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Bem sabemos que o Estado no exercício da sua soberania possui o poder de tributar, ou seja,

de cobrar tributo dos seus cidadãos. Apesar de o Estado poder se valer da sua soberania para
tanto, a ele a Constituição impôs alguns limites para que o Estado não saísse cobrando tributos
como bem entendesse.

Para que nasça para o cidadão a obrigação de pagar tributos é preciso que ele pratique atos
que estão descritos na lei e com isso será ele obrigado a pagar o tributo, uma vez que se
subsumindo ao que está descrito na norma, nascerá para o cidadão a compulsoriedade de
pagar o tributo.

Para que haja a incidência de um tributo é preciso que ocorra o que chamamos de fato
gerador. O fato gerador é quando ocorre no mundo fenomênico o que está descrito na
hipótese de incidência, ou seja, a norma descreve uma conduta em que esta se subsumindo ao
que está descrito na norma, portando ocorrendo um fato típico, nascerá ai o que chamamos
de fato gerador e com isso, nasce a obrigação para o cidadão de pagar o tributo.

Necessário é fornecer o conceito de hipótese de incidência tributária, que é a descrição legal


de um fato, ou seja, é a formulação hipotética, prévia e genérica, contida na lei, de um fato. É a
previsão legal de um fato. Portanto, a hipótese de incidência está no mundo da abstração,
enquanto que o fato típico está na concretude, no mundo material, ou seja, é o fato imponível.

O fato imponível é o próprio acontecimento fático que ocorre no mundo dos fenômenos
físicos por corresponder rigorosamente à descrição prévia, hipoteticamente formulada pela
hipótese de incidência legal dá nascimento à obrigação tributária.

Os artigos 114 e 115 do CTN (Código Tributário Nacional) definem dois tipos de fato geradores
como sendo:

Obrigação principal: é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua


ocorrência. Tendo como objetivo o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-
se juntamente com o crédito dela decorrente.

Obrigação acessória: é qualquer situação que na forma da legislação aplicável, impõe a pratica
ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Tendo por objetivo as prestações
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
tributos.

Elementos da Hipótese de Incidência:

Aspecto material: trata-se de comportamentos de pessoas, sejam aqueles que encerram um


fazer, um dar ou um ser. É formado, invariavelmente, por um verbo (de ação ou de estado),
seguido de um complemento.

Aspecto temporal: refere-se às coordenadas de tempo nas quais se da o comportamento. Os


fatos geradores, quanto ao momento de sua ocorrência, seriam: (a) instantâneos, quando se
verificassem e se esgotassem em determinada unidade de tempo, dando origem, cada
ocorrência, a uma obrigação tributaria autônoma;
(b) continuados, quando configurassem situações duradouras, que se desdobrassem no
tempo por intervalos maiores ou menores;

(c) complexivos, quando seu processo de formação tivesse implemento com o transcurso de
unidades sucessivas de tempo, de maneira que, pela integração dos fatores, surgiria o fato
final.

Elementos do Fato Oponível:

Aspecto objetivo: elemento material propriamente dito é representado pela descrição da


situação de fato que pode ser substituída livremente pelo legislador (pressuposto material da
incidência tributária)

Aspecto subjetivo: representado pelos sujeitos da relação jurídica, o sujeito ativo e o sujeito


passivo. Trata-se da relação prevista na norma tributária

Aspecto espacial: irá determinar sua localização dentro do território onde a norma jurídica
tem eficácia (o elemento espacial nada tem que ver com a eficácia da norma jurídica dentro do
território). Esse elemento espacial é que permite determinar, em função do território, o local
da ocorrência de fato gerador, e, em consequência, o local da incidência tributária.

Aspecto quantitativo: objeto se consubstanciará na base de cálculo do tributo, e na alíquota a


ser aplicada. Esse critério refere-se à grandeza mediante a qual, o legislador dimensionou o
fato jurídico tributário, definindo a quantia a ser paga pelo devedor, a título de tributo.

Aspecto temporal: é aquele representado pelo espaço de tempo ou o momento que se deve
levar em conta para a concretização do fato gerador da respectiva obrigação. Esse elemento
indica o momento em que se deve considerar concretizado o fato gerador da respectiva
obrigação. Se a lei tributária não explicitar esse elemento temporal, entende-se que o
momento a ser considerado é o da concretização do pressuposto de fato.

Referências:

http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?page=../index.php?PID=97655

https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/aspectos-doutrinarios-da-regra-
matriz-de-incidencia-tributaria-uma-abordagem-analitica/

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1249623/mod_resource/content/1/T%C3%93PICO
%205.pdf

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