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Análise Literária Extensiva (ALE) – Prof.

Fernando Oliveira

Fase 1 Base literária // Aula 01 – Noções sobre texto literário, suas funções e características.

A essência do texto literário

 Função estética
 Ênfase no plano da expressão
 Predomínio da Linguagem conotativa
 Plurissignificativo

Vejamos:

TEXTO 1 - Metáfora (Gilberto Gil)

Uma lata existe para conter algo


Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo


Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso, não se meta a exigir do poeta


Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível

Deixe a meta do poeta, não discuta


Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora

TEXTO 2

– E os estudos? Quer dizer que não vai mesmo continuar.

Por que ela falava naquele tom? Por quê?

– Mas eu queria ser uma grande pianista?

– Só depois de muitos anos de trabalho você poderia ter essa resposta. Seria preciso antes
muita dedicação, muito amor para que um dia você mesma saiba…

– Se venci? atalhei-a levantando-me. Quer dizer que só na velhice? Não, muito obrigada, quero
a resposta já. Não suporto a ideia de passar a vida estudando para depois um Goldenberg me
anunciar que não tenho vocação, que devo fazer outra coisa.
Ela pareceu concentrar-se num pensamento doloroso mas distante. Os olhos se apertaram
cheios de uma ácida sabedoria. Mas a expressão não durou mais do que um brevíssimo
segundo e a fisionomia ficou logo serena.

– Ainda não chegou a hora.

– Que hora?

– Quando chegar você saberá. disse ela baixinho. O sorriso irradiou-se da boca para o olhar.
Você saberá, Raíza.

Voltei-me para a estante e abri ao acaso um livro. Mas senti seu olhar fixo em mim. Ah! como
me irritavam aquelas expressões veladas de sábio do Sião conversando com a formiguinha! A
dama esquiva. Se um pintor fizesse nesse instante o seu retrato, tinha que batizá-lo assim, A
Dama Esquiva.

(Verão no Aquário – Lygia Fagundes Telles)


TEXTO 3

Cárcere das Almas (Cruz e Sousa)

Ah! Toda a Alma num cárcere anda presa,


soluçando nas trevas, entre as grades
do calabouço olhando imensidades,
mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza


quando a alma entre grilhões as liberdades
sonha e sonhando, as imortalidades
rasga no etéreo Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas


nas prisões colossais e abandonadas,
da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,


que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!

Características e funções comuns em texto literário

01. Ficcionalidade

Representa o entendimento de que o texto é uma criação imaginária do autor. Em outras


palavras, representa que, ainda que próximo da realidade, a história é uma ficção, uma
tentativa de demonstrar algum sentimento, ideia ou realidade.

Nesse sentido, percebe-se que muitos textos abusam da fantasia para deixar o leitor mais
cativo ao texto. Um recurso comum nesse aspecto é adoção do chamado “realismo-
fantástico”, em que há fusão de elementos reais e transcendentais, de modo a enriquecer o
texto. Vejamos dois trechos da obra “Macunaíma” em que se percebe a adoção desse recurso:

TEXTO 1

Terminada a função a companheira de Macunaíma toda enfeitada ainda, tirou do colar uma
muiraquitã famosa, deu-a pro companheiro e subiu pro céu por um cipó. É lá que Ci vive agora
nos trinques passeando, liberta das formigas, toda enfeitada ainda, toda enfeitada de luz,
virada numa estrela. É a Beta do Centauro.

No outro dia quando Macunaíma foi visitar o túmulo do filho viu que nascera do corpo uma
plantinha. Trataram dela com muito cuidado e foi o guaraná. Com as frutinhas piladas dessa
planta é que a gente cura muita doença e se refresca durante os calorões de Vei, a Sol.”

(MACUNAÍMA – Mário de Andrade)

TEXTO 2

O Currupira esperou bastante porém curumim não chegava... Pois então o monstro amontou
no viado, que é o cavalo dele, fincou o pé redondo na virilha do corredor e lá se foi gritando:

— Carne de minha perna! carne de minha perna! Lá de dentro da barriga do herói a carne
respondeu:

— Que foi?

Macunaíma apertou o passo e entrou correndo na caatinga porém o Currupira corria mais que
ele e o menino isso vinha que vinha acochado pelo outro.

— Carne de minha perna! carne de minha perna! A carne secundava:

— Que foi?

(MACUNAÍMA – Mário de Andrade)

Nessa obra em questão, é importante observar que, baseado na proposta da valorização da


cultura nacional, o autor mistura a realidade palpável a elementos míticos ou lendários da
cultura indígena.

Metalinguagem

Em muitas situações, o autor do texto faz referência à sua própria criação textual, utilizando-se
dela mesma. É como se fosse um “making off” da criação do texto, a partir de critérios
estéticos, temáticos, dentre outros. Vejamos:

TEXTO 1

A um poeta (Olavo Bilac)


Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, no silêncio e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego


Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica, mas sóbria, como um templo grego.

Não se mostre na fábrica o suplício


Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício.

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,


Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.

TEXTO 2

O poema interrompido (Mário Quintana)

A lâmpada abre um círculo mágico sobre o papel onde escrevo. Sinto um ruído como se alguém
houvesse arremessado uma pequenina pedra contra a vidraça, ou talvez seja uma asa perdida
na noite. Espreguiço-me, levanto-me e, cautelosamente, escancaro a janela. Oh! como poderia
ser alguém chamando-me? Como poderia ser um pássaro? Na frente do quarto, acima do
quarto, por baixo do quarto, só havia a solidão estrelada... Quem faz um poema não se
espanta de nada. Volto ao abrigo da lâmpada e recomeço a discussão com aquele adjetivo,
aquele adjetivo que teima em não expressar tudo o que pretendo dele...

Esteticismo e ludismo

Processo em que o aspecto estético chama mais atenção do que aspecto temático. Significa,
muitas vezes, brincar com o visual, ainda que seja para relacionar com a discussão de assuntos.
Em outras situações, também, significa, discutir a beleza das coisas, pois, no conceito de arte
pela arte, “a beleza é a única verdade”.

TEXTO 2 - Eu fiz um poema (Mário Quintana)


Eu fiz um poema belo
e alto
como um girassol de Van Gogh
como um copo de chope sobre o mármore
de um bar
que um raio de sol atravessa
eu fiz um poema belo como um vitral
claro como um adro...
Agora
não sei que chuva o escorreu
suas palavras estão apagadas
alheias uma à outra como as palavras de um dicionário
Eu sou como um arqueólogo decifrando as cinzas de uma
[cidade
morta.
O vulto de um velho arqueólogo curvado sobre a terra...
Em que estrela, amor, o teu riso estará cantando?
TEXTO 3

"Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si
o incitavam a falar exclamava: - Ai! Que preguiça!... e não dizia mais nada. Ficava no canto da
maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros (...)"

(Macunaíma – Mário de Andrade)

Evasão

TEXTO 1 – Vou-me embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira)

Vou-me embora pra Pasárgada


Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada


Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

(...)

TEXTO 2 - O límpido cristal (Mário Quintana)

Que límpido o cristal de abril!... Um grito


não vai como os da noite — para os extramundos...
Todas as vozes, todas as palavras ditas — cigarras presas
dentro do globo azul — vão em redor do mundo
e a ninguém é preciso entender o que elas dizem;
basta aquele bordoneio profundo
que vibra com o peito de cada um...
palavras felizes de se encontrarem uma com a outra
nas solidões do mundo!

Lirismo
Processo de expressão sentimental daquilo que se chama “Eu-lírico” ou a voz do texto poético.
Esse lirismo permite essa tradução sentimental, a partir de perspectivas amorosas,
existenciais, filosóficas, dentre outras. Vejamos duas situações em que isso ocorre:

TEXTO 1 – Soneto de fidelidade (Vinícius de Morais)


De tudo, ao meu amor serei atento antes
E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

TEXTO 2 - Bilhete (Mário Quintana)


Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Engajamento social

Trata-se de uma literatura com forte poder de discutir e influenciar assuntos nos campos
político, social, cultural, dentre outros. Na prosa, especificamente, os personagens
representam as contradições oriundas dos conflitos nesses setores ou mesmo a poesia
também pode demonstrar as mesmas problemáticas. Vejamos:

TEXTO 1
Não há vagas (Ferreira Gullar)

“O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

– porque o poema, senhores,


está fechado:
“não há vagas”

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira”

TEXTO 2

Elegia número 11 (Mário Quintana)

Não, não é uma série de pontos de exclamação


-é uma avenida de álamos...
E o que, e para quem, clamariam então?!
Deserta está a cidade.
Todas as avenidas, todas as ruas, todas as estradas, atônitas
se perguntam se vem ou se vão...
Em nada lhes poderiam servir estes postes de quilometragem:
estão apenas desenhados, como num mapa.
Ah, se houvesse uns passos, ainda que fossem solitários...
Se houvesse alguém andando sozinho... e bastava! São os passos
- são os passos que fazem os caminhos.
Deserta está a cidade.
Se houvesse alguém andando sozinho
- para eles se acenderiam então, como um olhar, todas as cores!
Porque a cidade está cega também.
O que não é visto por ninguém
não sabe a cor e o aspecto que tem.
A cidade está cega e parada com o descor de um morto.
Porque tudo aquilo que jamais é visto
- não existe..

QUESTÕES
TEXTO PARA A QUESTÃO 01:
Do cuidado com a forma
Teu verso, barro vil.
No teu casto retiro, amolga, enrija, pule...
Vê depois como brilha, entre os mais, o imbecil,
Arredondado e liso como um bule!

QUINTANA, M. https://books.google.com.br

01. (Cesupa) No poema, Mário Quintana faz uma releitura irônica ao criticar um dos
princípios da poesia parnasiana, ou seja, o(a)
a) cuidado formal, a Arte pela Arte.
b) busca pela musicalidade dos versos.
c) diálogo entre a linguagem verbal e a não verbal.
d) expressão da imaginação e da emoção.

TEXTO PARA A QUESTÃO 02:

Se um poeta falar num gato

Se o poeta falar num gato, numa flor,


Num vento que anda por descampados e desvios
E nunca chegou à cidade...
Se falar numa esquina mal e mal iluminada...
Numa antiga sacada... num jogo de dominó...
Se falar naqueles obedientes soldadinhos de chumbo
[ que morriam de verdade...
Se falar na mão decepada no meio de uma escada de caracol...
Se não falar em nada
E disser simplesmente tralalá... Que importa?
Todos os poemas são de amor!

02. (PROF. FERNANDO OLIVEIRA) – Ao abordar as possibilidades da poesia, o poeta conclui


que a essência dos poemas está intimamente ligada à função:
a) Evasiva
b) Lírica
c) Estética
d) Metalinguística
e) Lúdica
f)
TEXTO PARA A QUESTÃO 03:

Da humana condição

Custa o rico entrar no céu


(Afirma o povo e não erra.)
Porém muito mais difícil
É um pobre ficar na terra.

QUINTANA, M. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2003.


03. (Enem) Mário Quintana ficou conhecido por seus "quintares" nome que o poeta
Manuel Bandeira deu a esses quartetos com pequenas observações sobre a vida.
Nessa perspectiva, os versos do poema “Da humana condição” ressaltam

a) a desvalorização da cultura popular.


b) a falta de sentido da existência humana.
c) a irreverência diante das crenças do povo.
d) uma visão irônica das diferenças de classe.
e) um olhar objetivo sobre as diferenças sociais.

TEXTO PARA A QUESTÃO 04:

Muitos casos sucederam nessa viagem por caatingas rios corredeiras, gerais, corgos,
corredores de tabatinga matos-virgens e milagres do sertão. Macunaíma vinha com os dois
manos pra São Paulo. Foi o Araguaia que facilitou-lhes a viagem. Por tantas conquistas e tantos
feitos passados o herói não ajuntara um vintém só mas os tesouros herdados da icamiaba
estrela estavam escondidos nas grunhas do Roraima lá. Desses tesouros Macunaíma apartou
pra viagem nada menos de quarenta vezes quarenta milhões de bagos de cacau, a moeda
tradicional. Calculou com eles um dilúvio de embarcações. E ficou lindo trepando pelo
Araguaia aquele poder de igaras, duma em uma duzentas em ajojo que nem flecha na pele do
rio. Na frente Macunaíma vinha de pé, carrancudo, procurando no longe a cidade. Matutava
matutava roendo os dedos agora cobertos de berrugas de tanto apontarem Ci estrela. Os
manos remavam espantando os mosquitos e cada arranco dos remos repercutindo nas
duzentas igaras ligadas, despejava uma batelada de bagos na pele do rio, deixando uma esteira
de chocolate onde os camuatás pirapitingas dourados piracanjubas uarus-uarás e bacus se
regalavam.

(Macunaíma – Mário de Andrade)

04. (PROF. FERNANDO OLIVEIRA) Qual das frases, entre as opções abaixo, revela um grau
elevado de ficcionalidade?
a) “Macunaíma vinha com os dois manos pra São Paulo”
b) “Calculou com eles um dilúvio de embarcações”
c) “Na frente Macunaíma vinha de pé, carrancudo, procurando no longe a cidade...”
d) “Foi o Araguaia que facilitou-lhes a viagem”
e) “...os tesouros herdados da icamiaba estrela estavam escondidos nas grunhas do
Roraima lá.”

05. (Uema) A metalinguagem ganha relevo no processo narrativo de A hora da estrela. O


narrador Rodrigo S. M., dada a insistente angústia de que o ato de escrever sobre a
obtusa Macabéa lhe provoca, coloca-se também como uma personagem que
experiencia a autocrítica ao mesmo tempo em que se sente fatalmente ligado à
personagem que criara. Isso se evidencia na seguinte passagem:

a)“Desculpai-me mas, vou continuar a falar de mim que sou meu desconhecido, e ao escrever
me surpreendo um pouco pois descobri que tenho um destino”.

b)“Pareço conhecer nos menores detalhes essa nordestina, pois se vivo com ela. E com muito
adivinhei a seu respeito, ela se me grudou na pele qual melado pegajoso ou lama negra”.

c)“Com esta história eu vou me sensibilizar, e bem sei que cada dia é um dia roubado da
morte. Eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida”.
d)“(Esta história são apenas fatos não trabalhados de matéria-prima e que me atingem direto
antes de eu pensar. Sei muita coisa que não posso dizer. Aliás pensar o quê?)”.

e)“(Escrevo sobre o mínimo parco enfeitando-o com púrpura, joias e esplendor. É assim que
se escreve? Não, não é acumulando e sim desnudando. Mas tenho medo da nudez, pois ela é a
palavra final.)”

TEXTO PARA A QUESTÃO 06:

O Último Poema
Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

BANDEIRA, M. Libertinagem. 2 ed. São Paulo: Global, 2013.

06. (Uema) O poema estabelece pelo título e pela posição que ocupa um valor
metapoético, uma vez que o eu lírico

a) transporta para a poesia a beleza da simplicidade.


b) explicita seu dilema existencial.
c) revela dramaticamente seus medos mais íntimos e secretos.
d) incorpora na poesia o academicismo parnasiano.
e) expressa em versos seu desejo poético.

07. (UEG) Uma tendência marcante na poesia de Mário Quintana pode ser observada na
ambientação onírica, em que o eu-lírico penetra no mundo dos sonhos, do
inconsciente, trazendo para o poema imagens inusitadas, muito recorrentes na
literatura neossimbolista. Marque, a seguir, a alternativa cujos versos expressam essa
tendência.

a)“Não tenho vergonha de dizer que estou triste, / Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em
vez / de se matarem, fazem poemas ...”

b)“Minha vida não foi um romance... / Nunca tive até hoje um segredo./ Se me amas, não
digas, que morro / De surpresa...de encanto... de medo.”

c)“Longe do mundo vão, goza o feliz minuto / Que arrebataste às horas distraídas. Maior
prazer não é roubar um fruto / Mas sim saboreá-lo às escondidas.”

d)“Pé ante pé / Vem vindo / O Cavaleiro do Luar / Na sua fronte de prata / A lua se retrata (...)
/ No seu coração / Dorme um leão com uma rosa na boca”

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