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Recursos da Linguagem Poética: Figuras de Linguagem

5. RECURSOS DA LINGUAGEM POÉTICA:


FIGURAS DE LINGUAGEM

Olá, aluno (a)!

Neste material você encontrará o assunto:

RECURSOS DA LINGUAGEM POÉTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM.

Bons estudos!

1. FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem são recursos estilísticos usados para produzir outros


sentidos, dar mais ênfase ao texto e enriquecê-lo. Podem ser usados em diversas
situações comunicativas e amplamente empregados no texto literário.

1.1. METÁFORA

A metáfora é uma comparação implícita. Estabelece uma relação entre a palavra
e o que ela representa.

Exemplo: “Você é luz, é raio, estrela e luar”.

1.2. COMPARAÇÃO

A comparação, como o próprio nome indica, estabelece uma comparação explícita
entre elementos. Nesse caso, a presença do conetivo é obrigatória.

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Exemplo: Seus olhos são como duas jabuticabas.

1.3. ANTÍTESE

A antítese é o uso de termos com sentidos opostos.

Exemplo: “Os poemas em verso livre são enfadonhamente iguais” (Carlos


Drummond de Andrade).

1.4. PARADOXO

O paradoxo representa o uso de ideias opostas, não apenas de termos. Relaciona
características opostas simultaneamente.

Exemplo: “É ferida que dói, e não se sente” (Camões)

Observação: O que difere antítese de paradoxo? A primeira é oposição de


palavras; a segunda é oposição de ideias.

1.5. ELIPSE

A elipse é qualquer omissão de termo que pode ser identificado através do contexto.
Exemplo: Tomei sorvete de morango. (Pronome eu está oculto)

1.6. ZEUGMA

Zeugma é a omissão de um termo já citado. É um tipo específico de elipse.

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Exemplo: Eu gosto de pizza, ele de feijoada. (O verbo gostar está oculto na segunda
oração).

Dica! Todo zeugma é uma elipse, mas nem toda elipse é zeugma.

1.7. EUFEMISMO

Eufemismo é a suavização de uma mensagem desagradável.

Exemplo: Minha vizinha partiu dessa para uma melhor. (A vizinha morreu).

1.8. IRONIA

A ironia ocorre quando há um contraste entre o que está escrito (ou é falado) e a
mensagem que o emissor quer transmitir.

Exemplo: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”.


(Machado de Assis)

1.9. PERSONIFICAÇÃO

A personificação, também chamada de prosopopeia, consiste em atribuir
características humanas a seres não humanos.

Exemplo: O sol sorriu para mim.

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1.10. PLEONASMO

Pleonasmo é a repetição de uma palavra ou de uma ideia contida nela para
intensificar o significado.

Exemplo: “Vamos fugir pra outro lugar, baby”. (Gilberto Gil) (repetição de uma
ideia, pois “fugir” significa sair de um lugar em direção a outro).

1.11. HIPÉRBOLE

A hipérbole é um exagero que causa impacto.

Exemplo: Estou morrendo de frio.

1.12. HIPÉRBATO

O hipérbato é a inversão na ordem direta dos termos na oração. Também é
chamado de inversão e pode aparecer em textos informativos.

Exemplo: Parecem uns anjos meus alunos. (O sujeito está depois do verbo)

1.13. METONÍMIA

A metonímia é a transposição de significados. Ocorre quando consideramos uma
parte pelo todo, uma obra pelo autor, uma marca pelo produto.

Exemplo 1: Muitas pernas atravessam a rua. (Parte pelo todo)


Exemplo 2: Li Machado de Assis e Graciliano Ramos. (Autor pela obra)
Exemplo 3: Tomei Nescau ontem. (Marca pelo produto).

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1.14. SILEPSE

A silepse está atrelada à concordância. Esta é feita de acordo com o contexto, e
não com o que está escrito. Ou seja, quando há concordância verbal ou nominal
com a ideia, mas não com a palavra.

Exemplo: A gente é novo. (“Gente” é substantivo feminino e “novo” é adjetivo


masculino)

1.15. PARONOMÁSIA

A paronomásia (ou paranomásia) é o jogo entre parônimos (palavras com
sonoridade semelhante).

Exemplo: “Os magnetes atraem o ferra; os magnatas, o ouro”. (Antônio Vieira)

1.16. ALITERAÇÃO

A aliteração consiste na repetição de sons consonantais (de consoantes).

Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.

1.17. SINESTESIA

A sinestesia é caracterizada pela mistura de sensações percebidas por diferentes
sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar).

Exemplo: “Despertara-a um grito áspero, vira de perto a realidade […]”. (Graciliano


Ramos) (“grito” se refere à audição e “áspero” refere-se ao tato).

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1.18. PERÍFRASE

A perífrase, também chamada de antonomásia, se caracteriza pela substituição
de uma palavra por uma característica particular dela. É um tipo de metonímia.

Exemplos: Filho de Deus (Jesus Cristo), Terra da Garoa (São Paulo), Cidade
Maravilhosa (Rio de Janeiro).

1.19. ASSÍNDETO

Assíndeto é a omissão de conectivos.

Exemplo: Acordei, tomei banho, comi, trabalhei, estudei, dormi.

1.20. POLISSÍNDETO

O polissíndeto é a repetição de um conectivo.

Exemplo: E eu estudo, e trabalho, e me sacrifico, e não cresço.

1.21. GRADAÇÃO
Gradação é uma sequência de ideias em ordem crescente ou decrescente de
sentido.
Exemplo: “Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada”. (Gregório de Matos)

1.22. APÓSTROFE

Apóstrofe é um chamamento do receptor, imaginário ou não, da mensagem. É
uma interpelação direta e imprevista.

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Exemplo: “Meu senhor, tende piedade dos que andam de bonde”. (Vinícius de
Moraes)

1.23. ANÁFORA

A anáfora é a repetição de palavras de modo regular.

Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar...

1.24. CATACRESE

A catacrese consiste em tomar um termo por empréstimo por não haver um
específico, ou seja, é um termo que existe devido à falta de uma palavra específica
para nomear algo.

Exemplos: cabeça do alfinete; dente de alho; pé da mesa; maçã do rosto; braço da


cadeira.

1.25. ONOMATOPEIA

A onomatopeia é o uso de palavras que imitam sons. É muito comum em histórias
em quadrinhos e tirinhas.

Exemplo: Não aguento mais o tic-tac desse relógio.

Bons estudos!
Professora Vanessa.

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