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Seção 3.6.

Obtenção de informações a partir do gráfico 309

Solução.

a) A função f representada na Figura 3.54a está definida apenas para x ∈ [−2,6].


Além disso, os valores de f (x) variam de −4 a 3. Logo,

D = [−2, 6] e Im = [−4, 3].

b) Observando a Figura 3.54b, notamos que a função f não está definida em x = 2, já


que as duas retas vermelhas possuem bolas abertas para esse valor de x. Por outro
lado, as linhas mostradas na figura excedem as laterais da área quadriculada,
indicando que f também está definida para x < −4 e para x > 7. Desse modo,
podemos supor que a função f esteja definida para todo x ∈ R, com exceção de
x = 2, donde
D = {x ∈ R ∣ x ≠ 2}.
Observando, agora, o eixo-y, notamos que f (x) só pode valer −2 e 1, de modo que

Im = {−2, 1}.

c) Embora a Figura 3.54c inclua apenas uma parte do eixo-x, o gráfico sugere que a
função está definida para x < −4 e para x > 7. Assim, temos

D = {x ∈ R ∣ x ≤ 1 ou x ≥ 3}.

De forma análoga, apesar de não conhecermos o valor da função em todos os pontos


do domínio, a figura nos permite supor que

Im = {y ∈ R ∣ y ≥ −3}.

∎ Zeros da função
Os valores de x que satisfazem a equação f (x) = 0 são chamados zeros de f . Esses
valores correspondem aos interceptos-x do gráfico da função.

Problema 4. Zeros de funções


Determinar graficamente os zeros de
x
f (x) = +1 e g(x) = 3 − x2 + 2x.
2

Solução.

A Figura 3.55 mostra os gráficos das duas funções. Na figura da esquerda, obser-
vamos que o zero de f (x) = x2 + 1 é x = −2 (a coordenada x do ponto verde indicado
no gráfico). O mesmo valor poderia ter sido obtido algebricamente, resolvendo-se a
equação x2 + 1 = 0:
x x
+1=0 ⇒ = −1 ⇒ x = −2.
2 2
Segundo a Figura 3.55b, os zeros de g(x) = 3 − x2 + 2x são x = −1 e x = 3. Natural-
mente, esses interceptos-x também podem ser obtidos algebricamente, bastando para
isso que resolvamos a equação 3 − x2 + 2x = 0.
310 Capítulo 3. Funções

(a) f (x) = x
2
+1 (b) g(x) = 3 − x2 + 2x

Figura 3.55: Gráficos do Problema 4.

∎ Intervalos de crescimento e decrescimento


Nem sempre é suficiente conhecer o valor de uma função em alguns pontos. Muitas
vezes, é importante saber se a função vai aumentar ou diminuir a partir de certo valor
de x. Dito de outra forma, é importante conhecer os intervalos nos quais uma função
é crescente e os intervalos nos quais ela é decrescente.
As figuras 3.56 e 3.57 mostram intervalos nos quais f é, respectivamente, crescente
e decrescente. Como se observa, f é crescente se a cuva sobe ao movermos da esquerda
para a direita sobre o eixo-x. De modo análogo, f é decrescente se, ao movermos da
esquerda para a direita sobre o eixo-x, o gráfico de f desce.

Figura 3.56: f crescente.


Intervalos de crescimento e decrescimento
Seja f uma função definida em um intervalo D. Dizemos que

1. f é crescente em D se, dados quaisquer x1 e x2 em D, tais que x1 < x2 ,


tivermos f (x1 ) < f (x2 );
2. f é decrescente em D se, dados quaisquer x1 e x2 em D, tais que x1 < x2 ,
tivermos f (x1 ) > f (x2 );
3. f é constante em D se, dados quaisquer x1 e x2 em D, tivermos f (x1 ) =
f (x2 );
Figura 3.57: f decrescente.

Exemplo 5. Intervalos de crescimento e decrescimento


Considerando a função f cujo gráfico é mostrado na Figura 3.58, podemos dizer
que

• f é crescente no intervalo (a,b), bem como em (d,e).

• f é decrescente nos intervalo (b,c) e (e,g).

• f é constante em [c,d].
Seção 3.6. Obtenção de informações a partir do gráfico 311

Figura 3.58: Função do Exemplo 5.

A determinação algébrica dos intervalos de crescimento e decrescimento de uma


função é um assunto abordado no curso de Cálculo.

∎ Máximos e mínimos
Assim como é importante saber em que intervalos uma função aumenta ou diminui,
também é relevante conhecer seu valor máximo ou mínimo. Vejamos como caracterizar
esses pontos extremos.

Máximos e mínimos locais

1. O valor f (x̄) é um máximo local – ou máximo relativo – de f se existe


um intervalo (a,b), contendo x̄, tal que

f (x̄) ≥ f (x) para todo x ∈ (a,b).

O valor x̄ é chamado ponto de máximo local.


2. O valor f (x̄) é um mínimo local – ou mínimo relativo – de f se existe
um intervalo (a,b), contendo x̄, tal que

f (x̄) ≤ f (x) para todo x ∈ (a,b).


Figura 3.59: Máximo local.
O valor x̄ é chamado ponto de mínimo local.

Quando nos referimos aos máximos e mínimos, usamos o adjetivos local e relativo
para deixar claro que a análise diz respeito apenas a uma vizinhança de x̄. A Figura
3.59 ilustra a situação, mostrando que, na vizinhança (a,b) definida em torno do ponto
x̄, o maior valor que a função f assume é f (x̄), que por isso mesmo, é denominado
máximo local. Por sua vez, a Figura 3.60 mostra uma vizinhança (a,b) em torno de
x̄, na qual o menor valor de f é justamente f (x̄), o mínimo local.
Nada impede que a função assuma um valor maior que um máximo local, desde
que isso não ocorra nas proximidades de x̄. Dessa forma, uma função pode ter vários
Figura 3.60: Mínimo local. máximos e mínimos relativos, como mostra a Figura 3.61, na qual a, c e e são pontos
de máximo local, enquanto b, d e g são pontos de mínimo local.

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