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Ao final de 2011 tive a oportunidade de participar de um seminário na BM&F – BOVESPA, em que os palestrantes eram

o Prof. Mervyn E. King, presidente da comissão que elaborou o código de melhores práticas de governança corporativa
da África do Sul, Christiana (Christy) Wood, presidente o ICGN – International Corporate Governance Network, e Ernst
Ligteringen, do GRI – Global Reporting Initiative, que falaram nessa ordem. Presentes à mesa os patronos, Gilberto
Mifano pelo IBGC, e Edemir Pinto, pela BM&F – BOVESPA.

Manhã inesquecível. Christy dominou a cena. Começa sua fala comentando e deixando entrever certo desconforto com
algo que, imaginem, o Dr. King recém dissera. Haja auto-estima! Para não falar da mestra de cerimônias da BM&F –
BOVESPA, que errou a pronúncia do nome de Ernst Ligteringen todas as vezes que o pronunciou, e não foram poucas. E
ria disso!

Christy é defensora assertiva, para dizer o menos, do ativismo dos acionistas na condução dos negócios das empresas.
Foi do conselho do CaLPERS, o fundo de pensão dos funcionários públicos da Califórnia, com US$ 180 bilhões em ativos.
Mensagem curta e grossa, em cinco pontos, em ordem crescente de importância, até fazendo um pouco de suspense
sobre qual seria o quinto ponto. Que minha memória não me traia.

1. Cuidado com o excesso de regulação circunstancial; há uma diferença entre regulação inteligente e regulação
intrusiva.
2. Relatórios cada vez mais claros e abrangentes, e Conselhos focados na criação de valor no longo prazo.
3. Diálogo cada vez mais amplo e freqüente entre conselheiros e proprietários, lembrando que estes últimos são,
malgrado, apenas administradores do patrimônio, que se espera lhes seja mais longevo.
4. Relatórios integrados, mostrando todas as facetas da atividade empresarial.
5. Educação de Conselheiros, para que melhor sirvam aos acionistas.

É sobre este quinto ponto, que me impressionou muitíssimo, que desejo tratar neste blog. Mas não apenas sobre a
educação de Conselheiros, mas também de Proprietários, Herdeiros e Familiares, para que as empresas cumpram com
seus objetivos de perenidade e rentabilidade, em benefício de todas as partes interessadas. Profissionais de todas as
áreas que possam contribuir com estes objetivos serão convidados a se manifestar. Quanto melhor o ciclo virtuoso de
prosperidade que as empresas ajudarem a criar, melhor para elas. Não poderão ser prósperas em um mundo exaurido,
poluído, desigual e injusto.

Acredito que estamos em um ponto importante da história da vida sobre a Terra, e que os benefícios e ameaças
comuns respectivamente nos puxam e empurram, em direção a formas de cooperação e respeito cada vez mais amplos.
Apenas governos, ONG’s, e mesmo as pessoas, parecem não conseguir dar conta dos tremendos desafios com que nos
defrontamos dentro da relação dos três P’s de John Elkington: “profit, planet, people”. Imagino que as empresas têm
um papel crucial na integração dessa tríade.

CEO / 2JUL12

2a. VERSÃO

Ao final de 2011 tive a oportunidade de participar de um seminário na BM&F – BOVESPA, em que os palestrantes eram
o Prof. Mervyn E. King, presidente da comissão que elaborou o código de melhores práticas de governança corporativa
da África do Sul; Christiana (Christy) Wood, presidente do ICGN – International Corporate Governance Network, e Ernst
Ligteringen, do GRI – Global Reporting Initiative, que falaram nessa ordem. Presentes à mesa os patronos, Gilberto
Mifano pelo IBGC, e Edemir Pinto, pela BM&F – BOVESPA.

Manhã inesquecível. Christy dominou a cena. Começa sua fala comentando e deixando entrever certo desconforto com
algo que, imaginem, o Dr. King recém dissera. Haja auto-estima! Para não falar da mestra de cerimônias da BM&F –
BOVESPA, que errou a pronúncia do nome de Ernst Ligteringen todas as vezes que o pronunciou, e não foram poucas. E
ria disso!

Christy é defensora assertiva, para não dizer agressiva, do ativismo dos acionistas na condução dos negócios das
empresas. Foi do conselho do CaLPERS, o fundo de pensão dos funcionários públicos da Califórnia, com US$ 180 bilhões
em ativos.  Deu mensagem curta e grossa, em cinco pontos, em ordem crescente de importância, até fazendo um
pouco de suspense sobre qual seria o quinto ponto, fundamental segundo ela. Que minha memória não me traia:

1.     Cuidado com o excesso de regulação circunstancial; há uma diferença entre regulação inteligente e
regulação intrusiva.
2.     Relatórios cada vez mais claros e abrangentes, e Conselhos focados na criação de valor no longo prazo.
3.     Diálogo cada vez mais amplo e freqüente entre conselheiros e proprietários, lembrando que estes últimos são,
malgrado, apenas administradores do patrimônio, que se espera lhes seja mais longevo.
4.     Relatórios integrados, mostrando todas as facetas da atividade empresarial.
5.     Educação de Conselheiros, para que melhor sirvam aos acionistas.
É sobre este quinto ponto, que me impressionou muitíssimo, que desejo tratar neste blog. Mas não apenas sobre o
treinamento de Conselheiros, mas também de Proprietários, Herdeiros e Familiares, para que as empresas cumpram
com seus objetivos de perenidade e rentabilidade, em benefício de todas as partes interessadas. A idéia é preencher
lacunas de conhecimento não apenas técnicas, mas também e especialmente de relações intrapessoais e interpessoais.
 
Na parte técnica, vamos abordar e descomplicar temas básicos de Finanças, Estratégia, Governança Corporativa, Direito
Societário e Relações entre Proprietários, Políticas Estratégicas de Recursos Humanos e Entendimento do Ambiente
Macroeconômico Global e Local; na parte da relações intra e interpessoais, vamos tocar na questão da operação dos
grupos e de seus líderes, e na lida com dilemas e conflitos.
 
Os temas serão curtos e acima de tudo de caráter muito prático; são pessoas que estão no efetivo controle das
empresas, e mesmo que não sejam especialistas, saberão as perguntas adequadas a fazer aos seus executivos. Serão
cursos, palestras, seminários, alguns à distância, e os posts com artigos, todos relacionados à perenidade e
rentabilidade do investimento, e à mitigação de conflitos de interesses. Ofereceremos cursos "in company", sob medida,
após breve diagnóstico; o time de instrutores é formado por conselheiros e consultores de larga e comprovada
experiência profissional.
 
Profissionais de todas as áreas que possam contribuir com estes objetivos serão convidados a se manifestar. Quanto
melhor o ciclo virtuoso de prosperidade que as empresas ajudarem a criar, melhor para elas. Não poderão ser
prósperas em um mundo exaurido, poluído, desigual e injusto.

CEO / 2JUL12

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