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Determinação Das Taxas de Sedimentação Na Porção Nordeste Da Baía de Sepetiba Utilizando Datação Com O Radioisótopo PB em Excesso
Determinação Das Taxas de Sedimentação Na Porção Nordeste Da Baía de Sepetiba Utilizando Datação Com O Radioisótopo PB em Excesso
Dissertação apresentada ao
Curso de Pós-Graduação , em
Geociências da Universidade
Federal Fluminense, como
requisito parcial para obtenção do
Grau de Mestre. Área de
Concentração.-Geoquímica
NITERÓI
1996
32 / 0 6
CRISTIANE MARIA SAMPAIO FORTE
BANCA EXAMINADORA
(\
Prof. Dr. Joáè Marcus Godoy
UFF
NITEROl
1996
Dedicatória:
Ao Prof. Dr. José Marcus Godoy (IRD/PUC - RJ), pela sua valiosa
colaboração e paciência, sem a qual não seria possível a concretização deste
trabalho e pela sua participação na banca examinadora.
e 4A noite/ para ti
brilharão AS estrelas.
«Aproxima-te do silêncio/
encontrarás ^ e u s ?
(L. Vahira)
SUMÁRIO
FOLHA DE APROVAÇÃO 02
DEDICATÓRIA 03
AGRADECIMENTOS . 04
EPÍGRAFE 06
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 09
LISTA DE TABELAS 11
RESUMO 12
ABSTRACT 13
1 OBJETIVO DO TRABALHO 14
2 INTRODUÇÃO 15
2.1 Características da Área de Estudo 16
2.2 Sedimentologia : 20
2.3 Sistema de Correntes e Marés 21
25
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
3.1 Determinação das Taxas de Sedimentação 25
3.2 Propriedades Físicas e Químicas do Chumbo 26
3.3 Datação com 210Pb em Excesso 27
3.4 Métodos de Análise de 210Pb em Sedimentos 32
3.4.1 Medida Direta por Espectrometria Gama 32
3.4.2 Contagem por cintilação liquida (CLS) 33
210
3.4.3 Medida indireta de indireta de Pb pela contagem beta do
bismuto 33
210 210
3.4.4 Medida indireta de Pb pela espectrometria alfa do Po 34
210
3.5 Modelos de Datação com Pb 34
3.5.1 Modelo CIC 36
3.5.2 Modelo CRS 39
3.6 Adsorção de metais em sedimentos 41
7
4 METODOLOGIA 44
4.1 Amostragem 44
4.2 Pré-digestão das Amostras de Sedimentação 47
4.3 Lixiviação do 210Pb com HBr - 0.5N 47
5 RESULTADOS 51
5.1 Geocronologia da Porção NE da Baía de Sepetiba 51
5.1.1 Modelo CIC 56
5.1.2 Modelo CRS 61
6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 68
6.1 Principais eventos ambientais na Baía de Sepetiba e suas
influências sobre as taxas de sedimentação locais 68
6.2 Comparação entre os modelos CIC e CRS 72
7 CONCLUSÕES 76
8 BIBLIOGRAFIA 77
9 ANEXOS 83
9.1 Anexo 1: Descrição dos testemunhos 83
210
9.2 Anexo 2: Método de Lixiviação de Pb em excesso em sedimentos
com HBr-0,5N (Modificado) - 84
9.3 Anexo 3: Teores de Água e Porosidade nos sedimentos 88
210
9.4 Anexo 4: Atividade de Pb em excesso 92
LISTA DE FIGURAS
10
LISTA DE TABELAS
11
RESUMO
12
ABSTRACT
210
Pb dating, using two modes of data analysis, CIC and CRS,
was used to determine sedimentation rates in the North East part of
Sepetiba Bay. 210Pb was leached from samples using dilute HBr and
subsequently separated onto anionic exchange columns, followed by re-
extraction and precipitation as PbCrO4 . The original method was
modified by the introduction of a pre-digestion step whose purpose was
to liberate the lead bound as sulphide. The sedimentation rates found,
0.68 - 0.98 cm.y * were moderate, compared to other authors' estimates.
Dating using the CRS model showed a maximum rate of sedimentation
in the period between 1954 and 1977, when the riverine input was
probably at its greatest. The CRS model appears to be more applicable
to the data, since it works over \ortger periods and allows for variations
in sedimentation rate.
13
1 OBJETIVO DO TRABALHO
14
2 INTRODUÇÃO
15
Introdução 16
210
A aplicação geocronológica do Pb em excesso em estudos
geocronológicos foi ilustrada primeiramente por GOLDBERG, seguindo-se o de
210 210
KRISHNASWAMY et. ai. ( JOSHI & SHUKLA, 1991). O Pb em excesso (o Pb
total menos aquele suportado pelo ^ R a ) é produzido na atmosfera pelo decaimento do
222 236
Rn, membro da série de decaimento do U, e alcança a hidrosfera a taxas
aproximadamente constantes. Estes radionuclídeos chegam as áreas costeiras através
de rios, precipitação atmosférica e decaimento "in situ" de 226Ra. Esses traços em geral,
podem ser usados para caracterizar processos ocorridos dentro de uma escala de
tempo de 5 meia-vidas, ou seja, 100 anos como é o caso específico do 210Pb (meia-vida:
22,26 anos).
1
PORTOBRÁS-INPH, 1977. Relatório de Estudos Hidráulicos na Baía de Sepetiba. I. Empr. Portos do
Brasil., S.A., Inst. Pesq. Hidroviárias, Rio de Janeiro.
j E5T DO RIO DE JANEIRO I
Mangaratiba
OCEANO ATLÂNTICO
Alguns fatos ocorridos nas últimas décadas têm refletido em toda a costa
nordeste da Baía de Sepetiba, e o conhecimento destes é de fundamental importância
para a compreensão da evolução das taxas de sedimentação ocorridas naquele local.
Tais fatores são descritos a seguir:
1
PORTOBRÁS, 1979. Empresa de Portos do Brasil S. A., Relatório dos Estudos Hidráulicos na Baía de
Sepetiba executados pelo INPH entre 8/1974 a 12/1975. vol. I, 51 pp. Rio de Janeiro.
Introdução 20
A análise desses fatos nos leva a crer que a costa nordeste da Baía de
Sepetiba é uma área de intensa deposição de sedimentos, isso é o que este trabalho
210
pretende confirmar através da datação com Pb. Os métodos disponíveis para
determinar taxas de sedimentação e sua aplicação à Baía de Sepetiba estão discutidos
na seção 3.2.
2.2 SEDIMENTOLOGIA
RESTINGA DA
MARAMBflIA
o o (*^J o e o e o
o o V—"o o o « o
AREIA GROSSA
r q AREIA MÉDIA
^ AREIA FINA
SILTE
ARGILA
SENTIDO PREDOMINANTE OE
TRANSPORTE DE FUNDO Seg. PONCANO (1576)
HESTINSA DA IÍARAMBAIA
1
PORTOBRÁS (1979) Plano Diretor Portuário do Brasil - Parte A - Plano Diretor - Porto de Sepetiba. Rio
de Janeiro, p. 10 -32.
2
DHN, 1989. Tábuas das marés para o ano de 1990 - Costa do Brasil e Portos Estrangeiros. Marinha do
Brasil, Diretoria de Hidrografia e Navegação, 225p.
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
25
Fundamentos Teóricos 26
longo do perfil, e o segundo modelo CRS (Constant Rate of Supply) o qual se baseia na
210
suposição de que o fluxo de Pb em excesso para o sedimento, em sistemas
fechados, é constante pelo menos nos últimos 200 anos (JOSHI & SHUKLA, op. c/f.).
210
O radioisótopo Pb com meia-vida de 22,26 anos é um radionuclídeo
238 226
natural originado da série de decaimento do U (Figura 4), o qual segue o Ra. O
radioisótopo ^ R a (meia-vida 1622 anos) decai para produzir o gás inerte ^ R n (meia-
vida 3,83 dias) seguindo uma série de nuclídeos com meias-vidas curtas, até produzir o
210 222 226
Pb. Uma fração de átomos de Rn formado pelo decaimento do Ra no solo
210
escapa para atmosfera onde decai para o Pb, o qual atinge a superfície dos solos,
210
lagos e oceanos pelo "fallout" atmosférico. 0 Pb que atinge a superfície dos lagos é
Fundamentos Teóricos 28
rapidamente adsorvido pelo material particulado fino (< 0,45 pm), indo depositar-se no
fundo dos lagos ou oceanos (Figura 5).
MATSUMOTO (1975), JOSHI & Kl) (1979), JOSHI et. a/. (1988),
ROBBINS & EDGINGTON (1975), DURHAM & JOSHI (1980), von DAMM ef. ai. (1979),
210
entre outros autores utilizaram o Pb em excesso (210Pb derivado da precipitação
atmosférica) para datação de sedimentos de lagos e constataram ser esta medida de
grande utilidade na determinação do impacto do homem sobre o meio ambiente,
fornecendo informação sobre as taxas de acumulação dos sedimentos, e como
conseqüência dados sobre os poluentes industriais e domésticos que se fixam neles.
210
Devido a meia vida do Pb ser de magnitude conveniente, a atividade deste exibe um
decréscimo com a profundidade dentro da coluna do sedimento e o gradiente deste
decréscimo fornece informações sobre as taxas de sedimentação. Sendo assim o 210Pb
um excelente traçador para tal fim.
Fundamentos Teóricos 29
210
O esquema de decaimento do Pb (extraído de PACER, 1983), é
apresentado na Figura abaixo.
210
ur
Po
(138,4 dias)
J
206r
D
Pb
(estável)
210,
Pb
(22,26 anos)
J
210r
Figura 6: Esquema de Decaimento do Pb. Segundo PACER, 1993
210
O método direto de contagem do Pb é feito via emissão de partículas
gama (Emáx = 46,5 KeV). A vantagem deste método é que não se faz necessário a
abertura ou digestão das amostras para realização das medidas, sendo determinadas
as concentrações de 210Pb diretamente de cada amostra de sedimento.
210 210
Historicamente, interferências de emissões de Bi e Po tem
210
complicado a radioanálise direta de Pb por detetores proporcionais "gas-iontzation"
(BLAIS & MARSHALL, 1988). Outra dificuldade encontrada é a ocorrência da auto-
absorção da radiação pela própria amostra, que deve ser devidamente corrigida
(WANDERLEY, 1995).
210 210
O método de medida de Pb via Bi requer manipulações químicas
para eliminar interferentes, entre as quais são incluídas lixiviação com ácidos diluídos e
posterior separação em coluna de troca aniônica, seguida da precipitação do Pb como
PbSO4 ou PbCrCv A fração do chumbo separada é guardada por um período de um
mês até que se obtenha o equilíbrio secular entre 210Bi e 210Pb (CASELLA ef. a/., 1981).
210
A medida indireta de Pb pela espectrometria de emissão a (Emàx = 5,3
210
MeV) do Po (meia vida 138 dias) tem sido o método mais usado para determinar a
atividade de 210Pb em sedimentos, em função da deposição espontânea do polônio em
prata ou cobre seguindo uma extração simples com ácido clorídrico (JOSHI, op. cit.;
FLYNN, 1968). A partir das atividades do 210Po, considera-se que as atividades do 210Pb
são as mesmas, desde que ambos estejam em equilíbrio secular.
Apesar de ser largamente utilizado (FLYNN, op. cit.; PACER op. cit.;
ROBBINS & EDGINGTON, 1975; BENNINGER, 1978; CRUSIUS & ANDERSON, 1991),
este método apresenta desvantagens tais como longo tempo de espera desde a
21o 210
separação até que seja alcançado o equilíbrio secular entre o Po e o Pb e
interferências de oxidantes, matéria orgânica e elementos que também se depositam na
prata.
210
A interpretação dos perfis Pb pode ser feita usando dois modelos de
datação básicos apresentados na literatura (SHUKLA & JOSHI, 1989; APPLEBY &
OLDIFIELD, 1978, 1983; MATSUMOTO, 1975; JOSHI & SHUKLA, 1991). O primeiro
modelo CIC (Constant Initial Concentration) assume que a concentração inicial de 210Pb
em excesso para o sedimento é constante e o segundo modelo CRS (Constant Rate
210
Supply) assume que a taxa de fornecimento de Pb em excesso para o sedimento é
constante; os dados são considerados da atividade diferencial (C(t), Bq.g"1) e em termos
da atividade integrada (A(t), Bq.cm"2) para os modelos CIC e CRS respectivamente.
210
Ambos os modelos assumem que o fluxo de Pb (P, Bq.cm"2.ano"1) na interface
Fundamentos Teóricos 35
210
C(0) = atividade de Pb em excesso por grama de sedimento seco na
interface sedimento-água
210
C(x) = atividade de Pb por grama de sedimento seco da profundidade
x (cm)
Interface Sediemeato-Agua
r> /.,\ , - - - - --- -=- -——~-*-
:
. tov.'-.í;'-7•••'••••
;
v . . f •••':•'•• p > ' .
Cíxí .,i
•<
'' (V.".'9 '•:•>•: :>-P
3
<
iii:
^ <•::'•• • ? • . . • : • • • • * • & : ,
210
Onde, Ç(x) é a atividade do Pb por grama de sedimento seco em
função da profundidade x (cm), C(0) representa esta atividade na interface
sedimento/água e X é a constante de decaimento radioativo do 210Pb (0,0311/ano).
t = x/S
Fundamentos Teóricos 37
' ; 0)
\nY=ax+b; (5)
onde
S-(s2+4kÃ)y2
(12)
210
O fluxo de Pb em excesso (Pcic) na interface sedimento/água é
estimado para este modelo, a partir da equação abaixo reproduzida:
2
Pac = C(O).S.Ôsól.(\-0Q) (B q/cm .ano) (13)
Fundamentos Teóricos 39
210
1. Pb em excesso é fornecido para a superfície do sedimento à uma
taxa constante;
210
Esse Pb depositado é chamado não suportado ou excesso para
210
distinguir do Pb derivado I n situ" do decaimento do 226Ra (suportado). Quando estão
asseguradas estas premissas, a atividade integral de 210Pb não suportado, Ax jBq.crrf 2 )
a uma profundidade x(cm), varia de acordo com a equação:
A = A-e~M
210
Onde: Ao = atividade integral total de Pb em excesso abaixo da
superfície do sedimento (Bq.cm'2);
n
4*)
210
onde A(0) é a atividade integrada de Pb em excesso na coluna do sedimento
(Bq/cm2), A(x) é a atividade residual de 210
Pb em excesso (Bq/cm2) até a
profundidade x.
Fundamentos Teóricos 40
Para ajuste das equações realiza-se uma regressão linear da idade contra
a profundidade dos sedimentos do perfil, segundo a equação:
(15)
AÁBqlcm2)
W= \ {*X (g/cm2.ano) (16)
A(x)+Anix)
(Bq/cm2.ano) (19)
Fundamentos Teóricos 41
=J*LN(PCIC/PCRS) (20)
cristalizado, sendo portanto não lábil; e outra não residual com uma composição
bastante lábil. Com o uso de extrações seqüenciais em sedimentos, pode-se obter
informações detalhadas sobre as origens, modos de ocorrência, disponibilidade
biológica e físico-química, mobilização e transporte de metais traço. Num estudo de
extração seqüencial feito por TESSIER (1979), constatou-se que as associações
químicas de metais no sedimento podem ser divididas em cinco fases, descritas a
seguir.
O 210Pb em excesso, por sua origem atmosférica, não pode estar presente
na fase residual. Em ambientes anóxidos, o chumbo reage para formar o sulfeto de
chumbo (PbS), logo pode se encontrar na fase oxidável. Porém, a forma sólida na qual
o chumbo foi depositado, provavelmente, pode não ser esta, podendo estar como um
dos muitos compostos insolúveis do Pb, por exemplo: óxidos ou carbonatos, ou ainda
absorvidos em óxidos de ferro e manganês.
Fundamentos Teóricos 43
4.1 AMOSTRAGEM
OBS.: Para a localização dos pontos amostrados utilizou-se aparelho do tipo GPS
(Global Positioning System)
44
22°54-
uma fração ligada à rede cristalina (residual) e outra não ligada à rede cristalina (não-
residual).
210
Na ausência de grandes quantidades de H2S e matéria orgânica, o Pb
encontrado no sedimento está associado aos óxidos de Fe (III) e Mn (IV) e a dissolução
destes óxidos se dá através do emprego de agentes redutores, e neste sentido, o
cloridrato de hidroxilamina tem-se mostrado bastante eficaz (FLYNN, op. cit.; TESSIER
ei a/., 1979; SIMÕES FILHO et a/., 1993).
210
Pode-se então prever um método de lixiviação do Pb em excesso de
sedimentos utilizando-se HBr-0,5N, já que a liberação de um metal da fase não residual
210
- que é o caso do Pb em excesso ligado ao sedimento - é apenas função do pH
(BEINOIT & HEMOND* apud WANDERLEY, 1995, p. 38).
' BENOITT, G. & HEMOND, H. F. 1990. <l210Po and 210Pb remobilization from lake sediments in relation
to Iron and Manganese cycling." Environ. Sci. Technol., 24(8): 1224-1234.
Metodologia 49
A 2 l o P b = 60. fvR.R
~Rq.E.M
I
H2O2 (30%) + HNO3 (O,
5V+ 3V = 16 mL
HBr-0,5N + Cloridrato
de Hidroxiiamina
(40mL + 0,5 g)
\
f Precipitação do
PbCrO4
l ^°> J
^
I
Í
Separação da Fração\
I
até a secura - - •
beta do ppt após
Filtração e adição de
30 dias
carreador Pb++
1 Masseragem
J Percolação da solução
I
I
descartar a solução em coluna com resina
aniônica
Pesagem de 2 g
de Sedimento Seco
J
Eluição do Pb com
HNO3 - 2M
51
Resultados 52
210r
Figura 12: Atividade de Pb em excesso
em função da Profundidade do sedimento (ponto TBS-PII)
Resultados 54
Al. 210Pb(Bq/Kg)
10
20
E
0)
•o 30
(0
"O
"•5
c 40
8
a.
50
60
70
A t ^ P b (Bq/Kg)
30 50 70 90 110 130 150
0,0 | -, I . A . I (-•-+•
20,0
~ 40,0
a>
•o
(0
"§ 60,0
Í
£L
80,0
100,0
210r
Figura 14: Atividade de Pb em excesso
em função da Profundidade do Sedimento (ponto TBS-PIV)
Resultados 56
10,0
en
%
CQ
•
" • - - • • • —
r
•- - 4
t
• -
1,0
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Profundidade (cm)
210r
Figura 15: Correlação entre o logarítmo natural da Atividade do Pb em excesso
em função da profundidade - TBS-PI
Resultados
10,0
to-
m
I0)
o
I
N
1,0
10 15 20 25 30
Profundidade (cm)
10,0
a = S = 0,025 + 0,09
b = L n 0 0 = 3,5 . . R2 = 33,6
4 -•—•-
'35
§
o.
1,0
6 8 10 12 14 16
Profundidade (cm)
10,0
a = S = - 0,0042 + 0,0023
b=LnOo = 4,07 ±0,037 .. R2 = 11,1*
"O
4
5
I
1,0
10 15 20 25 30
Profundidade (cm)
210
Os fluxos de Pb em excesso para este modelo, conforme a Equação
19, obtiveram valores de 9,7 e 7,6 mBq/cm2.ano para os pontos TBS-PI e TBS-PIII,
respectivamente.
Resultados 62
no
2,0
[ S(1995-1976) = 0,31+0,04 cm/ano n = 6 .. R2 == 98,5%
o
4,0 \
fundidade
6,0
S
8,0
10,0
19 n
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0
TBS-PI
Resultados 65
10
í
"O 15
1
0. 20
25
TBS-PIII
Resultados 66
350
300
•£• 250
i
200
150
/ \
\
100 \
V
--•
•g 50
0 H 1 1
1996 1976 1956 1936 1916 1896 1876 1856
Idade da Camada do Sedimento (calendário)
68
Discussão dos Resultados 69
1
PETROBRÁS-CENPES (1978). Projeto Sepetiba: Relatório preliminar. Rio de Janeiro. 33 p.
Discussão dos Resultados 70
Uma possível explicação para o fato de que essas taxas sejam baixas em
relação àquelas esperadas, seja o transporte horizontal de sedimentos causadas pelas
correntes de marés predominantes naquela região da Baía de Sepetiba.
Baía de Sepetiba:
Delta do Canal de
3-5" Borges, 1990
São Francisco
210
A partir dos fluxos de Pb pode-se calcular as discrepâncias entre os
modelos CIC e CRS para os referidos testemunhos a partir da equação 20, sendo da
ordem de 2 anos para os pontos TBS-PI e 12 anos para o TBS-PIII.
140,0
g 120,0
3.
A Idade (CRS) • Idade OC
1 100,0
80,0
o
•o
IO
•O 60,0
8
is 40,0
2 20,0
0,0
12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0
Profundidade (cm)
CIC x CRS
Discussão dos Resultados 75
140,0
120,0
-A idade (CRS) • Idade (CC)|
"t/T
o \
•^100,0
B
180,0
«8
o
•o
•§60,0
<3
•{§40,0
te
20,0 -[
0,0
30 25 20 15 10
Profundidade (cm)
76
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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9.1.1 TBS-PI
9.1.2 TBS-PII
83
Anexos 84
9.1.3 TBS-PII
9.1.4 TBS-PIV
n _
%H2O+{\-%H2O)lôsol
9.2.3 PRÉ-DIGESTÃO
iii) Centrifugar (3000 rpm durante 30 min) e filtrar em filtro de membrana 0,45
um (anotar o volume recuperado da lixivia).
vi) Filtrar o precipitado (frio) em papel de filtro (tarado) tipo Whatman 44 (2,5
cm de diâmetro), em seguida lavar o precipitado com água deionizada e etanol P.A.
Descartar a solução;
pesoPbCrO 4(mg)
* 31,97
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Anexos 89
210
9.4 ANEXO 4: ATIVIDADE DO Pb EM EXCESSO
EM FUNÇÃO DA PROFUNDIDADE
210
Prof.(cm) A t Ptw«o (Bq/kQ)
1 37.7
2.5 30,1
3,5 26,8
4.5 24,0
5.5 18,9
6.5 80,2
7.5 13.4
8.5 17,9
9.5 9,5
10,5 5,5
11.5 6.7
12.5 0,1
14,5 -
16,5 0.6
18,5 -
20.5 -
22,5 -
24.5 2.8
26.5 -
28.5 -
30.5 3,8
32,5 4,2
34.5 -
36,5 -
38,5 -
Anexos 93
.210,
ü
Tabela 10: Atividade de Pb em Excesso - Ponto TBS - Ptll