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ESTADO, POLÍTICA

E DIREITO
UNIDADE CURRICULAR
UNA DIVINÓPOLIS
GRASIELLY DE OLIVEIRA SPÍNOLA CARDOSO
CONCEITOS ATUAIS DE ESTADO
• “Ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado
território.” (DALLARI)
• Neste conceito estão presentes todos os elementos que compõe o Estado. A noção de poder está
implícita na de soberania, que é referida como característica da própria ordem jurídica. A politicidade do
Estado está afirmada no bem comum de um certo povo e, finalmente, o território é a limitação da ação
jurídica e política do Estado.
• Numa concepção de Estado Democrático de Direitos: “o Estado é um ente independente, compreendendo
necessariamente a população estabilizada sobre certo território, uma estrutura de governo e um complexo homogêneo e
autossuficiente de normas que disciplinam a sociedade e a sua estrutura organizativa.” (Vergottinni)
FORMAS DE ESTADO
1 ESTADO UNITÁRIO: Existe apenas um poder central que é a cúpula e um núcleo do poder político.
Doutrinariamente, existem 03 espécies de Estado Unitário:
• 1 Estado Unitário Puro: absoluta centralização do exercício do poder, tendo em conta o território do
Estado, não encontra exemplo histórico evidente, porque não tem condições de exercer o poder de
maneira eficiente.
• 2 Estado Unitário Descentralizado administrativamente: apesar de ainda concentrar a tomada de
decisões políticas nas mãos do governo nacional, avança descentralizando a execução das decisões políticas
já tomadas. Algumas pessoas irão agir como longa manus do governo.
• 3 Estado Unitário administrativa e politicamente: É a forma mais comum de Estado hoje em dia,
sobretudo nos países europeus. No momento da execução de decisões já tomadas pelo Governo Central,
as pessoas passam a ter também certa autonomia política para decidir no caso concreto o melhor
procedimento a ser empregado na execução daquele comando central. OBS: Brasil Império era Estado
Unitário.
FORMAS DE ESTADO
2 ESTADO FEDERADO: Teve sua origem no EUA em 1787. Anteriormente, nos EUA, em 1776, tivemos a
proclamação da independência das 13 colônias britânicas da américa, passando cada qual a se intitular um novo Estado
soberano, com plena liberdade e independência. A fim de se proteger das constantes ameaças da antiga metrópole inglesa,
os Estados resolveram fazer um TRATADO INTERNACIONAL, intitulado Artigos de Confederação (Confederação
dos Estados Americanos) que garantia direito de retirada, de separação e de secessão do pacto.
• A permissão de secessão aumentava o problema das constantes ameaças a fragilidade do pacto. Assim, os Estados
confederados reuniram-se na cidade de Filadelfia, (exceto o Estado de Rhode Island) onde estruturam as bases para a
Federação norte-americana. Proibia-se, assim, o DIREITO DE SECESSAO.
• Cada Estado cedia uma parcela de SOBERANIA para um órgão central, responsável pela centralização e unificação,
formando OS ESTADOS UNIDOS DA AMERICA, passando a ser, cada qual, AUTÔNOMO ENTRE SI, dentro do
PACTO FEDERATIVO. .
• Movimento CENTRÍPETO (de fora para dentro) – Estados soberanos cedendo parcela de sua soberania em verdadeiro
movimento de AGLUTINACAO
CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
• A união de Estados faz nascer um novo Estado. Por consequência, aqueles que aderiram a Federação perderam a condição de
Estado.
• A base jurídica de uma Federação é uma CONSTITUIÇÃO e não um TRATADO (que é mais limitado, porque só regula os
assuntos nele previstos e qualquer contratante pode denunciar o tratado o que não acontece com a Constituição).
• Inexiste DIREITO E SECESSÃO: uma vez efetivada a adesão de um Estado, este não pode mais se retirar por meios legais,
mesmo que não seja expresso na constituição, isso é implícito.
• Só o Estado Federal tem soberania. Os Estados-membros têm apenas autonomia.
• As atribuições da União e das unidades federadas são fixadas na Constituição, por meio de distribuição de competências.
• A cada esfera de competência se atribui uma renda própria. Não pode agir com autonomia quem não possui recursos próprios.
• O poder político e compartilhado pela União e pelas unidades federadas: existe um governo federal e existem governos estaduais
dotados de autonomia política, que podem fixar suas próprias orientações desde que não contrariem a CF. Para assegurar a
participação dos Estados no governo federal, foi criado o Bi-cameralismo (Senado representa cada estado-membro, enquanto a
Câmara representa a população de cada estado).
IMPORTÂNCIA DA FEDERAÇÃO
• Demonstrou ser capaz de dificultar, ainda que não impedir, a acumulação de poder em um so órgão,
dificultando assim a formação de governos totalitários.
• Assegurou oportunidades mais amplas de participação politica, pois aqueles que não obtiverem ou
desejarem o poder federal poderão ter acesso aos poderes locais.
• Favorece a preservação das características locais, reservando uma esfera de acao autônoma a cada
unidade da federação.
• O Estado Federal passou a ser visto como sendo mais favorável a defesa das liberdades que o Estado
Unitário.
• Críticas: O Estado Federal provoca a dispersão de recursos, uma vez que obriga a manutenção de
múltiplos aparelhos burocráticos. Além disso, a organização federativa tende a favorecer a ocorrência de
conflitos jurídicos e políticos em razão da existência de inúmeras esferas autônomas.
FORMAS DE GOVERNO
• Classificação mais antiga de ARISTÓTELES
• 1 Realeza: quando um só indivíduo é quem governa – quando se degenera origina a TIRANIA.
• 2 Aristocracia: quando o governo é exercido por um grupo, relativamente reduzido em relação ao todo –
quando se degenera origina a OLIGARQUIA
• 3 Democracia (ou República): o governo exercido pelo própria multidão no interesse geral – quando se
degenera origina a DAMAGOGIA.
• Classificação bem geral, feita apenas em face do numero de governantes mas é valida até hoje na teoria e
na prática.
MONARQUIA
• É a forma de governo que já foi adotada há muitos séculos por quase todos os Estados do mundo.
• No surgimento dos Estados Modernos, a necessidade de governos fortes favorece o ressurgimento da monarquia não sujeita a
limitações jurídicas (monarquia absolutista)
• A partir do sec. XVIII vai crescendo a resistência ao absolutismo e surgem as MONARQUIAS CONSTITUCIONAIS. O rei
continua governando mas sujeito a limitações jurídicas estabelecidas nas constituições.
• Surge ainda outra limitação ao poder monarca, com a adoção do PARLAMENTARISMO pelos Estado Monárquicos (reina
mas não governa).
• Características:
• VITALICIEDADE: o monarca governa enquanto viver ou enquanto tiver condições para continuar governando.
• HEREDITARIEDADE: a escolha do monarca se faz pela simples verificação da linha de sucessão.
• IRRESPONSABILIDADE: o monarca não tem responsabilidade política, isto é, não deve explicações ao povo ou a qualquer
órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa orientação política.
MONARQUIA – PRÓS E CONTRAS
• PRÓS
• 1º: Sendo vitalício e hereditário o monarca está acima das disputas políticas, podendo assim intervir com grande autoridade nos
momentos de crise política.
• 2º: o monarca é um fator de unidade do Estado – elemento superior comum.
• 3º: o monarca assegura a estabilidade das instituições.
• 4º: desde o nascimento recebe uma educação especial, preparando-se para governar, não havendo risco de governantes despreparados.
• CONTRAS
• 1º: se o monarca não governa ele é inútil, gerando despesas caras que sacrificam o povo sem nenhum proveito.
• 2º: a unidade do Estado e estabilidade das instituições não pode depender de um fator pessoal, mas deve repousar na ordem jurídica,
elemento objetivo e eficaz.
• 3º: se o monarca efetivamente governa, é extremamente perigoso ligar o destino de um Estado a sorte de um individuo e sua família.
• 4º Mesmo com educação especial, isso não significa que tenha habilidades de liderança e eficiência necessários.
• 5º: A monarquia é essencialmente ANTIDEMOCRATICA. O caráter hereditário vitalício elimina a supremacia da vontade popular.
REPÚBLICA
• Forma de governo que se opõe a Monarquia. Tem sentido muito próximo do significado de
democracia, uma vez que indica a possibilidade de participação do povo no governo. Maquiavel é
o primeiro que utiliza o termo em oposição a monarquia.
• A república era a expressão democrática do governo, a limitação do poder dos governantes e a
atribuição de responsabilidade política, podendo assim assegurar as liberdades individuais.
• A implantação do governo republicano na América, com a comprovação de suas vantagens,
sobretudo com a possibilidade de substituir seus representantes periodicamente aproxima o povo
do governo, estimulando os anseios republicanos de outros povos.
• Aceitando as limitações constitucionais e fazendo outras concessões (parlamentarismo) as
monarquias resistiram durante o sec. XIX. Mas no sec. XX, (I e II Guerras) começou a liquidação
das monarquias.
CARACTERÍSTICAS DA REPÚBLICA
• TEMPORARIEDADE: O chefe de governo recebe um mandato, com prazo de duração
predeterminado. Estabeleceu-se também a proibição de reeleições sucessivas.
• ELETIVIDADE: o chefe de governo é eleito pelo povo, não se admitindo e sucessão hereditária ou por
qualquer forma que impeça o povo de participar da escolha.
• RESPONSABILIDADE: O chefe de governo é politicamente responsável, o que quer dizer que ele deve
prestar contas de sua orientação política ou ao povo diretamente ou a um órgão de representação popular.
• Essas características básicas sofreram adaptações segundo as exigências de cada época e lugar, mas estas
peculiaridades não chegaram a desfigurar o regime.
• AS RELAÇÕES ENTRE O LEGISLATICO E O EXECUTIVO determinaram as configurações de 2
SISTEMAS: parlamentarismo e presidencialismo, que disputaram a primazia tanto na monarquia
quanto na república.
SISTEMAS DE GOVERNO
• PARLAMENTARISMO X PRESIDENCIALISMO
• SURGIMENTO DO PARLAMENTARISMO – Não foi previsto por qualquer teórico, nem foi objeto de nenhum movimento
politico determinado. É fruto de longo processo histórico, desenvolvido paulatinamente durante muitos séculos, ate que se chegasse,
no final do sec. XIX, ao modelo bem definido e sistematizado que a doutrina chamou de PARLAMENTARISMO ou REGIME DE
TIPO INGLES.
• 1213 Joao sem Terra criação da primeira Carta Magna: Joao sem terra convoca 04 cavaleiros discretos, de cada condado, para com eles
conversar sobre assuntos do reino.
• 1265 um nobre francês, Simon de Montfort, chefiou uma rebelião contra o rei da Inglaterra, Henrique III, promovendo uma reunião
que muitos apontam como a verdadeira criação do Parlamento.
• Com a morte de Simon em combate, continuou a praxe de se reunirem cavaleiros (nobres que não eram parte do reino), cidadãos e
burgueses.
• No ano de 1295 o Rei Eduardo I oficializou essas reuniões, consolidando a criação do Parlamento.
• Depois de uma fase inicial de grande prestigio, o Parlamento sofreu as consequências do Absolutismo e foi perdendo autoridade,
conseguindo impor ao monarca suas condições somente no sec. XVIII.
PARLAMENTARISMO
• A partir de 1332 começa a se definir a criação de 2 casas do Parlamento.
• Os barões (parte do reino) continuavam a realizar suas Assembleias, as quais o clero não mais comparecia.
• Os cavaleiros, cidadãos e burgueses (chamados comummoners) compuseram sua própria Assembleia – a Câmara dos Comuns.
• A Revolucao Inglesa, cujo ápice se deu em 1688 e 1689 culminou na expulsão do rei católico Jaime II, que foi substituído por
Guilherm de Orange e Maria, ambos protestantes, embora ela fosse filha de Jaime II.
• Durante os reinados seguintes estabeleceu-se o habito de convocação pelo soberano de uma “Conselho de Gabinete”, que era
um corpo restrito de conselheiros privados, que eram consultados regularmente sobre assuntos de relações exteriores.
• Em 1714, o príncipe alemão Jorge foi considerado herdeiro legitimo da coroa britânica, mas nem ele nem seu sucessor, Jaime
II falavam inglês e se dirigiam ao conselho em latim. Tambem não demonstravam interesse nos problemas políticos da
Inglaterra, motivo pelo qual o Conselho continuou a se reunir e a tomar decisões sem a presença do Rei.
• Logo, um dos ministros, membros do Gabinete, foi se destacando dos demais, liderando-os, que comecou a ser chamado, por
ironia de Primeiro Ministro, mas redução da participação do monarca e de sua autoridade, delineou um dos pontos básicos do
Parlamentarismo: a distinção entre CHEFE DE GOVERNO (Primeiro Ministro) e CHEFE DE ESTADO (Monarca).
PARLAMENTARISMO – surgimento
• Por volta de 1700, com o Parlamento sentindo-se fortalecido, começou a pressionar os ministros a se
demitirem quando discordavam de sua politica.
• De inicio, utilizavam o IMPEACHMENT (impedimento) para afastar os ministros indesejáveis. Fazia-se
uma acusação perante a Câmara dos Comuns, alegando-se a prática de um delito. Reconhecida a culpa,
declarava-se o IMPEACHMENT, com a consequente perda do ministério e imposição de uma pena. Aos
poucos os ministros perceberam ser mais vantajoso deixar o cargo logo que se manifeste o
descontentamento do Parlamento.
• Nasceu assim, A RESPONSABILIDADE POLÍTICA, com a obrigatoriedade da demissão do gabinete
sempre que receber um VOTO DE DESCONFIANÇA.
• Em razão disso, convencionou-se que o Primeiro Ministro seria escolhido pelo partido de maior
representação parlamentar, o que era fácil na Inglaterra que é bipartidária. Esse primeiro-ministro ira
governar enquanto atender aos interesses da maioria do parlamento a qual representa.
CARACTERÍSTICAS
• DISTINCAO ENTRE CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO:
• O chefe de Estado pode ser o MONARCA ou PRESIDENTE DA REPÚBLICA, que não participa das decisões políticas,
exercendo preponderantemente uma função de representação do Estado. Nas repúblicas parlamentares costuma ser eleito pelo
Parlamento em mandatos relativamente longos. Ele atua como VINCULO MORAL DO ESTADO, colocando-se acima das
disputas políticas. Desempenha papel especial nos momentos de crise, quando é necessário a indicação de um novo primeiro-
ministro a aprovação do Parlamento. A tarefa é mais árdua nos sistemas pluripartidaristas porque deve ser escolhido alguém que
obtenha a aprovação da maioria parlamentar.
• O Chefe de Governo é a figura central do Parlamentarismo, porque exerce o PODER EXECUTIVO. É apontado pelo Chefe de
Estado e só se torna Primeiro-Ministro depois de obter a provação do Parlamento. Só pode assumir a chefia do governo e
permanecer nela com a aprovação da maioria parlamentar.
• CHEFIA DE GOVERNO COM RESPONSABILIDADE POLITICA:
• O chefe de governo não tem mandato determinado (poucos dias ou vários anos). Ele perde o cargo em 02 hipóteses:
• a) perda da maioria parlamentar (vai ser importante nas eleições do Parlamento – bi ou pluripartidarismo)
• b) voto de desconfiança (proposto por um parlamentar e submetido a votação. Se aprovado, o primeiro ministro deve demitir-se).
PRESIDENCIALISMO
• Também não foi produto de uma criação teórica, não havendo qualquer obra ou autor que preconizasse sua implantação.
• NAO RESULTOU DE LONGO E GRADUAL PROCESSO DE ELABORACAO.
• O Presidencialismo é uma criação americana do sec. XVIII, resultado da aplicação de ideias democráticas, concentradas na liberdade e
na igualdade dos indivíduos e na soberania popular.
• Resultado das péssimas lembranças que tinham da monarquia inglesa e da influência de pensadores que se opunham ao Absolutismo
(Montesquieu)
• Aplicou com o máximo rigor possível o principio dos FREIOS E CONTRAPESOS contido na doutrina da Separação dos Poderes
para tentar evitar o arbítrio.
• Na Declaração de Independência de 04/07/1776 há uma serie de acusações contra o Rei da Inglaterra além de declarar que “os
governos recebem legitimidade do poder do consentimento dos governados”.
• Os norte-americanos tinham plena consciência de que estavam criando uma nova forma de governo. Aplicaram no que foi possível a
ideia de Monstequieu (exceto a parte que o poder executivo deveria permanecer com o monarca) com rígida separação de poderes.
PRESIDENCIALISMO – E.U.A
• Ideiais de LIBERDADE, IGUALDADE E SOBERANIA POPULAR
• Os constituintes norte-americanos asseguraram com rara felicidade, a flexibilidade
do sistema, o que tornou possível sua adaptação a novas circunstancias, mantendo-
se a mesma constituição com pequeno numero de emendas (constituição sintética).
• Constituição Americana de 1787
CARACTERISTICAS
• PRESIDENTE DA REPUBLICA E O CHEFE DE ESTADO E O CHEFE DE GOVERNO
• Mesmo órgão unipessoal acumula as duas atribuições, exercendo o papel de VINCULO MORAL DO ESTADO (Chefe de
Estado) e exercendo a chefia do poder executivo (Chefe de Governo).
• No sec. XVIII o Estado era simples vigilante da vida social, por isso pensava-se o Presidente como mero executor das leis
aprovadas pelo Legislativo.
• Já no sec. XIX começaram a surgir novas exigências obrigando o Presidente a tomar decisões frequentes e rápidas sobre os
mais variados assuntos, o que se intensificou no Sec. XS (Welfare State) e ele passa a exercer autentica função governativa.
(atuação positiva do Estado) .
• CHEFIA DO EXECUTIVO É UNIPESSOAL
• A responsabilidade pelas diretrizes cabe exclusivamente ao presidente da republica. O presidente pode escolher livremente
(sem aprovação do Congresso) um corpo de auxiliares, que pode ser demitido a qualquer tempo. O vice-presidente ‘e
escolhido junto com o Presidente, mas não tem uma atribuição especifica, com papel de menor destaque.
CARACTERISTICAS
• O PRESIDENTE DA REPUBLICA E ESCOLHIDO PELO POVO
• Quando MADISON foi delinear as bases do novo sistema ele fixou claramente as características da Republica: a) essencial que o
governo derive de um grande conjunto da sociedade e não apenas de uma parte ou classe privilegiada
• B) suficiente para esse governo que as pessoas que o administrem sejam escolhidas direta ou indiretamente pelo povo.
• Por isso a Constituição norte americana, atribuiu a um COLEGIO ELEITORAL a competencia para eleger o Presidente da Republica
em nome do povo. Cada Estado tem direito a tantos votos eleitorais quanto forem os seus representantes na Camara e no Senado.
Designados, de inicio, pelos legislativos dos Estados, esses eleitores votariam nos seus respectivos Estados, remetendo-se os votos para
a capital federal.
• Originariamente, os colégios eleitorais não eram interligados nem tinham conhecimento direto dos lideres federais, motivo pelo qual
dificilmente poderiam fazer uma escolha que correspondesse, de fato, a vontade do povo.
• Com o tempo, o papel do presidente da republica foi se ampliando e o povo passou a ser consultado diretamente sobre os candidatos
a presidência. Quem elege o presidente ainda ‘e o colégio eleitoral, mas na pratica a votação popular ‘e fundamental pois pelo sistema
de votos eleitorais, todos os votos de um Estado cabem ao partido que obtiver nele a maioria dos votos populares. Ou seja, o eleitor
escolhe diretamente o colégio eleitoral e não o Presidente.
• Na maioria dos países que adotou o modelo norte-americano consagrou-se a eleição direta pelo povo, como no caso brasileiro.
CARACTERISTICAS - presidencialismo
• PRAZO DETERMINADO DE MANDATO:
• A ideia de democracia esta ligada a eleições periódicas, com mandato pre-determinado, porque o contrario disso seria uma
monarquia eletiva.
• Proibição de reeleições sucessivas para impedir o caráter vitalício a investidura. Emenda Constitucional de 1951
estabelecendo limite máximo de 2 mandatos consecutivos. Na maioria dos países que adotaram o presidencialismo havia
proibição da reeleição. Ex. Brasil (EC FHC)
• PODER DE VETO
• Para que não houvesse o risco de uma verdadeira “ditadura do legislativo”, foi concedido ao presidente interferir no processo
legislativo através de veto. Se considerar o projeto inconveniente ou inconstitucional, o Presidente nega-lhe sanção,
comunicando o veto ao legislativo. O veto então sera apreciado mediante votação especial. Se rejeitado o veto, o projeto pode
ser aprovado mesmo contra a vontade do presidente.
• Há ainda a possibilidade de o presidente enviar projetos de lei ao poder legislativo ficando este obrigado a discutir e votar o
projeto. Ex. Reforma Trabalhista.
• O presidencialismo tem sido adotado quando se pretende fortalecer o EXECUTIVO.

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