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RESUMÃO DE COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

1 – RESUMO DE COERÊNCIA TEXTUAL

COERÊNCIA – processamento cognitivo e análise. Conexão conceitual e estruturação de


sentido.
Conexão conceitual = sentido
Coerência – é o encadeamento linear
Coerência – é a não-contradição de sentidos entre passagens de um texto.
Para se criar sentido global do texto, uma ideia ajuda a compreender a outra.
Quando não há coerência no texto, há violação das articulações do conteúdo (texto sem
sentido), temos a incoerência.

Significa que moradores não podem entrar.

Significa que somente moradores podem entrar.

Esquemas da coerência: Frame, Esquemas e Planos. (F-E-P)


FRAME – modelo global de conhecimento comum sobre um conceito primário. Ex.: Natal,
Carnaval. (situações estereotipadas = categorizadas, tipificadas)
Frame estabelece que o elemento faça parte do todo, mas não estabelece entre eles uma
ordem ou sequência lógica ou temporal.
Ao falar Festa de aniversário, é ativado esquema cognitivo que remete a aniversário: bolo,
festa, brigadeiro, presentes.
ESQUEMAS – são modelos cognitivos globais de eventos, dispostos na sequência
ordenada, ligada por relações de proximidade temporal ou causalidade.
Ex.: O marido vê uma ambulância e um carro de polícia parados e fala à esposa que há um
acidente grave na esquina. (isso porque os esquemas foram acionados pelos modelos
cognitivos. Pode não ter acontecido o acidente grave, mas o fato de a ambulância e o carro de
polícia estarem ali, já é indicativo de esquema=modelo cognitivo de evento)
PLANOS – modelos de comportamentos deliberados exibidos pelas pessoas, podendo
abranger vários propósitos.
Os planos levam o leitor a perceber a intenção do escritor. Permite reconhecer o que
pretende o planejador.
Ex.: O bandido pula o muro, com a arma em punho. Visualiza a vítima pela janela, abre a porta
lentamente, aponta sua arma e... (leitor percebe a intenção do escritor) Atira na vítima,
causando uma ferida mortal.
TIPOS DE COERÊNCIA (F-L-A_N-E-T): Narrativa, Argumentativa, Figurativa, Temporal,
Espacial, de Linguagem.

COERÊNCIA NARRATIVA – implicações lógicas. Para executar uma ação, deve-se ter a
capacidade ou saber fazê-la.
Quando um sujeito executa uma ação que não tem condição de executá-la, chama-se
incoerência narrativa.
Ex.: No interior da sala, havia muita fumaça que não deixava ver ninguém. Fiquei no canto da
sala, observando as pessoas que lá estavam. (Como não podia ver ninguém por causa da
fumaça e observei as pessoas? Isso é incoerência narrativa, não podia ver e viu).
COERÊNCIA ARGUMENTATIVA – relações de implicação ou adequação entre
pressupostos ou afirmações explícitas inseridas no texto e conclusões retiradas dele.
Ex.1: O descontrole orçamentário é a causa da inflação e este é o problema mais grave do
país. Conclui-se... O governo deve aumentar os gastos públicos para reaquecer a economia.
Ex.2: Todo cão come carne. O cão é uma constelação. Logo, uma constelação come carne.
(silogismo é uma coerência argumentativa)
COERÊNCIA FIGURATIVA – combinatória de figuras (imagens) ou compatibilidade de
figuras entre si.
As figuras no texto devem ser compatíveis entre si, criando uma conexão conceitual.
Ex.1: uma festa, numa biblioteca, com serviço de chá, estantes de mogno, livros encadernados
em couro, tapetes persas, quadro de pintores famosos, homens vestidos de terno e gravata,
mulheres vestidas de tailleur, chá servido por mordomo uniformizado, e a música de fundo era
pagode. (A figura da música é incompatível com a figura do ambiente.)
Ex.2: Eu não viso o trabalho ao lucro. Visar (por o visto) – em objetos concretos. Visar (almejar)
– objetos abstratos. (Há incompatibilidade entre as ideias de trabalho e lucro. A frase correta
seria “Não associo o trabalho ao lucro”).
COERÊNCIA TEMPORAL – sucessividade dos eventos. Compatibilidade entre
elementos do texto, na localização temporal.
Ex.: Quando o professor entrou, ele já tinha posto a cola embaixo da prova e sentava tranquilo
em seu lugar. O professor pegou-o em flagrante, quando estava colocando a cola embaixo da
prova. (Há incompatibilidade dos enunciados sob o ponto de vista temporal, uma vez que o
mesmo evento é considerado, ao mesmo tempo, anterior).
COERÊNCIA ESPACIAL – compatibilidade entre enunciados sob o ponto de vista de
localização no espaço.
Ex.: Embaixo do único lustre, colocado no meio do teto, um grupo de pessoas conversava.
Quando ele entrou, todos pararam de falar e olharam para ele, que não se importou e foi
também postar-se embaixo do lustre num dos cantos do salão. (incompatibilidade espacial:
no meio do salão ou no canto do salão?)
COERÊNCIA DE LINGUAGEM – compatibilidade da variante linguística escolhida. É
inadequado usar expressões chulas em textos formais.
Ex.: Magnífico Reitor da USP, tendo tomado conhecimento pelos periódicos paulistas,
manifesto o repúdio ao fato de uma instituição pública querer subtrair da população de uma
cidade desumana um espaço de lazer. Francamente, achei a maior sujeira da parte da USP,
sacanagem, nada a ver. (Inadequado usar palavras chulas em textos formais).
Quando não há coerência narrativa, há incoerência.
Quando não há coerência figurativa, há incompatibilidade.
Quando não há coerência temporal, há incompatibilidade.
Quando não há coerência espacial, há incompatibilidade.
Quando não há coerência de linguagem, há inadequação de expressões.

ELEMENTOS DE COERÊNCIA: a) conhecimento de mundo; b) mecanismos gramaticais


e semânticos da língua; c) contexto; d) situação de comunicação; e) regras do gênero ao qual o
texto pertence.
a) CONHECIMENTO DE MUNDO – dados referentes ao mundo físico, cultural, científico
que constituem o repertório.
Ex.: Filho, fardado, da polícia, diz ao pai que virou policial. O pai, desesperado, pergunta
ao filho se já fez plano funeral. (pelo conhecimento de mundo, o policial está associado
à morte, pelo enfrentamento ao crime).
b) MECANISMOS GRAMATICAIS E SEMÂNTICOS – recursos que a língua nos
proporciona, que não cria incompatibilidades entre os termos.
Ex.: Felicidade é viver como aprendiz. É retirar de cada fase da vida uma experiência
significativa para o alcance de nossos ideais. É basear-se na simplicidade do caráter ao
executar problemas complexos; ser catarse permanente de doação sincera e
espontânea. (Problemas são resolvidos. Catarse é reação de liberação ou liquidação
de afetos por muito tempo recalcados no subconsciente e responsáveis por um trauma).
c) CONTEXTO – unidade linguística maior. A frase constitui o contexto da palavra. O
texto constitui o contexto da frase.
Ex.: Canadá em SP. Parque canadense será inaugurado hoje. SP ganha hoje um
parque que reúne duas grandes “paixões” do paulistano: o verde e a água. O verde está
na arborização do novo local de lazer. E a água está no lago.
d) SITUAÇÃO DE COMUNICAÇÃO – Um texto pode se parecer um absurdo quando não
se conhece a situação em que foi produzido. Permite deixar-se implícitos alguns
segmentos do texto.
Ex.: Xingar um juiz. Numa audiência do judiciário, dá problema. Já, xingar um juiz, num
jogo de futebol, não dá problema.
e) REGRAS DO GÊNERO A QUE PERTENCE – Há gêneros de textos ficção, conto de
fadas, documentos oficiais, discurso jurídico. A lógica do mundo apreendida pela
experiência imediata não tem valor. Cada gênero constrói seu mundo de
significação.
Ex.1: Um jornal anuncia na capa que Fátima Bernardes abandona Willian Bonner para
fazer programa. (é elemento de coerência em relação ao gênero a que pertence).
Ex.2: A capa de um jornal traz a matéria que Governo vai lançar PAC 3 sem concluir o
primeiro. (é elemento de coerência em relação ao gênero a que pertence).
2 – RESUMO DE COESÃO TEXTUAL

COESÃO – manifestação da coerência. É construída através de mecanismos gramaticais e


lexicais.
Coesão tem caráter linear, proporciona leitura com menor esforço cognitivo (significado).

COESÃO TEXTUAL – Liga partes de um texto.


Mecanismos de coesão (re-co e-s-c): 1) referência; 2) coesão lexical; 3) elipse; 4)
substituição; e 5) conjunção.
Ex.: Carmem é uma boa aluna. Carmem é estudiosa. Carmem vai à aula todos os dias.
Corrigindo: Carmem é uma boa aluna que vai à aula todos os dias.
Coesão é a concatenação frásica linear.
A coesão que se dá “dentro” do texto é chamada endofórica (anáfora e catáfora).
A coesão que se dá “fora” do texto é chama exofórica.
COESÃO EXOFÓRICA – ocorre quando o referente está fora do texto. Ex.: Naquele tempo a
gente era mais feliz.
COESÃO ENDOFÓRICA – ocorre quando o referente está dentro do texto. Temos: anáfora e
catáfora.
ANÁFORA – referente precede o item coesivo. Ex.: Ricardo e Paulo são excelentes
advogados. Eles se formaram em uma conceituada universidade.
CATÁFORA – referente sucede o item coesivo. Ex.: Realizou todos os sonhos, exceto
este: o de entrar na universidade.

COESÃO pode se dar “fora” do texto (exofórica). Uso dos artigos: Era uma vez um rei. O rei...
REFERÊNCIAS EXOFÓRICAS OU DÊITICAS - Dêixis mostra ou aponta para o contexto
situacional da interação.

MECANISMOS DE COESÃO REFERENCIAL: anáfora e catáfora.


ANÁFORA - Um termo dito (referente) é recuperado por um item coesivo depois.
Ex.: Ronaldo anunciou a saída dos campos, num clima de grande emoção. Ele ainda afirmou
que continuará no meio futebolístico.
CATÁFORA – Termo pressuposto (referente) aparece após o termo coesivo.
Ex.: Tendo aceitação pelo time, ele não poderia anunciar sua aposentadoria. Ronaldo se
identificou com a torcida.

ANÁFORA – recupera o referente já expresso. Inicia vários versos ou frases pela mesma
palavra. A anáfora é praticada tanto em prosa quanto em verso.
Ex.: Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente; é um contentamento
descontente; é dor que desatina sem doer; é um não querer mais que bem querer. (Camões).
CATÁFORA – faz projeção do termo que será citado. Usa-se a pró-forma antes do termo citado.
Ex.1: A dona de casa foi ao mercado e comprou tudo isto: feijão, arroz, carne.
Ex.2: O marido, ao sair de casa, pegou suas coisas: roupas, livros etc.
Ex.3: O inspetor de alunos flagrou os dois matando aulas: Carlos e João.
COESÃO REFERENCIAL – estabelece referência, não são interpretados semanticamente. São
vazios semanticamente. Ex.: pronomes, advérbios.

Na coesão referencial, o leitor relaciona determinado signo a um objeto, dentro da cultura em


que vive. Ex.: uma placa de proibido parar e estacionar.

COESÃO REFERENCIAL – ex.: Machado de Assis, nosso maior escritor, comemora


aniversário. Não comemorar é ofender a memória do mestre, sabendo que ele imprimiu sua
vida, já que o Bruxo do Cosme Velho vive na memória de muitos.

A coesão referencial pode se dar por substituição e por reiteração.

COESÃO REFERENCIAL POR SUBSTITUIÇÃO – um componente é retomado ou procedido


(anáfora / catáfora) por uma pró-forma (elemento gramatical).

Pró-formas são representadas pelas seguintes classes gramaticais: a) pronome; b) verbo; c)


advérbio; d) numeral.

COESÃO REFERENCIAL POR SUBSTITUIÇÃO


Ex.1: Tenho um automóvel. Ele é verde.(Ele=pró-forma pronominal, tem função pró-sintagma).
Ex.2: Há a hipótese de terem sido os asiáticos os primeiros habitantes da América. Isso é
bastante plausível. (Isso= pró-forma pronominal, tem função pró-oração).
Ex.3: Lúcia corre todos os dias no parque. Patrícia faz o mesmo. (Faz=pró-forma verbal,
função pró-oração. Faz o mesmo = forma cristalizada).
Ex.4: Mariana e Luiz Paulo são irmãos. Ambos estudam inglês e francês. (Ambos=pró-forma
numeral, função pró-sintagma).
Ex.5: Paula não irá à Europa em janeiro. Lá faz muito frio. (Lá=pró-forma adverbial, função
pró-sintagma).

É preciso cuidado com os processos de substituição, já que as pró-formas são vazias


semanticamente, e o referente deve ser claro para o leitor.
Ex.1: Os pais de Pedro morreram. Ele os amava muito. (o referente deve ser claro para o leitor)
Ex.2: Pedro é órfão. Ele os amava muito. (o referente deve ser claro para o leitor, aqui não foi
possível a substituição por pró-forma pronominal, por não ser processável cognitivamente). Ex.:
Não tenho automóvel. Ele é azul. (se não tenho automóvel, como é possível ser azul?)

Nomes gerais como gente, pessoa, coisa, negócio, lugar, ideia, funcionam como itens de
referência.
Ex.: Até que o mar, quebrando um mundo, anunciou de longe que trazia nas suas ondas coisa
nova, desconhecida... trouxe a coisa, e depois depositou na areia, um homem morto... (coisa
= catáfora)
COESÃO REFERENCIAL POR REITERAÇÃO (HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO)
HIPERÔNIMO – o 1º elemento mantém com o 2º uma relação todo/parte, classe/elemento.
Ex.: Móvel (cadeira, mesa, armário)

HIPÔNIMO – quando o 1º elemento mantém com o 2º uma relação de parte/todo,


elemento/classe.
Ex.: Bebida, refrigerante, coca-cola.

Uso de hipônimos permitem maior precisão do que o uso de hiperônimos.

COESÃO SEQUENCIAL – tem função de progredir o texto. Não há retomada de itens


anteriores. Ligação entre as partes.

Função da conexão: 1) adição; 2) oposição; 3) conclusão; 4) concessão; 5) dúvida; 6) certeza;


7) causa; 8) exemplificação; e 9) comparação.
Função adição, conectivos: e; além disso; depois; finalmente.
Função oposição, conectivos: porém; em vez disso; ainda assim.
Função conclusão, conectivos: logo; pois; assim; por isso.
Função concessão, conectivos: apesar de; ainda que; embora; mesmo assim.
Função dúvida, conectivos: talvez; é provável; é possível; porventura.
Função certeza, conectivos: é evidente que; certamente; decerto; naturalmente.
Função causa, conectivos: pois; pois que; visto que; porque; devido a.
Função exemplificação, conectivos: por exemplo; isto é; tal como; em particular.
Função comparação, conectivos: da mesma maneira; como; assim como.
3 – RESUMO NOÇÕES DE TEXTO E FATORES DE TEXTUALIDADE

SUJEITO – Ocupa um lugar no discurso e se constitui na relação com o outro.


TEXTO – conjunto de enunciações coerentes, intencionalmente estruturadas sintática e
semanticamente, e ligadas a fatores comunicativos e referenciais.

Texto possui relações cotextuais e situacionais.


Relações COTEXTUAIS (questões internas do texto): - anáforas; - concordância, - regência; -
aspectos sintáticos; - aspectos morfológicos.
Relações CONTEXTUAIS (questões externas do texto) se estabelecem entre o texto e: a)
situacionalidade; b) inserção cultural; c) inserção social; d) inserção histórica; e) inserção
cognitiva.
Uma das coisas que produzem efeito de sentido é o contexto da produção do texto.
A afirmativa só faz sentido no momento em que definimos seu contexto de ocorrência. Pensar
um texto é considerar diversos fatores.

TEXTO: a) é a unidade máxima de funcionamento de uma língua; b) não deve ter este ou
aquele tamanho para ser um texto; e c) podemos ter texto de uma só palavra.

Texto é o encadeamento semântico de sentenças, criando uma trama semântica a que damos
o nome de TEXTUALIDADE.
TEXTUALIDADE é a unidade em relação ao seu contexto e envolve coesão e coerência.

FATORES DE TEXTUALIDADE: 1) coesão; 2) coerência; 3) intencionalidade;4) aceitabilidade;


5) situacionalidade; 6) intertextualidade; e 7) informatividade. (o gago fala I-I-I-S-A-C-C)

1) COESÃO – estrutura a sequência do texto. Divide-se em: sequencial e referencial.


2) COERÊNCIA – são procedimentos em que os elementos do conhecimento são ativados.

3) INTENCIONALIDADE – é a intenção do autor como fator relevante para a textualização. A


indagação é: o que o autor do texto pretende? (qual a intenção dele?)
4) ACEITABILIDADE – é a atitude do receptor do texto que recebe o texto como uma
configuração aceitável (coerente e coeso), interpretável e significativo.

INTENCIONALIDADE E ACEITABILIDADE

Intencionalidade (qual a sua intenção?) e Aceitabilidade=compreensão.

(Intencionalidade e aceitabilidade implicam disponibilidade cooperativa dos interlocutores)


(questionário oficial) 1T Antônio foi incumbido de produzir um texto alusivo a uma das
solenidades de sua unidade, mas teve dificuldades para redigir tal texto. Um de seus
companheiros disse que o texto estava denso, difícil de ser compreendido pelo leitor, apesar de
sua tentativo de estabelecer essa relação de inteligibilidade entre interlocutores. O fator de
textualidade que o 1T Antônio esqueceu de observar, nesse caso, foi: Escolha uma: a) Coesão;
b) Coerência; c) Intertextualidade; d) Intencionalidade; e) aceitabilidade. RESPOSTA: Letra e
(aceitabilidade) é uma característica voltada ao receptor do texto, que pode ou não
reconhecer seus sentidos.

5) SITUACIONALIDADE – relacionar evento textual à situação (social, cultural, ambiente) em


que ele ocorre. A situacionalidade, além de servir para interpretar e relacionar o texto ao seu
contexto interpretativo, orienta a própria produção. É um critério estratégico.
Fator de textualidade que é considerado como critério estratégico: situacionalidade.

6) INTERTEXTUALIDADE – relação entre um dado texto e os outros textos relevantes


encontrados com experiências anteriores.

Releitura da travessia dos The Beattles feita pelos Simpsons é fator


de textualidade: intertertextualidade.
Releitura cômica do quadro Monalisa de Leonardo da Vinci é fator de
textualidade: intertextualidade.

Releituras de Canção do Exílio de Gonçalves Dias, feitas por Drummond e Quintana é fator de
textualidade: intertextualidade.

e[udo
Releitura da Carta de Caminha feita por Oswald de Andrade é fator de textualidade:
intertextualidade.

7) INFORMATIVIDADE – Textos são produzidos para expressarem algo. A informação é um


tipo de conteúdo apresentado ao leitor/ouvinte, mas não é algo óbvio. Quanto mais
imprevisível for um texto, maior será seu grau de informatividade. E quanto mais previsível for o
texto, menor será o grau de informatividade do texto.
ARGUMENTAÇÃO E INFORMATIVIDADE

É um texto argumentativo quanto ao


tipo textual e informativo quanto ao fator
de textualidade. O elemento conectivo de
oposição porém ligou o texto de cima
com o de baixo. O autor defende a tese e
justifica o ponto (princípios no 1º
parágrafo com princípio do 2º parágrafo)

É um texto argumentativo quanto ao


tipo textual e informativo quanto ao fator
de textualidade. O elemento conectivo de
conclusão portanto ligou o texto de cima
com o de baixo. O autor defende a tese e
justifica o ponto (plebiscito no 1º
parágrafo com democraticamente do 2º
parágrafo)

ARGUMENTAÇÃO E INFORMATIVIDADE – Não é simples apresentação de fatos do


cotidiano. / Não é mera repetição de informação já conhecida. / É preciso posicionar-se
acerca do tema discutido. / O produtor do texto dissertativo-argumentativo deve escolher sua
linha de pensamento. / É preciso defender sua tese. / Os argumentos (desenvolvimento) são
a discussão de pontos que justifiquem a tese do autor.
4 – PRODUÇÃO TEXTUAL

PRODUÇÃO TEXTUAL – é a função social atribuída ao texto por marcas específicas em cada
organização apresentada.
PRODUÇÃO TEXTUAL - são instrumentos culturais disponíveis nas interações sociais. /
historicamente são mutáveis. / relativamente são estáveis./ são singulares.
GÊNEROS TEXTUAIS – são estruturas que compõem os textos (orais ou escritos). São
variadas formas (formais ou informais) de linguagem que circulam em nossa sociedade. Tem
estilo próprio. É identificado e diferenciado dos demais através de suas características.

TIPOS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS

1) propriedades linguísticas intrínsecas; 1) propriedades sócio-comunicativas;


2) não são textos empíricos; 2) constituem textos empíricos;
3) abrange um conjunto limitado de 3) abrange um conjunto aberto e
categorias teóricas. praticamente ilimitado.

TIPOS TEXTUAIS: 1) Narrativo; 2) Descritivo; 3) Argumentativo; e 4) Expositivo.

Texto Narrativo – Crônica, romance, fábulas, piadas.

Texto Descritivo – Retrato, anúncio de classificados, manuais.


Texto Argumentativo – Manifesto, sermão, dissertações, ensaios.

Texto Expositivo – Aulas expositivas, conferências, dicionários.


5 – PARÁGRAFO: CONSTRUÇÃO E ORGANIZAÇÃO

PARÁGRAFO
a) determina o modo de organização do texto;
b) forma e função: integrado no todo que é a forma;
c) composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve
determinada ideia central ou nuclear, ao qual se agregam ideias secundárias relacionadas
logicamente e semanticamente a essa ideia nuclear; (questionário cead)
d) parágrafo-padrão;
e) não é um modelo padrão, mas é usual dos principais autores;
f) há parágrafos com desordem de raciocínio (incoerências, incongruências, falta de unidade,
hiatos lógicos, falta de objetividade) que se revelam ineficazes como formas de comunicação.
(questionário oficial) O SO SAD Campos é o responsável pela supervisão dos documentos expedidos
pela Seção de Pessoal de sua unidade. Houve necessidade da confecção de um relatório de prestação
de contas paro ACI do GAP a qual a unidade estava subordinada. O SO Campos solicitou ao 3S
Novaes que redigisse a minuta desse relatório, tendo em vista sua familiarização com o setor. O SO
Campos, ao receber o documento, percebeu que havia trechos extensos, com muitas ideias e outros
trechos muito fragmentados, com ausência de ideias. Como supervisor do setor, chamou o 3S Novaes
para orientá-lo quanto à organização dos parágrafos do relatório. Que conceito se aplica, neste caso, à
orientação do SO Campos ao 3S Novaes? Escolha uma: a) Parágrafo é uma característica que se
aplica aos textos, de forma rígida, inclusive com número de linhas definido para cada documento; b)
Parágrafo é a unidade linguística dotada de ideias que podem ser explicadas todas no mesmo espaço,
desde que cumpram a característica de observar o número de linhas permitido. c) Parágrafo é uma
junção de ideias, todas apresentadas de forma justaposta, podendo ou não haver encadeamento entre
elas. d) parágrafo é uma estrutura textual que busca embelezar o texto, oferecendo proporcionalidade e
visual ao documento. e) parágrafo é uma composição constituída por um ou mais períodos em que se
desenvolve uma ideia nuclear a qual se agregam ideias secundárias, relacionadas logicamente e
semanticamente a essa ideia nuclear. RESPOSTA Letra e.

Parágrafo é unidade de composição suficiente ampla para conter um processo completo


de raciocínio e suficientemente curta para nos permitir a análise dos componentes do
processo, na medida em que contribuem para a tarefa da comunicação.
Há parágrafos de uma ou duas linhas.
Há parágrafos de uma página.
Cada parágrafo deve corresponder a cada uma das ideias associadas à composição do texto.

TÓPICO FRASAL
É um meio muito eficaz de expor ou explanar ideias. Logo de saída, enuncia a ideia-núcleo e
garante objetividade, coerência e unidade do parágrafo. Define, assim, o propósito e evita
digressões impertinentes.

Tópico frasal dedutivo – geral para particular.


Tópico frasal indutivo – particular para o geral. O tópico frasal vem no fim do parágrafo
funcionando como conclusão precedido pelas especificações. Nesse caso é indutivo.
DIFERENTES FEIÇÕES DE UM TÓPICO FRASAL: a) declaração inicial; b) definição; c)
divisão.
a) Declaração inicial – o autor afirma ou nega alguma coisa logo de saída. Em seguida,
justifica ou fundamenta a asserção apresentando argumentos, fatos ou evidências.

b) Definição – Frequentemente o tópico frasal assume a forma de uma definição. É método


preferencialmente didático.

c) Divisão – Processo quase que exclusivamente didático, dadas as características de


objetividade e clareza.

MODOS DE SE INICIAR UM PARÁGRAFO


a) ALUSÃO HISTÓRICA – é um artifício para despertar a curiosidade do leitor. É usado por
cronistas, que se aproveitam de incidentes do cotidiano.

b) INTERROGAÇÃO – inicia-se com uma interrogação, seguindo-se o desenvolvimento


sob a forma de resposta ou esclarecimento.

c) TÓPICO FRASAL IMPLÍCITO OU DILUÍDO NO PARÁGRAFO – casos em que o tópico


frasal não está no início (dedução), nem no fim (indução). Muitas vezes está implícito ou
diluído no parágrafo.
6 – COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA
ELOQUÊNCIA – é a pintura do desenho.
Efetivamente, o argumentador hábil tem no comedimento um importante, senão o mais
importante fator de êxito.
Um pronunciamento eloquente deve estar cheio de si mesmo.
A eloquência desponta como o vigor e a clareza da exposição.
 Eloquência é a arte de atrair, interessar e convencer.

Atributos da eloquência: 1) apresentação pessoal; 2) apresentação oral; 3) assimilação e


discernimento; 4) habilidade para expor ideias; e 5) autoconfiança.
O orador deve produzir para o espírito de seus ouvintes.
Caracterizam o eloquente os mesmos atributos responsáveis pela simpatia das pessoas e,
consequentemente, pela harmonia psicológica entre elas.

1) APRESENTAÇÃO PESSOAL – O trajar do orador deve ser discreto. Adornos ou outros


excessos da moda podem desviar a atenção. O cabelo, a barba, os dentes, as unhas e
os sapatos são tão importantes quanto a própria roupa. Gestos naturais, sem
afetação, e postura firme, sem arrogância são partes preponderantes na boa
apresentação pessoal.
2) APRESENTAÇÃO ORAL – uma voz segura e dicção clara são importantes elementos
de êxito no campo da persuasão.
Uma expressão confusa, estridente, pouco audível, mole ou inadequadamente pausada,
pode oferecer sérios riscos à conquista de melhores resultados.
Pela voz mede-se o vigor ou a debilidade das mensagens orais, igualmente, a voz e a
dicção predispõe, favorável ou desfavoravelmente, o ânimo dos ouvintes para a
sequência da exposição.
A lentidão pode agredir a paciência de quem ouve.
3) ASSIMILAÇÃO E DISCERNIMENTO – O orador é um argumentador. A perspicácia
alia-se às qualidades próprias do orador eficiente.
Entender e julgar com precisão e rapidez ajudam a amizade intelectual entre este e
seu ouvinte.
Assimilar e discernir são importantes bases para uma poderosa argumentação.
O raciocínio deve ser ativo, pouco influenciável, porém não teimoso.
4) HABILIDADE PARA EXPOR IDEIAS – condena divagações e quer objetividade.
Apresentar racionalmente ideias é qualidade do eloquente.
Exposição convincente: simples, lógica, agradável, penetrante e disciplinada.
Convencer é técnica que impõe normas.
É preparar o espirito do ouvinte a receber com boa vontade a mensagem que se
pretende transmitir.
5) AUTOCONFIANÇA – é a marca mais saliente no bom argumentador.
Confiança inspira confiança e sem ela não há persuasão.
Autoconfiança conserva o equilíbrio interno.
A insegurança é sintoma de medo e (sintoma de medo) é indisfarçável.
UMA BOA COMUNICAÇÃO – facilidade em ser compreendido.
Um bom comunicador precisa de um ambiente favorável à comunicação.
Ambientes ruidoso, com reverberação excessiva ou equipamentos de amplificação sonora
(microfones e caixas de som) mal ajustados são responsáveis por dificultar a compreensão e
desviar a atenção do ouvinte.

ASPECTOS BÁSICOS A SEREM APRIMORADOS PARA ATINGIR UMA BOA


COMUNICAÇÃO:
 Boa coordenação entre respiração e fala;
 Consciência do efeito das pausas para a melhor compreensão do ouvinte;
 Qualidade vocal estável e agradável;
 Articulação precisa dos sons;
 Correto uso das ênfases;
 Ritmo e velocidade variáveis e adequados ao discurso e ao ouvinte (público-alvo);
 Domínio total do assunto.
Os aspectos básicos são passíveis de serem treinados e aprimorados.
Estudiosos da PNL (Programação Neurolinguística) destacam como aspectos também
importantes para uma boa comunicação: Congruência; Empatia ou Rapport; e
Assertividade. (C-E-R-As)
CONGRUÊNCIA – palavras, gestos e ações (postura pessoal) expressam a mesma coisa.
Comunicação congruente passa credibilidade ao ouvinte.
EMPATIA OU RAPPORT – capacidade de se colocar no lugar do outro, de ver o mundo
como o outro vê. É estar atento às reações do seu ouvinte e reorganizar sua comunicação
para fazer-se compreendido.
ASSERTIVIDADE – é falar o que você quer, e não o que não quer. É escolher palavras que
estimulem seu ouvinte a pensar o que você deseja transmitir. A comunicação assertiva será
eficiente se vier acompanhada de respeito a si mesmo e ao outro.

ESSÊNCIA DA BOA COMUNICAÇÃO SOB A VISÃO DE PROGRAMAÇÃO


NEUROLINGUÍSTICA:

Para que a comunicação tenha um propósito é essencial saber o que se deseja comunicar,
seu objetivo ou meta (o que você quer comunicar).

1) Manter sua atenção voltada para o outro (para ver, ouvir e sentir como a sua
comunicação está atingindo pessoas – seu objetivo está sendo atingido?).
2) Ter flexibilidade para modificar o que faz ou diz, até atingir o objetivo de comunicar o
que deseja de modo eficiente (mudar o modo de se comunicar para atingir o outro
conforme a sua meta inicial).
Se você sabe exatamente o que quer comunicar e faz isso conscientemente com
congruência, empatia e assertividade é capaz de avaliar, enquanto comunica, se o seu
ouvinte está compreendendo-o. Em face dessa percepção é capaz de reajustar sua
comunicação para se fazer melhor compreendido.
ESTRESSE E COMUNICAÇÃO – impede que o indivíduo expresse claramente suas ideias e
sentimentos, mesmo diante de um grupo pequeno de pessoas.

Sensações que podem acompanham o estresse de falar em público: -1) taquicardia


apenas em pensar em falar; 2) respiração curta e ofegante dando uma sensação de falta de ar;
3) boca e garganta secas; 4) sensação de pigarro; 5) tremor nas pernas; 6) suor excessivo; 7)
aumento de repetições de palavras, hesitações (hum ãh) e barreiras verbais (tá? Né? Ok?
Etc.).

Quanto à qualidade vocal, podem-se observar: 1) rouquidão; 2) tremor na voz; 3) voz tensa;
4) dificuldade em manter uma altura (loudness) adequada: fala forte (alto) ou excessivamente
fraco (baixo); 5) falhas de frequência (quebras na voz); 6) dificuldade em coordenar a fala e a
respiração.

Uma forma de se controlar é ter consciência e domínio sobre os recursos de comunicação,


em face de uma situação conflitante.

PRINCIPAIS RECURSOS DA COMUNICAÇÃO VERBAL: 1) equilíbrio de tensão da


musculatura; 2) controle da qualidade vocal (intensidade e frequência); 3) modulação da voz; 4)
velocidade da fala e articulação.

Além dos principais recursos da comunicação verbal, é preciso dominar o assunto que irá falar
e os recursos audiovisuais que utilizará como microfone, transparências, slides, textos de
apoio.

O treinamento da comunicação nem sempre irá eliminar o estresse da comunicação, porém


o indivíduo treinará sua capacidade de manipular conscientemente todos os parâmetros que
envolvem a comunicação. Isso trará confiança e auxiliará na redução dos aspectos negativos
do estresse, pois o falante terá maior certeza de sucesso da sua comunicação.

NÃO SEJA CHATO – um dos fundamentos para uma abordagem natural de conversa inclui
remover todas as barreiras para a comunicação natural com o público, as quais podem
incluir a leitura de notas, ficar atrás de um púlpito, não ter um bom contato visual, falar muito
suavemente ou usar jargões ou linguagem que sejam formais, rígidos ou fracassem em
conseguir apelo emocional ao público e sua curiosidade natural.

CRIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO – apresentações eficazes permitem que você amplie o


significado de suas palavras.

EXPRESSÃO ORAL – expressar oralmente é usar argumentação clara, concisa, lógica e


convincente.

A efetividade de uma exposição repousa, em última análise, no que é visto, ouvido e


compreendido.
ASPECTOS DE DESTAQUES PELOS QUAIS O EXPOSITOR É VISTO: 1) atitudes e postura;
2) apresentação e limpeza; 3) coordenação física; 4) contato visual.
1) ATITUDES E POSTURA – Uma postura correta e uma atitude de autoconfiança
colaboram para a credibilidade do expositor.
Devem ser evitados o excesso de rigidez, a arrogância, as atitudes tímidas ou a
displicência.
A postura tem que ser a natural, espontânea e flexível. Para isso é indispensável o
TREINAMENTO INDIVIDUAL, na plataforma, antes da exposição.
Recomenda-se manter os pés ligeiramente afastados (lado a lado) e braços flexionados,
proporcionando gesticulação natural, espontânea e que reforce as ideias transmitidas
através da linguagem.
2) APRESENTAÇÃO E LIMPEZA – correção no trajar e higiene pessoal são fundamentais
para aceitação e credibilidade do expositor perante o público.
Deve-se evitar o uso de objetos chamativos que possam desviar a atenção da audiência
(relógio grande, crachá pendurado ou tampa de caneta saindo pelo bolso da camisa).
O militar deve observar o uniforme bem apresentado, barba e cabelos aparados.
O militar deve evitar óculos escuros, chaveiros, bibico na cintura, telefone celular e
outros objetos que possam desviar a atenção da plateia.
3) COORDENAÇÃO FÍSICA – gesticulação e movimentação e maneirismo e cacoetes.
3.1) Gesticulação e movimentação – fazer com que gesticulação e movimentação sejam
coordenadas com o que se fala e tenham significado para a audiência, evitando todo e
qualquer tipo de excesso, como a gesticulação exagerada (mãos acima da linha dos
ombros) ou inexpressivas (gesticulação abaixo da linha de cintura). A total ausência
de gesticulação (braços caídos na lateral do corpo, braços cruzados ou mão no bolso
deve ser evitada.
A movimentação deve ser natural e distribuída de um lado para o outro da plataforma.
Deve-se evitar: movimentação constante (como leão enjaulado) e a fixação em um só
local da plataforma (ficar parado, falta de comunicação) o que pode desestimular a
audiência.
Deve-se ter o cuidado de não arrastar os pés na plataforma nem caminhar de
costas.
3.2) Maneirismos e cacoetes – Maneirismos são expressões repetidas (né, tá, ok, etc) e
cacoetes são manias. Devem ser evitados porque desviam a atenção da audiência para
a pessoa do expositor.
O treinamento que antecede a exposição é uma oportunidade para a correção dessas
deficiências.
4) CONTATO VISUAL – é um dos melhores recursos utilizados para prender a atenção da
assistência. Deve ser distribuído igualmente por toda a audiência, procurando despertar
em cada ouvinte o interesse pelo tema.
Deve-se evitar dar as costas para a audiência, ao ler slides; olhar constantemente para
o chão, para as paredes ou exclusivamente para setores específicos do ambiente ao
seu redor.
Ao usar adequadamente o contato visual, o expositor demonstra segurança,
honestidade e domínio do assunto.
O EXPOSITOR É OUVIDO – A voz do expositor é um dos melhores recursos à sua
disposição para tornar a apresentação dinâmica, agradável e eficiente.

FATORES QUE INFLUEM NO ASPECTO DA TÉCNICA DE PLATAFORMA: 1) volume; 2)


ritmo; 3) pausas; 4) dicção; e 5) elocução. (v-r-p-d-e)
1) VOLUME – deve ser adequado ao tamanho do ambiente. Sugere-se variar o volume ao
querer enfatizar algum tópico da exposição a fim de não tornar monótona a
apresentação.
2) RITMO – a velocidade ideal é a ligeiramente menor do que a mantida numa
conversação informal.
Devem-se evitar os excessos: se muito rápido o expositor corre o risco de não ser
entendido e se muito lento a monotonia e o desinteresse poderão tomar conta da
audiência.
3) PAUSAS – recurso usado pelo expositor para quebrar o ritmo da apresentação e para
dar algum tempo à audiência, a fim de assimilar uma passagem mais importante.
4) DICÇÃO – Ter uma boa dicção é usar corretamente o emprego de concordâncias. Uma
boa dicção não contém palavras resmungadas ou mal pronunciadas (estas fazem perder
a eficiência na comunicação).
A clareza e a correção na pronúncia (linguagem) são fundamentais para a eficiente
transmissão das ideias.
Estar atento para não omitir “s” ao final das palavras, não usar gírias ou não usar
palavras de baixo calão.
5) ELOCUÇÃO – estilo oral do expositor, caracterizado pelas variáveis de volume e ritmo,
aliadas ao emprego de pausas.
Um dos erros mais comuns encontrados é uma exposição oral conduzida como se
fosse um discurso.
Após visto e ouvido, o expositor é compreendido.

O EXPOSITOR É COMPREENDIDO
ASPECTOS PARA O EXPOSITOR SER COMPREENDIDO: 1) desenvolvimento da exposição;
2) clareza; e 3) adaptação às reações de audiência.
1) Desenvolvimento da exposição – toda exposição deve progredir sem atritos ou
interrupções intencionais. Tendo despertado o interesse da audiência, a melhor
maneira de conservá-la é desenvolver o raciocínio numa sequência lógica e continuada.
O assunto deve ser esgotado e esmiuçado. É muito prejudicial a interrupção de uma
aula por alguém que deseja dar um recado à determinada pessoa presente no recinto.
2) Clareza – o expositor deve evitar frases difíceis (excesso de palavras rebuscadas) ou
palavras desconhecidas. Utilizar sempre linguagem que seja de fácil compreensão por
parte da audiência.
3) Adaptação às reações da audiência – eficiente contato visual pode dar esse
“feedback” pela simples observação da expressão fisionômica e direção do olhar dos
participantes. O expositor deve reformular ideias, relembrar conceitos ou mesmo
esclarecer pontos.
ATRIBUTOS DE UM EXPOSITOR: 1) integridade (retidão de caráter, imparcialidade); 2)
conhecimento (do assunto, das técnicas e do elemento humanos); e 3) habilidade (em
organizar e apresentar sua exposição). (I-C-H)
Os atributos integridade, conhecimento e habilidade serão fundamentais para sua melhor
aceitação pela audiência.
A eloquência é uma faculdade natural que pode ser aperfeiçoada por meio da prática.
A efetividade de uma exposição repousa no que é visto, ouvido e compreendido.

COMPREENDENDO O PODER DA PLATEIA


A estrela do espetáculo é a plateia.
É essencial o expositor ser humilde em sua abordagem.

SEGMENTE A PLATEIA. Ao segmentar a plateia, preste atenção no seguinte: 1) política


(poder, influência, processo de tomada de decisões); 2) demografia (idade, nível de instrução,
etnia, gênero, geografia); e 3) psicodemografia (personalidade, valores, posturas, interesses,
comunidades, estilo de vida).

DETERMINE A DURAÇÃO CERTA DA SUA APRESENTAÇÃO – as melhores apresentações


são curtas.

CINCO MANEIRAS DE ENXUGAR A PALESTRA E MANTER A PLATEIA INTERESSADA:


1) Planeje conteúdo para 60% do tempo que tem para falar.
2) Reduza o número de slides para um terço.
3) Pratique com um cronômetro (em contagem progressiva), para saber quantos minutos
excedeu a apresentação.
4) Pratique com cronômetro (em contagem regressiva) quando você já estiver dentro do
limite de tempo.
5) Tenha dois pontos de encerramento naturais. Crie um final falso (um resumo de ideias
abordadas) e um final verdadeiro (história empolgante, inspiradora que consolide a
mensagem).

SEJA PERSUASIVO PARA ALÉM DO PALCO


Sua apresentação começa no momento em que você se compromete a falar e continua depois
da palestra propriamente dita, quando você consegue fazer com que a plateia continue a
acompanhar seu trabalho.

TRÊS ESTÁGIOS DA MENSAGEM: antes, durante e depois.


Antes – é o momento em que se tem um grande impacto no nível de interesse da plateia.
Durante – é o momento de interação com a plateia.
Depois – é o momento em que deixa uma impressão duradoura e aumenta a probabilidade de
suas ideias ganharem aderência.
QUANDO ENSAIAR, RESERVE BASTANTE TEMPO PARA FAZER O SEGUINTE: - obter um
feedback honesto de um apresentador experiente; - preparar uma versão resumida; - não
deixar de revisar seus slides; - ensaiar algumas vezes no modo apresentação de slides; -
praticar diante da câmera.

CONHEÇA O LOCAL DA APRESENTAÇÃO E A PROGRAMAÇÃO: - examine a sala com


antecedência. Isso o ajudará a se movimentar por ela.

EVITE SURPRESAS OBTENDO INFORMAÇÕES SOBRE:


1) Disposição do palco e dos assentos (quando as pessoas podem se sentar mais
próximas).
2) Planejamento da alimentação (uma plateia esfomeada dificilmente vai conseguir se
concentrar na sua mensagem.
3) Fluxo de apresentação;
4) Filmagem.

PREVEJA PROBLEMAS TECNOLÓGICOS: 1) reserve pelo menos 30 minutos para montar


os equipamentos; 2) conheça o encarregado de áudio e vídeo; 3) teste todo o equipamento; 4)
leve backups; 5) teste seus slides; 6) reproduza todos os arquivos de mídia; 7) confirme o tipo
de projeção.

(questionário oficial) A apresentação em público faz parte do cotidiano de muitas pessoas, no


entretanto, alguns equívocos nas apresentações poderiam ter sido evitados pela simples
observação de alguns detalhes que antecedem a exposição e que fazem todas diferença. Nas
alternativas abaixo relacionadas são expostas técnicas que podem ser usadas para realizar
uma boa apresentação, exceto: a) gravar seu ensaio; b) planejar sua alimentação; c) deixar de
revisar seus slides; d) antever problemas tecnológicos. RESPOSTA: letra c, deixar de revisar
seus slides. (No ensaio, deve-se reservar tempo para não deixar de revisar os slides.
Portanto, é alternativa que não é usada para realizar uma boa apresentação, deveria ser não
deixar de revisar os slides. As outras alternativas estão dentro de evite surpresas obtendo
informações sobre planejamento da alimentação e filmagem e preveja problemas tecnológicos.
TÉCNICAS E RECURSOS DA EXPOSIÇÃO ORAL
Para se expressar oralmente, empregue uma argumentação clara, concisa e convincente.
Uma comunicação eficaz é fator decisivo para o exercício da liderança dentro de uma equipe.
Um líder e gestor precisa saber se comunicar com objetividade e eficiência.
A efetividade de uma exposição resulta, em última análise, do que é visto, ouvido e
compreendido.
Tomar cuidados e aplicar técnicas de plataforma darão maior realismo, credibilidade e senso
de comunicação entre o apresentador e os ouvintes.
REGRA DE TRÊS – boa apresentação exige preparação e o momento da criação.
Bom desempenho diante da plateia depende da preparação.
(*) Uma apresentação elaborada com requinte e muito bem ensaiada, que informa e inspira, é
uma peça em três atos: preparação, design e refinar e ensaiar. (P-D-E)
(questionário oficial) Como na elaboração de uma peça teatral, as nossas apresentações
devem seguir a estrutura para que possam fazer sentido aos expectadores. As alternativas
abaixo elencadas relacionam-se a estrutura de uma apresentação, exceto: Escolha uma: a)
Design; b) Objetivo; c) Preparação; d) Ensaio. RESPOSTA: Letra b, objetivo. / Design,
Preparação e Ensaio (P-D-E) são estruturas de apresentação. / O objetivo é parte
integrante da etapa preparação.

Criar a história: a base de uma boa apresentação surge da preparação.


Transmitir a experiência: a ideia é transformar as apresentações em experiências
visualmente atraentes.
Refinar e ensaiar: a postura linguagem corporal e expressão verbal elevam a credibilidade de
um bom apresentador.

PREPARAÇÃO – é o momento da criação e é a fase mais delicada de todo o processo. A


sua apresentação não é para você, é para eles (plateia). Os ouvintes da sua plateia estão se
fazendo a pergunta: “Por que devo me interessar?”. Responder a essa única pergunta de modo
franco e direto chama a atenção das pessoas e as mantêm mobilizadas. Essa é a
motivação da sua apresentação.

O público espera que você desenvolva temas interessantes, apropriados ao contexto da


apresentação. É preciso pensar no objetivo que se pretende atingir.
(questionário oficial) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que está em desacordo
com a fase de preparação de uma apresentação: Escolha uma: a) Atenção ao objetivo; b)
Choque de ideias; c) Foco no apresentador; d) Visualização do todo. RESPOSTA: Letra c
(Foco no apresentador), na fase da preparação, o foco de uma apresentação é a plateia e não
o apresentador.

A PARTIR DE UM BOM ROTEIRO É POSSÍVEL CRIAR UMA COMUNICAÇÃO QUE FAÇA


SENTIDO. A falta de ordenação lógica do raciocínio é um dos maiores problemas
apresentados pelas pessoas quando falam em público.
Grande vantagem do roteiro é poder fazer o melhor uso do tempo.
UM BOM ROTEIRO PODE SURGIR DE UMA BOA HISTÓRIA
O storytelling é parte fundamental da comunicação.
Story é a mensagem a ser transmitida. Telling significa a forma como essa mensagem será
apresentada.
Ao planejar a introdução, guie-se pelo tema da apresentação. Provoque curiosidade, mostre
uma imagem, um vídeo cativante. Provoque, mas não entregue demais, ganhe a atenção da
audiência.
A ATENÇÃO DA PLATEIA – mostre logo um slide com o resumo de toda a informação que
você vai expor.

DESIGN – falar em design da apresentação é falar em funcionalidade.


O design é o modo de organizar a informação de forma a deixar as coisas mais claras. É um
meio de persuasão.
Três principais ferramentas para apresentação: Powerpoint, Keynote (para Mac) e Prezi.
A melhor opção de ferramenta para apresentação é a que é mais funcional para o
apresentador.

O CÉREBRO INTERPRETA OS SINAIS. Enxergamos não com os nossos olhos, e sim com o
nosso cérebro, que interpreta todos os sinais. É preciso olhar para todos os itens e
hierarquizar a informação.

FALTA SIMPLICIDADE A MUITOS APRESENTADORES. Geralmente as pessoas erram por


incluir muita informação visual, o que frequentemente resulta em desordem e confusão. O
design é mais subtração do que adição.

RELAÇÃO SINAL/RUÍDO – A simplicidade é componente do design – é preciso reduzir o ruído


das nossas apresentações.
Evite o uso de slides com muita informação, muitos efeitos especiais (animações engraçadas,
desenhos, sons) ou com formatação diferente de um slide para o outro.

SUPERIORIDADE DAS IMAGENS – ao dar uma explanação multimídia, apresente palavras e


imagens correspondentes de modo contíguo em vez de separado.
Quando o cérebro tem a possibilidade de construir duas representações mentais de uma
explanação (um modelo verbal e um modelo visual) as conexões mentais são muito mais
fortes.
O seu cérebro absorve a cor mais rápido do que ele interpreta a palavra que está escrita.

USO DE FOTOS – o nosso cérebro trabalha de forma sinestésica. Misturamos todos os


nossos sentidos e sensações e transformamos isso em uma coisa só.

ESPAÇO VAZIO - chamado de espaço negativo ou espaço em branco.


Tudo bem ter espaço limpo. Os penduricalhos são uma falha de projeto.
Muita informação e adereços exigem muito esforço para a plateia.
A simplicidade é poderosa.
O espaço vazio significa elegância, qualidade e clareza.
QUATRO PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DESIGN: 1) proximidade; 2) alinhamento; 3) repetição; e
4) contraste. (P-A-R-C)
1) Proximidade – estabelece unidades visuais integradas a partir do agrupamento de
itens relacionados, o que contribui para a organização das informações, reduz a
desordem e oferece ao leitor uma estrutura clara.
2) Alinhamento – orienta e justifica a disposição dos elementos gráficos na página,
estabelecendo conexões visuais coerentes e ordenadas entre esses elementos.
3) Repetição – utilizada para conferir identidade a um projeto gráfico, facilitando o
reconhecimento visual do leitor.
4) Contraste – princípio fundamental que visa separar e evitar elementos meramente
similares em uma página, como tipografias, cores, linhas, formas geométricas e
espaços.

REFINAR E ENSAIR – quase todo mundo já sentiu medo de falar em público.


Estudos que pedem a pessoas para listar seus maiores medos costumam aponta-lo como o
mais temido, superando o medo de altura, de águas profundas e até da morte.
PARA SE SENTIR CONFIANTE – treinar as técnicas de plataforma é essencial para o
sucesso de uma boa apresentação.
É importante incentivar a naturalidade, pois ela é a chave do sucesso.

EXTRA:
Falar bem em público é uma necessidade fundamental de se comunicar com clareza.
Ansiedade e nervosismos são fatores que podem estar presentes em momentos que
antecedem uma apresentação. O aspecto relacionado ao auxílio ou manutenção da tensão ou
estresse que antecedem uma apresentação é preciso treinar a apresentação. (falta de ar e
barreiras verbais são sensações que podem acompanhar o estresse de falar em público /
controle de qualidade vocal são recursos da comunicação verbal)
 Sensações que podem acompanham o estresse de falar em público: -1) taquicardia
apenas em pensar em falar; 2) respiração curta e ofegante dando uma sensação de
falta de ar; 3) boca e garganta secas; 4) sensação de pigarro; 5) tremor nas pernas; 6)
suor excessivo; 7) aumento de repetições de palavras, hesitações (hum ãh) e barreiras
verbais (tá? Né? Ok? Etc.).
 PRINCIPAIS RECURSOS DA COMUNICAÇÃO VERBAL: 1) equilíbrio de tensão da
musculatura; 2) controle da qualidade vocal (intensidade e frequência); 3) modulação
da voz; 4) velocidade da fala e articulação.
PRODUÇÃO TEXTUAL
TEXTO é um tecido, uma tessitura, é um arranjo dotado de significação e de sentido.
Texto é uma rede de significados, de sentidos, é algo tecido por quem o escreve.
O sujeito é alguém que: a) ocupa um lugar no discurso; b) se determina na relação com o
outro.
O sujeito se constitui na relação com o outro.
Texto é um conjunto de enunciações coerentes, intencionalmente estruturadas sintática e
semanticamente, estreitamente ligadas a fatores comunicativos e referenciais.

As questões COTEXTUAIS se referem às questões internas do texto.


As questões COTEXTUAIS se referem ao uso de: a) anáforas (processos de coesão); b)
concordância verbal e nominal; c) regência verbal e nominal; d) aspectos sintáticos; e)
aspectos morfológicos.

As relações CONTEXTUAIS (situacionais) dizem respeito às questões externas do texto.


As relações contextuais são estabelecidas entre o texto e a) sua situacionalidade; b) inserção
cultural dos sujeitos; c) inserção social dos sujeitos; d) inserção histórica dos sujeitos; e)
inserção cognitiva dos sujeitos.
Não basta o domínio de todas as regras gramaticais, o domínio de toda gramática
normativa (relações contextuais), mas é preciso considerar o nosso interlocutor, o sujeito
que interage com nosso texto (relações contextuais).
Língua sem contexto é vazia e contexto sem língua é cego.

Texto é a unidade máxima do funcionamento de uma língua.


Podemos ter trechos enormes que não são considerados textos, assim como podemos ter
textos de uma só palavra.
Texto não é uma unidade construída por uma soma de sentenças, mas pelo encadeamento
semântico delas, criando, assim, uma trama semântica a que damos o nome de textualidade.

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