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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANÁLISE


HISTORIA ECONOMICA GERAL II

Profa. Dra. MICHELE LINS ARACATY E SILVA

Edicarlo da Encarnação Damasceno

O longo século XX

ARRIGHI, Giovanni. Dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. O longo século


XX. São Paulo: UNESP, 1996.

Manaus – AM
2016
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INTRODUÇÃO

Para desenvolver os fatos que levaram ao quarto ciclo sistêmico de


acumulação, veremos as relações que se formaram a respeito do mercado e
planejamento, da qual voltamos ao século XVIII, em um período onde a Inglaterra
liderava o terceiro ciclo de acumulação, volta-se a esse momento exatamente para
compreender o fim das companhias de navegação e quais foram as atitudes de
planejamento adotadas para a renovação do mercado.
No fim do século XVII, e começo do século XIX, começamos à ver os aspectos
que levaram ao fim do ciclo Inglês, que é amplamente ligado a forma que os Estados
Unidos ascenderam no quarto ciclo de acumulação .
Dentre esses aspectos temos o bloqueio de exportações e o aumento da
concorrência intercapitalista, e a crise de 1873-1896, da qual até mesmo a Alemanha
demonstrou força e os Estados Unidos cresceram bastante com a chamada economia
de velocidade, essa crise levaria a uma corrida armamentista que acabaria por gerar a
Primeira Guerra Mundial.
A priori os Estados Unidos tinham uma dívida com os Ingleses, dívida essa que
é sanada pelo grande abastecimento americano á eles durante a Primeira Guerra, e
pela qual conseguem créditos adicionais, a partir disso se dá o início de um novo ciclo
sistêmico de acumulação com os Estados Unidos como líder, mesmo com a crise de
1929 ele conseguiria segurar o páreo.
Esse novo líder passaria a dominar após a Segunda Guerra Mundial em
proporções mundiais, demonstrando assim uma força muito maior do que qualquer um
dos líderes de ciclos anteriores, primeiro financeiramente ao fazer com que suas
industrias invadissem a Europa de tal forma que Washington regulava o mercado
mundial, depois demonstrando grande poderio militar ao lançar bombas atômicas, e por
fim conseguindo regular a economia mundial através do acordo de Bretton Woods.
Mesmo assim após vários acontecimentos de 1968-1973, inicia-se uma nova
crise em caráter global, consequências geradas por essa nova crise então põe em
cheque os Estados Unidos, e é averiguado as principais causas dessa crise e também
as principais consequências.
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DESENVOLVIMENTO

Começamos com uma rápida pincelada nas diferenças entre os ciclos de


acumulação do primeiro ao dos Estados Unidos, todos os ciclos iam de acumulação de
capital a uma inovação em algum aspecto, como a Holanda ao internalizar os custos de
proteção ou a Inglaterra ao internalizar os custos de proteção, e agora os Estados
Unidos traz para o seu ciclo a capacidade de internalizar os custos de transação, o que
gera uma chamada economia de velocidade.

“A economia de velocidade proporcionada pela internalização dos custos de


transação... junto com essas inovações, houve uma reorganização completa da
distribuição, através do surgimento de instrumentos de mercados de massa,
que internalizaram um grande volume de transações de mercado dentro de uma
única empresa.” (ARRIGHI, 1996, p.248)

Esse recorte de momento demonstra o começo da expansão americana, que


aconteceu primeiro internamente, ou seja, as indústrias começaram a perceber todo o
fluxo ao seu redor e a saber administra-lo, logo vem a dialética entre mercado e
planejamento, um exemplo disso era aumentar o tamanho da produção sem aumentar
o tamanho do espaço, logo com o chamado planejamento empresarial, as empresas
conseguiram se estabilizar nos Estados Unidos, logo o próximo passo foi adentrar na
Europa como bem aconteceu no começo do século XIX.

“Na visão de Chandler, o desenvolvimento das hierarquias administrativas


marcou o auge de uma “revolução organizacional” que havia começado com as
ferrovias na década de 1850, e que na década de 1910, havia transformando
profundamente os métodos pelos quais as empresas capitalistas eram dirigidas
e administradas, e os modos como se estruturavam as atividades econômicas. ”
(ARRIGHI, 1996, p.250)

Ou seja, as organizações passaram a ser estritamente empresariais, forma


muito mais além do que as companhias de comércio e navegação, que aliás devem ser
levadas em consideração, pois fora com as companhias de comercio e navegação que
a Inglaterra conseguiu se consolidar no terceiro ciclo, e também conseguiu obter o
controle sobre suas colônias, mais o aspecto que todos os outros ciclos anteriores
tiveram a Inglaterra também sofreu, o que é chamado de concorrência intercapitalista.
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“A abolição do monopólio do comercio com a China, em 1833, marcou o


princípio do fim da Companhia Inglesa das Índias Orientais. Despojada de todos
os seus privilégios comerciais, a companhia perdeu ainda mais a capacidade de
exercer suas funções ampliadas de gestão de Estado e da guerra, até o ponto
de passar a ser considerada, por amigos e inimigos, como incompetente para
governar o império que havia conquistado.” (ARRIGHI, 1996, p.257-58)

Com os custos elevados para manter um monopólio, e a grande concorrência


de mercados como o da Índia, a Companhia Inglesa foi chegando ao seu fim, mais não
seria o fim do ciclo sistêmico, por dois motivos, a Inglaterra assumiu o controle do
comércio indiano e através da revolução industrial, na verdade todos os processos
anteriores como coloca o autor apontavam para a revolução industrial que levou a
integração dos mercados em um só, o que levou a oscilações nos sistemas e ao
surgimento da indústria moderna.

“Em suma, com o surgimento da indústria moderna, as relações de


complementaridade que ligavam entre si os destinos das unidades produtivas
separadas tornaram-se incomparavelmente mais sólidas do que antes e
forçaram todas as unidades a buscar cooperação de outras, a fim de garantir
fontes confiáveis de insumos e mercados confiáveis para os produtos. ”
(ARRIGHI, 1996, p.261)

Esse processo deu iniciativa a um processo de livre comércio mundial, na


busca por insumos para a criação dos seus produtos, dessa forma cada empresa busca
cooperar com as outras, no entanto era difícil conquistar um mercado confiável para
que a troca de insumos não sofressem nenhum tipo de furo, mais isso era muito difícil
de acontecer, pois a busca por lucro fazia com que esse mercado fosse instável, e com
a crise sofrida em 1873-1896, o rumo da história mundial iria a ter reviravoltas, a
começar por medidas protecionistas de alguns países dificultando o livre comercio
inglês.

“O epicentro do contramovimento protecionista foi a recém-criada Alemanha


Imperial. Quando o colapso de 1873-79 atingiu a Alemanha, o chanceler
Bismark acreditava, tão firmemente quanto qualquer de seus contemporâneos,
nos poderes auto reguladores dos mecanismos de mercado. A princípio,
encontrou consolo no alcance mundial da depressão e esperou pacientemente
que ela atingisse seu ponto mais baixo” (ARRIGHI, 1996, p.273)
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O chamado capitalismo de corporações alemão era uma espécie de


intercâmbio político que visava investir em um grupo de empresas e em troca eles
fortaleciam a economia do Estado e lhe dava um bom porte militar, a princípio deu
certo, enfraqueceu a Inglaterra, mais a frente veremos como os Estados Unidos
conseguiu moldar as bases do seu ciclo nesse momento, o mais importantes é avaliar
que essa concorrência entre Alemanha e Inglaterra virou rivalidade, e isso levou a uma
corrida armamentista.

“Como tal, refletira, não uma superação da intensa competição intercapitalista


que marcara a Grande Depressão de 1873-96, porém uma mudança de seu
locus primário da esfera das relações interempresariais para a das relações
interestatais” (ARRIGHI, 1996, p.277)

Novamente a situação pedia uma elevação nos custos de proteção, e foi


exatamente o que a Inglaterra teve que fazer e para isso contava com Estados Unidos,
este que possuía uma dívida com a Inglaterra, logo a Inglaterra iria se aproveitar disto
para conseguir os suprimentos necessários para a guerra, como foi projetado pelos
seus especialistas, isso era possível, mais não foi o que aconteceu, logo em 1915 essa
dívida já se encontrava sanada.

“No fim da guerra, portanto, os Estados Unidos haviam recomprado por uma
pechincha alguns dos investimentos maciços que tinham construído a
infraestrutura de sua própria economia doméstica no século XIX e, além disso,
haviam acumulado imensos créditos” (ARRIGHI, 1996, p.279)

Mesmo após isso os Estados Unidos demorariam um certo tempo até reverter o
ciclo ao seu favor, até pelo fato de a Inglaterra ainda possuir muito mais reserva de
ouro do que eles, ou seja, a Inglaterra ainda tinha a capacidade de gerenciar o mercado
monetário mundial, Londres que geria esse processo recebeu até ajuda do próprio
Estados Unidos afim de reerguer esse controle monetário, mais os Estados Unidos
acabaram por aumentar sua produção como nunca, e a necessidade de se negociar
com ele, fez com que o dólar norte-americano se valorizasse fazendo com que o
Estados Unidos conseguissem uma grande quantidade de moedas estrangeiras, no
entanto veio a crise de 1929, que aqui é retratada de forma bem abreviada, já quem em
1940 o mundo se encontraria em um novo conflito, que destruiria de vez as bases
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econômicas inglesas e que empurraria de vez a economia mundial, para um novo ciclo
de acumulação centrado agora nos Estados Unidos.

“No fim da Segunda Guerra Mundial, já estavam estabelecidos os principais


contornos desse novo sistema monetário mundial: em Bretton Woods foram
estabelecidas as bases do novo sistema monetário mundial; em Hiroshima e
Nagasaki; novos meios de violência haviam demonstrado quais seriam os
alicerces militares da nova ordem; em San Francisco, novas normas e regras
para a legitimação da gestão de Estado e da guerra tinham sido explicitadas na
Carta das Nações Unidas” (ARRIGHI, 1996, p.283)

Deve-se notar que a Inglaterra sofre de um caos sistêmico como o autor coloca
após a Segunda Guerra Mundial, e não somente nele acontecia isso, a Europa toda
estava sofrendo com as consequências da guerra, e tudo isso apenas colaborou para
que os Estados Unidos assumissem de vez toda a extensão econômica mundial, vale
ressaltar a política do New Deal que reestruturou a economia americana durante o
Crash de 29 sob bases Keynesianas, logo os Estados Unidos possuíam grande parte
da liquidez mundial, muito graças ao acordo de Bretton Woods que estabilizou o
mercado monetário, sem deixar de esquecer também o Plano Marshall que tinha como
objetivo reviver a Europa.

“O Plano Marshall iniciou a reconstrução da Europa Ocidental à imagem norte-


americana e, direta e indiretamente, deu uma contribuição decisiva à
“decolagem” da expansão do comércio e da produção mundial das décadas de
1950 e 1960.” (ARRIGHI, 1996, p.306)

Outro fato relevante de ser avaliado durante esse quarto ciclo sistêmico de
acumulação é uma nova expansão, além das expansões comerciais, materiais e
financeiras temos a expansão militar, da qual os Estados Unidos se aproveitaram muito
bem, até pelo fato da “Guerra Fria” que estava ocorrendo nessa época, dessa forma a
cruzada anticomunista realizada por Trumam e seus conselheiros fizeram com que o
medo gerado por essa cruzada resultasse em muito mais liquidez para a expansão
comercial e também crescimento da produção.

“Não há dúvida de que, nessa época, o ritmo de expansão da economia


mundial capitalista como um todo foi excepcional, segundo os padrões
históricos. Se foi também a melhor de todas as épocas para o capitalismo
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histórico, de modo a justificar sua denominação de “a idade de ouro do


capitalismo”, é uma outra questão” (ARRIGHI, 1996, p.307)

Tudo isso resultaria nos “anos dourados” como Hobsbawm bem assim retrata,
uma época da qual não apenas o autor aqui acorda, mais também muitos outros
historiadores de que nunca houve um período de tanta expansão desde os grandes
descobrimentos, as taxas de crescimento ao ano eram grandes, poderia se então
prever ainda mais períodos de expansão como era esperado para os anos 70 e 80, mas
nesse período por uma série de acontecimentos se deu uma crise, ou como o autor
retrata sinais de crise.

“A crise iminente do regime norte-americano foi assinalada entre 1968 e 1973,


em três esferas distintas e estreitamente relacionadas. Militarmente, o exército
norte-americano entrou em dificuldades cada vez mais sérias no Vietnã;
financeiramente, o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos verificou
ser difícil e, depois, impossível preservar o modo de emitir e regular o dinheiro
mundial estabelecido em Bretton Woods; e, ideologicamente, a cruzada
anticomunista do governo norte-americano começou a perder legitimidade no
país e no exterior. A crise teve uma deterioração rápida e, em 1973, o governo
norte-americano havia recuado em todas as frentes.” (ARRIGHI, 1996, p.310)

Devemos começar pela análise de que os Estados Unidos perdeu o controle


sobre as grandes quantidades de empresas que possuía fora de seu território fazendo
com que perdesse o controle sobre essas transações que ocorriam na Europa e em
países de Terceiro Mundo, a demonstração em três esferas diferentes mostram a forma
como o autor realmente colocou em cena o declínio americano, logo após 1973, vemos
as explosões de salários na América do Norte e Europa Ocidental que diminuíram os
lucros dos investimentos, os choques de petróleo vieram logo em seguida.

“De fato, não há dúvida que a crise sinalizadora do regime de acumulação


norte-americano, que eclodiu no fim da década de 1960 e no início da seguinte,
deveu-se, basicamente, a uma excesso de capital à procura de investimentos
em mercadorias.” (ARRIGHI, 1996, p.316)

Entra nesse contexto um fator interessante, não foram as políticas econômicas


americanas e mundiais que fizeram com que a crise aparecesse, mais de não havia
investimento da qual se poderia ter um retorno na medida calculada, exatamente pelos
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exemplos citados como encarecimento da mão-de-obra e também de uma matéria


prima importante como o petróleo, logo várias políticas econômicas diferentes seriam
adotadas ao longo da década de 1970, principalmente os Estados Unidos que não
queriam perder seu status mundial, logo conseguiu concentrar novamente os
investimentos em si.

“Isso porque a súbita passagem de políticas monetárias frouxas para políticas


extremamente rigorosas, efetuada pela Reserva Federal norte-americana sob a
gestão de Paul Volker, no último ano do governo Carter, foi apenas o prêambulo
de toda uma série de medidas, destinadas não apenas não apenas a
restabelecer a confiança no dólar norte-americano, mas a centralizar de novo
nos Estados Unidos o dinheiro mundial sob controle privado. ” (ARRIGHI, 1996,
p.327)

Essa série de medidas tomadas pelo Estados Unidos foram como o aumento
das taxas de juros acima da inflação corrente como o autor retrata, desta forma atraindo
o capital e investimento exterior para si, causando até mesmo um desregulamento dos
mercados mundiais, com essa medidas as transnacionais que haviam deixado o país,
voltaram novamente aos Estados Unidos fazendo dele o mercado central ainda o mais
atrativo do mundo, mais essas medidas enfraqueceram toda a regulação que os
Estados Unidos possuíam.

“New Deal interno, e depois, internacional. Trabalhar de mãos dadas com as


altas finanças privadas significava abandonar quase tudo o que o governo
norte-americano havia representado durante quase meio século não apenas
nas questões monetárias, mas também nas sociais” (ARRIGHI, 1996, p.331)

Logo o capitalismo estava se remodelando, ainda através do próprio Estados


Unidos, que manteve forte a influência que possuía e a capacidade de ser
autossuficiente fazem dele realmente um dos grandes entre aqueles que lideraram os
ciclos sistêmicos de acumulação, ao longo do tempo, as crises atingiram todos, e os
Estados Unidos consegue se reerguer acima de todos, nesse contexto o Segundo e o
Terceiro Mundo aparecem como coadjuvantes, criou-se uma dependência americana
CONCLUSÃO
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O capítulo é realmente muito sistemático ao avaliar os sinais primeiramente da


decadência do ciclo inglês e ao fazer a transição para o ciclo americano avaliando as
várias formas de relação que havia entre os ingleses e americanos, apesar da revolta e
conquista da independência, a relação entre eles continuava firme, característica essa
não vista nos ciclos anteriores, Gênova não era próxima da Holanda, muito menos
Holanda da Inglaterra.
O aspecto que decretou o fim do ciclo inglês foi a sua confiança no que os
Estados Unidos lhe devia, e confiança ainda mais que podia se sustentar durante a
guerra, esta que tomou proporções mundiais e foi longa para os recursos que os países
que participavam dela possuíam, a Alemanha foi um duro rival a Inglaterra.
Foram as consequências geradas pelas duas grandes guerras que fizeram com
que os Estados Unidos acabassem por conseguir o que precisavam para liderar esse
quarto ciclo, primeiramente se tornando o maior credor do mundo, a expansão material
logo foi proporcionada pelo próprio Estados Unidos no século XX, ele mesmo
conseguiu aumentar sua produção com a internalização dos custos de transação e a
economia de velocidade.
O Plano Marshall foi o exemplo de expansão financeira também custeado pelo
Estados Unidos, na qual trabalhou para a reconstrução europeia e do Japão, muito pelo
fato da ameaça da União Soviética, mais o fato é que essa expansão e reconstrução
teve efeitos extremamente positivos, como exemplo foi justamente na Era de Ouro do
Capitalismo.
E por último o fator de crise, a forma com que se deu é muito bem analisada
pelo autor, todos os fatores como os choques do petróleo, explosão de salários, perca
do controle sobre suas empresas fora do país, altas na inflação demonstram que o ciclo
americano estava em decadência, mais o que deve ser levado em consideração é que
em termos de substituição da liderança, ninguém de fato resolveu assumir o papel que
vinha sendo dos Estados Unidos, resultado disso, é ainda até hoje a grande
dependência que o mundo possui com ele, não afirmando que exista outro ciclo,
apenas que não tem como concretizar que o ciclo americano teve seu fim, a própria
Gênova perdeu uma guerra contra Veneza e mesmo assim conseguiu sustentar por
mais tempo sua liderança, o mesmo pode ser usado em relação aos Estados Unidos.
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REFERÊNCIAS
ARRIGHI, Giovanni. O longo século XX. In: ARRIGHI, Giovanni. O Longo século XX:
Dinheiro, poder e as origens do nosso tempo. 2 ed. São Paulo: UNESP, 1996. Cap. 4.
p. 247-335.

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