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Farmacognosia Pura

UNIDADE I
Professora: MSc Laisla Rangel Peixoto
CONTEÚDO DA UNIDADE
▪ Introdução à farmacognosia;

▪ Coleta, preparo e conservação de produtos naturais;

▪ Métodos de extração;

▪ Métodos de análises fitoquímicas.


HISTÓRIA
➢ Desde os tempos mais remotos, o homem lançou mão de vários recursos destinados a
evitar ou combater as doenças.

Guiado instintivamente como os animais, distinguia plantas


comestíveis daquelas que podiam curar, cicatrizar ou aliviar

O homem sempre utilizou as


plantas como fonte de ALIMENTOS Triagem das plantas que tinham
função alimentar,
Observando os efeitos que elas medicamentosa ou tóxica
provocavam no seu organismo
HISTÓRIA
HISTÓRIA

➢ Na Grécia Antiga, Hipócrates considerado o pai da medicina ocidental, acreditava que a


prevenção e a cura das doenças encontravam-se na natureza, cabendo ao homem apenas a
sua decodificação.

Com este entendimento, reuniu em sua obra,


“Corpus Hipocraticum”, um conjunto de
informações a cerca do tratamento das
enfermidades com remédios à base de
plantas
HISTÓRIA

➢ No BRASIL, os primeiros registros sobre o uso de plantas datam do


século XVI

➢ Correspondem aos manuscritos do Pe. Anchieta.

Peixes viam à tona nos rios

Apenas com o toque de cipós na água

Narcóticas e curarizantes

➢ Refere a ação emética da ipecacuanha e as propriedades anti-sépticas e


cicatrizantes do bálsamo copaíba.
HISTÓRIA
➢ Pau-brasil (Caesalpinia echinata): corante de cor vermelha, muito utilizado para tingimento
de roupas e como tinta de escrever;
➢ Do lenho do pau-brasil: extraída a brazilina (1), um derivado catecólico que facilmente
oxidava à brazileína (2), um fenoldienônico identificado como corante.

brazileína (2),
brazilina (1)
PLANTAS MEDICINAIS
➢ As plantas medicinais desempenham, portanto, papel muito importante na medicina moderna

Primeiramente porque podem fornecer fármacos extremamente


importantes, os quais dificilmente seriam obtidos via síntese
química.

HO

MORFINA
Alcalóides O
Papaver somniferum NCH3
O O
H H
OH
HO CH3

CH3 CH3
CH3
HO H3C O O
O O
OH
Glicosídeos cardiotônicos DIGOXINA
H3C O HO O
Digitalis spp. OH
PLANTAS MEDICINAIS
➢ Em segundo lugar, as fontes naturais fornecem compostos que podem ser levemente modificados,
tornando-os mais eficazes ou menos tóxicos

COCH3
O
O

C27H42O3
O
HO

DIOSGENINA PROGESTERONA

Dioscorea macrostachya Benth


PLANTAS MEDICINAIS
➢ Em terceiro lugar, os produtos naturais podem ser utilizados como protótipos para obtenção de
fármacos com atividades terapêuticas semelhantes a dos compostos originais

O
OH
O O OH
OH
O O O
HO OH

N O
HO
H H OH
O O O
O HO
H
O O O O
O
H3C O
H3C

ACETILBACATINA - III
TAXOL
PLANTAS MEDICINAIS
➢ Grande parte da população dos países em desenvolvimento depende da medicina tradicional para
sua atenção primária

➢ Segundo a OMS:

• 80% desta população utiliza práticas tradicionais


nos seus cuidados básicos de saúde

• 85% destes utilizam plantas ou preparações destas


PLANTAS MEDICINAIS
Porém, o uso de plantas medicinais e
fitoterápicos deve se dar de maneira orientada

Ineficácia terapêutica Reações adversar severas

Conscientização
Controle sanitário
da população sobre
destes produtos
seus riscos
CONCEITOS BÁSICOS NA PESQUISA
DE PLANTAS MEDICINAIS

Conceito Farmacognóstico da Droga

“Todo vegetal ou animal, ou ainda uma parte ou órgão destes seres ou


produtos derivados diretamente deles, que, após sofrerem processos
de coleta, preparo e conservação, possuem composição e propriedades
tais que possibilitam o seu uso como forma
bruta de medicação ou como necessidade farmacêutica”.

A palavra droga vem do Holandês antigo:

➢ Droog = “folha seca”


CONCEITOS BÁSICOS NA PESQUISA
DE PLANTAS MEDICINAIS
➢Produtos naturais - qualquer substância de origem natural que
seja útil como medicamento ou não.

➢Planta medicinal - A OMS define como sendo “todo e qualquer


vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem
ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de
fármacos semi-sintéticos”.
CONCEITOS BÁSICOS NA PESQUISA
DE PLANTAS MEDICINAIS
➢Droga vegetal - planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem,
podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada (RDC 48, 2004).

➢Derivado de droga vegetal - produtos de extração da matéria prima vegetal: extrato, tintura, óleo,
cera, exsudato, suco e outros (RDC 48, 2004).
CONCEITOS BÁSICOS NA PESQUISA
DE PLANTAS MEDICINAIS
➢ Fitoterápico - medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas
vegetais.

É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. (RDC 48, 2004).

Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua


composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem,
nem as associações destas com extratos vegetais
CONCEITOS BÁSICOS NA PESQUISA
DE PLANTAS MEDICINAIS
➢ Fitofármaco - Medicamento produzido com um princípio ativo isolado e
"copiado" em laboratório.

Quando a substância ativa é isolada da planta, tem uma ação diferente


daquela apresentada na espécie inteira.
OBJETIVOS E APLICABILIDADE DA
FARMACOGNOSIA
▪ Estuda compostos químicos não apenas de origem vegetal, mas também de fungos, bactérias e organismos
marinhos;

▪ Objetivo:

Isolar e caracterizar as matérias-primas e as substâncias químicas do ponto de vista


farmacobotânico (análises macro e microscópicas) e farmacoquímico (testes histoquímicos, prospecção
fitoquímica, emprego de métodos cromatográficos e métodos espectroscópicos).
O ESTUDO QUÍMICO DAS PLANTAS PODE SER
DESENVOLVIDO, DE MODO GERAL, EM SEIS ETAPAS:

1.A escolha da planta a ser estudada;

2.A identificação botânica da planta escolhida;

3.A pesquisa bibliográfica sobre a espécie identificada;

4.A prospecção preliminar de sua composição química;

5.O isolamento e purificação dos constituintes principais;

6.A determinação estrutural de constituintes naturais.


1. A ESCOLHA

1. Informações obtidas a partir da medicina popular;

2. Dados quimiotaxonômicos;

3. Abundância e facilidade de coleta;

4. Aleatoriamente.
COLETA

1ª - Saber onde coletar

2ª- Saber como coletar


Não retire todas as folhas de um galho

FOLHAS
Despreze as folhas que apresentem furadas de
insetos, mofadas ou com outras contaminações

Retiradas em pequenos pedaços, apenas de


CAULE um dos lados da planta, pois ao se circundar o
caule pode-se causar a sua morte
COLETA

➢A distribuição das substâncias ativas, numa planta, pode ser bastante irregular,

➢Alguns grupos de substâncias localizam-se preferencialmente em órgãos específicos do vegetal.

Os flavonóides partes aéreas da planta

Camomila (Chamomila recutita) o camazuleno e outras substâncias

concentradas nas flores


COLETA

3ª- Saber quando coletar

➢Época do ano parece exercer algum efeito nos teores de princípios ativos;

Alcalóides e óleos essenciais Glicosídeos

pela manhã à tarde

➢As raízes devem ser colhidas logo pela manhã; começo do inverno ou no início da primavera
(antes da brotação), são citados como melhores épocas.
COLETA

➢As CASCAS são colhidas quando planta está COMPLETAMENTE DESENVOLVIDA, ao fim da
vida anual ou antes da floração (nas perenes);

➢Nos ARBUSTOS: As CASCAS são separadas no OUTONO e, nas ÁRVORES na PRIMAVERA;

➢No caso de SEMENTES recomenda-se esperar até o COMPLETO AMADURECIMENTO;

➢Os FRUTOS carnosos com finalidade medicinal são coletados COMPLETAMENTE MADUROS.
COLETA

4ª- Saber como secar e conservar

FLORES E FOLHAS:

➢ Devem ser colocadas à sombra para secar em local


ventilado, limpo e em camadas finas, para evitar que somente
as de cima fiquem secas.

RAÍZES E CAULE:
➢ Devem ser lavadas com água corrente e raspadas
ligeiramente para retirar a superfície impregnada de poeira,
lodo ou insetos;

➢ Depois devem ser colocadas ao sol para secar.


2. A IDENTIFICAÇÃO
BOTÂNICA

❖ Qualquer planta escolhida para estudo deve ser seguramente identificada – auxílio de um
botânico taxonomista;

❖ A falta de identificação científica, ou uma identificação falsa, anulará todo o trabalho, tornando-o
praticamente inútil e, portanto, impublicável;

❖ A planta colhida para estudo químico deve, portanto, ter garantida sua identificação através da
coleta de material botânico.
2.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

❖Coletar a planta completa, não destruídos por insetos;

❖ Anotar o local e época de coleta;

❖ Quantidade mínima para estudo;

❖ Nome científico;

❖ Sinonímia científica e nome vulgar;

❖ Depositar exsicata no herbário.


Cuidado!!!

❖ É preferível não estudar a planta do que fazê-lo baseado numa duvidosa identificação, obtida
através de consulta a dicionários botânicos de nomes vulgares por mais famosos que sejam.

❖ De modo geral, há grande variação nos nomes vulgares das plantas de região para região e, às
vezes, até de município para município.

❖ É comum encontrar-se o mesmo nome vulgar assinalado para diferentes espécies vegetais, como
diferentes nomes comuns dados a uma mesma espécie.
ESPÉCIES CONHECIDAS COMO “ERVA-CIDREIRA”
3. A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA SOBRE A
ESPÉCIE IDENTIFICADA
❖ Informações sobre estudos químicos e farmacológicos de plantas ou substâncias naturais de
origem vegetal são publicados em diversas revistas específicas da área, conforme alguns poucos
exemplos citados abaixo:

✓ Revista de Fitoterapia
✓ Journal of Ethnopharmacology
✓ Journal of Herbs, Spices & Medicinal plants
✓ Journal of Natural Products
✓ Natural Product Letters
✓ Phytochemistry
✓ Phytotherapy research
✓ Planta Medica
✓ Revista Brasileira de Farmacognosia
✓ Química Nova, etc
3. A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA SOBRE A
ESPÉCIE IDENTIFICADA
❖ A localização de dados sobre um determinado vegetal pode ficar muito complicado
porque não dispomos da assinatura de todas as revistas citadas acima.

❖ Existe uma coleção chamada Chemical Abstracts que traz o resumo dos trabalhos
publicados.

❖ O Chemical Abstracts consulta aproximadamente 12.500 revistas. Para todos os artigos


se fazem diversas referências cruzadas.

❖ A informação pode ser obtida através do nome da espécie, do gênero ou da família do


vegetal, através de grupo genérico do princípio ativo, pelo nome da substância, etc.
3. A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA SOBRE A
ESPÉCIE IDENTIFICADA

❖ A bibliografia necessária ao estudo químico de plantas é ampla e variada. Abrange outros setores
correlatos, como:

▪ Química de produtos naturais secundários – onde são estudados as substâncias naturais


novas ou conhecidas;

▪ Botânica – em que se estudam plantas sob os aspectos de sua biologia, morfologia e


taxonomia;

▪ Química Orgância – estudo das propriedades dos compostos de carbono, suas reações
não enzimáticas, sua caracterização e métodos utilizados para sua síntese;

▪ Além de outras, como: Farmacologia, Química farmacêutica, etc.


4. PROSPECÇÃO PRELIMINAR
❖ Objetivo: conhecer que tipos de constituintes químicos existe em determinado material e
direcionar o isolamento dos mesmos através de técnicas adequadas;

❖ Fatores que influenciam na variação da composição:


❖ Mudanças estacionais,
❖ Mudanças do clima, do solo;
❖ Iluminação solar.

❖ O planejamento deve obedecer a 2 princípios:


❖ Simplicidade necessária à rapidez de execução;
❖ Complexidade dos resultados e à maior amplitude de informações.
4. PROSPECÇÃO PRELIMINAR
4. PROSPECÇÃO PRELIMINAR
Etapas básicas para se obter um princípio ativo de plantas:

PLANTA

Testes Testes
Extrato Bruto Extratos Semipuros
Biológicos Biológicos

Procedimentos
Cromatográficos

Testes - Frações Testes


Biológicos - Compostos Puros Biológicos

Modificação Síntese de
Estrutural Análogos

Testes Relação Testes


Biológicos Estrutura-Atividade Biológicos
4. PROSPECÇÃO PRELIMINAR
4. PROSPECÇÃO PRELIMINAR

Triterpeno: parda até vermelha


Esteróide: azul mutável p/ verde permanente
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS
➢ Extratos brutos vegetais são, normalmente, misturas complexas constituídas quase sempre por
diversas classes de produtos naturais;

➢ O processo de separação corresponde a três fases principais: Extração da matéria vegetal,


fracionamento do extrato e purificação do princípio ativo;

➢ Métodos de extração: A frio e a quente;

➢ Deve-se dar preferência as extrações realizadas a frio ( o risco de reações provocadas pela
ação combinada do calor, luz e solvente na formação de artefatos);
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS

❖ Na escolha do método extrativo, deve-se avaliar:

✓ Características do material vegetal;


✓ Meio extrator (solvente);
✓ Metodologia (agitação, temperatura e tempo);
✓ Eficiência
✓ Estabilidade das substâncias extraídas,
✓ Disponibilidade dos meios;
✓ Custo do processo escolhido.
Extração

 Consiste em retirar do material vegetal (ou animal) seus constituintes químicos através de
líquidos extratores adequados.

 Pode ser realizada com:

▪ Material vegetal fresco

▪ Material vegetal seco


Métodos de extração

 Fatores que interferem:

❖ Características do material vegetal;

❖ Grau de divisão;

❖ Meio extrator (solvente);

❖ Metodologia de extração:

✓ Temperatura

✓ Agitação

✓ Tempo de extração
Métodos de extração

 Métodos de extração sólido-líquido:

1. Para constituintes fixos:

a)Métodos de extração à frio:

1. Maceração
2. Percolação
3. Turbo-extração (turbolização)

b) Métodos de extração à quente:

1. Infusão
2. Decocção
3. Refluxo
4. Soxhlet
Métodos de extração de
constituintes fixos

1. Maceração:

❖ A droga vegetal fica em contato com o solvente, sem renovação do líquido extrator.

▪ Vantagem: sem degradação de substâncias ativas termolábeis.


▪ Desvantagens: baixa permeabilidade do solvente à droga, pouco solubilidade dos ativos a frio,
saturação do solvente e lentidão do processo.
Métodos de extração de
constituintes fixos

2. Percolação ou lixiviação:

✓ Submeter a droga vegetal em um recipiente


cilíndrico ou cônico;

▪ Vantagens: não ocorre a saturação do


solvente;
▪ Desvantagens: sofre influência da
permeabilidade do solvente na droga vegetal,
solubilidade a frio dos ativos e gasto de
grandes volumes de solvente.
Métodos de extração de
constituintes fixos

3. Turbo-extração ou turbolização:

✓ A extração ocorre concomitante com a redução do tamanho da partícula;

▪ Vantagens: Rápida dissolução das substâncias ativas;


▪ Desvantagens: Difícil separação da solução extrativa por filtração; Limita o uso de
solventes voláteis e limitação técnica.
Métodos de extração de
constituintes fixos

❖ Métodos de extração a quente:

1. Infusão: Permanência do material vegetal em água fervente, em recipiente fechado;


2. Decocção: Solvente em ebulição (normalmente água);
Métodos de extração de
constituintes fixos

3. Refluxo:

✓ Submeter o material vegetal à extração com um


solvente em ebulição;

✓ O material vegetal e o solvente são acoplados a um


condensador.
Métodos de extração de
constituintes fixos

4. Extração em Soxhlet:

✓ Extrair sólidos com solventes voláteis;

✓ Em cada ciclo de operação, o material vegetal entra


em contato com o solvente renovado.
Métodos de extração

 Métodos de extração sólido-líquido:

2. Para constituintes voláteis:

a)Métodos de extração à frio:

1. Enfloração (Enfleurage)
2. Solventes orgânicos
3. Prensagem

b) Métodos de extração à quente:

1. Hidrodestilação (Arraste a vapor)


2. Fluido Supercrítico
Métodos de extração de constituintes
voláteis

1. Enfloração (enfleurage):

❖ Pétalas de flores;

❖ As pétalas são depositadas sobre uma camada de gordura, a gordura é extraída com álcool que ao ser
destilado fornece o óleo essencial de flores.
Métodos de extração de constituintes
voláteis

2. Extração por solventes orgânicos:

Éter Extração de substâncias


Hexano lipofílicas +
Diclorometano substâncias voláteis

Baixo valor
comercial
Métodos de extração de constituintes
voláteis

3. Prensagem:

❖Frutos:

Separação da mistura óleo-


Pericarpos prensados água: centrifugação,
decantação e destilação
Métodos de extração de constituintes
voláteis

1. Hidrodestilação (arraste por vapor d’agua)

Método específico para substâncias voláteis imiscíveis com a água.

 Os óleos essenciais tem tensão de vapor mais elevada. O óleo volátil obtido deve sofrer secagem
com Na2SO4 anidro.
Métodos de extração de constituintes
voláteis

2. Extração por fluido supercrítico:

 Utiliza dióxido de carbono líquido, que é aquecido e pressurizado;

Em seu estado supercrítico, age como solvente e pode dissolver ou extrair materiais de uma amostra.
Outros tipos de extração

Extração acelerada
por solvente: Dionex Microondas
ASE

Ultrassons
Fracionamento do Extrato Bruto

✓Extração líquido-líquido (ELL), através da solubilização do extrato em solução hidroetanólica,


hidroalcólica, etc;
✓Transferência para uma ampola de separação e, em seguida, extração com solventes de ordem de
polaridade.
Fracionamento do Extrato Bruto
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS
❖ Métodos de evaporação do solvente:

1. Secagem em spray-dryer (ou secagem por nebulização):

▪ Consiste na atomização de uma mistura diluída sólido-fluido


em corrente gasosa;
▪ Vantagens: produção de materiais com propriedades físicas
desejadas, a capacidade de processar diferentes tipos de
matérias primas e a flexibilidade da operação;
▪ Desvantagens: alto custo; degradação parcial das
substâncias sensíveis a temperaturas de trabalho.
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS
❖ Métodos de evaporação do solvente:

2. Liofilização: Técnica de secagem por sublimação da água, a pressão reduzida e baixa


temperatura;
▪ 1ª etapa: Congelamento do produto;
▪ 2ª etapa: O gelo formado é removido do material pela conversão direta do estado sólido para
vapor;
▪ 3ª etapa: A água que ainda permanece ligada fortemente aos solutos, é convertida em vapor e
removida do produto.
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS
❖ Métodos de evaporação do solvente:

2. Liofilização: Técnica de secagem por sublimação da água, a pressão reduzida e baixa


temperatura;
▪ Vantagens: Produtos com estrutura inalterada, fáceis de transformar em pó e de dissolver,
fáceis de (re)hidratar; Reduzidas alterações nos nutrientes, cor, aroma e gosto (alimentos) e
mínima perda de actividade em materiais sensíveis ao calor (microrganismos);
▪ Desvantagens: Equipamento muito caro, processo lento.
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS
❖ Métodos de evaporação do solvente:

3. Rotaevaporação: Consegue concentrar o extrato por evaporação de solvente, onde a solução a


concentrar é continuamente agitada por rotação imposta pelo motor e os vapores de solvente
libertados são condensados, passando em seguida o condensado a balão no qual o solvente
poderá ser recuperado.
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS

❖ Métodos de evaporação do solvente:

4. Rotaevaporação: Rocket Synergy


▪ Evaporação por vácuo e centrífuga para evaporação controlada
e perda de amostra minimizada;
▪ Recuperação de solvente superior;
▪ Tempo e esforço mínimos para processar amostras múltiplas
para análise.
5. ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS NATURAIS
❖ Fracionamento cromatográfico:

✓ Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes entre uma FASE
ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás).
Fase Estacionária
Técnica Fase Móvel
6. A DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL DE
CONSTITUINTES NATURAIS

Espectrometria de massas:

O espectro de massa de uma substância pode fornecer importantes


informações relacionadas com a sua estrutura, como a massa molecular
e padrões de fragmentação.

Espectroscopia no ultravioleta (UV):

Indica a presença de certos grupos funcionais característicos, bem como


a posição dos substituintes no esqueleto da molécula.
6. A DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL DE
CONSTITUINTES NATURAIS
Infravermelho:

A presença de insaturações (conjugadas ou não), sistemas aromáticos e


grupos funcionais específicos pode ser verificada através de bandas
características, que têm grande importância na análise estrutural.

RMN:

Determinação estrutural de compostos orgânicos, contribuindo para o


estabelecimento do esqueleto da molécula.

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