Este documento discute a legislação brasileira sobre agrotóxicos. Ele resume que a Constituição Federal estabelece o controle da produção, comercialização e uso de substâncias que representem risco à vida, qualidade de vida e meio ambiente. Também define agrotóxicos, descreve seus possíveis impactos ambientais e à saúde, e discute a competência legislativa da União, estados e municípios sobre o tema.
Este documento discute a legislação brasileira sobre agrotóxicos. Ele resume que a Constituição Federal estabelece o controle da produção, comercialização e uso de substâncias que representem risco à vida, qualidade de vida e meio ambiente. Também define agrotóxicos, descreve seus possíveis impactos ambientais e à saúde, e discute a competência legislativa da União, estados e municípios sobre o tema.
Este documento discute a legislação brasileira sobre agrotóxicos. Ele resume que a Constituição Federal estabelece o controle da produção, comercialização e uso de substâncias que representem risco à vida, qualidade de vida e meio ambiente. Também define agrotóxicos, descreve seus possíveis impactos ambientais e à saúde, e discute a competência legislativa da União, estados e municípios sobre o tema.
• Constituição Federal (Art. 225, § 1º, inciso V):
• “controlar a produção, a comercialização e o
emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”. Legislação básica: CF/88: art. 225, § 1º, incisos II, IV e V. Lei n. 7.802/89, com as alterações da Lei n. 9.974/00. Decreto n. 4.074/2002 – Regulamenta a Lei 7.802/89. Agrotóxicos
• Conceito: a poluição por agrotóxico se caracteriza pela
eliminação ou descarte de agrotóxicos no meio ambiente causando danos ao solo, às águas, etc.
• Os agrotóxicos sem duvida constituem um dos mais
graves problemas poluição causada por produtos químicos. As implicações dos agrotóxicos são bastante graves, pois abrangem uma área que oscila desde a produção de alimentos e da sua qualidade até a saúde humana afetada, seja pelos próprios agrotóxico ou pelo consumo de alimentos contaminados. Agrotóxicos
• O uso excessivo pode causar, por ex.:
a) acidificação do solo; b) Contaminação dos reservatórios d´agua (lixiviação); c) Eutrofização (aumento de nutrientes na água, que podem causar aumento de algas, por exemplo);
• Enfim, risco à saúde e ao meio ambiente.
• Devem ser observados os princípios ambientais,
principalmente o P. do Direito Humano Fundamental, Prevenção e Precaução. Definição (artigo 2º, da Lei n. 7.802/1989): • De conformidade com a norma legal que disciplina sobre o assunto (Lei 7.802/1989), são considerados agrotóxicos e afins:
a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos
ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção das florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja de alterar a composição da flora e da fauna, a fim de preserva-las da ação danosa dos seres vivos considerados nocivos, e,
b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes,
dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento. • A disciplina legal abarca todas as fases atinentes aos agrotóxicos, que em síntese são: a) pesquisa, b) experimentação, c) embalagem e rotulagem, d) transporte, e) armazenamento, f) comercialização, g) propaganda comercial, h) utilização, i) importação, a exportação, e, j) o destino final dos agrotóxicos seus componentes e afins. Quem deve observar a Lei
• “Art. 4º As pessoas físicas e jurídicas que sejam
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam, importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município, atendidas as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da agricultura.” Competência legislativa
• UNIÃO – Produção, Registro, comércio
interestadual, exportação, importação, transporte, classificação e controle tecnológico e toxicológico.
• ESTADOS E DISTRITO FEDERAL – Uso, produção,
consumo, comércio e armazenamento.
• MUNICÍPIOS – Uso e armazenamento em caráter
supletivo. Competência Material • Não obstante, o art. 23 da CF/88, atribua a todos os entes federados competência comum para proteger o Meio Ambiente e combater a poluição, quando se trata de agrotóxicos, algumas atribuições podem ser dadas a um ente da Federação, especificamente, sem contudo, retirar a obrigação de que todos os demais pratiquem a proteção do Meio Ambiente. • Os artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º do decreto 4.074/2002, estabeleceram as competências administrativas de cada um dos órgãos federais (ministérios) responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, naquilo que diz respeito ao processo de fiscalização e inspeção de todo o ciclo dos agrotóxicos , seus componentes e afins. • Ainda que não haja uma menção explicita no regulamento, o Ministério do trabalho de Emprego tem importantes atribuições no que se refere aos agrotóxicos. Não são atribuições quanto ao produto em si mesmo, mas dizem respeito a utilização dos agrotóxicos em suas finalidades precípuas, ou seja, na agricultura. Competência Material
• Cabe a UNIÃO controlar e fiscalizar os estabelecimentos de
produção, importação e exportação, analisar os produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, nacionais e importados; e, controlar e fiscalizar a produção, exportação e importação.
• ESTADOS E DISTRITO FEDERAL compete fiscalizar o uso, o
consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte interno.
• O Poder Público, em todas as esferas, tembém deve fiscalizar a
devolução e destinação de embalagens vazias, de produtos apreendidos (pela ação fiscalizadora e daqueles impróprios para utilização ou em desuso), bem como o armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização de embalagens vazias e dos produtos apreendidos. Dos Registros • Dos Produtos: O registro de agrotóxicos é ato privativo do órgão federal competente, que atribuiu o direito de produzir, comercializar, exportar, importar, manipular ou utilizar um agrotóxico, componente ou afim (artigo 8º e seguintes do decreto 4.074/2002).
• Os produtos técnicos, pré-misturas, agrotóxicos, e afins destinados
a pesquisa e a experimentação devem possuir o Registro Especial Temporário - RET (art. 23 e seguintes do Decreto 4.074/2002).
• Os Componentes - inerentes a aditivos (art. 29 e seguintes do
decreto 4.074/2002), deverão ser registrados no Sistema de Informações de Componentes – SIC. Registro relativo à prestação de serviços.
• As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de
serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam, importem , exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município atendidas as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, d o meio ambiente e da agricultura (Art. 1º, XLI e art. 37 do Decreto 4.074/2002).
• O registro da empresa é condição sine qua non para a
apresentação do registro do produto na esfera federal. Cancelamento ou Impugnação do Registro.
• Possuem legitimidade para requerer o
cancelamento ou a impugnação, em nome próprio, do registro de agrotóxicos e afins, arguindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e dos animais 1. Entidades de Classe, 2. Partidos Políticos com representatividade, 3. Entidades legalmente constituídas na defesa dos interesses difusos e do meio-ambiente. Outras Particularidades
• Para comercializar é necessário a apresentação do
receituário próprio, prescrito por profissional habilitado, sob pena de responsabilidade civil e administrativa (art. 14, da Lei n. 7.802/89).
• Para transportar tem que observar os procedimentos
relacionados em legislacão especifica (art. 63, do Decreto n. 4.074/2002).
• O armazenamento deve obedecer à legislação vigente e
às instruções fornecidas pelo fabricante, inclusive especificações e procedimentos a serem adotados no caso de acidentes, derramamento ou vazamento de produto e, ainda, às normas municipais aplicáveis, inclusive quanto à edificação e à localização.
Marli Deon Sette - 2012.1
Outras Particularidades
• Importação e exportação dos agrotóxicos e afins:
somente mediante registro do produto no órgão federal competente (art. 3º, da Lei n. 7.802/89).
• Reutilização de embalagem: somente mediante
aprovação dos orgaos federais (art. 51, do decreto n. 4.074/2002).
• Devolução: os usuários devem devolver as
embalagens aos estabelecimentos comerciais onde compraram o produto para serem encaminhadas às empresas detentoras dos registros, ficando estas responsáveis pela destinação final (art. 54, do decreto n. 4.074/02). Outras Particularidades
• Art. 43. As embalagens, os rótulos e as bulas de
agrotóxicos e afins devem ser aprovadas pelos órgãos federais competentes, por ocasião do registro do produto ou da autorização para alteração nas embalagens, rótulos ou bulas.
•A rotulação e a destinação final das sobras,
resíduos e embalagens serão objeto de inspeção e fiscalização. Responsabilização ● As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, cabem: a) ao profissional, quando comprovada emissao de receita errada, displicente ou indevida; b) ao usuário ou ao prestador de serviços, quando proceder em desacordo com o receituário ou as recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita ou recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; d) ao registrante que, por dolo ou por culpa, omitir informações ou fornecer informações incorretas; e) ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou não der destinação às embalagens vazias em conformidade com a legislação pertinente; f) ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à proteção da saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distribuição e aplicação dos produtos. Responsabilização
• A responsabilidade civil é aquela ditada pela CF/88,
art. 225, § 3º e art. 14, da Lei n. 6.938/81 (objetiva, integral e solidária).
• A responsabilidade administrativa também é
objetiva e se orienta pelas disposições contidas no Decreto nº 6.514/2008, bem como nas sanções previstas nos nove incisos do artigo 17, da Lei 7.802/89.
• A responsabilidade Penal está descrita no art. 56,
QAI, COV, Poluição e Nano TiO2: estudo de fotodegradação de benzeno por nano TiO2 em revestimento cerâmico comercial e assistida por radiação ultravioleta