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FÍGADO

O sistema digestório é constituído por uma parte tubular, o chamado trato digestório
em que estão anexos as glândulas salivares, fígado e pâncreas, que estão
relacionadas diretamente com o duodeno, onde desembocam. O fígado é a maior
das glândulas do corpo, com secreção endócrina e exócrina que é a bile, a qual é
armazenada na vesícula biliar. Localiza-se nos quadrantes direito e esquerdo
superiores, inferior ao diafragma. Armazena Fe, glicogênio, vitaminas A, D, E, K e
B12

FUNÇÕES DO FÍGADO
O fígado tem inúmeras funções, entre elas, destaca-se a participação dos
mecanismos de coagulação do sangue, hematopoiese fetal, fagocitose e, além
disso, interfere no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas

ANATOMIA DO FÍGADO

Do ponto de vista anatômico, o fígado apresenta duas faces: a face diafragmática e


a face visceral. Além disso, apresenta uma margem superior e uma margem inferior.

Lobos hepáticos:
Macroscopicamente o fígado é dividido em dois lobos: direito e esquerdo, marcados
na face diafragmática pela inserção do lig. Falciforme. Na face visceral, os lobos são
separados pela fissura para o lig. Venoso, posteriormente, e pela fissura para o lig.
Redondo anteriormente. O lobo direito apresenta dois lobos acessórios: Lobo
caudado: processo caudado, processo papilar. Lobo quadrado, ambos vistos pela
face víscera.
SEGMENTOS ANATOMOCIRÚRGICOS
A segmentação do fígado é dupla: Segmentação que envolve a tríade portal
Segmentação que envolve as veias hepáticas

ESTRUTURA DO FÍGADO
O fígado é organizado em lóbulos em volta dos ramos terminais da veia hepática.
Entre os lóbulos há tríades portais. Cada tríade consiste de ramos de um ducto
biliar, veia porta e artéria hepática.

VASCULARIZAÇÃO DO FÍGADO

O fígado recebe sangue proveniente de duas fontes:


Veia porta hepática, pela qual chega cerca de 70% do suprimento sanguíneo e pela
artéria hepática, que garante cerca de 30% do sangue recebido.

VEIA PORTA HEPÁTICA


Formada pelas veias mesentérica superior e esplênica. Divide-se em ramos direito e
esquerdo, que se ramificam dentro do fígado. Conduz sangue pouco oxigenado,
porém rico em nutrientes, a partir do trato gastrointestinal para os sinusoides do
fígado
ARTÉRIA HEPÁTICA
A artéria hepática é dividida em artéria hepática comum e artéria gastroduodenal,
que fornecem sangue ao estômago e duodeno e ao fígado e, ainda, conduz sangue
bem oxigenado da aorta.
VEIAS HEPÁTICAS
As veias hepáticas são divididas em: esquerda, intermédia e direita e drenam
sangue dos segmentos hepáticos em direção à veia cava inferior. As veias hepáticas
são formadas pelas veias coletoras e veias centrais do parênquima hepático.

DRENAGEM LINFÁTICA
O fígado produz cerca de 25 a 50% de toda linfa que chega ao ducto torácico. Nesse
sentido, a linfa percorre dois sentidos através dos vasos linfáticos superficiais e
profundos. Na direção caudal a drenagem linfática é realizada por linfonodos
hepáticos, encontrados ao redor da porta hepática, e a linfa é encaminhada para os
linfonodos celíacos e dali para a cisterna do quilo. Já na direção cranial, os
linfonodos frênicos inferiores e superiores e linfonodos mediastinos se dispõe
através do diafragma no forame da veia cava e hiato esofágico, drenando para o
ducto torácico e o ducto linfático direito. Os vasos linfáticos superficiais posteriores
seguem para o ducto torácico.
INERVAÇÃO DO FÍGADO
O fígado possui dupla inervação, com o parênquima inervado por nervos hepáticos
e a cápsula do fígado por ramos dos nervos intercostais inferiores. Os nervos
hepáticos possuem fibras simpáticas e parassimpáticas. Eles se originam no plexo
hepático, o qual se forma a partir do plexo celíaco.

VIAS BILIARES
Os hepatócitos secretam a bile para os canalículos biliares, os quais drenam para os
ductos biliares interlobulares e em seguida, para os ductos biliares coletores da
tríade portal intra-hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e
esquerdo. Estes ductos se unem, originando o ducto hepático comum. Seguindo o
caminho, o ducto cístico une a vesícula biliar ao hepático comum, formando assim o
ducto colédoco.

DUCTO COLEDOCO
O ducto colédoco é formado pela união do ducto hepático comum – que deriva da
junção do ducto hepático direito e esquerdo – ao ducto cístico. Tem como função o
transporte da bile para o duodeno, e, por isso, durante muito tempo recebeu a
denominação de ducto biliar. 

VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar é um pequeno órgão oco intraperitoneal. Está localizada na face
inferior do lobo direito do fígado. A principal função da vesícula biliar é armazenar e
concentrar a bile, que depois é transportada até ao duodeno através do trato biliar.

IRRIGAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR


A vesícula biliar e o ducto cístico são vascularizados pela artéria cística, um ramo da
artéria hepática direita. O ducto biliar é vascularizado por três vasos sanguíneos
principais, as artérias: cística, hepática direita, pancreaticoduodenal posterior
superior e gastroduodenal. Estas artérias irrigam as partes proximal, média e retro
duodenal do ducto, respetivamente. 

DUCTO CISTICO
O ducto cístico liga o polo da vesícula ao ducto hepático comum
PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula anexa do duodeno, ao qual está ligado por dois ductos
excretores. Pesa entre 60 e 170g e mede de 12 a 25cm. Esse órgão é dividido
funcionalmente em exócrino e endócrino. Em relação a anatomia topográfica, a
cabeça do pâncreas encontra-se em íntimo contato com o duodeno, enquanto a
cauda faz contato com o hilo esplênico e flexura cólica esquerda. O corpo e a cauda
do pâncreas se estendem pelo retroperitônio em direção ao baço.

DUCTOS
Os ductos pancreáticos é o local por onde passa o suco pancreático. São divididos
em dois: ducto principal, que tem início na cauda, percorre todo o comprimento do
órgão e une-se ao ducto colédoco para formar a ampola hepatopancreática, que se
abre na papila duodenal maior e o ducto pancreático acessório, o qual origina -se no
ducto principal, drena parte da cabeça do pâncreas e destina -se à papila duodenal
menor.

IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA
O suprimento sanguíneo arterial pancreático é proveniente principalmente das
artérias esplênicas (cauda e corpo) e pancreático duodenais superior e inferior
(cabeça). A drenagem venosa do pâncreas se dá na veia porta hepática. Assim, o
fígado se torna exposto a altas concentrações dos hormônios pancreáticos, sendo o
principal órgão-alvo dos seus efeitos fisiológicos. 
DRENAGEM SANGÚINEA
A drenagem venosa do pâncreas ocorre, principalmente, através da veia esplênica.
BAÇO
Órgão linfático encontrado do lado esquerdo do abdome, inferiormente ao diafragma.
É envolvido por uma cápsula fibroelástica que permite que o baço aumente
significativamente seu tamanho quando necessário. O baço é um órgão
intraperitoneal, de modo que todas as suas superfícies estão recobertas por peritônio
visceral. Apenas o hilo do baço, o local por onde passa a artéria e veia esplênicas, é
livre de peritônio.

VASCULARIZAÇÃO DO BAÇO

O suprimento arterial do baço vem da tortuosa artéria esplênica, que alcança o baço à


medida que viaja através do ligamento esplenorrenal. Esta artéria emerge do tronco
celíaco, que é um ramo da aorta abdominal. A drenagem venosa do baço ocorre
através da veia esplênica, que também recebe sangue da veia mesentérica inferior.
Posteriormente ao colo do pâncreas, a veia esplênica se une à veia mesentérica
superior para formar a veia porta hepática.
Referências
https://med.estrategiaeducacional.com.br/blog/aluno-de-medicina/dicas-de-
estudo/anatomia-do-figado/
https://anatomia-papel-e-caneta.com/sistema-digestorio/
https://www.sanarmed.com/anatomia-do-figado-e-vias-biliares-colunistas
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/baco

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