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1 Q1677535 História > História do Brasil , República Oligárquica - 1889 a 1930 , Era Vargas – 1930-1954
Ano: 2021 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia -
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O tenentismo veio preencher um espaço: o vazio deixado pela falta de lideranças civis
aptas a conduzirem o processo
revolucionário brasileiro que começava a sacudir as já caducas
instituições políticas da República Velha. Os “tenentes”
substituíram os inexistentes partidos
políticos de oposição aos governos de Epitácio Pessoa e de Artur Bernardes.
PRESTES, A. L. Uma epopeia brasileira: a Coluna Prestes. São Paulo: Moderna, 1995 (adaptado).
Um dos objetivos do movimento político abordado no texto era
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No aluir das paredes, no ruir das pedras, no esfacelar do barro, havia um longo gemido.
Era o gemido soturno e lamentoso
do Passado, do Atraso, do Opróbrio. A cidade colonial,
imunda, retrógrada, emperrada nas velhas tradições, estava
soluçando no soluçar daqueles
apodrecidos materiais que desabavam. Mas o hino claro das picaretas abafava esse projeto
impotente. Com que alegria cantavam elas — as picaretas regeneradoras! E como as almas
dos que ali estavam
compreendiam o que elas diziam, no clamor incessante e rítmico,
celebrando a vitória da higiene, do bom gosto e da arte.
BILAC, O. Crônica (1904). Apud SEVCENKO, N. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira
República. São Paulo: Brasiliense, 1995.
De acordo com o texto, a “picareta regeneradora” do alvorecer do século XX significava a
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A a alta de preços.
B a política clientelista.
C as reformas urbanas.
D o arbítrio governamental.
E as práticas eleitorais.
História > História do Brasil , Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889 ,
8 Q851709
República Oligárquica - 1889 a 1930
Ano: 2017 Banca: INEP Órgão: ENEM Prova: INEP - 2017 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia
TEXTO I
Embora eles, artistas modernos, se deem como novos precursores duma arte a ir, nada é mais velho que a arte
anormal. De
há muitos já que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos
que ornam as
paredes internas dos manicômios. Essas considerações são provocadas pela exposição da Sra. Malfatti.
Sejam sinceros:
futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural.
LOBATO, M. Paranoia ou mistificação: a propósito da exposição de Anita Malfatti. O Estado de São Paulo, 20 dez.1917
(adaptado).
TEXTO II
Anita Malfatti, possuidora de uma alta consciência do que faz, a vibrante artista não temeu levantar com os seus
cinquenta
trabalhos as mais irritadas opiniões e as mais contrariantes hostilidades. As suas telas chocam o preconceito
fotográfico
que geralmente se leva no espírito para as nossas exposições de pintura. Na arte, a realidade na ilusão é
o que todos
procuram. E os naturalistas mais perfeitos são os que melhor conseguem iludir.
ANDRADE, O. A exposição Anita Malfatti. Jornal do Commercio, 11 jan. 1918 (adaptado).
TEXTO III
MALFATTI, A. O homem amarelo, 1915-1916. Óleo sobre tela, 61 x 51 cm. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em:
28 fev. 2013
A análise dos documentos apresentados demonstra que o cenário artístico brasileiro no primeiro quartel do século XX
era
caracterizado pelo(a)
A domínio do academicismo, que dificultava a recepção da vertente realista na obra de Anita Malfatti.
B dissonância entre as vertentes artísticas, que divergiam sobre a validade do modelo estético europeu.
C exaltação da beleza e da rigidez da forma, que justificavam a adaptação da estética europeia à realidade brasileira.
impacto de novas linguagens estéticas, que alteravam o conceito de arte e abasteciam a busca por uma produção
D
artística nacional.
influência dos movimentos artísticos europeus de vanguarda, que levava os modernistas a copiarem suas técnicas
e
E
temáticas.
Aplicação)
A imagem da relação patrão-empregado geralmente
veiculada pelas classes dominantes brasileiras na
República Velha era
de que esta relação se assemelhava em muitos aspectos à relação entre pais e filhos. O patrão era uma espécie de “juiz
doméstico” que procurava guiar
e aconselhar o trabalhador, que, em troca, devia realizar
suas tarefas com dedicação e
respeitar o seu patrão.
CHALHOUB, S. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores do
Rio de Janeiro da Belle Époque. Campinas:
Unicamp, 2001.
No contexto da transição do trabalho escravo para o
trabalho livre, a construção da imagem descrita no texto
tinha por
objetivo
A esvaziar o conflito de uma relação baseada na desigualdade entre os indivíduos que dela
participavam.
B driblar a lentidão da nascente Justiça do Trabalho, que não conseguia conter os conflitos cotidianos.
C separar os âmbitos público e privado na organização do trabalho para aumentar a eficiência dos funcionários.
O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo, e significava o
fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um
sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos
públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo
na
forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado).
No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na
TEXTO I
A manipulação e incompetência.
B ignorância e solidariedade.
C hesitação e obstinação.
D esperança e valentia.
E bravura e loucura.
Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com representações de bandeirantes no acervo do Museu Paulista,
mediante a aquisição de uma tela que homenageava o sertanista que comandara a destruição do Quilombo de Palmares.
Essa aquisição, viabilizada por verba estadual, foi simultânea à emergência de uma interpretação histórica que apontava o
fenômeno do sertanismo paulista como o elo decisivo entre a trajetória territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa
que se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das
três primeiras décadas do século XX.
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a
tradição da retratística monárquica
europeia. Revista do LEB, n. 44, fev. 2007.
A prática governamental descrita no texto, com a escolha dos temas das obras, tinha como propósito a construção de uma
memória que
TEXTO I
A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa a ser construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário das outras
grandes ferrovias paulistas, para ser uma ferrovia de penetração, buscando novas áreas para a agricultura e povoamento.
Até 1890, o café era quem ditava o traçado das ferrovias, que eram vistas apenas como auxiliadoras da produção cafeeira.
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional: oflorescimento da região noroeste paulista. Disponível em:
www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
Essa nova orientação dada à expansão ferroviária, durante a Primeira República, tinha como objetivo a
O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o
arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales esumiu claramente seu objetivo: “É
de lá, dos estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas da capital da
União. A política dos estados é a política nacional”.
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987
(adaptado).
Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de
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