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Introdução
A Polymedic Ltda. é uma empresa de médio porte, localizada em Sheffield, Grã-Bretanha, conhecido
centro produtor de aços de alta qualidade. A Polymedic fabrica uma ampla gama de equipamentos
cirúrgicos, como fórceps, cortadores de ossos, tesouras e pinças - todos utiHzados em hospitais. Em
1994, a Polymedic vendeu aproximadamente $ 5.000.000,00, gerando um lucro líquido de
$ 750.000,00 e empregou um total de 150 funcionários. Ao longo dos últimos anos, a empresa foi
bem-sucedida nos seus negócios, conseguindo acumular uma reserva de capital de $ 1.000.000,00, a
qual rende juros de, aproximadamente, 10% ao ano.
Em 1995, após dez anos de exportações para a Turquia, a Polymedic decidiu usar parte de sua
reserva de capital para montar uma nova filial em Ancara, capital deste país (Figura 1). Sua diretoria
esperava que esta nova fihal permitisse à empresa explorar completamente os picos de demanda que
se seguiriam ao anúncio do Governo Turco de aumentar o nível das provisões cirúrgicas nos
hospitais.
A nova filial estava planejada para abrir em janeiro de 1996. Nela haveria um escritório comercial com
showroom e um almoxarifado de 90 m^, suficientemente grande para acomodar uma quantidade em
estoque equivalente às vendas previstas para um ano, caso fosse necessário.
O Gerente de Marketing da Polymedic estimava que, em 1996, a demanda total na Turquia seria de,
aproximadamente, $ 250.000,00 (a preços de custo), distribuídos uniformemente ao longo do ano.
Todavia, ele acreditava que este volume de vendas poderia aumentar significativamente caso a
empresa estivesse presente na Turquia através da nova filial.
Em junho de 1995, Christine Manson, Gerente de Distribuição, foi solicitada para avaliar o modal de
transporte e a programação mais apropriados para movimentar as necessidades de material para
1996, da fábrica da Polymedic em Sheffield até a filial em Ancara.
SHEFFIELD – INGLATERRA
ANCARA – CAPITAL
DA TURQUIA
Alternativas de Entrega I
Christine estava ciente de que havia várias opções para distribuição física, tanto em termos de programação, quanto em
modais de transporte. Entretanto, para ganhar uma maior sensibilidade com relação aos custos envolvidos na operação,
ela decidiu considerar inicialmente três alternativas possíveis para a entrega:
1. Carregar todas as necessidades de material para 1996 em novembro ou dezembro de 1995, com vistas à abertura da
filial em janeiro.
2. Carregar metade das necessidades em novembro ou dezembro de 1995 e a outra metade em maio ou junho de 1996.
Os instrumentos cirúrgicos eram produzidos a partir de aço comprado da F.G. Poppyman, uma das principais siderúrgicas
de Sheffield. Esta matéria-prima representava aproximadamente 25% do custo total de produção, e o custo total de
produção representava aproximadamente 50% dos preços de custo. Ou seja, a matéria-prima representava 12,5% do
total de $ 250.000 estimados para a Turquia, a preços de custo.
Uma vez definidas as três alternativas de produção, Christine teve uma reunião com Martin Decent, Gerente de Produção
da Polymedic, para discutir como estas alternativas afetariam a programação de produção. Após alguma discussão,
• Para as alternativas de entrega 1 e 2, todos os produtos seriam fabricados nas quatro semanas anteriores ao primeiro
carregamento.
• Para a alternativa 3, os produtos seriam fabricados a um ritmo constante ao longo de cada um dos meses de 1996,
tendo início a produção
• quatro semanas antes do primeiro carregamento. Segundo Decent, os custos de produção seriam aproximadamente os
mesmos, independentemente da programação de produção adotada. Entretanto, para obter um desconto de 10% da
Poppyman, em função de uma maior quantidade de aço comprada, Decent encomendaria em outubro de 1995 toda a
matéria-prima necessária para fazer face à demanda da Turquia ao longo de 1996.
Custos de Transporte
Em seguida, Christine procurou a WIF, uma agência local de frete, para levantar as taxas de transporte e os respectivos
níveis de serviço dos modais marítimo, aéreo e terrestre para a Turquia. Ela comentou com Steve, funcionário da WIF, a
respeito das três alternativas de entrega que estavam sendo consideradas, explicando que a Polymedic usava caixas de
papelão de 50 cm x 50 cm x 40 cm para acondicionar seus produtos. Os instrumentos cirúrgicos eram inicialmente
embalados em sacos plásticos e posteriormente colocados nestas caixas de papelão, entre camadas de folhas
separadoras. Em média, uma caixa de papelão pesava ao redor de 10 kg e continha aproximadamente $ 500,00 de
equipamentos (a preços de custo).
Alguns dias depois, Steve retornou em resposta a Christine e a Tabela 1 contém as informações passadas via conversa
telefônica. Com base nestas informações de custos e níveis de serviço, Christine começou a se perguntar se as três
alternativas de entrega eram, de fato, as melhores opções. Todavia, ela decidiu que, em função das restrições de tempo,
o melhor a ser feito era analisar exaustivamente estas três opções com base nos dados obtidos. Pelo menos, ela seria
capaz de gerar um ponto de partida para discussão dentro da empresa sobre a melhor maneira de gerenciar o
suprimento Sheffield-Ancara.
Liberação na Alfândega
O tempo de liberação dos produtos na alfândega turca é bastante imprevisível, variando em média de um a três dias. Para
o transporte marítimo, terrestre e aéreo, é necessário contratar um agente de frete na Turquia para providenciar a
liberação da documentação a um custo de $ 30,00 a $ 40,00 por embarque.
Cálculo do valor segurável: Valor Segurável: (Valor dos Produtos a Preços de custo + Frete) x 1,1
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É necessário um certificado de origem para a Turquia, emitido pela Câmara de Comércio da União Europeia, a um custo
de $ 15,00 para cada embarque efetuado.
A) Transporte Marítimo
Opção 1: Contêiner Dedicado
20 pés - Capacidade: 250 caixas - Custo: $ 1.209,00
40 pés - Capacidade: 500 caixas - Custo: $ 1.935,00
B) Transporte Rodoviário
• Carregamento fechado - Capacidade: 500 caixas - Custo: $ 2.975,00
• Serviço de Consolidação:
Número de Caixas Custo
<40 $ 20,00 por caixa
40 $ 633,00
100 $ 1.070,00
250 $ 1.710,00
2. Tomando por base um determinado modal de transporte (p. ex., marítimo), qual é o comportamento esperado dos
gastos com frete, dos custos de oportunidade do estoque em trânsito e dos custos de manutenção de estoque na filial
Ancara, quando aumentamos a frequência de entrega? Justifique sua resposta.
3. Tomando por base uma determinada frequência de entrega (p. ex., envio de todas as necessidades de material), qual é
o comportamento esperado dos gastos com frete, dos custos de oportunidade do estoque em trânsito e dos custos de
manutenção de estoque na filial Ancara, quando passamos a transportar por modais mais rápidos? Justifique sua
resposta.
4. Calcule os custos logísticos totais para cada um dos itens seguintes. Quais conclusões podem ser tiradas? Que decisão
deve tomar Christine?
ALTERNATIVA 2:
Como a produção é feita toda de uma vez, nesta alternativa a matriz transfere $125.000,00 Janeiro e guarda os
outros $125.000, em seu depósito até junho quando embarca esse montante para a filial.
ALTERNATIVA 3:
Valor do produto acabado mensal tanto na matriz quanto na filial = 250.000,00 / 12 = $20.834,00
Taxas de Seguro
Taxa 1* 0,5%
Taxa 2** 0,425%
*Para serviços de consolidação pelos modais marítimos e rodoviários.
**Para serviços de consolidação pelo modal aéreo e carregamentos fechados por mar e
terra.
Fórmulas para os cálculos para tomada de decisão sobre o melhor modal a ser praticado considerando os condicionantes
relatados no caso:
Valor segurável = (valor do produto + frete) + 10% - Obs.: 10% da soma do valor do produto + frete
CT = EM * Caq * i * NV * CTR; onde: CT = custo total ; EM = estoque médio; Caq = custos unitários de aquisição por
produto até determinado estágio da cadeia; i = taxa de oportunidade do capital (%aa); NV = número de viagens por ano; e
CTR = custos fixos associados a cada viagem ou ressuprimento.