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Belo Horizonte
2021
ARIANE VERÔNICA DE SOUZA
LETÍCIA RIBEIRO DOS ANJOS
Belo Horizonte
2021
RESUMO
ABSTRACT
Organizations are inserted in a highly competitive and diversified environment, so society started to demand
policies aimed at managing diversity, given the importance not only for society but for organizations. In this
sense, the research aimed to analyze, propose, modify, inclusion and diversity programs in a wholesale and retail
supermarket chain in the greater Belo Horizonte and metropolitan region.
2. JUSTIFICATIVA.....................................................................................6
3. PROBLEMA E HIPÓTESE....................................................................8
4. OBJETIVO GERAL................................................................................9
5. OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................10
6. METODOLOGIA..................................................................................11
7. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................13
E o cronograma?
1. INTRODUÇÃO
Com o tempo a diversidade passou a fazer parte do cenário empresarial.As organizações estão
conectadas a um ambiente competitivo e diversificado, sendo assim politicas de inclusão passaram a
ser cobradas pela sociedade.
Dado que no contexto recente a gestão da diversidade tem se mostrado uma das
atividades imperativas, especial atenção a seu respeito vem sendo requerida das áreas de RH.
Nesse sentido, o profissional de RH precisa estar apto e atento aos seus deveres e, inclusive, à
legislação. Isto é fundamental para viabilizar a inclusão das Pessoas com Deficiência no
mercado de trabalho (BODART, ROMANO, CHAGAS, 2016).
O RH deve estar preparado para essa diversidade, com métodos de recrutamento que
sejam eficientes também para as classes minoritárias. Fernandes, Moura e Ribeiro (2011)
consideram que o processo de recrutamento com o objetivo de ampliar a diversidade nas
organizações perpassa a construção de algumas práticas de recursos humanos. Assim, o
processo de recrutamento dessa mão de obra considera a realização de pesquisa de mercado
que possibilite indicar uma base para o recrutamento da diversidade; a criação de um
ambiente que influencie gestores e stakeholders sobre a necessidade de práticas de
recrutamento para a diversidade; a ampliação e diferenciação dos canais de comunicação para
alcançar os candidatos-alvo; e a recompensa aos funcionários responsáveis pelo recrutamento
em função de seu sucesso no aumento da diversidade dos membros organizacionais.
Acrescentam Viana e Drews (2018) que o trabalho do Gestor de RH dentro de um
contexto de diversidade, é ponto de partida para o desenvolvimento de tal prática, à medida
que quando o setor realiza contratações, promoções ou ações que visam valorizar os
colaboradores, o faz baseado nas diretrizes da empresa e com o objetivo de destacar a imagem
e o clima organizacional desta. Os profissionais do RH e os responsáveis pelo recrutamento e
seleção da empresa, dentro de um contexto multicultural, precisam estar cientes dos fatores
próprios daquele candidato, fatores como a 8 língua, crenças, religião, e que essas
particularidades podem ser determinantes para o sucesso de um candidato, seja em uma
entrevista ou no próprio desenvolver das atividades de trabalho.
Para que a inclusão da diversidade ocorra de forma harmoniosa dentro do ambiente
organizacional, é necessário que haja interação e ajuste entre o indivíduo e a empresa, ou seja,
socialização (MARTINEZ, 2008). O autor ainda salienta que deve-se considerar que a entrada
de um novo indivíduo acarreta mudanças para uma organização que repercutem na esfera das
relações interpessoais e na responsabilidade organizacional, no que tange à sua admissão.
Dessa forma, a partir do processo de socialização, o sujeito tenta se integrar ao sistema de
valores e normas praticado pela organização, com o propósito de modificar o mundo que o
cerca.
Outra prática importante para a implementação de uma estratégia voltada a gestão da
diversidade refere-se aos treinamentos, na qual o Instituto Ethos, (2002) afirma que o
treinamento deve buscar ajudar as pessoas a trabalhar juntas com mais sucesso e a resolver
conflitos que tenham por base questões de diferenciação. A implantação de programas de
comunicação pode fortalecer a diversidade, favorecendo a busca de objetivos comuns em
equipes diversificadas e a contribuição individual dos empregados.
Chavez e Weisinger (2008) complementam que a organização acompanhe os objetivos
do programa e contribua fornecendo uma oportunidade realista para que seja possível emergir
uma cultura organizacional que promova a diversidade e a inclusão, e que sustente uma
estratégia na contribuição de insights a partir de experiências pessoais. Para o efetivo sucesso
do treinamento da diversidade, os autores consideram a organização deve propiciar uma
cultura na qual as pessoas possam se orgulhar de suas perspectivas únicas e estejam dispostas
e até mesmo ansiosas para compartilhá-la. Sem tal clima, os gestores podem ter dificuldade de
incorporar essas perspectivas dentro do trabalho da organização e, com isso, perder
oportunidades estratégicas para capitalizar os insights promovidos por uma força de trabalho
diversificada.
Para que que seja efetiva, a gestão da diversidade precisa de uma implementação
planejada, o que significa que é necessário um alinhamento com todos os aspectos da política
de recursos humanos da organização, com destaque para as práticas de recrutamento, seleção,
remuneração, treinamento e cultura organizacional. Nesse processo, devem-se incluir a
filosofia compartilhada pela força de trabalho e políticas de inclusão das pessoas com
deficiência no contexto organizacional.(MACCALI et. al., 2015)
Segundo pesquisa realizada por Ivancevich e Gilbert (2000), a empresa apenas se torna
multicultural quando as mais sutis formas de discriminação forem deduzidas e extinguidas.
Para esses autores as ações que viabilizam a diversidade na organização com foco nas
diferenças são: (1) mudar a composição demográfica (com a inclusão de minorias); (2)
implantar um comitê sobre diversidade como parte a Missão da Organização Multicultural
para monitorar e melhorar o clima da diversidade; (3) desenvolver um contínuo programa de
educação com foco na diversidade; (4) desenvolver medidas de benefícios diversos; (5) ter
apoio e iniciativa da área de RH; (6) ter empregados envolvidos.
Em conjunto com á liderança, o setor de RH tem a responsabilidade de promover a
diversidade na organização, buscando iniciativas e soluções para que diferentes perfis possam
colaborar para crescimento e desenvolvimento do negócio, considerando todos os grupos.
Dessler (2003, p.48) buscou ilustrar melhor a realidade das organizações ao afirmar
que “[...] as metas de igualdade e tratamento justo que orientam a legislação de oportunidades
iguais de emprego estão sendo ultrapassadas pelas mudanças demográficas e pela
globalização do mercado”. Segundo o autor, deparamo-nos, atualmente, com uma mudança
no cenário das organizações, pois “os homens brancos já não dominam mais a força de
trabalho, e as mulheres e as minorias representarão a maior parte do crescimento da força de
trabalho em um futuro previsível”( DESSLER, 2003)
Portanto, entende-se que esses fatores, aliados à globalização de mercados, demandam
das empresas funcionários qualificados para compreenderem o mercado global. Dessler
(2003, p. 48) apontou como resultado desse cenário que “as empresas hoje estão se
empenhando para obter um equilíbrio sexual, étnico e racial na força de trabalho ‘não por
causa das imposições legais, mas por uma questão econômica”.
Como um dos efeitos desejáveis da diversidade, aponta-se o clima organizacional
favorável, o que influencia nos resultados organizacionais, pois, conforme Nkomo e Cox Jr
(1999, p.335), “Os resultados individuais são divididos em variáveis de respostas afetivas
(satisfação, identificação organizacional e envolvimento no trabalho) e em variáveis de
desempenho (performance, mobilidade no cargo e compensação)” .
Hanashiro e Carvalho (2005, p.19) consideram que “Na literatura, as empresas vêem
seus esforços para administrar a diversidade não somente como uma questão social e moral,
mas também como uma estratégia para alavancar eficiência e competitividade”. O fato,
segundo as autoras, é que as empresas precisam de pessoas competentes, independentemente,
de onde estiverem, pois “Desejam obter uma força de trabalho mais efetiva, com moral mais
elevada e ter a reputação de ser o melhor lugar para se trabalhar”
O ambiente organizacional se estrutura pelo convívio de cada colaborador, com fatores
individuais, grupais e corporativos. Essa interação possibilita que o ambiente organizacional
influencie de forma positiva ou negativa nos resultados da empresa. Diante disso, é
importante que a diversidade seja administrada para que cada indivíduo contribua com o seu
melhor desempenho no alcance das metas determinadas pela organização.
Para Nkomo e Cox Jr (1999), o impacto da diversidade recai nos resultados
individuais e organizacionais. Nesse sentido, Santos et al. (2008, p.8) explicam que a
diversidade tem potencial para influenciar os resultados de uma organização de duas formas:
variáveis de respostas afetivas, isto é, como os funcionários se sentem a respeito do seu
trabalho e do seu empregador, e variáveis de realização, medidas por critério que revelam a
performance relacionada com a identificação do grupo. Os autores ainda afirmam que o fator
percepção e as variáveis afetivas são importantes, pois o comportamento individual é dirigido
pela percepção da realidade, e, por esse motivo, é importante usar extensivamente as
informações e opiniões dos empregados no desenvolvimento da gestão
Thomas (1996) sugere que a gestão da diversidade nas organizações é importante, pois
permite a todos um desenvolvimento completo do seu potencial para atingir os objetivos da
empresa, não devendo ser reduzido a ações anti-discriminatórias. Para um melhor
entendimento sobre a gestão da diversidade, Cox, Lobel e McLeod (1991) explicam que a
gestão da diversidade envolve o planejamento e a implementação de sistemas, políticas e
práticas que possam potencializar efeitos positivos e minimizar as suas desvantagens.
Alves e Galeão (2004,p.21) também entendem a gestão da diversidade como um
ganho para a organização e faz uma comparação dos ganhos sociais inerentes às políticas de
ação afirmativa com o ganho organizacional na gestão da diversidade: Primeiro, programas
internos de empresas voltados à diversidade seriam socialmente mais justos do que políticas
de Ação Afirmativa (AA), uma vez que se baseiam na meritocracia e não no favorecimento.
Segundo, um bom gerenciamento da diversidade de pessoas nas organizações conduziria à
criação de vantagem competitiva, o que, em tese, elevaria o desempenho da organização no
mercado, tendo em vista a influência positiva de um ambiente interno multicultural, com
membros de distintas experiências e habilidades.
Programas de diversidade geram mais produtividade e resultados para a
organização,visto que em um abiente diverso há perspectivas e experiências distintas,
formando um repertório amplo,plural e rico, contribuindo para as conquistas e objetivos de
mercado planejados pela empresa.Além disso, é possível que os colaboradores cresçam tanto
no âmbito pessoal e profissional, a empresa passa ser vista com outros olhos, comprometida
com a responsabilidade social, atuando de forma autêntica e efetiva.
CADÊ O CRONOGRAMA?
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8. Referências