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O culto aos santos na idade média: Legenda Áurea como fonte.

Nathália de Freitas

A hagiologia que compreende o estudo da vida dos santos


marcou profundamente o período medieval, principalmente a baixa
idade média, estes estudos por sua vez eram usados para despertar o
lado espiritual da sociedade trazendo o santo como exemplum, durante
muito tempo o exemplum foi explorado como fonte de informações
sobre as realidades da sociedade medieval, assim o culto aos santos foi
responsável pela produção de um considerável número de documentos,
variando tanto na forma como no teor, de acordo com o objetivo de
cada autor.
A fonte hagiológica de maior repercussão neste período foi a
Legenda Áurea, escrita em meados do século XIII pelo mendicante
Jacopo, nascido em 1226 na cidade de Varazze, próxima a Gênova. Com
dezoito anos de idade ele ingressa na Ordem Dominicana, em cuja
hierarquia progrediu por sua cultura e zelo evangelizador, tornando-se
líder da Ordem na província da Lombardia. Em 1292 foi consagrado
arcebispo de Gênova pelo papa Nicolau IV, foi autor de muitos sermões
importantes como a Crônica de Gênova.
Segundo Hilário Franco Júnior (2003, p. 12) o objetivo imediato de
Jacopo de Varazze era fornecer aos seus colegas de hábito, os
dominicanos, material para a elaboração de seus sermões. Material
teologicamente correto, isento de qualquer contágio herético, mas
também compreensível e agradável aos leigos que ouviriam a pregação.
A ordem era composta por grandes difusores de práticas religiosas que
renovavam a sociedade com a confissão, a crença no purgatório e a
pregação, estes por sua vez usavam o método de persuasão pela
palavra e nisso residia a importante função do exemplum para
concretizar a narrativa de caráter moralista.
Contudo Jacopo de Varazze utilizou textos já existentes,
apresentando a obra, portanto, como uma compilação enciclopédica,
que expressa através de diversas passagens o propósito de relembrar a
vitória do Cristianismo sobre o mundo pagão, edificando a fé dos
devotos, ao construir um texto que recorre ao divertimento (o fabliau)
de uma fábula e à emoção do milagre. O resultado foi positivo e o
sucesso da obra imediato na Itália e quase a seguir em toda parte.
Os santos se apresentam na obra como homens comuns daquela
sociedade, porém cada santo ou santa dignos desse nome teria
procurado, em vida, identificar-se com o filho de Deus, apresentando
um modelo de santidade que, se por um lado é, sem dúvida, mais
elevado do que a vida cotidiana dos fiéis, por outro comporta um serie
de elementos que permitem a sua imitação como a obediência, o amor,
e a fé.
Encontramos em Legenda Áurea à contraposição de mundo cristão
versus mundo pagão, levando ao seguinte resultado: castigo para os
pecadores e exaltação para os justos, anexando assim a idéia de que a
obediência para com Deus é a melhor escolha a ser feita.
Vamos analisar dois exemplos: os irmãos Cosme e Damião
(capitulo 136, p. 794) nascidos na cidade de Egéia eram instruídos na
arte da medicina receberam tantas graças do espírito santo que
curavam todas as doenças, não só de homens, mas também de animais
e faziam isso gratuitamente, contudo o procônsul Lísias, conhecendo –
lhes a fama, mandou chamá-los e começou por perguntar o nome, a
pátria e a fortuna deles. Lísias então ordenou que levasse os irmãos
para adorar os ídolos, e como eles se recusaram mandou que fossem
torturados nas mãos e nos pés, jogassem os no mar, porém nada
aconteceram a Cosme e Damião. Mesmo diante dessa situação Lísias
não desistiu de torturar os irmãos mandou então jogá-los na fogueira, e
novamente nada aconteceu foram condenados para a crucificação e de
nada resolvera, Lísias furioso manda decapitar os irmãos, Lísias por sua
vez recebe golpes rudes de dois demônios que surgiram.
Podemos notar que Cosme e Damião são exaltados e defendidos
das piores torturas mostrando exemplo de força, e de grande temor a
Deus, já o procônsul Lísias é a figura do pecador sendo atacado por
demônios como forma de castigo por não obedecer às leis de Deus,
mesmo que no final os santos morrem estes permanecem numa posição
estritamente harmoniosa.
De acordo com o tradutor Hilário Franco Júnior (2003, p. 17) em
quase todas as narrativas, percebemos a articulação de duas partes:
uma destinada à etimologia dos santos, seguida pelo texto que nos
descreve sua santidade.
A primeira delas é composta pela referência etimológica do nome
do santo como, por exemplo: Santa Anastácia, Anastácia vem de Ana,
“acima”, e stasis, “que fica em pé” ou “permanece”, porque se elevou
acima dos vícios e ali permaneceu. Contudo na maioria das vezes não se
encontra um significado autêntico no latim ou no grego clássico, visam
somente estabelecer um paralelo entre o nome do santo e seu destino,
a sua perseverança na fé e coragem no momento de martírio.
Já na segunda trata – se mais especificamente dos relatos dos
milagres dos santos. A legenda de São Longino pode ser tomada como
exemplo. Longino, um dos centuriões que vigiavam a cruz do senhor por
ordem de Pôncio Pitatos, foi quem perfurou o flanco (lado do corpo
humano entre a anca e as primeiras costelas) do Senhor com a lança,
mas vendo os prodígios que então aconteceram – o sol ficou escuro e a
terra tremeu – passou a acreditar em Cristo. Dizem que isso se deveu
ao fato de algumas gotas do sangue de Cristo terem escorrido pela
lança e caído em seus olhos, até então turvados por doença ou por
velhice, e que imediatamente passaram a ver com nitidez.
Tendo renunciado então à condição militar e sido instruído pelos
apóstolos, ele passou 28 anos de vida monástica em Cesaréia da
Capadócia, e converteu muita gente a fé por sua palavra e seus
exemplos. Aprisionado, recusou – se a sacrificar e o governador mandou
arrancar todos os dentes e cortar – lhe a língua, mas mesmo assim
Longino não perdeu o uso da palavra, e pegando um machado quebrou
todos os ídolos enquanto dizia: “veremos se são deuses”. Demônios
saíram dos ídolos e entraram no governador e em todos os seus
companheiros, que loucos e latindo prosternaram – se aos pés de
Longino. Este por sua vez perguntou aos demônios: “Por que vocês
moram dentro dos ídolos?”. Eles responderam: “Nossa habitação é onde
não se fala o nome de Cristo nem se faz seu sinal”.
Dirigindo – se ao governador, enlouquecido e cego, Longino disse:
“Fique sabendo que você só poderá se curar depois de ter me matado.
Logo que eu receber a morte de sua mãe, rezarei e conseguirei para
você a saúde do corpo e da alma”. No mesmo instante o governador
mandou que lhe cortassem a cabeça, depois do que foi até seu corpo,
prosternou-se em lagrimas e fez penitencia. Imediatamente recuperou a
vista e a saúde e até o fim da vida praticou boas obras.
Mais uma vez o exemplum invade o leitor, e as lições moralizantes
também. Outro dado importante a ser considerado sobre a vida dos
santos narradas na Legenda Áurea é a presença dos santos martirizados
nos primeiros séculos do cristianismo, por isso existe um grande número
de relatos de perseguições aos santos pelos membros da hierarquia
laica do Império Romano, o santo necessita fazer a escolha entre Deus e
o Diabo (Bem/Mal). Segundo Elisa Tavares e Mário Jorge (2005, p.
186) os santos narrados na obra Legenda Áurea encontram-se na
“situação inicial”, associada a segmentos da hierarquia social, fosse por
obrigação de oficio, que apartava da fé cristã. Destaca-se que, no
momento em que se instaura a crise que na obra corresponde ao
momento da conversão, da revelação de sua santidade esses sujeitos
são forçados a abandonar os seus lugares, ou são afastados de perto
daqueles que haviam convertido. Durante a crise geralmente o santo
recebe a intervenção de um Deus.
Tomaremos como exemplo a legenda da Santa Justina (2005, p.
789). Justina era filha de um sacerdote dos ídolos, diariamente ela ouvia
o diácono Proclo ler o evangelho e enfim se converteu. Enquanto seus
pais dormiam Cristo aparece e diz a eles: “Venham a mim e darei a
vocês o reino dos Céus”. Logo depois de acordar batizaram-se junto
com sua filha. A virgem Justina foi muito atormentada por Cipriano;
filho de pais pagãos e muito ricos.Desde a infância, Cipriano foi induzido
aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia,
astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia. Após muito
tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus
conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a
fim de conhecer a cultura dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a
bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e
aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu, mas deixou seus
manuscritos para Cipriano.Assim, o feiticeiro dedicou-se fortemente, e
logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.
Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina, pois ardia
de amor por esta. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu
sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve
resultado, pois Justina defendia-se com orações e o sinal da cruz. A
ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse
profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio.
Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-
se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e
distribuir seus bens entre os pobres.
As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina
chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia.
Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Diante do
imperador, foram forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e
Cipriano açoitado com pentes de ferro, mesmo assim não cederam.
Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e
Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Eles não renunciaram,
e nem transpareciam sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que havia sido
discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não teriam efeito devido a
alguma magia lançada por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar
Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e
atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos
segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a
morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro por volta do ano do
Senhor de 280, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram
decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram
expostos, até que um grupo de cristãos recolheu.
Como podemos verificar os santos passam por sofrimentos, e
intervenções, mas a morte mesmo que cruel representa algo marcante e
“bom” na vida dos santos, morrendo em busca pela fé. Por isso a
santidade é entendida pelo poder de agir em beneficio dos homens, da
comunidade.
Outro aspecto a ser ressaltado em Legenda Áurea é a presença
das mulheres santas, de acordo com Carolina Coelbo Fortes (2005, p.
476) a mulher foi introduzida no discurso religioso de forma que não
ameaçava diretamente o domínio masculino, uma vez que esta era vista
de maneira inferior e Paulo já havia dito: “Eu não permito que a mulher
ensine ou domine o homem”. Surge assim o ideal da virago (mulher
com aspecto de homem), anexado a idéia do batismo que abole todas
as barreiras de gênero, classe e raça (não há homem nem mulher)
mesmo assim a mulher não fora vista diferente uma vez que o ideal
masculino estava impregnado em tal sociedade.
Ao fazermos a leitura da Legenda Áurea é fácil perceber o quanto
às mulheres santas mostram-se viris, sendo a maioria dessas mulheres
virgens, pois este era o meio mais consistente pelo qual as mulheres
religiosas poderiam não só se igualar, mas ultrapassar seus confrades, a
coragem da mulher também é apresentada rememorando a coragem e
força de um homem dando poder à santa para suportar o sofrimento e
manter o compromisso com a fé, observamos grande ênfase na
masculinidade na representação de mártires mulheres.
Aprofundemo-nos em um caso de mulher virago (do latim virago
que significa mulher robusta com voz e aspecto de homem), como nos
conta Jacopo, Margarida (capitulo 146 p. 852) era uma virgem
belíssima, rica e nobre, foi criada com muito zelo e carinho por seus pais
que a ensinaram ótimo costumes. Matinha tanto pudor que evitava ser
vista por homens. Mesmo assim seus pais decidiram casá-la, e na noite
de núpcias Margarida fugiu. Vestiu-se de homem cortou seus cabelos e
ingressou em um mosteiro tomando para si o nome de Pelágio.
Margarida (Pelágio para todos do mosteiro) destacou-se tanto por suas
virtudes que foi indicada para ser abade de um mosteiro feminino.
Contudo neste mosteiro uma das monjas engravidou, e como
Pelágio (Margarida) era, supostamente, quem tinha mais contato com a
monja grávida foi acusado de ser o pai. Então foi expulso do mosteiro e
passou a viver em uma caverna, onde um religioso lhe deixava um
pouco de alimento de tempos em tempos. Ali passou muitos anos, e
quando sentiu que a morte estava próxima, mandou uma carta para o
abade de seu antigo mosteiro contando que não era um homem e sim
uma mulher e por isso não teriam engravidado aquela monja. Quando
os monges e monjas ouviram a leitura da carta de Margarida correram
para a caverna, as mulheres então reconheceram que Pelágio era uma
mulher virgem e intocável.
Santa Margarida é um exemplo de toda masculinidade
apresentando força e coragem. Esta por sua vez passa pelo exaltado
travestismo, ou seja, a masculinização se dá através da adoção de
comportamentos viris usando roupas, atitudes de homem, ela própria se
vê como homem o que faz desta extremamente virtuosa.
A mulher santa passa por um processo: primeiramente é mulher,
posteriormente adquire características masculinas para então poder
chegar a Cristo, pois Jacopo vê Cristo como um representante masculino
desta forma podemos dizer que na coletânea de hagiografias Legenda
Áurea a santa procura equipara-se a Cristo homem, as mulheres devem
se tornam homens para que sua imitação de Cristo seja completa.
A virgindade já falada anteriormente representa o ponto máximo
na hagiografia especialmente na vida das santas. A valorização carnal
do corpo está ligada ao feminino no pensamento medieval. Ser virgem,
manter o corpo intocável coloca as mulheres num nível superior. De
acordo com Carolina Coelbo Fortes (2005, p. 477) todas as mártires e
eremitas comemoradas em Legenda Áurea compartilham a mesma
beleza excepcional e merecem a santidade na medida em que
preservam a integridade corporal.
Da mesma forma que quase todas as santas são virgens é grande
também o número de santas mártires. A perfeição feminina parece está
nas dores físicas, além da expressão da masculinidade. O sofrimento é
uns dos principais elementos da vida da santa.
Santa Inês (capitulo 24 p. 183) é um bom exemplo. Inês, virgem
de elevada prudência era linda e de família rica. Um dia ao voltar da
escola, encontrou o filho do prefeito que ficou apaixonado por ela. Ele a
prometeu várias riquezas, contudo Inês devia ser casar com o mesmo.
Inês não aceitou o convite e alegou ser prometida à outra pessoa, e que
este tinha as cinco qualidades exigidas pelas esposas: nobreza de raça,
beleza deslumbrante, abundância de riquezas, coragem e força, amor
verdadeiro. Ao ouvir isso o rapaz filho do prefeito ficou fora de si,
adoeceu de amor.
O prefeito ordenou então que despissem Inês e levassem-na nua
ao lupanar (bordel). Mas o senhor tornou seus cabelos tão espessos que
ela ficou bem mais coberta por eles que por sua roupa. E quando entrou
naquele lugar infame encontrou um anjo do senhor que a esperava e
que encheu o local de uma claridade enorme, ao mesmo tempo em que
a cobria com a túnica. O lugar de prostituição tornou-se assim um lugar
de oração e todo homem saía de lá mais puro do que entrava graças a
essa luz imensa que revestia todos.
Todas as representações textuais e iconográficas de sua legenda
insistem em duas ocorrências dramáticas: o crescimento milagroso de
seu cabelo, e o manto divino que milagrosamente a cobre quando ela
entra no bordel. Essas duas cenas que servem para exaltar a
determinação heróica de Inês permanecer virgem é o ponto máximo da
história.
Assim como existe a valorização de santas virgens e mártires há
também a santidade que provem da mulher casada e mãe. Segundo
Carolina Coelbo Fortes (2005, pagina 482) a santidade da mulher
casada não se baseia em argumentos espirituais, mas na corporalidade,
ou melhor, na negação desta. Na legenda todas as mães são casadas
que mais cedo ou mais tarde tornam-se viúvas. A rejeição dos filhos é
uma forma de masculinização da mulher e as santas mães recorrem a
isso para tornarem-se mais virtuosas. Jacopo claramente se identifica
com a masculinidade sendo a este um dos atributos centrais da
santidade.
A fonte conseguiu atingir sua principal função: a de educar. Jacopo
acreditava que a conversão, que o comportamento santo deveria ser
desejado pelos laicos devia compreender uma grande preparação
intelectual, ou seja, a leitura das sagradas escrituras, dos textos
litúrgicos.
Ao fazermos a analise de Legenda Áurea concluímos que poucas
fontes hagiográficas são tão privilegiadas para dar conta da longa
duração da história da cristianização do Ocidente. Destinada à leitura
devocional solitária e à função de consulta para sermões, como outras
obras do mesmo gênero, a Legenda Áurea se destaca em meio à
documentação hagiográfica por sua longa duração e difusão.
Existem cerca de mil manuscritos latinos da Legenda Áurea que
chegaram até nós e as incontáveis versões da obra, para quase todas as
línguas ocidentais, produzidas desde a Idade Média, embora apresentar
uma enorme difusão e importância, não a impediram de ser uma fonte
pouco explorada.

Bibliografia:

VARAZZE, Jacopo. 2003.Legenda Áurea: vidas de santos. Tradução


Hilário Franco
Júnior.São Paulo: Companhia das Letras.

DUARTE, Elisa e BASTOS, Mário Jorge. 2005. A Emergência dos


Santos da Legenda Áurea e o Sentido da Pregação. In: VI Encontro
Internacional de Estudos Medievais (6.: 2005:Londrina, PR).

FORTES, Carolina. 2005. “Deixará de Ser Mulher e Será Chamada


Homem”: O Topos da Virago na Legenda Áurea. In: VI Encontro
Internacional de Estudos Medievais (6.: 2005:Londrina, PR).

FRANCO, Hilário. 1996. A Eva Barbada-Ensaios de Mitologia Medieval.


São Paulo: Edusp.

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