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O longo século XX
Manaus – AM
2016
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INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
“No fim da guerra, portanto, os Estados Unidos haviam recomprado por uma
pechincha alguns dos investimentos maciços que tinham construído a
infraestrutura de sua própria economia doméstica no século XIX e, além disso,
haviam acumulado imensos créditos” (ARRIGHI, 1996, p.279)
Mesmo após isso os Estados Unidos demorariam um certo tempo até reverter o
ciclo ao seu favor, até pelo fato de a Inglaterra ainda possuir muito mais reserva de
ouro do que eles, ou seja, a Inglaterra ainda tinha a capacidade de gerenciar o mercado
monetário mundial, Londres que geria esse processo recebeu até ajuda do próprio
Estados Unidos afim de reerguer esse controle monetário, mais os Estados Unidos
acabaram por aumentar sua produção como nunca, e a necessidade de se negociar
com ele, fez com que o dólar norte-americano se valorizasse fazendo com que o
Estados Unidos conseguissem uma grande quantidade de moedas estrangeiras, no
entanto veio a crise de 1929, que aqui é retratada de forma bem abreviada, já quem em
1940 o mundo se encontraria em um novo conflito, que destruiria de vez as bases
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econômicas inglesas e que empurraria de vez a economia mundial, para um novo ciclo
de acumulação centrado agora nos Estados Unidos.
Deve-se notar que a Inglaterra sofre de um caos sistêmico como o autor coloca
após a Segunda Guerra Mundial, e não somente nele acontecia isso, a Europa toda
estava sofrendo com as consequências da guerra, e tudo isso apenas colaborou para
que os Estados Unidos assumissem de vez toda a extensão econômica mundial, vale
ressaltar a política do New Deal que reestruturou a economia americana durante o
Crash de 29 sob bases Keynesianas, logo os Estados Unidos possuíam grande parte
da liquidez mundial, muito graças ao acordo de Bretton Woods que estabilizou o
mercado monetário, sem deixar de esquecer também o Plano Marshall que tinha como
objetivo reviver a Europa.
Outro fato relevante de ser avaliado durante esse quarto ciclo sistêmico de
acumulação é uma nova expansão, além das expansões comerciais, materiais e
financeiras temos a expansão militar, da qual os Estados Unidos se aproveitaram muito
bem, até pelo fato da “Guerra Fria” que estava ocorrendo nessa época, dessa forma a
cruzada anticomunista realizada por Trumam e seus conselheiros fizeram com que o
medo gerado por essa cruzada resultasse em muito mais liquidez para a expansão
comercial e também crescimento da produção.
Tudo isso resultaria nos “anos dourados” como Hobsbawm bem assim retrata,
uma época da qual não apenas o autor aqui acorda, mais também muitos outros
historiadores de que nunca houve um período de tanta expansão desde os grandes
descobrimentos, as taxas de crescimento ao ano eram grandes, poderia se então
prever ainda mais períodos de expansão como era esperado para os anos 70 e 80, mas
nesse período por uma série de acontecimentos se deu uma crise, ou como o autor
retrata sinais de crise.
Essa série de medidas tomadas pelo Estados Unidos foram como o aumento
das taxas de juros acima da inflação corrente como o autor retrata, desta forma atraindo
o capital e investimento exterior para si, causando até mesmo um desregulamento dos
mercados mundiais, com essa medidas as transnacionais que haviam deixado o país,
voltaram novamente aos Estados Unidos fazendo dele o mercado central ainda o mais
atrativo do mundo, mais essas medidas enfraqueceram toda a regulação que os
Estados Unidos possuíam.
REFERÊNCIAS
ARRIGHI, Giovanni. O longo século XX. In: ARRIGHI, Giovanni. O Longo século XX:
Dinheiro, poder e as origens do nosso tempo. 2 ed. São Paulo: UNESP, 1996. Cap. 4.
p. 247-335.