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MESTRADO EM ANTIGO TESTAMENTO

Professor(a): Marcelo

Aluno: Luiz Philipe Nolasco de Almeida

Seropédica

2020
RESUMO

A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

VERN SHERIDAN POYTHRESS


A obra de Cristo na terra, e especialmente sua crucificação e ressurreição, é
o clímax da história; é o grande centro no qual Deus consuma a salvação
para a qual toda a história do AT se direciona, cumprindo as promessas
feitas através do Antigo Testamento. A era presente olha para a obra
completada de Cristo, mas também para a consumação de sua obra quando
vier o tempo dos “novos céus e nova terra em que habita a justiça” (2 Pe.
3:13; Ap. 21:1-22:5).

O plano unificado de Deus o levou a incluir promessas e predições ao


longo dos tempos passados, e cumpri-las mais tarde. Às vezes as promessas
são explícitas, como quando promete a vinda do Messias (Isaías 9:6-7). Às
vezes elas são simbólicas, como quando ele determina que animais sejam
sacrificados como símbolo do perdão dos pecados (Lev 4). Em si mesmo, o
sacrifício não perdoava pecados (Heb. 10:1-18). Eles apontavam para
Cristo.

A ideia que o autor tem de cristo no antigo testamento é: como o plano de


Deus é para Sua glória, focalizando-se em Cristo (Ef. 1:10), é natural que
as promessas do Antigo Testamento apontassem para Cristo, “Pois todas as
promessas de Deus têm nele o sim” (2 Cor. 1:20).

O antigo testamento aponta para Cristo: primeiro, por meio de promessas


de salvação e promessas concernentes ao compromisso de Deus com seu
povo. Deus revela isso também nas promessas específicas sobre o Messias
como o Salvador na linhagem de Davi. Através do profeta Miquéias, Deus
prometeu que o Messias nasceria em Belém, cidade de Davi (Mq. 5:2),
profecia que se cumpriu perfeitamente (Mat. 2:1-12). Mas Deus
frequentemente dava promessas gerais a respeito dos dias futuros de
salvação, detalhando o seu cumprimento (e.g., Isaías 25:6-9; 60:1-7).
O autor enfatiza que a relação de Deus com seu povo não era apenas de
bênçãos, é claro, mas também de advertências, e promessas de maldição.
Era necessário que fosse assim por conta da reação justa de Deus contra o
pecado. Essas advertências antecipavam e apontavam para Cristo de duas
maneiras diferentes. Primeiro, Cristo é o Cordeiro de Deus, que carrega a
maldição (Jo 1:29; 1 Pe. 2:24). Ele era inocente quanto ao pecado, mas
levou por nós a maldição (2 Cor. 5:21; Gal. 3:13). Toda ocasião no AT que
retrata a ira de Deus contra o pecado e sua punição, aponta para a ira que
caiu sobre Cristo, na cruz.

Tendo em vista que promessas de Deus no AT estão não apenas no


contexto dos compromissos de Deus para com seu povo, mas também nas
obrigações que o povo tem para com Deus. Noé, Abraão e outros a quem
Deus encontra e se dirige são chamados não somente a crer em Deus, mas a
responder com suas vidas ao chamado de Deus. A relação de Deus com seu
povo é consumada por meio de pactos. Quando Deus faz um pacto com
o homem, ele é apresentado como o Soberano que especifica as obrigações
do pacto para ambas as partes. “Eu serei seu Deus” é a obrigação
fundamental do lado de Deus, enquanto que “eles serão meu povo” é a
obrigação fundamental para o lado humano.

Junto aos pactos, a Bíblia focaliza num elemento especial, a saber, a


promessa acerca da descendência de Jesus. No pacto com Abrão, Deus o
chama para “andar em sua presença e ser perfeito” (Gen. 17:1). Esse é o
lado “humano” da obrigação do pacto. No outro lado, Deus promete fazer
dele “pai de multidão” (Gen. 17:4), e muda seu nome para Abraão (Gen.
17:5). E esse pacto se estende às gerações posteriores de Abraão:
“Estabelecerei meu pacto entre ti e tua descendência depois de ti por meio
de um pacto eterno. E darei a terra da possessão a ti e teus descendentes”
(Gen. 17:7-8).
De acordo com a obra é evidente que Cristo não é somente o descendente
perfeito de Abraão, mas, antes disso, o descendente da mulher (Gen. 3:15).
A vitória sobre a serpente e sobre o mal e a reversão dos seus efeitos tem
sua raiz na descendência da mulher. A sua semente é traçada, passando por
Eva, Sete, Noé, etc. (Lc 3:23-38). Assim Cristo é também o último Adão (1
Cor. 15:45-49) e, como era Adão, Cristo representa todos os que
descendem dele, pela fé. Constantemente o NT fala de Cristo e da salvação.
O que não é tão óbvio para as pessoas é que o mesmo é verdade no que diz
respeito ao AT. Mas lá isso acontece como antecipação, com “sombras” e
“tipos” das coisas que virão (1 Cor. 10:6, 11; Heb 8 :5).

A Bíblia deixa claro que, desde que Adão caiu em pecado, o pecado e suas
consequências têm sido o maior problema da raça humana. Pecado é
rebelião contra Deus e seu salário é a morte (Rom. 6:23). Deus é santo e
ninguém pode estar em sua presença sem morrer (Ex. 33:20). Logo, o
homem necessita de Cristo como o mediador que responde por ele diante
de Deus (1 Tim. 2:5-6). Cristo é tanto Deus quanto homem, mas sem
pecado, e é o único suficiente para realizar essa mediação.

Embora haja apenas um mediador em último caso, há vários mediadores


representativos no AT: Moisés, por exemplo. (Ex 19). Quando o povo se
apavorou da presença de Deus, Moisés intercedeu por ele (Ex. 20:18-21,
Dt. 5:28-33).

Em sua obra o autor tem a concepção de que Deus consumou a obra de


salvação que estava prepara desde o antigo testamento.

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