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Tarefa 2 — Teoria Eletromagnética

Nome: Lucas Avila Pinheiro Data de Entrega: 26 de agosto de 2021


matrı́cula: 17102782 Fı́sica Bacharelado

Questão 1 — Uma linha de cargas infinitamente longa tem densidade linear uniforme
de carga λ. Encontre o campo elétrico a uma distância s desta linha (a) integrando direta-
mente a lei de Coulomb, (b) utilizando a lei de Gauss e (c) calculando o potencial elétrico.

(a) Tomando que a densidade de carga λ seja constante ao longo de todo o fio, pode
se determinar o campo elétrico de uma linha infinita de cargas, em relação a uma
carga pontual com uma determinada distância s. Sendo assim podemos analisar
este problema devido sua simetria, o tornando mais simples de se resolver.

Tomando um pequeno comprimento de fio dl e um elemento pequeno de carga dq,


temos que o elemento de campo será denotado por:

Kdq
dE = (1)
R2

E ao substituirmos os valores da igualdade de Pitágoras e de densidade de carga,


na relação (1), iremos obter o seguinte:

Kλ dl
dE =
l2+ s2

Tomando que o mesmo ocorrerá na parte positiva da linha de cargas, podemos


considerar que a resultante deste campo elétrico serpa na direção x, sendo que as
outras componentes se tornarão nulas por causa da simetria da questão. Portanto
para descobrirmos o valor do campo elétrico devemos realizar o seguinte:

dEx = dE cosθ

Kλ dl s
dEx = √
l2+ s 2
s2 + l 2

I
Ao realizarmos o processo de integração teremos o valor para Ex , da seguinte forma:

Z Z +∞
dl
Ex = dEx = Kλs 3
−∞ (s2 + l2 ) 2
Z +∞
dl
Ex = Kλs 3
−∞ (s2 + l2 ) 2

Ao utilizarmos as integrais tabeladas obtemos o seguinte:

" #+∞
l
Ex = Lλs 1
s2 (s2 + l2 ) 2 −∞


ex = 2
s

λ
E = x̂ (2)
2πs0

Portanto através da relação (2) obtemos o campo elétrico.

(b) Utilizando a lei de Gauss, temos que o campo é paralelo com a base do cilindro,
e por isto, temos que o produto E · ds = 0, sendo assim temos que focar na parte
lateral da superfı́cie gaussiana, da seguinte forma:

I A2
q
Eds =
0

Temos que o módulo do campo na superfı́cie que estamos analisando é contante,


portanto temos:

I 
λl
E ds = (3)
A2 0

Para obtermos o campo E, precisamos integrar a superfı́cie obtida pela relação (3),
do seguinte modo:

II
I 
λl
E ds = E(2πsl) =
L 0
λl
E(2πsl) =
0
λ
E = x̂ (4)
2πs0

Como demonstrado na relação (4), obtivemos o campo E através da Lei de Gauss.

(c) De modo similar ao que foi utilizado para para descobrir o campo através da
lei de Coulomb, podemos saber qual é potencial elétrico, considerando a mesma
simetria dita antes, da seguinte forma:

Z +a
λ dl
V = 1
4π0 −a (l2 + s2 ) 2

Se considerarmos uma linha de cargas finita, isto resultaria numa divergência, ao


ser calculado os limites tendendo ao infinito, após ser encontrado o valor do campo
devemos realizar um limite de a, com o limite tentando ao infinito, da seguinte
forma teremos:

√ !
λ s 2 + a2 + a
V = log √
4π0 s 2 + a2 − a

Para o campo elétrico temos:

~ = −∇V~ = ∂V
E
∂x
∂V λa
= √  (5)
∂x 2π0 s s2 + a2

Da relação (5), podemos considerar que a  s, sendo assim anulamos os problemas


dos limites tentando ao infinito, deste modo temos o seguinte:

λ(a)
E =
2πs0 (a)

λ
E = x̂ (6)
2πs0

III
De acordo com a relação (6), obtivemos o campo elétrico através do cálculo do
potencial elétrico.

Questão 2 — O potencial eletrostático de determinada configuração de cargas é dado


por:

1 e−ar
V (r) = ,
4π0 r

Onde a é uma constante. Determine a densidade de cargas que produz este potencial.

Para que encontremos a densidade de cargas (ρ), devemos utilizar na forma diferen-
cial a lei de Gauss, da seguinte forma:

ρ(r)
∇·E =
0

De onde sabemos que a densidade de carga pode ser descrita como ρ(r) = (∇·E)0 . Mas
para tal, devemos encontrar o campo elétrico primeiro, pode ser obtido na relação a seguir:

E = −∇V (7)

Utilizando de manipulações algébricas, iremos denominar o termo como 1/4π0 = k,


tendo em vista que k é constante, deste modo combinando a relação (7) com a equação
dada no enunciado teremos o seguinte:

∂ e−ae
 
E = −k r̂
∂r r

∂ e−ae −ae−ar r − e−ar


     −ar 
−e (ar + 1)
r̂ = r̂ = r̂
∂r r r2 r2

Podendo ser reescrita da seguinte forma:

−e−ar (ar + 1)
 

E = −k r̂ = ke−ar (ar + 1)
r2 r2

Deste modo, podemos escrever a equação que descreve a densidade de cargas ρ(r), da

IV
seguinte forma:

   
−ar r̂ r̂  −ar 
ρ(r) = 0 k (e (ar + 1)) ∇ · 2 + 2 ∇ (e (ar + 1))
r r

Para o primeiro termo iremos ter o seguinte:

 

∇· = aπδ 3 (r) (8)
r2

Devemos considerar que f (x)δ(x) = f (0)δ(x), portanto podemos resolver o gradiente


da relação (8), do seguinte modo:

∂  −ar
∇ e−ar (ar + 1) = e (ar + 1) = −ae−ar (ar + 1) + ae−ar
  
∂r

= −a2 re−ar − ae−ar + ae−ar = −a2 re−ar

Portanto temos que a densidade de cargas (ρ) fica da seguinte forma:

a2 −ar
 
3
ρ(r) = 0 k aπδ (r) − e
e

Sendo possı́vel ser reescrita da seguinte maneira:

a2 −ar
 
1 3
ρ(r) = aπδ (r) − e (9)
4π e

De acordo com a relação (9), obtivemos a densidade de carga (ρ).

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