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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
FLOCULAÇÃO E COAGULAÇÃO
MACEIÓ
2016
EDILTON NUNES DA SILVA
FLOCULAÇÃO E COAGULAÇÃO
MACEIÓ
2016
RESUMO
1. Introdução ..........................................................................................4
2. Resultados e Discussão.......................................................................6
3. Conclusão............................................................................................9
4. Referências........................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
cruzadas isto também serve para o bombeamento, é recomendado que se utilize bombas de
deslocamento positivo, pois tem a vantagem de não ter agitação alta, como uma bomba
centrifuga, e também o polímero não entra em contato com as partes internas da bomba, o que
poderia causar vários problemas por conta do polímero ser muito viscoso. Além disso o tanque
de preparação tem que ser revestido para que não sofra corrosão, pois se as partículas do tanque
caírem na solução o processo de floculação já começaria no tanque de preparo, o que não é o
objetivo do tanque.
Para se determinar o ponto ótimo de trabalho é preciso fazer um teste em laboratório, já que
essas características mudam de efluente para efluente, para isso é realizado um jarteste, a
realização deste teste em laboratório é necessário para encontrar o ponto ótimo de trabalho e
assim diminuir os gastos no processo. O jarteste é realizado utilizando um equipamento de
bancada que pode ser observado na Figura 1, que consiste de uma base iluminada, onde apoiada
sem encontra recipientes abertos com um sistema de mistura automático e uma saída de para o
efluente.
Figura 1: Equipamento Jarteste
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O efluente utilizado foi o hidróxido de cálcio, Ele pode ser obtido como um subproduto dos
processos de fabricação de cálcio residuais de várias substâncias por precipitação da mistura de
uma solução de cloreto de cálcio com um hidróxido de sódio ou por reação de carboneto de
cálcio com a água. No último caso, durante o processo de que é libertado de acetileno, que é
usado para lâmpadas ou equipamentos de soldadura. [HALSTEAD; MOORE,1957]
O efluente foi preparado com uma concentração de 4g por litro de água, preencheu-se 5
recipientes com um litro desta solução cada um. Mediu-se o pH da solução que estava em 11.
O primeiro recipiente ficou como branco. No segundo e terceiro recipiente adicionou-se
aproximadamente 5 ml de ácido sulfúrico 20%, os pHs baixaram para 6 e 5 respectivamente.
Para coagulação deste efluente foram utilizados sulfato de alumínio 1%(10000 ppm) e sulfato
férrico 1%(10000ppm), para determinar o volume do coagulante a ser adicionado foi calculado
pela Formula 1, o volume necessário, sabendo que a concentração do efluente é de 500 ppm e
o volume de 1 L.
𝐶1 𝑉1 = 𝐶2 𝑉2 (1)
Onde C é a concentração das substancias e V o volume. O volume encontrado foi de 50
mL para os dois coagulantes.
O sulfato de alumino foi colocado no segundo recipiente foi observado a formação de
pequenos flocos que ficaram em suspensão a solução ficou turva e esbranquiçada. Para o
recipiente que foi adicionado sulfato de ferro foi observada que houve a formação de pequenos
flocos que ficaram em suspensão a solução ficou amarelada e turva, é possível observar os
resultados pela Figura 2.
Figura 2: efluentes tratados com sulfato de alumínio e sulfato de ferro
Nos outros dois recipientes foi realizado o mesmo procedimento, mas sem a adição de
ácido para baixar o ph, ou seja, o pH da solução estava em 11, o que foi observado foi a
formação de flocos maiores que se decantaram melhor que os que estavam na faixa de pH
que geralmente é utilizada, além das soluções ficarem menos turva e aparentemente mais
limpas, isto pode ser observado na figura 3.
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Fonte: Autor(2016)
O fato da coagulação ter sido melhor com o pH 11 está relacionado com o potencial zeta.
A coagulação resulta de interações químicas e físicas entre as partículas e o(s) coagulante(s). O
potencial Zeta é um conceito associado ao potencial elétrico, ele mede o potencial de uma
partícula em movimento livre em um líquido. O conceito de Potencial Zeta explica que quanto
maior a densidade e extensão da camada difusa, maior será a velocidade da partícula dispersa
sob a ação de um campo elétrico. (SANTOS, 2011). Quanto maior o potencial zeta mais estável
é a dispersão e mais difícil de coagular, mas valore baixo do potencial zeta pode indicar
instabilidade coloidal que pode causar coagulação. Foi medido o pH da solução após a adição
dos coagulantes, como eles são sais levemente ácidos houve uma queda no pH para 9 e 7
respectivamente.
Um fator muito importante nos processos de coagulação e floculação é a velocidade
coagulação e quanto mais rápido ela decantar melhor. A lei de Stokes diz que uma partícula
caindo no vácuo, sob um campo uniforme de forças (geralmente gravitacional), não sofre
resistência à sua queda. Logo, a velocidade de queda da mesma cresce indefinidamente
independente do seu tamanho e densidade. O movimento dessa mesma partícula, se imersa em
um meio fluido qualquer, fica sujeito a uma força resistiva, cuja magnitude depende do regime
fluidodinâmico vigente, além dos aspectos morfológicos dessa partícula. Quando o equilíbrio é
alcançado entre a força gravitacional e a força de resistência do fluido, a partícula alcança sua
velocidade terminal de sedimentação e, portanto, cai a uma taxa constante (LIMA; LUZ,2001)
.E um dos fatores cruciais que rege o regime fluidodinâmico (viscosidade) é a temperatura,
assim a temperatura é um fator importante na velocidade de coagulação. Mas apesar da
importância da temperatura.
Para melhorar a velocidade de floculação se utiliza um polímero que vai juntar os flocos
formados anteriormente pelos floculantes, aumentando seu peso e fazendo decantarem. O uso
de polímeros depende muito da finalidade do processo, se o uso dos floculantes como sulfato
de alumínio e ferro já for suficiente então ótimo, pois esses reagentes são muito baratos e fáceis
de manejar, mas se for preciso utilizar o polímero ainda é recomendado fazer uma etapa de
coagulação com coagulantes baratos para formação dos flocos e utilizar uma pequena
quantidade de polímero para juntar esses flocos, assim se tem um gasto menor no processo.
Na pratica foi adicionado uma quantidade dosada pelo técnico do polímero aniônico nas
quatro amostras e observou-se que as duas primeiras amostras que estavam com um pH na faixa
geralmente utilizada, tiveram a formação de flocos maiores que logo decantaram formando uma
solução mais límpida isso para as duas soluções, para as outras duas amostras foi observado
que elas ficaram levemente turvas isto pode ter ocorrido pelo excesso de polímero na solução.
Mas em comparação ao efluente original houve uma melhora considerável. Visualmente o
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efluente tratado com com alumínio e polímero poderia ser utilizado para tratamento de água
para consumo ao contrário do que foi tratado com ferro, que adquiriu uma coloração amarelada,
mas a solução com alumínio tem um problema para a saúde das pessoas, pois se essa água com
alumínio for consumida, pode causar mal de Parkinson. Este efluente poderia ser utilizado
industrialmente para alguma limpeza ou um processo, já o efluente tratado com ferro não pode
ser utilizado na instruía diretamente no processo, pois os íons ferro corroem os equipamentos e
tubulações. Todos os efluentes tiveram um volume de precipitado bem semelhante, não foi
possível esperar um tempo para que ele decantasse e fosse medido a quantidade de precipitado,
que é um fator importante que este precipitado pode ser seu resíduo então é interessante que
seja o menor possível, ou pode ser seu produto então é mais interessante ser a maior quantidade
possível isso depende do que se quer produzir ou tratar.
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3. CONCLUSÃO
Podemos observar como funciona a coagulação e floculação que é tão utilizada na indústria
química e os fatores que podem influenciar a sua eficiência, como temperatura, tipo de
coagulante e polímero e as características dos mesmos, e o teste que é feito nele para aplicação
industrial. A comparação dos tipos de coagulantes e como eles se comportam em situações
diferentes é importante para temos conhecimentos de como agir em industrias que podem gerar
vários tipos de efluente diferentes, ou até mesmo no teste de um polímero ou coagulante
qualquer que esteja sendo vendido. Este experimento teve como fator principal o conhecimento
prático de teorias estudadas que serão fundamentais em vários processos.
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4. REFERENCIAS