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Conceito de Calúnia É atribuir a outrem a falsa prática de um crime, ou seja, o agente tem a
intenção de macular a imagem (Honra Objetiva) da vítima, imputando-lhe fato criminoso.
Objetividade Jurídica Tutelar a honra objetiva, a qual diz respeito ao conceito que cada
pessoa tem perante a coletividade, também conhecida por reputação.
Sujeito Passivo É qualquer pessoa, devendo ser certa e determinada. Se for dirigida aos
Presidentes da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do STF, responderá o
agente por crime contra a segurança nacional (com base no art. 26 da Lei n° 7.170/83) desde que
a motivação seja política.
Elemento Subjetivo Deve haver o DOLO, ou seja, a intenção de atingir a honra objetiva de
alguém.
§ 2° - O dispositivo protege a memória dos mortos. Neste caso os seus familiares é que poderão
processar o caluniador requerendo a devida punição.
§ 3° - Exceção da Verdade É a oportunidade dada pela lei para que o querelado possa
provar o que disse. Se as provas apresentadas forem convincentes, inexistirá a calúnia.
Difamar é atribuir a alguém a prática de um fato, verdadeiro ou não, mas que não constitui
crime.
Sujeito Ativo É qualquer pessoa. E se for praticada no período eleitoral, objetivando macular
a imagem de determinado candidato, responderão por crime eleitoral (art. 325, Código Eleitoral).
Sujeito Passivo É qualquer pessoa, devendo ser certa e determinada. Se for dirigida
às pessoas descritas na Lei de Segurança Nacional, responderá o agente com base no art. 26, da
Lei nº 7.170/83, desde que a motivação seja política.
Tentativa É admissível nos mesmos moldes verificados na Calúnia, ou seja, na forma escrita.
§ Único A exceção da verdade apenas será admitida quando a difamação for dirigida a
funcionário público em razão de suas funções. Tal dispositivo visa propiciar ao Ente Público uma
maior fiscalização sobre os seus funcionários.
Objetividade Jurídica Tutela-se a honra subjetiva, a qual diz respeito ao conceito que a
pessoa tem sobre si mesma. A honra é bem disponível, necessitando que a vítima ingresse com
ação privada para que o Estado preste a Tutela Jurisdicional.
Sujeito Passivo É qualquer pessoa, devendo ser certa e determinada. Se for contra
funcionário público, no exercício de suas funções e na sua presença, responderá o agente por
crime de desacato (Art. 331 do CP).
Perdão Judicial:
Injúria Real:
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
Na Injúria Real o agente quer expor a vítima ao ridículo, criando uma situação vexatória.
Ex.: rasgar as roupas, atirar conteúdo de um copo na vítima, etc....
Se resultar lesão corporal o agente responderá por concurso de crimes, figurando injúria e
a lesão corporal obtida (leve, grave ou gravíssima).
Injúria Qualificada
A Lei nº 9.459/97 inseriu o § 3º, criando uma nova figura típica, elevando ao nível da
maior pena prevista para os crimes contra a honra. Isso ocorreu devido aos réus que se defendiam
do crime de racismo, conforme previsão da Lei nº 7.716/89 (Racismo), cuja defesa requeria e
conseguia a desclassificação do referido crime para o crime de Injúria, com diminuta pena.
Ação Penal Ação Penal Privada (Queixa-crime), exceto nos casos relativos à injúria
qualificada, uma vez que a Lei nº 12.013/94 previu a Ação Penal Pública Condicionada à
representação.
O art. 144 trata da notificação judicial, por meio da qual a pessoa que se sentir
ofendida poderá pedir explicações em juízo. Se o ofensor as der de forma insuficiente ou
ficar silente, será processado pela prática do crime.
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe
haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
permite, ou a fazer o que ela não manda.
De acordo com a CF (art. 5º, II) ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer algo que
não seja em virtude de lei. Desse modo, se o agente obrigar a vítima a fazer algo contra a sua
vontade, utilizando-se de violência ou grave ameaça, ou até mesmo reduzindo-lhe a capacidade de
resistência, responderá o agente pelo crime. De acordo com a Doutrina e a Jurisprudência, trata-
se de crime de natureza subsidiária, que é aquele que irá existir enquanto outro de maior
potencial ofensivo vier a ocorrer, como no caso de roubo (art. 157) e estupro (art. 213).
Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Se se tratar de funcionário público no exercício das funções
responderá por abuso de poder (art. 350).
Sujeito Passivo Qualquer pessoa, sendo atípico quando envolver incapaz (menores,
débeis mentais e loucos), por não terem autodeterminação. Se envolver uma das
pessoas relacionadas na Lei de Segurança Nacional, será crime contra a Segurança
Nacional (art. 28, Lei nº 7.170/83).
Elemento Subjetivo É o Dolo. Faz-se necessário que a pretensão do agente seja ilegítima,
uma vez que se assim não o for responderá por exercício arbitrário das próprias razões (art. 345).
Consumação Ocorre no momento em que a vítima faz, ou deixa de fazer algo, contra sua
vontade.
Formas Qualificadas
As penas serão aplicadas de forma cumulativa, ou seja, pena privativa de liberdade e multa
quando se reunirem mais de 3 pessoas ou com o uso de armas (facas, punhais, revólveres, etc...).
O agente responderá por constrangimento ilegal em concurso material (art. 69) com as
lesões corporais produzidas.
De acordo com Mirabete é a promessa de mal grave feita a alguém, restringindo uma
liberdade psíquica. A promessa deverá ser séria, capaz de intimidar. Não se confunde com a
prática de rogar praga. Ex.: que o raio te parta, que o seu gado fique nos ossos, que você vá para o
inferno, etc... . Nestas hipóteses não se tem configurada a prática criminosa.
Objetividade Jurídica Tutela-se a liberdade psíquica da vítima, ou seja, o seu sossego.
Sujeito Passivo Qualquer pessoa. Porém, se a vítima for uma das pessoas relacionadas na Lei
de Segurança Nacional, será crime contra a Segurança Nacional (art. 28, Lei nº 7.170/83).
Importante frisar que a vítima seja pessoa com capacidade de entendimento.
Ambos os crimes são de natureza subsidiária, ou seja, eles irão existir até que outro
crime de maior potencial ofensivo venha a ocorrer. Ex.: roubo (art. 157), extorsão (art. 158),
estupro (art. 213), etc... .
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado
Sujeito Passivo Qualquer pessoa, devendo ter capacidade de entendimento. Por essa razão,
se a vítima for capaz e tiver mais de 14 anos, o seu consentimento exclui o crime. Se a vítima for
uma das autoridades relacionadas na Lei nº 7.170/83, praticará crime contra a Segurança
Nacional.
Elemento Subjetivo Dolo, devendo ter o agente a intenção de limitar a locomoção da vítima
contra a vontade dela.
Formas Qualificadas
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador
ou preposto.
Denomina-se plágio a sujeição de uma pessoa a outra como se escravo fosse. Neste caso
nada impede que o agente pratique outros crimes em concurso, conforme destaca-se da leitura do
dispositivo. Não há necessidade de a pessoa ser acorrentada ou levar chicotadas, basta que seja
evidenciada a condição sub-humana que lhe foi imposta. Ex.: carvoarias, trabalhos forçados em
fazendas, etc... .
Objetividade Jurídica Tutelar a liberdade em todas as suas formas, desde a física até a
psíquica.
Sujeito Passivo Qualquer pessoa. O consentimento da vítima, mesmo capaz, não exclui o
crime, pois o STATUS LIBERTATIS é de interesse do Estado.
Objetividade Jurídica Tutela-se a inviolabilidade do lar (art. 5º, XI, CF). Protege-se a casa,
o barraco do favelado, o rancho do fazendeiro, a barraca de camping, o quarto de hotel, etc... .
Seria a proteção à habitação, seja em caráter permanente, transitório ou eventual. A Doutrina
entende que não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia desabitada, podendo,
neste caso, ocorrer outro crime (art. 161, usurpação)
Sujeito Passivo É o morador, ou seja, aquele que pode impedir a entrada de outrem.
Formas Qualificadas
É crime de natureza subsidiária, uma vez que será absorvido por outro de maior potencial
ofensivo. Ex.: furto (art. 155), roubo (art. 157), extorsão mediante sequestro (art. 159), etc...
Furto Noturno
Com relação ao horário ficará vinculado à presença de luz solar, posto que o Brasil, por ter
dimensões continentais, apresenta luminosidade diferenciada em horários idênticos.
Quando o bem tiver valor econômico ínfimo, mas tiver para a vítima valor sentimental,
haverá o crime de furto.
O Princípio da Insignificância não pode ser usado como estímulo à prática reiterada de
outros crimes da mesma espécie.
Furto de Energia
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
Furto Qualificado
Abuso de confiança O agente precisa ter livre acesso aos cômodos da casa ou do trabalho da
vítima, bem como ter conhecimento de onde são guardados os bens valiosos da vítima. O
empregado doméstico, por si só não caracteriza tal hipótese, pois necessita ter o livre acesso acima
mencionado.
Destreza É a atuação do agente que detém extrema habilidade na subtração da coisa, fazendo
com que a vítima não perceba que foi furtada.
É a utilização de qualquer objeto que não seja chave. Ex.: friso, clipe, palito, etc... .
É importante frisar que a fechadura ou o cadeado, deverão ficar íntegros, ou seja, sem
nenhum dano.
A participação no crime deverá contar com no mínimo 2 pessoas. Se uma delas for menor
de idade, ou seja, inimputável, não responderá pelo crime, mas o qualificará, sendo representado
por ato infracional.
Havendo mais de uma qualificadora o juiz elegerá apenas uma e as demais servirão como
circunstâncias judiciais, em homenagem ao princípio da proporcionalidade.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
Em regra a ação é Pública e Incondicionada. Porém, nos casos previstos no art. 182, a ação
passará a ser Pública Condicionada (cônjuge, separado judicialmente ou desquitado, irmão, tio
ou sobrinho com quem o agente co-habita).
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência.
É subtrair coisa alheia móvel mediante violência ou grave ameaça, ou ainda reduzindo a
capacidade da vítima, fazendo com que haja uma perda material. O Princípio da Insignificância
não se aplica ao roubo, uma vez que, além do patrimônio, outros bens jurídicos são tutelados, tais
como: a integridade física, a liberdade e a própria vida.
Objetividade Jurídica Tutela-se a posse, a propriedade, a integridade física, a liberdade de
locomoção e a vida.
Formas:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa
para si ou para terceiro.
Sujeito Ativo Qualquer pessoa.
Meios de Execução O agente para a prática do crime costuma fazer uso de grave ameaça,
violência, embriaguez, hipnotismo, narcóticos, tóxicos, etc... .
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro
Estado ou para o exterior;
Armas São admitidas tanto as de fogo quanto as consideradas brancas (faca, punhal, peixeira,
etc...). Segundo o STF, a arma de fogo desmuniciada ou imprópria ao uso não são contempladas
pela qualificadora. Do mesmo modo a arma de brinquedo não tem o potencial ofensivo de uma
verdadeira arma.
Roubo seguido de morte É o conhecido latrocínio, cujo julgamento não se dará no Tribunal
do Júri, mas sim no Juízo Comum, por tratar-se de crime contra o patrimônio. O STF, por meio
da Súmula nº 610, afirma que há crime de latrocínio quando o agente mata a vítima e não lhe
subtrai qualquer pertence.
Súmula nº 610
Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a
subtração de bens da vítima.