Você está na página 1de 4

PRAGAS

QUARENTENÁRIAS

PRAGA?
Segundo a Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais (CIPV), PRAGA é qualquer espécie, raça ou
biótipo de planta, animal ou agente patogênico, nocivo a plantas ou produtos vegetais.

QUARENTENÁRIAS:
PRAGA QUARENTENÁRIA?
É uma praga de potencial econômico para uma área em perigo; embora ainda não presente, ou se presente,
não amplamente distribuída e sob controle oficial. Assim, uma praga quarentenária pode ser classificada em dois
grupos:
PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES (PQP) - A1
PRAGAS QUARENTENÁRIAS AUSENTES (PQA) - A2

PRAGAS QUARENTENÁRIAS AUSENTES-PQA (A1):


São pragas cuja presença nunca foi relatada no país, mas que apresentam características de serem potenciais
causadores de relevantes danos econômicos, caso sejam introduzidas.
PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES-PQP (A2):
São pragas de importância econômica potencial, já presentes no país, porém não estão amplamente distribuídas e
estão sob controle oficial.

Com relação a essas duas classificações, é importante saber que a Instrução Normativa n° 52, de 20 de novembro
de 2007 estabelece a lista de pragas quarentenárias ausentes (A1) e de pragas quarentenárias presentes (A2)
para o Brasil, que listamos no final desse material em duas tabelas (1 e 2).

O QUE SÃO PRAGAS NÃO


QUARENTENÁRIAS REGULAMENTADAS (PNQR)?
São aquelas cuja presença nas plantas para plantação influi no uso proposto para essas plantas com repercussões
economicamente inaceitáveis e que, portanto, está regulamentada no território da parte contratante importadora. O
conceito de “plantas para plantação” corresponde à definição de “sementes”.

Plantas para plantio = plantas vivas e suas partes, incluindo as sementes, bulbos e tubérculos, bem como diversos
tipos de material propagativo vegetal, que pode ser plantas inteiras ou suas partes como as estacas.

Regulamentadas = Controle Oficial

FIQUE ATENTO!!!
A INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2006, Art. 2º, Estabelece que Praga Não
Quarentenária Regulamentada (PNQR) é praga não quarentenária, presente em Material de Propagação Vegetal
(MPV), que afeta o uso proposto deste material, causando impactos economicamente inaceitáveis e que está
regulamentada na área de Análise de Risco Pragas.

TOME NOTA - Para proteção dos cultivos nacionais produzidos para abastecer o mercado interno, bem como
para exportação e geração de divisas, o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) determina que há requisitos
fitossanitários para importação e exportação de produtos vegetais, por isso deve ser feita a Análise de Risco de
Pragas (ARP).
ANÁLISE
DE RISCO DE PRAGAS (ARP)?
É o processo de avaliação biológica ou outra evidência científica e econômica para determinar se um
organismo é uma praga, se ela deve ser regulamentada, e a intensidade de quaisquer medidas fitossanitárias a
serem adotadas contra ela. (NIMF Nº 2, 2007).

A Análise de Risco de Pragas (ARP) é feita através de etapas que estão descritas na INSTRUÇÃO NORMATIVA
Nº 40, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2006. É interessante que todo esse conteúdo seja estudado.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2006.

Art. 1º Aprovar as Definições e Procedimentos Técnicos de ARP para PNQR, na forma do Anexo à presente Instrução Normativa.

DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DE ANÁLISE DE RISCO DE PRAGAS PARA PRAGAS NÃO QUARENTENÁRIAS
REGULAMENTADAS

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Neste Anexo são descritos Definições e Procedimentos Técnicos de Análise de Risco de Pragas (ARP) para Pragas Não-
Quarentenárias Regulamentadas (PNQR), bem como os processos integrados a serem adotados na avaliação do risco e opções de
manejo do risco, para a área de ARP.

Art. 2º PNQR é praga não quarentenária, presente em Material de Propagação Vegetal (MPV), que afeta o uso proposto deste
material, causando impactos economicamente inaceitáveis e que está regulamentada na área de ARP.

Art. 3º Os níveis de tolerância estabelecidos para PNQR deverão estar tecnicamente fundamentados por meio de ARP, e se
aplicam em todo o território nacional.

§ lº Justificadamente, poder-se-á realizar ARP para área(s) dentro do território nacional, sendo os níveis aplicados na(s)
respectivas áreas de ARP.

§ 2º As importações de Material de Propagação Vegetal obedecerão aos níveis de tolerância estabelecidos pela respectiva
ARP.

§ 3º Todas as ARPs deverão ser aprovadas pelo MAPA.

Art. 4º As ARPs para PNQR serão realizadas para identificar pragas associadas a MPV, avaliar o potencial destas pragas em
causar dano econômico e, se for o caso, indicar os níveis de tolerância, e identificar as opções de manejo para garantir o nível de
tolerância.

Art. 5º A ARP para PNQR é composta por 3 (três) etapas, sendo:


Etapa 1: Início do Processo

• Identificação das pragas associadas ao Material de Propagação Vegetal (MPV), que não são pragas
quarentenárias, mas podem ter importância regulatória e serem consideradas na ARP;

Etapa 2: Avaliação do risco

• Categorização individual das pragas associadas ao MPV e seu uso proposto, para determinar se satisfaz aos
critérios de PNQR.*

• Análise para determinar se o MPV constitui uma das principais fontes de infestação da praga, e se o impacto
econômico da praga é inaceitável para o uso proposto do MPV.

Etapa 3: Manejo do risco

• Indicação do nível de tolerância da PNQR, para evitar os impactos econômicos inaceitáveis, identificados na
etapa 2, e opções de manejo para garantir o nível de tolerância indicado.
* Comparação entre PNQRs e Outras Pragas - Comparação com pragas quarentenárias

As pragas quarentenárias e as PNQRs podem ser comparadas com base em quatro


elementos de seus critérios de definição: status da praga no país importador, via de
ingresso/produto básico, impactos econômicos relacionados com a praga, e a aplicação
de controle oficial.

Comparação entre Pragas Quarentenárias e PNQRs

Critério de definição Praga Quarentenária PNQR

Status da praga Ausente, ou de distribuição Presente, e pode ser


limitada amplamente distribuída

Via de ingresso/material Medidas fitossanitárias para Medidas fitossanitárias


básico qualquer via de ingresso somente em caso de
plantas para plantio

Impacto econômico O impacto é previsto O impacto é conhecido

Controle oficial Sob controle oficial, se Sob controle oficial com


presente, com o objetivo de respeito às plantas para
erradicação ou contenção plantio especificadas, com
o objetivo de supressão

Art. 6º Levantamento de informações da praga deverá ser realizado durante todas as etapas do processo de ARP, como sua
distribuição, impactos econômicos causados, e sua relação com o MPV.

Parágrafo único. As informações sobre pragas devem ser baseadas em fontes oficiais ou cientificamente comprovadas, por
meio de artigo científico ou declaração de especialista.

PQP (A2) presentes no Paraná


Sigatoka negra - Pseudocercospora fijiensis (Mycosphaerella fijiensis) FUNGO
Hospedeiros: Bananas e Helicônias

Cancro europeu - Neonectria ditissima (Neonectria galligena) FUNGO


Hospedeiro: Maçãs

HLB - Greening (Candidatus liberibacter americanus e Candidatus liberibacter asiaticus)


BACTÉRIA
Hospedeiros: Citros

Cancro cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) BACTÉRIA


Hospedeiros: Citros

Mancha preta - Phyllosticta citricarpa (Guinardia citricarpa) FUNGO


Hospedeiros: Citros
Das A2 que atacam o Citros, todas estão no PR!
PQP (A2) AUSENTES no Paraná
Mosca da carambola (Bactrocera carambolae)
Hospedeiros: diversas frutas
Presente: Amapá, Pará e Roraima

Bicudo da acerola (Anthonomus tomentosus)


Hospedeiros: acerola
Presente: Roraima

Broca da manga (Sternochetus mangiferae)


Hospedeiros: manga
Presente: Rio de janeiro

Murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum raça 2)


Hospedeiros: Bananeira e helicônia
Presente: Alagoas, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Sergipe

DAS A2 IMPORTANTES À BANANICULTURA, APENAS


SIKATOKA NEGRA ESTÁ NO PR!
Cancro bacteriano da videira (Xanthomonas campestris pv. viticola)
Hospedeiros: Videira (Vitis spp.) e seus híbridos.
Presente: Bahia, Ceará, Pernambuco e Roraima

Você também pode gostar