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UNIVERISDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

CAMPUS VALE
CURSO DE BACHARELADO EM FÍSICA

EXPERIMENTO:MOVIMENTO DE UM CORPO
EM QUEDA LIVRE, COM ÊNFASE NA SUA
ACELERAÇÃO

ARTUR LADEIRA SUAREZ

Porto Alegre - RS
2021
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0.1 Resumo
Este relatório disserta a respeito do movimento de queda livre de um objeto oval. Sendo
essa prática realizada no laboratório de física da Universidade Estadual de São Paulo, cuja as
todas as medidas que serão expostas, foram cuidadosamente anotadas para mitigar quaisquer
fontes de erro. Além do mais, os dados que serão apresentados neste documento, foram apurados
de maneira a obedecer às medidas diretas e indiretas com a correta representação da incerteza.
Nesse sentido, vale destacar que o objetivo central do experimento é caracterizar o movimento
de queda, a partir da coleta dos dados de posição e tempo, por consequência reconhecendo as
peculiaridades inerentes aos deslocamentos em intervalos de tempo iguais (proporção de galileu).
. Além de que, por meio das informações obtidas no experimento foi possível calcular aceleração
do objeto, posteriormente relacionando-o seu comportamento em uma análise gráfica.

0.2 Introdução
A priori, o fenômeno abordado trata-se do movimento de queda livre de um objeto oval, preso
com o auxílio de um eletroímã, é abandonado do ponto mais alto. A câmera foi disposta numa
posição que permitiu o registro das posições do ovinho desde o início da queda. Desse modo,
diante dos dados anotados na pratica, sendo eles, o tempo transcorrido e a posição da partícula
diante a eixo de referência adotado, possibilitou atinar o valor da aceleração no movimento.
Diante disso, a situação em questão trata-se de um movimento retilíneo uniformemente acelerado
quando a aceleração instantânea é constante (de maneira aproximada, já que há inúmeros fatores
no experimento que são impossíveis controlar, logo havendo variações bem pequenas entre os
resultados). Nesse sentido, vale destacar a importância de Galileu para o movimento de queda
livre, uma vez que este foi um dos problemas mais analisados por ele em seus trabalhos, que
deram origem à era moderna da física, que inclusive merece destaque diante do cenário discutido
neste relatório.
Ademais, vale enaltecer a proporção de galileu para corpos que estão incialmente em repouso,
logo em seguida, iniciam um movimento uniformemente variado. Prosseguindo o raciocínio,
galileu apeteceu relacionar o tempo transcorrido com a distância percorrida, com isso descobriu
que havia uma sequência no espaço percorrido, sendo realizado pelo corpo em intervalos iguais ,
é na verdade uma sequência de números inteiros cuja diferença entre dois números consecutivos
é o dobro do primeiro intervalo, isto é, se a primeira parte do movimento o corpo percorreu X
durante o intervalo ∆t1, o próximo intervalo ∆t2 percorrerá 3X, o intervalo seguinte ∆t3 ,5X,
(Levando em consideração intervalos de tempos iguais, ou seja, ∆t1 = ∆t2 = ∆t3 = 1). Esta
sequência (na qual continua após o 5X) é uma Progressão Aritmética (P.A.) cuja razão (diferença
entre dois números consecutivos da sequência) é igual à 2X.
Por fim, diante da coleta dos dados presenciados na prática, foi possível determinar a
aceleração do objeto. Sendo assim, para alcançar seu resultado foi utilizado a fórmula y =
2

2
yo+vot+ at2 . Além do mais, por meio da obtenção dos valores de tempo e posição fornecidas nos
sete quadros, possibilitou a construção de gráficos, com o objetivo de identificar o comportamento
do movimento, não obstante utilizando o método da linearização, permitiu transformar a curva
do gráfico posição versus tempo em uma reta.

0.3 Materiais utilizados


Para capacitar a realização do experimento foi necessário a utilização de seis materiais
distintos; citando-os: ovinho, um corpo maciço de formato aproximadamente elipsoidal, que
possui um encaixe em sua parte superior (para ser preso à parte superior do trilho de alumínio) e
um disco metálico em seu entorno, para permitir a produção de faíscas que acompanhem seus
deslocamentos. Trilho de Alumínio, longo e retilíneo, é disposto na vertical, de forma a permitir
que as fitas de referência nele inseridas permitam uma coleta de dados das posições do ovinho
durante sua queda. O Faiscador, responsável por ativar/desativar o eletroímã que há na parte
superior do trilho de alumínio, com sua ativação o objeto gruda-se ao eletroímã, e com sua
desativação ele cai. As Fitas de referências, Fitas para indicar a posição do ovinho, possuindo
uma incerteza instrumental do tipo B de ∆xb = ±0,1 cm. A câmera, aparelho usado para registrar
as filmagens. Por fim, o cronometro digital, responsável por medir o tempo discorrido durante o
movimento, possuindo uma incerteza instrumental do tipo B de ∆t = ±0,0001s

0.4 Procedimentos
A partir dos quadros disponibilizados pelo Laboratório Virtual de Mecânica da USP, facilitou
a coleta dos dados experimentais. Nesse sentido, a partir da análise de sete quadros distintos,
foi possível obter o tempo transcorrido e a posição com que o ovinho estava do em relação ao
seu ponto de partida em cada uma das fotos. Além dos mais, todos os dados coletados foram
reescritos respeitando as regras dos algarismos significativos. Posteriormente, devido não só a
obtenção do deslocamento do objeto como também o tempo gasto nesse processo, foi possível
calcular a aceleração media durante o percurso.
A seguir está uma foto representativa da montagem experimental:

Figura 1 – Imagem da montagem experimental


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0.5 Dados Experimentais


Segue a tabela representando para cada um dos quadros, a leitura do tempo e a posição da
frente do carrinho, indentificados durante o experimento.

Quadro Tempo(s) Posição(cm)


1 7,908 19,40
2 8,408 31,48
3 8,876 42,29
4 9,376 53,74
5 9,877 65,00
6 10,377 76,20
7 10,878 87,55
8 11,378 98,60
9 11,945 110,92
10 12,446 121,70

Tabela 1 – Dados do Experimento

0.6 Análise dos dados


A seguir está a realização dos cálculos entre os quadros 1 e 2, 9 e 10, para isso, foram
utilizados o método dos valores-limite, levando em consideração a seguinte equação:

∆S
Vm= (1)
∆t
Primeiramente, a melhor estimativa da velocidade entre os quadros 1 e 2 (2), 9 e 10 (3) será
aproximadamente, usando a (1):

¯ = ∆S = 31, 48 − 19, 40 ≈ 24, 16 cm/s


V m(S̄, ∆t) (2)
∆t 8, 408 − 7, 908

¯ = ∆S = 121, 70 − 110, 92 ≈ 21, 51697 cm/s


V m(S̄, ∆t) (3)
∆t 12, 446 − 11, 945
Tomando como base a equação (1), podemos utilizar o método dos valores-limite, o qual
uma equação denominada “limite superior”, possuirá o maior resultado possível e outra rotulada
como “limite inferior” retornara o menor resultado possível. Nesse sentido, para possibilitar o
comentário anterior, o “limite superior” deve possuir um valor máximo no numerador e mínimo
no denominador (Isto é feito somando ou subtraindo o valor da grandeza de entrada com sua
incerteza), o contrario vale para o "limite inferior". Com isso será possível calcular a incerteza
da grandeza de saída das situações 1 e 2 (6), 9 e 10 (9), por meio da utilização da fórmula
υ ≈ V max−vmin
2
:

S̄ + ∆xb 31.48 − 19.40 + 0.05


dmax = = ≈ 24, 320862 cm/s (4)
t̄ − ∆t 8.408 − 7, 908 − 0, 001
4

S̄ − ∆xb 31.48 − 19.40 − 0.05


dmin = = ≈ 24, 01198 cm/s (5)
t̄ + ∆t 8.408 − 7, 908 + 0, 001

dmax − dmin 24, 32866 − 23, 91218


υ≈ = ≈ 0, 154441 (6)
2 2
Agora, fazendo o mesmo processo anterior com os dados dos quadros 9 e 10:

S̄ + ∆xb 121, 70 − 110, 92 + 0.05


dmax = = ≈ 21, 66 cm/s (7)
t̄ − ∆t 12, 446 − 11, 945 − 0, 001

S̄ − ∆xb 121, 70 − 110, 92 − 0.05


dmin = = ≈ 21, 3745 cm/s (8)
t̄ + ∆t 12, 446 − 11, 945 + 0, 001

dmax − dmin 21, 66 − 21, 3745


υ≈ = ≈ 0, 14275 (9)
2 2
Por fim, a anotação final das velocidades medias dos quadros 1 e 2 (10), e 9 e 10 (11), serão
escritos como:

V m 1 → 2 = (24, 2 ± 0, 2) cm/s (10)

V m 9 → 10 = (22, 0 ± 0, 1) cm/s (11)

A tabela abaixo refere-se a incerteza na velocidade de cada trecho utilizando o método das
derivadas:

Trecho 1 → 2 Trecho 9 → 10
dv/dx 2 1,9960798
dv/dt 48,32 42.9480360636
ux 0,05 cm 0,05 cm
ut 0,001 s 0,001 s
uv ± 0,111062 ± 0,108649
v = v̄ ± uv (24,2 ±0, 1 ) (22,0 ±0, 1 )

Tabela 2 – Dados obtidos pelo método das derivadas.

Nota-se que os valores obtidos em (6) e (9), aproximam-se bastante das incertezas escritas na
tabela a cima (Tabela 2) que foram encontradas utilizando o método das derivadas. Portanto, o
uso de ambos os métodos tanto das derivadas quanto dos valores limites, tendem a convergirem
em um valor próximo ou equivalente, dependendo da situação em questão, visto que, esses
métodos são justificados rigorosamente a partir dos mesmos pressupostos.
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0.7 Conclusões
Afinal, por meio desse relatório em questão, foi possível através da trilogia dos tópicos
abordados, identificar as aplicações das leis de newton para com o experimento do carrinho
em um trilho de ar. Além de que, por meio das informações descritas tanto na Tabela 1 quanto
na Tabela 2, possibilitou calcular as velocidades do carrinho em determinados instantes, sendo
assim, podemos estimar que o carrinho se encontra em um movimento retilíneo uniforme, em
relação a um referencial inercial que está em repouso, uma vez que, os valores encontrados são
bem próximos entre si, (essa discrepância é fruto da existência, ainda que pequena, do atrito
sobre o trilho, já que não trata-se de um modelo ideal),tendo como exemplos os valores deparados
nos itens (10) e (11).
6

Referências

MOYSÉS, Herch Nussenzveig. Leis de Newton. In: MOYSÉS, Herch Nussenzveig. Cursode
física básica: Mecânica. 5. ed. [S. l.: s. n.], 2016. v. 1, cap. Os princípios da dinâmica.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SAO PAULO. O movimento de translação de carrinhos-


sobre um trilho de ar. Mecânica Experimental com Imagens Laboratório Virtual de Mecânica.[S.
l.], 2018. Disponível em: http://www.fep.if.usp.br/ fisfoto/translacao/trilhoDeAr/index.php. Acesso
em: 2 out. 2021.

Lima Junior. Os conceitos de erro e incerteza. Texto 02 - Erros e incertezas, [S. l.], p. 7-9,
13mar. 2013. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/modresource/content/2/T2Errosincertezas.pdf.
Acesso em: 2 out. 2021.

Lima Junior.Texto 06 - Propagação da incerteza: primeira abordagem. Texto 06 - Medições in-


diretas e propagação de incertezas, 2 jul. 2013. Disponível em: https:moodle.ufrgs.br/content/1/T6
propagaincerteza.pdf Acesso em: 7 out. 2021.

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