Sentença - Eder Donizete

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE CAMPINAS
FORO DE CAMPINAS
2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
Avenida Francisco Xavier de Arruda Camargo, 300, Bloco A Sala 133 - Jd.
Santana
CEP: 13088-901 - Campinas - SP
Telefone: (19) 3756-3628 - E-mail: campinas2faz@tjsp.jus.br
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1027853-18.2020.8.26.0114 e código B5802DE.
SENTENÇA
Processo nº: 1027853-18.2020.8.26.0114

Classe - Assunto Procedimento do Juizado Especial Cível - CNH - Carteira Nacional
de Habilitação
Requerente: Eder Donizeti de Jesus
Requerido: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO e outros
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICHARD PAULRO PAE KIM, liberado nos autos em 15/10/2021 às 18:22 .
Juiz de Direito: Dr. Richard Paulro Pae Kim
Vistos.
EDER DONIZETI DE JESUS move ação declaratória contra

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM-DER, PREFEITURA
MUNICIPAL DE SÃO PAULO e EMDEC - EMPRESA MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO DE CAMPINAS S/A alegando, em síntese, o que segue: a) teve
contra si instaurado processo administrativo de suspensão do direito de dirigir, n°
6312/2019 por supostamente ter cometido as infrações de nºs 1O7409945, 5A1783712,
5A1310664, 5A1786497, 5O0052558 e 5A1421200 na condução dos veículos de placas
KLU8491 e EIX6937; b) todavia, não recebeu qualquer notificação referente às infrações,
o que impossibilitou o exercício da ampla defesa e contraditório.
Nesse cenário, requer a concessão de tutela provisória para que seja
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suspendo o bloqueio administrativo lançado em sua CNH e em seu prontuário, e, ao final, a
procedência dos pedidos para que seja declarada a nulidade do processo administrativo de
suspensão do direito de dirigir nº 6312/2019. Subsidiariamente, que lhe seja garantido o
direito à dupla notificação das atuações de trânsito.
Intimado a demonstrar que seu endereço estava atualizado nos cadastros do
DETRAN desde o início do processo administrativo (p.20/22), o autor deixou de cumprir a
determinação (p.25).
O DETRAN foi excluído do polo passivo (p.20/22) e a tutela provisória foi

indeferida (p.28/30).
O DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO

DE SÃO PAULO – DER/SP, ofertou contestação (p.44/54) aduzindo, em suma, o
seguinte: a) o DER é o órgão rodoviário de trânsito do Estado de São Paulo responsável
pela fiscalização e consequente autuações por infrações à legislação de trânsito,
fiscalização esta que corresponde ao exercício do Poder de Polícia, o qual é inerente à
Administração Pública; b) esta autarquia, como órgão rodoviário, cumpriu suas funções
exatamente como determina a legislação, ou seja, fiscalizou o tráfego do veículo na
rodovia e, em razão da irregularidade constatada, lavrou o auto de infração reclamado,
conforme termos do artigo 280, § 3º, do Código de Trânsito Brasileiro; c) os documentos
ora juntados por esta autarquia comprovam que as notificações foram enviadas para o
endereço cadastrado no DETRAN (doc. 1), que é o mesmo das notificações; d) é de
responsabilidade do proprietário do veículo manter o endereço cadastral sempre atualizado,
e o próprio autor informa que o endereço constante no cadastro está atualizado. Assim não
há como questionar a validade delas, visto que era o endereço constante do cadastro do
veículo na data da postagem; e) o ato administrativo goza da presunção de legalidade e
veracidade da qual resulta como consequência, entre outras, a transferência do ônus da
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prova de sua ilegalidade para quem invoca, até porque neste caso esta autarquia demonstra
que as notificações foram realizadas. Pugna pela improcedência da ação.
A EMPRESA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO DE

CAMPINAS S/A -EMDEC, por sua vez, contestou o feito (p.81/85), alegando, em
preliminar de mérito, a inépcia da inicial. No mérito, sustentou que: a) a EMDEC, em
relação ao envio das notificações de autuação e penalidade, sempre o faz para o endereço
cadastrado nos sistemas do DETRAN/SP; b) ademais, todas as notificações de autuação e
penalidade foram publicações no Diário Oficial do Município. Requer o acolhimento da
preliminar e, no mérito, a improcedência da ação.
Citado, o Município de São Paulo deixou de contestar o feito (p.117).
Houve réplica (p.120/121).
É o relatório. DECIDO.
Pertinente o julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 355, I, do

Código de Processo Civil, uma vez que a matéria discutida é exclusivamente de direito e
não há fatos a serem provados
Ab initio, muito embora o Municípios de São Paulo tenha sido citado à

p.35/36 e deixado transcorrer in albis o prazo para apresentar a contestação (p.117), o réu é
pessoa jurídica de direito público, não se sujeitando aos efeitos da revelia.
Tampouco há que se falar em inépcia da inicial. É perfeitamente possível no

presente caso observar a causa de pedir, os pedidos e os fundamentos jurídicos de sua
pretensão, devidamente e bem descritas na petição inicial, o que importou no
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preenchimento dos requisitos exigidos pela lei para a propositura da ação. Ademais,
conforme entendimento do Colendo Superior Tribunal de Justiça, “a petição inicial só deve
ser indeferida por inépcia quando o vício representa tal gravidade que impossibilite a
defesa do réu ou a própria prestação jurisdicional” (STJ 3ª. T Resp 193.100-RS, rel.
Min. Ari Pargendler, j. 15.10.01, não conheceram, v.u. DJU 4.2.02.p.345).
Superada a questão processual, no mérito a ação é parcialmente
procedente.
Trata-se de ação de obrigação de fazer em que a parte autor alega ausência

de notificação das infrações (1O7409945, 5A1783712, 5A1310664, 5A1786497,
5O0052558 e 5A1421200), que culminaram a instauração do processo administrativo de
suspensão do direito de dirigir nº n° 6312/2019, o que acarretou a impossibilidade de
apresentação de defesa.
Com efeito, o autor não apresentou comprovação de que seu endereço estava
atualizado no cadastro do DETRAN desde o início dos procedimentos impugnados, qual
seja, as datas das autuações questionadas (1O7409945, 5A1783712, 5A1310664,
5A1786497, 5O0052558 e 5A1421200), na condução dos veículos de placas KLU8491 e
EIX6937, sendo de responsabilidade do proprietário do veículo manter a atualização dos
seus dados junto ao órgão de trânsito.
Outrossim, verifica-se pelo histórico de proprietários do veículo indicado na

inicial de placas EIX6937, acostado à contestação do corréu DER (p.55/68), por meio do
qual se verifica que na ocasião do cometimento da infração impugnada, o autor constava
como proprietário do veículo, tendo fornecido, à ocasião, o seguinte endereço ao
DETRAN: Rua João Pessino, 259, Jardim Metonopo-Campinas-SP (p.60), para onde
foram enviadas as notificações (p.69/80).
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Logo, forçoso reconhecer que o réu DER e a EMDEC lograram êxito em
comprovar o envio das devidas notificações no bojo dos processos administrativos
impugnados, notadamente com a juntada, nestes autos, dos “comprovantes de
expedição/postagem” (p.169/80 e 112/114).
Nessa toada, uma vez demonstrado o regular cumprimento da exigência
contida no artigo 282 do Código de Trânsito Brasileiro, no que se refere à lavratura do
processo administrativo sancionador, não há se falar em nulidade, tampouco em violação
ao princípio do devido processo legal, do qual o contraditório e a ampla defesa são
corolários. A penalidade de cassação resta, portanto, incólume.
Sobre a suficiência probatória do supracitado documento postal, assiste a

jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo:
"APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. CNH. SUSPENSÃO DO

DIREITO DE DIRIGIR. Anulação de processo administrativo para suspensão do
direito de dirigir. Alegação de não recebimento de notificações de instauração do
processo administrativo e de aplicação de penalidade. Inadmissibilidade.
Notificações consideradas válidas por simples comprovação da postagem ao
endereço constante do cadastro, sem necessidade de aviso de recebimento.
Inteligência do art. 282, § 1º, CTB e art. 3º, § 1º, Resolução CONTRAN 404/12.
Dados cadastrais do apelante que estão atualizados no sistema do DETRAN.
Impetrante que, apesar de alegar ausência de notificação, interpôs recursos,
perante à JARI e ao CETRAN, tempestivamente, nos anos de 2016 e 2017.
Recurso na esfera administrativa foi indeferido, com trânsito em julgado da
decisão que determinou a suspensão do direito de dirigir. RECURSO NÃO
PROVIDO." (TJSP; Apelação Cível 1002895-25.2018.8.26.0053; Relator Des.
Alves Braga Junior; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Público; Foro Central -
Fazenda Pública/Acidentes - 12ª Vara de Fazenda Pública; Data do Julgamento:
31/10/2013; Data de Registro: 05/06/2019). (destaquei).
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"MANDADO DE SEGURANÇA - CNH - Impetração que visa ao cancelamento
dos autos de infração de trânsito nºs 1G433392-2 e 1G428918-2 e do
Procedimento Administrativo nº 0001325-0/2015 para garantir a renovação da
carteira de habilitação do impetrante - Inadmissibilidade - Alegações do
demandante que não infirmam os atos administrativos emanados - Comprovação
da regular remessa postal das notificações - Desnecessidade de demonstração
da entrega - Precedentes - Observância da garantia do contraditório e da ampla
defesa ao autuado - Oportunizada apresentação de recurso administrativo das
multas - Mero erro formal no preenchimento do código de Município dos autos de
infração que não acarreta qualquer nulidade - Esgotamento do prazo de trinta dias
do artigo 289, do CTB, que ocasiona apenas o efeito suspensivo da penalidade -
Por outro lado, a pendência de julgamento de recurso interposto pelo DER obsta o
apontamento de qualquer restrição no prontuário do motorista - Inteligência do art.
290, parágrafo único, do CTB e Resolução CONTRAN n° 182/2005 - R. Sentença
de parcial concessão da segurança mantida. Recurso oficial e apelo do Impetrante
improvidos." (TJSP; Apelação / Remessa Necessária 1001960-77.2017.8.26.0066;
Relator Des. Carlos Eduardo Pachi; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Público;
Foro de Barretos - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 18/06/2018; Data de
Registro: 18/06/2018). (destaquei).
"ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL AÇÃO ANULATÓRIA ATO

ADMINISTRATIVO MULTAS POR INFRAÇÃO À LEGISLAÇÃO DE
TRÂNSITO DUPLA NOTIFICAÇÃO. 1. A multa por infração à legislação de
trânsito passa a ser exigível após sua constituição definitiva, uma vez atendida a
exigência de dupla notificação do infrator (arts. 281, parágrafo único, e 282 CTB)
e assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LV, CF). 2. Basta
a prova de envio da notificação ao Correio. Desnecessidade de prova da
entrega. Precedentes. Reexame necessário, considerado interposto, acolhido.
Recursos da Fazenda do Estado e da CET-Santos providos. Recurso da Prefeitura
Municipal de Guarujá desprovido. (TJSP; Apelação Cível
0006017-69.2010.8.26.0562; Relator Des. Décio Notarangeli; Órgão Julgador: 9ª
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Câmara de Direito Público; Foro de Santos - 1ª. Vara da Fazenda Pública; Data do
Julgamento: 29/01/2014; Data de Registro: 30/01/2014). (destaquei).
"Apelação Mandado de segurança CNH Processo administrativo visando à

suspensão do direito de dirigir Recusa a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa (Art. 165-A do CTB) e Direção Perigosa (Art. 175 do CTB) Alegada
ausência de notificação para apresentação de defesa Notificação comprovada
pelos documentos acostados aos autos Procedimento administrativo regular
Ausência de ofensa aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa Sentença denegatória da segurança mantida Recurso não provido."
(TJSP; Apelação Cível 1017358-18.2018.8.26.0361; Relator Des. Marrey Uint;
Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Público; Foro de Mogi das Cruzes - Vara da
Fazenda Pública; Data do Julgamento: 21/05/2019; Data de Registro: 23/05/2019).
"PROCESSO Veículo Notificações Recebimento Prova Relatório dos

Correios Exigência Aviso de recebimento Exibição Impossibilidade: O
relatório dos Correios é suficiente para a comprovação da entrega de
notificações e autuações." (TJSP; Apelação Cível 1008645-61.2015.8.26.0037;
Relatora Desa. Teresa Ramos Marques; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito
Público; Foro de Araraquara - 1º Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento:
04/02/2019; Data de Registro: 05/02/2019). (destaquei).
“APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. CASSAÇÃO DE CNH. Pedido

de anulação de processo administrativo do DETRAN/SP. Sentença de denegação
da segurança. Irresignação. Regularidade do processo administrativo de cassação
de CNH. Notificações regularmente expedidas. Entrega à empresa de serviços
postais (Correios), via FAC. Adequação à Resolução CONTRAN n° 404/2012 e ao
art. 282 do CTB. Precedentes desta Corte. Presunção de legalidade/legitimidade
dos atos administrativos. Ônus probatório carreado ao autor, conforme prevê o art.
373, inciso I, do CPC/2015. Manutenção da r. sentença. Não provimento do
recurso.” (TJSP. AC. n° 1038811- 23.2018.8.26.0053. Rel. Des. Marcos Pimentel
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Tamassia. DJ: 27.09.2019).
No tocante às autuações lavradas pelo Município de São Paulo (AIT n°

5A1783712 – 4; AIT n° 5A1310664 – 4; AIT n° 5A1786497 e 5A1421200 – 4), contudo,
muito embora o autor não tenha demonstrado que seu endereço estava atualizado no banco
de dado do DETRAN, fato é que não restou demonstrado nos autos o envio das
notificações.
Com efeito, a prova de expedição da notificação, recurso simples ao alcance

da gestão pública, teria o condão de gerar a presunção iuris tantum de legitimidade do ato
administrativo, contudo, o Município de São Paulo não se desincumbiu desse ônus. Aliás,
devidamente citado, sequer apresentou contestação (p.117).
Por fim, importante deixar claro que a controvérsia dos autos ficou restrita à
verificação da prática dos Autos de Infração de Trânsito nºs AIT n° 5A1783712 – 4; AIT
n° 5A1310664 – 4; AIT n° 5A1786497 e 5A1421200 – 4; AIT N° 1O7409945 – 4 e AIT
N° 5O0052558 – 7, lavrados pelos réus, sendo que o pedido de
cancelamento/arquivamento do processo administrativo de suspensão do direito de
dirigir/cassação da CNH é mera consequência da declaração de nulidade da indigitada
pontuação, nos termos do estabelecido na Resolução CONTRAN n.º 723/18.
Nesse sentido, confira-se:
"Art. 7. º Para fins de cumprimento do disposto no inciso I do art. 3º serão

consideradas as datas do cometimento das infrações.
[...]
1027853-18.2020.8.26.0114 - lauda 8
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§ 5.º A qualquer tempo, havendo anulação judicial ou administrativa do autos de
infração, o órgão autuador deverá efetuar nova comunicação aos órgãos de registro
da habilitação, para que sejam adotadas providências quanto a processos
administrativos de suspensão ou cassação do direito de dirigir eventualmente
instaurados com base nas autuações anuladas.
§ 6.º Configurada a hipótese do § 5º, o órgão de registro da habilitação anulará, de
ofício, a penalidade eventualmente aplicada, cancelando registro no RENACH,
ainda que já tenha havido o encerramento da instância administrativa."
No caso vertente, restou comprovado, que o processo de cassação da CNH

decorre em razão das autuações que ora são declaradas nulas, de modo que caberá aos réus
comunicarem ao DETRAN a anulação das autuações impugnadas, nos termos da
Resolução acima mencionada.
Ressalta-se que, desconstituídos os AITs, todos os efeitos deles decorrentes

caem; logo, se o processo sancionador é um desses efeitos, restará também desconstituído,
sendo que as providências necessárias para tanto serão tomadas administrativamente, por
atos interna corporis, nos moldes da Resolução supracitada.
Diante do exposto e de tudo o mais que dos autos consta, JULGO: (i)
IMPROCEDENTE a ação movida em face de DEPARTAMENTO DE ESTRADAS
DE RODAGEM-DER e EMDEC - EMPRESA MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO DE CAMPINAS S/A,nos termos do art. 487, I do Código de
Processo Civil; (ii) PROCEDENTE os pedidos formulados por EDER DONIZETI DE
JESUS contra MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, para anular as autuações lavradas pelo
Município de São Paulo (AITs nºs AIT n° 5A1783712 – 4; AIT n° 5A1310664 – 4; AIT n°
5A1786497 e 5A1421200 – 4), restando incólume as demais infrações impugnadas.
Concedo, nesta oportunidade, a tutela provisória em relação ao Município de São
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Paulo.
Em observância ao 7.º, §§ 5.º e 6.º, da Resolução CONTRAN n.º 723/18,

deverá o Município de São Paulo proceder à comunicação da anulação dos AIT´s em
questão ao DETRAN-SP, para que este adote as providências cabíveis quanto ao processo
de suspensão da CNH existente contra o autor.
Sem custas e honorários sucumbenciais nos termos do artigo 27 da Lei n.º
12.153/09 c.c. artigo 55 da Lei n.º 9.099/95.
Não há, na espécie, remessa necessária, nos termos do artigo 11 da Lei n.º
12.153/09.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
Campinas, 29 de setembro de 2021.
RICHARD PAE KIM

Juiz de Direito
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME

IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
1027853-18.2020.8.26.0114 - lauda 10

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Nesse cenário, requer a concessão de tutela provisória para que seja

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Intimado a demonstrar que seu endereço estava atualizado nos cadastros do

O DETRAN foi excluído do polo passivo (p.20/22) e a tutela provisória foi

O DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO

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A EMPRESA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO DE

Citado, o Município de São Paulo deixou de contestar o feito (p.117).

Houve réplica (p.120/121).

Pertinente o julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 355, I, do

Ab initio, muito embora o Municípios de São Paulo tenha sido citado à

Tampouco há que se falar em inépcia da inicial. É perfeitamente possível no

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Trata-se de ação de obrigação de fazer em que a parte autor alega ausência

Outrossim, verifica-se pelo histórico de proprietários do veículo indicado na

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Sobre a suficiência probatória do supracitado documento postal, assiste a

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"Apelação Mandado de segurança CNH Processo administrativo visando à

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No tocante às autuações lavradas pelo Município de São Paulo (AIT n°

Com efeito, a prova de expedição da notificação, recurso simples ao alcance

Nesse sentido, confira-se:

"Art. 7. º Para fins de cumprimento do disposto no inciso I do art. 3º serão

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

§ 6.º Configurada a hipótese do § 5º, o órgão de registro da habilitação anulará, de

No caso vertente, restou comprovado, que o processo de cassação da CNH

Ressalta-se que, desconstituídos os AITs, todos os efeitos deles decorrentes

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Em observância ao 7.º, §§ 5.º e 6.º, da Resolução CONTRAN n.º 723/18,

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Campinas, 29 de setembro de 2021.

RICHARD PAE KIM

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME

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