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Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Cabeamento Estruturado
e Ambiente de Conexão
• Introdução;
• Cabeamento Estruturado;
• Padronização;
• Padrões Chave em Cabeamento Estruturado;
• Ambiente de Conexão.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Compreender e abordar os principais conceitos da utilização de in-
fraestrutura de cabeamento estruturado aplicado a redes locais de
dados, a importância de utilização de padrões, os ambientes de co-
nexão e as principais características de meios físicos de redes basea-
das em normas técnicas internacionais.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Bons estudos!
Cabeamento Estruturado
Muitos administradores de rede acabam tendo problemas de quedas repentinas
nas conexões de rede, e pesquisas mais recentes indicam que a maioria desses pro-
blemas está relacionada à camada física da rede, por não ser projetada e montada
com organização e qualidade e com a camada de aplicação, por estar mais próxima
aos usuários, os quais, muitas vezes, não estão treinados corretamente para acessar
os sistemas. Ou seja, quando uma rede de comunicação é bem projetada, instalada
e configurada e seus usuários bem treinados para acessarem os sistemas e mante-
rem procedimentos seguros para esses acessos, é muito difícil termos problemas
nessa infraestrutura de TIC.
O cabo estruturado é o único que precisa ser instalado para lidar com as neces-
sidades de telefonia e comunicação de dados agora e no futuro. É um sistema que
fornece uma abordagem muito “estruturada” para o sistema de uma rede de mídia
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mista, ou seja, o cabeamento que suporta todo o tráfego de informações transmi-
tidas, como, por exemplo, voz, dados, vídeo e até grandes e complexos tráfegos
gerados por sistemas de banco de dados. Poderia ser descrito como um sistema
que compreende um conjunto de produtos de transmissão, aplicado com regras de
projeto de engenharia que permitem ao usuário aplicar voz, dados e imagens de
uma maneira que maximiza a taxas de dados transmitidas.
https://https://youtu.be/FY1XB0rrYes
Outro fator subjacente é a gestão da mudança, uma vez que deve ser percebido
que arquiteturas de sistema podem mudar com frequência quando o sistema evolui.
Por esse motivo, a arquitetura de cabeamento deve ser capaz de mudar com míni-
ma inconveniência. A disposição de um painel central proporciona administração e
flexibilidade necessárias para fazer adições, movimentos e alterações. As alterações
podem ser facilitadas com um simples interruptor posicionado ao longo do meio
como remendo, ou permitindo interconectividade.
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UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
Padronização
No início da criação das redes de computadores, os sistemas operacionais e
os sistemas físicos de interconexão eram proprietários, ou seja, se naquela época
você tivesse que montar um projeto de infraestrutura de rede, você deveria montá-
-lo baseando-se em um fabricante apenas, que fornecia praticamente todo o am-
biente necessário para a sua infraestrutura de TI. Porém, caso algum componente
da rede desse problema, a única alternativa era adquirir desse mesmo fabricante
e pelo valor que ele desejasse na época, pois não se tinha concorrência. Com a
evolução das tecnologias da informação e a criação de novos dispositivos de outros
fabricantes, era praticamente impossível conectá-los nessas redes proprietárias.
Nesse contexto, surge a necessidade das definições de normas e padrões tanto em
relação aos componentes físicos de interconexão, como os componentes lógicos
(sistemas operacionais e protocolos de comunicação) que permitiam que dispositi-
vos de vários fabricantes pudessem se comunicar entre si (FILHO, 2015).
no endereço: https://youtu.be/egGiKsHS-CE
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sistemas de cabeamento estruturado que podem facilmente acomodar tecnologias
existentes, equipamentos e usuários, bem como as futuras tecnologias que estão
por vir (ANSI/TIA/EIA-568-C.0).
Hoje, existem duas organizações principais envolvidas no desenvolvimento de
padrões de cabeamento estruturado. Os padrões (TIA) Telecommunications Indus-
try Association são geralmente especificados na América do Norte. E a (ISO) In-
ternational Organization for Standardization são, por sua vez, mais comumente
usadas fora da América do Norte.
Organizações de Padronização
Hoje, há um número de organizações que desenvolvem normas relacionadas
com o cabeamento e sistemas de comunicações. Podemos citar por exemplo:
• ANSI (American National Standards Institute): Este grupo coordena e ado-
ta normas nacionais nos EUA.
• BICSI (Building Industry Consulting Service International): Esta associa-
ção é compatível com os sistemas de transporte de informação (ITS) da indús-
tria com informação, educação e avaliação de conhecimentos.
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• Estruturas do sistema de cabeamento de telecomunicações;
• Topologias e distâncias multitenant;
• Requisitos de instalação para o par trançado e fibras ópticas;
• Requisitos de desempenho de fibra e de teste.
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UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
• Confiabilidade Conector;
• Requisitos das Medições;
• Procedimentos de Teste de Cabeamento e Componentes;
• Método de Ensaio de Impedância e Limites de Perda NEXT;
• Dispositivos de Teste para Conector e outros.
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ANSI/TIA-606-B: Padrão de Administração para Infraestrutura de Teleco-
municações Comercial. A administração de uma planta de cabeamento é cada
vez mais importante em um edifício que pode ter muitos usuários e aplicações
de redes ao longo do seu tempo de vida útil. Esse padrão especifica quatro clas-
ses de administração com base na complexidade da planta de cabeamento a ser
administrada. Ele também inclui um adendo para instalações em Data Center e
informações técnicas adicionais.
Ambiente de Conexão
A estrutura do sistema de cabeamento de telecomunicações, como foi dito an-
teriormente, baseia-se na norma ANSI/TIAS/EIA-568-C.0 e ANSI/TIA/EIA-568-
-C.1, que fornece uma representação dos elementos funcionais que compreendem
um sistema de cabeamento genérico. Na próxima figura, são apresentados os ele-
mentos funcionais descritos em um sistema de construção de cabeamento comer-
cial. Como os seguintes ambientes:
• Instalações de Entrada;
• Salas de Equipamento;
• Quarto de Telecomunicações ou em algumas implementações, recintos de te-
lecomunicações;
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UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
• Cabeamento de Backbone;
• Cabeamento Horizontal;
• Área de Trabalho.
WA WA WA WA
WA TR TE
WA HC HC
HC
TR
AP
MC IC
EF ER
ER
WA WA
Building 1 Building 2
Legend
Access provider AP
Entrance facility EF Backbone (Cabling Subsystem 3)
Equipment room ER
Main cross-connect (Distributor C) MC Backbone (Cabling Subsystem 2)
Intermediate cross-connect (Distributor B) IC
Telecommunications room TR Horizontal (Cabling Subsystem 1)
Telecommunications enclosure TE
Horizontal cross-connect (Distributor A) HC
Work area WA
Telecommunications outlet/connector (equipment outlet)
Cross-connect
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espécie de concentrador em edifícios ligados ao MC e vários HCs, que seriam os
pontos de ligação com a conectividade horizontal, ou seja, ela geralmente cobre
o andar em que está posicionada e tem como função fazer a ligação dos usuários
daquele ambiente (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
A topologia requerida por esta norma foi selecionada devido a sua aceitação e
flexibilidade em atender a uma variedade de requisitos de aplicação. A limitação a
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UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
dois níveis de conexões cruzadas é imposta para limitar a degradação de sinal para
sistemas passivos e para simplificar movimentação, acréscimos e mudanças dos
meios físicos. Essa limitação pode não ser adequada para instalações que tenham
um grande número de edifícios ou que cubram uma grande área geográfica. O ca-
beamento de fibra óptica centralizado foi projetado como uma alternativa para a
conexão cruzada localizada em um TR ou TE. Podemos entender melhor obser-
vando a próxima figura:
MC
Backbone Backbone
cabling cabling
IC IC
Backbone
cabling
HC HC Horizontal
cabling
Horizontal
cabling
TO TO TO TO TO TO TO
MC
Legend:
Backbone
TO Telecommunications outlet (equipment outlet) cabling
HC Horizontal cross-connect (Distributor A) Horizontal
IC Intermediate cross-connect (Distributor B) cabling
MC Main cross-connect (Distributor C)
Optional cabling HC
Optional consolidation point
Horizontal
cabling
TO TO TO
Figura 2 – Topologia de Estrela Hierárquica (ANSI/TIA/EIA-568-C.1
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(geralmente chamado de sala de equipamentos). É muito importante lembrar que,
como os cabos de backbone geralmente interligam os racks horizontais e interme-
diários à sala de equipamentos principal, ele se torna a espinha dorsal da rede, que
geralmente é o meio por onde os dados precisam passar por maiores velocidade e
geralmente possuem sistemas de redundância, para evitar eventuais problemas de
conectividade, pois se um backbone der problema, certamente um pedaço da rede,
ou a rede toda, será comprometida. Os componentes típicos encontrados em um
ambiente de cabeamento estruturado, incluindo o cabo horizontal, o cabo de back-
bone, as tomadas de telecomunicação e os cabos de conexão (PINHEIRO, 2015).
Podemos verificar isso na próxima figura:
• Cabos Horizontais: Os trechos horizontais são implementados com mais fre-
quência com cabos de condutores sólidos de 100 ohms, quatro pares e de par
trançado não blindado (UTP), conforme especificado no padrão ANSI/TIA/
EIA-568 para edifícios comerciais. O Padrão também prevê o cabeamento ho-
rizontal a ser implementado usando fibra óptica multimodo de 62,5/125-mí-
cron ou 50/125-mícron. O padrão reconhece o cabo de par trançado blinda-
do 150 ohm (STP), mas não o recomenda para novas instalações, e espera-se
que seja removido da próxima revisão do padrão. Se desejar utilizar um cabo
com blindagem recomendada, orienta-se a utilização do cabo do tipo ScTP. Já
cabo coaxial não é mais um tipo de cabo horizontal reconhecido para instala-
ções de voz ou dados.
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UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
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Subsistema Central de Fibra Óptica
O cabeamento de fibra óptica centralizado deve atender aos requisitos da norma
ANSI/TIA-568-C.0 e é projetado como uma alternativa para a conexão cruzada
localizado no TR ou TE. Apesar de o sistema de cabeamento de fibra óptica ser
usado com mais frequência no backbone da rede, por causa das suas características
e maior alcance, ele também pode fornecer conexões de áreas de trabalho (WAs),
que têm como função acomodar e interligar os usuários da rede. A distância má-
xima permitida para um cabo de passagem (também conhecido como canal, que
interliga em uma conexão horizontal a área de trabalho) é de 90 m (295 pés). Já as
distâncias de interligação do backbone dentro de um ambiente local podem variar
entre 2.000 m a 3.000 m, isso depende de qual tipo de fibra utilizado no projeto
de infraestrutura. Podemos ver o layout desse tipo de conexão na próxima figura:
Telecommunications
outlet/connectors
Horizontal cable
(Splice or
WA
interconnect) TE
Backbone cable
Telecommunications
outlet/connectors
Horizontal cable
WA
(Splice or
TR interconnect)
Backbone cable
(Pull-through Telecommunications
Horizontal cable outlet/connectors
cable)
WA
TR
Legend:
Equipment
ER Eqipment room
TR Telecommunications room
TE Telecommunications enclosure
WA Work area
Backbone cable
Centralized Horizontal cable
cross-connect ER
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Cabeamento Horizontal
O cabeamento horizontal inclui cabo horizontal, tomadas/conectores de teleco-
municações na área de trabalho (WA), terminações mecânicas (path panels) e patch
cables ou jumpers localizados em uma sala de telecomunicações (TR) ou gabinete
de telecomunicações (TE) e pode incorporar conjuntos de tomadas de telecomuni-
cações do usuário (MUTOAs) e pontos de consolidação (CPs).
Cada cabo metálico de 4 pares (UTP) na tomada do equipamento deve ser termi-
nado em um conector modular de oito vias (conector fêmea) ou em caso de conexão
de fibras ópticas, devem ser terminadas em uma tomada de fibra duplex (geralmente
uma fibra multimodo que é muito usada em ambientes locais) e que atendam aos
requisitos das normas para esse fim.
Laptop computer
Telephone
WA
HC
CP
Legend:
Laptop computer
WA Work area
Telephone WA
HC Horizontal cross-connect
CP Consolidation point
Horizontal cabling (Cabling Subsystem 1)
Telecommunications outlet
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O excedente de 10 metros para os patch cords que tem como função fazer a liga-
ção entre o patch panel que interliga os dispositivos intermediários de rede ativos
(como por exemplo um switch) e o patch cord que tem como função interligar a
tomada de telecomunicações da WA ao computador do cliente da rede (usuários).
A soma total do tamanho máximo do canal e dos patches cords não pode ser su-
perior a 100 metros, que é o tamanho máximo que um cabo de par trançado pode
suportar sem dispositivo de repetição de sinal (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
Área de Trabalho
Como já foi dito os componentes da área de trabalho (WA) estendem-se desde
a saída de telecomunicações/extremidade do conector do sistema de cabeamento
horizontal até a tomada posicionada em WA, que geralmente é uma conexão metá-
lica do tipo UTP e/ou uma conexão óptica do tipo multimodo. É possível também
utilizar um dispositivo passivo de rede conhecido como MUTOA (Multi-user Tele-
communications Outlet Assembly), que age como um ponto múltiplo de conexão
física (por exemplo, pode interligar 5 dispositivos), como podemos verificar na
próxima figura:
Patch cords/jumpers
Work area
cords Telecommunications
Equipment
outlet/connectors cords
Laptop computer
Horizontal
cables HC
MUTOA Backbone
Telephone cable
WA TR/TE
Legend:
WA Work Area
TR Telecommunications room
TE Telecommunications enclosure
HC Horizontal cross-connect
MUTOA Multi-user telecommunications outlet assembly
https://youtu.be/NRE6O_mvFus
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Introduction to Structured Cabling
Livro Texto: DUKDA, S. Introduction to Structured Cabling. EUA: Division IT
Ministry of Communication, 2000.
Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo: Do Projeto à Instalação
Livro Texto: MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo:
Do Projeto à Instalação, v. 1. São Paulo: Erica, 2008.
Leitura
ANSI/TIA/EIA-568-C.0
Generic Telecommunications Cabling for Customer Premises. EUA: Telecommu-
nications Industry Association, 2009.
ANSI/TIA/EIA-568-C.1
Commercial Building Telecommunications Cabling Standard. EUA: Telecommu-
nications Industry Association, 2009.
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Referências
COELHO, P. E. Projetos de Redes Locais Com Cabeamento Estruturado. Belo
Horizonte: Instituto Online, 2003.
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