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Curso de Engenharia Elétrica

Máquinas Elétricas
Semestre 8

APS

Aplicação do Transformador de Estado Sólido em Sistemas de DistribuiçãoNomes dos estudantes


Daniel Iogui do Rosário RA: 2346380
Moaby Augusto Sodré RA: 2529391
Mauro Filho RA: 5883223

etc

INFORMAÇÕES RESUMO

Data de postagem: xx/09/2021 No sistema elétrico atual, o transformador convencional é extensivamente adotado para
Data de apresentação: 01/10/2021 transmissão e distribuição da energia ao consumidor final.
Todavia, este transformador, meramente passivo, não atende às demandas das redes
Keywords: inteligentes, referidas na literatura por smart grids.
- Transformador de Estado Sólido,
Smart Grid, Microgrid.

1. Introdução

Nos últimos anos, a integração de fontes de geração distribuída (GD) ao sistema elétrico de potência (SEP) e a diversificação dos consumidores
e dos acessantes de geração deste sistema (e.g., geradores fotovoltaicos e eólicos, veículos elétricos e híbridos e armazenadores de energia), introduziu a
necessidade por um sistema de distribuição com fluxo de potência bidirecional, controles locais e com capacidade de gerenciamento, monitoramento e
autoconfiguração. Além disso, a modularidade acrescenta a possibilidade de circuitos com redundância, elevando a confiabilidade do sistema e permitindo
a versatilidade no projeto do transformador eletrônico com diferentes níveis de tensão e potência. A aplicação e a implementação das smart grids e, em
particular, das microgrids – extensão do conceito de smart grids para as redes elétricas com GD de fontes renováveis – passaram a ser extensivamente
estudadas e são abordadas nos trabalhos. Avaliam-se, neste sistema, a robustez do SST a afundamentos/elevações de tensão, bem como a capacidade de
mitigação de distorções harmônicas, de correção de fator de potência, de compensação de potência reativa e de reversão do fluxo de potência. Em razão da
flexibilidade no controle do fluxo de potência, o SST pode ainda promover a integração entre os novos agentes e acessantes e o sistema elétrico de
potência.
Assim, no contexto das redes inteligentes, o transformador de estado sólido, referido na literatura técnica por SST (Solid State Transformer), se
mostra como alternativa ao transformador convencional. Este novo sistema – referido na literatura por rede "inteligente" ou smart grid – deverá promover
a gestão racional dos múltiplos acessantes do sistema com o uso de recursos de tecnologia de informação e comunicação. Os conversores do SST são
implementados a partir de topologias modulares, o que possibilita uma produção em massa de módulos, diminuindo o custo de fabricação e facilitando a
montagem e manutenção. Com entrada (ou por analogia, com "primário") em 13,8 kV e tensão de saída (ou "secundário") em baixa tensão (220V ou 380
V, por exemplo). Este trabalho pretende apresentar o transformador eletrônico como alternativa ao transformador convencional, no contexto das
microgrids. Neste contexto, o transformador convencional, meramente passivo, não atende às demandas das microgrids. O custo das chaves
semicondutoras tem diminuído significativamente ao longo do tempo, reduzindo, assim, os custos dos conversores de potência.
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2.

O uso do SST no sistema de distribuição, em alternativa aos transformadores convencionais, viabiliza a aplicação dos conceitos de smart grid,
assim, a integração de fontes de GD à rede. O SST disponibiliza um barramento c.c., para fins de conexão em corrente contínua, já utilizada em navios,
aeronaves e em sistemas de telecomunicações. Estudos apontam que a alimentação em c.c. em ambientes residenciais pode aumentar a eficiência
energética em até 15%. A redução das perdas se deve, principalmente, na eliminação do retificador de entrada presente na maioria dos equipamentos
eletrônicos, que causam uma enorme distorção harmônica de corrente, provendo maiores perdas. Como o SST disponibiliza um barramento em c.c.,
cargas eletrônicas de característica não linear podem ser alimentadas diretamente deste barramento. A complexidade do sistema elétrico de potência vem
crescendo continuamente, devido ao aumento do uso das energias renováveis e geração distribuída, provocando a necessidade de um sistema de
distribuição com fluxo bidirecional, controles distribuídos, capaz realizar gerenciamento, monitoramento e auto-recuperação. Em função disso, foi criado
"Redes Elétricas Inteligentes" (Smart Grids), que visa eliminar ou evitar os problemas relacionados à qualidade de energia, melhorar a confiabilidade e
aumentar a eficiência através da inclusão de novas tecnologias. Os transformadores de distribuição convencionais, apesar de serem amplamente utilizados
por serem robustos, confiáveis e com longa vida útil, tendem a não acompanhar a evolução das redes elétricas, uma vez que eles são elementos passivos,
fazendo com que eles não sejam capazes de controlar e regular tensão e controlar fluxo de potência, por exemplo. Como solução para as necessidades das
Smart Grids, bem como para as desvantagens dos transformadores convencionais, vem sendo desenvolvido o Transformador de Estado Sólido (SST). Este
equipamento fornece uma vasta gama de serviços, além dos já disponibilizados pelo transformador convencional, como compensação e regulação de
tensão, compensação de harmônicos, correção de fator de potência, controle do fluxo de potência, além possuir conectividade em corrente contínua, o que
facilita a integração de geração distribuída.

3. Conclusões

Assim concluímos que o transformador de estado sólido é uma alternativa ao transformador convencional, em especial, no contexto das
microgrids. O SST pode atuar como elemento central das arquiteturas de microgrids, como um gestor e roteador de energia. Nos proximos anos, a
integração de novas fontes de geração distribuída ao sistema elétrico, juntamente com à redução dos custos da tecnologia dos conversores, devem
contribuir para a plena aplicação do SST.

REFERENCIAS

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