574 0.013288 0.005681 0.080875 67 0.397392
Table. 2. Control points.
Digital Elevation Model

4.6867 m

-0.0591493 m

Fig. 3. Reconstructed digital elevation model.

Resolution: 0.0914896 m/pix


Point density: 119.469 points per sq m
ANEXO 2 – Tabelas REVIT
Tabela de porta
Família e tipo Altura Largura

Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite 2198 800


Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80" 2275 249
Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite 2198 800
Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80" 2275 249
Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite 2198 800
Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80" 2275 249
Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite 2198 800
Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80" 2275 249
M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada: M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada 2030 1650
M_Porta-Externa-Dupla: Porta Elevador 2100 970
M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada: M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada 2030 1650
M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada: M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada 2030 1650
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão 800
M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão 800
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão 800
M_Maçaneta residencial: Padrão
M_Maçaneta residencial: Padrão
M_Maçaneta residencial: Padrão
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão 800
M_Maçaneta residencial: Padrão
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Porta-Externa-Dupla-Duas-Leves: M_Porta-Externa-Dupla-Duas-Leves 2350 1800
M_Porta-Painel-Único: Portas casas de banho 1800 850
M_Porta-Painel-Único: Portas casas de banho 1800 850
M_Porta-Painel-Único: Portas casas de banho 1800 850
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada 2030 850
M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão 800
M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão 800
M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão 800
M_Maçaneta residencial: Padrão
M_Maçaneta residencial: Padrão
M_Maçaneta residencial: Padrão
Tabela de janela
Família e tipo Altura Largura

Window-Sliding-Double: 60" x 48" 1300 2387


Window-Sliding-Double: Janela maior 1300 2237
Window-Sliding-Double: Janela maior 1300 2237
Window-Sliding-Double: Janela maior 1300 2237
Window-Sliding-Double: Janela menor 3 1300 1087
Window-Sliding-Double: Janela menor 3 1300 1087
Window-Sliding-Double: Janela menor 3 1300 1087
M_Folha dupla: 0610 x 1830mm 1700 1350
M_Redondo com apara: 0915 mm Diâmetro 915
M_Redondo com apara: 0915 mm Diâmetro 915
Tabela de parede
Família e tipo Comprimento Altura desconectada Área

Parede básica: Exterior - Block on Mtl. Stud 40 3 99 m²


Parede básica: Generic - 200mm 34 3 89 m²
Parede básica: Generic - 200mm 10 3 31 m²
Parede básica: Generic - 200mm 10 3 31 m²
Parede básica: Exterior - Block on Mtl. Stud 14 3 43 m²
Parede básica: Exterior - Block on Mtl. Stud 11 3 30 m²
Parede básica: Generic - 200mm 10 3 31 m²
Parede básica: Generic - 200mm 10 3 31 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 7 m²
Parede básica: Generic - 200mm 5 3 15 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 7 m²
Parede básica: Generic - 200mm 6 3 11 m²
Parede básica: Generic - 200mm 6 3 15 m²
Parede básica: Generic - 200mm 8 3 18 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 6 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 7 m²
Parede básica: Generic - 200mm 3 3 10 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 5 m²
Parede básica: Generic - 200mm 1 3 3 m²
Parede básica: meia parede 2 2 3 m²
Parede básica: meia parede 1 2 0 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 5 m²
Parede básica: Generic - 200mm 3 3 8 m²
Parede básica: meia parede 1 2 1 m²
Parede básica: meia parede 1 2 0 m²
Parede básica: Meia parede alta corredor 3 1 3 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 6 m²
Parede básica: Generic - 200mm 2 3 4 m²
Parede básica: Generic - 200mm 4 3 12 m²
Parede cortina: Curtain Wall 7 3 21 m²
Parede básica: Exterior - Block on Mtl. Stud 0 3 1 m²
Parede básica: Exterior - Block on Mtl. Stud 0 3 1 m²
Parede cortina: Curtain Wall 7 3 21 m²
Parede cortina: Curtain Wall 7 3 21 m²
Parede básica: Exterior - Block on Mtl. Stud 0 3 2 m²
Parede cortina: Curtain Wall menor 3 2 8 m²
Parede básica: Exterior - Block on Mtl. Stud 14 3 43 m²
Tabela de multi-categorias
Categoria Família e tipo

Portas Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite


Portas Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80"
Portas Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite
Portas Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80"
Portas Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite
Portas Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80"
Portas Door-Passage-Single-Full_Lite: Door-Passage-Single-Full_Lite
Portas Door-Exterior-Side_Lite-Full Flat Glass-Wood_Clad: 12" x 80"
Janelas Window-Sliding-Double: 60" x 48"
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Trim-Window-Exterior-Flat: with Sill
Modelos genéricos Trim-Window-Interior-Flat: Picture Frame
Janelas Window-Sliding-Double: Janela maior
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Trim-Window-Exterior-Flat: with Sill
Modelos genéricos Trim-Window-Interior-Flat: Picture Frame
Janelas Window-Sliding-Double: Janela maior
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Trim-Window-Exterior-Flat: with Sill
Modelos genéricos Trim-Window-Interior-Flat: Picture Frame
Janelas Window-Sliding-Double: Janela maior
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Trim-Window-Exterior-Flat: with Sill
Modelos genéricos Trim-Window-Interior-Flat: Picture Frame
Janelas Window-Sliding-Double: Janela menor 3
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Trim-Window-Exterior-Flat: with Sill
Modelos genéricos Trim-Window-Interior-Flat: Picture Frame
Janelas Window-Sliding-Double: Janela menor 3
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Trim-Window-Exterior-Flat: with Sill
Modelos genéricos Trim-Window-Interior-Flat: Picture Frame
Janelas Window-Sliding-Double: Janela menor 3
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Muntin Pattern_2x2: Muntin Pattern_2x2
Modelos genéricos Trim-Window-Exterior-Flat: with Sill
Modelos genéricos Trim-Window-Interior-Flat: Picture Frame
Portas M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada: M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada
Portas M_Porta-Externa-Dupla: Porta Elevador
Janelas M_Folha dupla: 0610 x 1830mm
Portas M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada: M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada
Portas M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada: M_Porta-Passagem-Dupla-Nivelada
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Portas M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão
Portas M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Portas M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão
Portas M_Maçaneta residencial: Padrão
Portas M_Maçaneta residencial: Padrão
Portas M_Maçaneta residencial: Padrão
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Portas M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão
Portas M_Maçaneta residencial: Padrão
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Painéis cortina System Panel: Glazed
Portas M_Porta-Externa-Dupla-Duas-Leves: M_Porta-Externa-Dupla-Duas-Leves
Portas M_Porta-Painel-Único: Portas casas de banho
Portas M_Porta-Painel-Único: Portas casas de banho
Portas M_Porta-Painel-Único: Portas casas de banho
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Portas M_Porta-Passagem-Única-Nivelada: M_Porta-Passagem-Única-Nivelada
Janelas M_Redondo com apara: 0915 mm Diâmetro
Janelas M_Redondo com apara: 0915 mm Diâmetro
Portas M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão
Portas M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão
Portas M_Maçaneta da porta de entrada: Padrão
Portas M_Maçaneta residencial: Padrão
Portas M_Maçaneta residencial: Padrão
Portas M_Maçaneta residencial: Padrão

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