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4º Trim.

de 2021: O APÓSTOLO PAULO: lições da vida e o ministério do apóstolo dos gentios


para a Igreja de Cristo

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4º Trimestre de 2021 - CPAD
O APÓSTOLO PAULO: lições da vida e o ministério do apóstolo dos gentios para a
Igreja de Cristo
Comentários da revista da CPAD: Elienai Cabral
Comentário: Ev. Caramuru Afonso Francisco

ESBOÇO Nº 4

LIÇÃO Nº 4 – A VOCAÇÃO PARA SER APÓSTOLO


Paulo mostra que cada um de nós tem um chamado na obra do Senhor.

INTRODUÇÃO
-Na sequência do estudo da vida do apóstolo Paulo, hoje analisaremos o seu chamado para o apostolado.

- Paulo mostra que cada um de nós tem um chamado na obra do Senhor.

I – O PREPARO MINISTERIAL DE PAULO

- Na sequência do estudo da vida do apóstolo Paulo, analisaremos hoje os seus chamados ministeriais, em
especial, o seu chamado para o apostolado.

- A vida de Paulo é um exemplo clássico do que é servir a Deus, do que significa a salvação e a vida
espiritual de um cristão sobre a face da Terra. Sendo o mais eminente dos cristãos cujas vidas estão
registradas em o Novo Testamento, a análise da vida de Paulo nos permite entender perf eitamente o
significado de ser “cristão”. Não é por acaso, aliás, que os primeiros crentes a ser assim denominados o foram
depois de terem sido discipulados pelo próprio Paulo, que fazia, então, companhia a Barnabé (At.11:26).

- Ao estudarmos a narrativa da conversão de Saulo, já vemos que o Senhor Jesus foi bem claro, desde o início,
a respeito do papel que o apóstolo exerceria na obra de Deus. Já para Ananias, o Senhor disse que Paulo era
“um vaso escolhido para levar o nome de Jesus diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel” (At.9:15).
Esta mensagem foi transmitida ao novo convertido, que, desde o início, tinha pleno conhecimento que tinha
sido designado para que conhecesse a vontade do Senhor e visse aquele Justo e ouvisse a voz da Sua boca e
fosse testemunha para com todos os homens do que tinha visto e ouvido (At.22:14,15), para pôr a ele como
ministro e testemunha tanto das coisas que tinha visto como daquelas pelas quais o Senhor Jesus apareceria
ainda (At.26:16).

- Assim, desde o terceiro dia após a sua conversão, Paulo já sabia que havia sido escolhido por Jesus
para ser “testemunha” e “ministro” do Senhor Jesus.

- Quando alcançamos a salvação, somos inseridos no corpo de Cristo (I Co.12:13) e esta inserção no corpo de
Cristo é mostrada aos homens por meio no batismo em águas, porque assim ordenou o Senhor Jesus, e, como
membros do corpo de Cristo, temos de ter ao menos uma atividade, porque o corpo de Cristo é vivo e cresce
pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte (Ef.4:16).

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4º Trim. de 2021: O APÓSTOLO PAULO: lições da vida e o ministério do apóstolo dos gentios
para a Igreja de Cristo
- Portanto, não existe qualquer integrante do corpo de Cristo que não seja chamado a realizar uma tarefa
específica, havendo aquelas tarefas que o texto bíblico denomina de “ministérios”, os chamados “dons
ministeriais”, que são pessoas-dons, elencados em Ef.4:11.

- Paulo era um “vaso escolhido” e sua missão seria levar o nome de Jesus para os gentios, para os reis e
para os filhos de Israel e, como tal, teria de ter todos os cinco “ministérios”, dada a singularidade de seu
papel na disseminação do Evangelho.

- O Senhor Jesus bem sabia a dificuldade que seria transpor as barreiras culturais para a divulgação do
Evangelho. Tendo vindo pregar o Evangelho do reino de Deus para os filhos de Israel (Mt.15:24; Mc.1:15),
com a rejeição operada por Israel (Jo.1:12), mister se fazia pregar o Evangelho a todo o mundo (Mc.16:15),
mas a isto os cristãos primitivos resistiam, primeiro não deixando sequer Jerusalém para tal pregação (cfr.
At.5:12-16,28); segundo, não anunciando o Evangelho senão aos judeus, depois da dispersão motivada pela
perseguição liderada pelo próprio Saulo (At.11:19) e isto apesar da eloquente demonstração de que o
Evangelho também era para os gentios, como se verifica dos episódios que envolveram a salvação de Cornélio
e os seus (At.10).

- Diante disso, na Sua presciência, já havia preparado, desde o ventre de sua mãe, Paulo para realizar esta
importantíssima tarefa, o que explica a singularidade do apóstolo, inclusive a circunstância de ter tido, ele só,
todos os dons ministeriais e carismáticos, o que não é o que se tem ordinariamente na Igreja do Senhor.

- Cabe aqui um pequeno parêntese para que se observe que o fato de Paulo ter sido escolhido por Deus desde
o ventre de sua mãe em absoluto corrobora a doutrina da predestinação incondicional. Paulo não foi escolhido
previamente para a salvação, mas, sim, para a tarefa de levar o nome de Jesus para os gentios, para os reis e
para os filhos de Israel. Alcançou a salvação porque “combateu o bom combate, acabou a carreira e guardou
a fé” (II Tm.4:7), como ele próprio dirá no ocaso de sua vida. Judas Iscariotes também foi escolhido para ser
apóstolo, mas não perseverou e se perdeu. Tomemos, pois, cuidado, amados irmãos!

- Convertido, tanto que é chamado de “irmão” por Ananias (At.9:17; 22:13), curado, Paulo desce às águas e,
no mesmo instante, é cheio do Espírito Santo (At.9:17,18) e, já devidamente revestido de poder, passa a pregar
o Evangelho ousadamente nas sinagogas de Damasco.

- Todo salvo deve anunciar a Palavra de Deus aos pecadores, é a tarefa básica e cometida a todo o
integrante do corpo de Cristo (I Pe.2:9,10; Mc.16:15), mas quem é revestido de poder deve fazê-lo ainda
mais, porque o revestimento de poder tem por objetivo primeiro o de nos tornar “testemunhas” do Senhor
Jesus (At.1:8).

- Fugindo de Damasco para Jerusalém, Paulo prosseguiu o seu trabalho, disputando nas sinagogas daquela
cidade, notadamente as sinagogas frequentadas pelos “judeus gregos”, passando a fazer o que, outrora,
Estêvão fazia, mas a perseguição crescente fez com que fosse mandado para Cesareia e, de lá, para Tarso, a
sua cidade natal.

- Embora já fazendo o que deveria fazer como salvo, que era pregar o Evangelho, não era bem isso o que o
Senhor Jesus havia planejado ao apóstolo e, para que ele fosse mandado aos gentios, ainda havia a necessidade
de uma maior intimidade com o Senhor Jesus, de um período de introspecção, para que todo aquele
conhecimento adquirido da cultura de seu tempo viesse agora a servir de “esterco” (Fp.3:8), como “adubo”
para que era essencial: o conhecimento de Jesus Cristo.

- Paulo tinha tido o devido preparo intelectual e social para desempenhar a tarefa que lhe estava sendo
cometida, mas, ainda, não tinha o devido preparo espiritual e tal preparo deveria se dar de maneira
reservada, em certo isolamento, e, por isso, Cristo o manda de volta para a sua terra natal, onde,
desambientado ante as novas circunstâncias, pudesse ter este contato mais íntimo com o Senhor.

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- Paulo relata que, neste período, Deus revelou Seu Filho nele (Gl.1:16), tendo certamente havido um
contato direto entre Paulo e Jesus, o que se infere do fato de o apóstolo revelar que recebeu revelações
diretamente do Senhor (cfr. I Co.11:23), como também pelas próprias palavras de Cristo de que ainda faria
outras aparições a Paulo (At.22:14,15; 26:16).

- É imperioso que tenhamos a nossa intimidade com o Senhor para que possamos realizar a Sua obra. A cabeça
da Igreja é Jesus Cristo; o Consolador, ou seja, Aquele que está ao nosso lado, é o Espírito Santo e Cristo foi
claro ao dizer que nada podemos fazer sem Ele (Jo.15:5 “in fine”), tendo Ele posto o Espírito Santo para nos
ensinar (Jo.14:25), nos guiar em toda a verdade (Jo.16:13). Diante deste quadro, precisamos ouvir a voz do
Senhor e, para isto, é preciso um certo isolamento, um momento de intimidade, de estarmos sós com o Senhor.

- Para alguém ser enviado pelo Senhor, é necessário que tenha estado a sós com Ele e aprenda com Ele. Não
foi assim que fez com os doze? Enviou-os no dia da ressurreição (Jo.20:21), depois que havia estado com eles
durante três anos e meio, ensinando-os, instruindo-os (At.1:1-3). Jesus é o mesmo (Hb.13:8), continuando a
proceder deste modo.

- Assim como ocorreu com Paulo, por vezes, pessoas promissoras na obra de Deus são envolvidas em
circunstâncias adversas que as obrigam a uma “retirada de cenário”, o que muitos, precipitadamente,
interpretam como “reprovação”, “demonstração de falsidade da chamada” ou coisas similares. Não, amados
irmãos, muitas vezes isto nada mais é que parte da preparação que Deus está fazendo para que se cumpra na
vida daquele chamado aquilo que o Senhor quer lhe fazer.

- Em Tarso, o Senhor Se revelou a Paulo, dando ao apóstolo o cristocentrismo que lhe era necessário
ter em todo o conhecimento tanto da lei quanto da filosofia. Paulo precisava ver Cristo nas Escrituras que
ele tanto conhecia; precisavam, também, ver Cristo na natureza e na ordem cósmica tão veneradas pela
filosofia estoica; precisava compreender o mistério da Igreja e o fato de que ela não era uma “seita judaica”,
mas um povo de Deus, que judeus e gentios eram alcançados igualmente pelo Evangelho da graça de Deus.

- Toda esta revelação que Cristo fez em Paulo tinha por objetivo fazê-lo pregar o Evangelho aos gentios
(Gl.1:16) e, aprendendo a ser dirigido pelo Espírito Santo, Paulo não foi atrás de homens para se guiar, mas
partiu para a Arábia e voltou outra vez para Damasco, tendo isto durado um período de três anos (Gl.1:16,17).

- Na sua formação, Paulo havia adotado uma linha de extrema importância aos doutores. Vivera num ambiente
onde a sabedoria humana era prestigiada e exaltada. Entre os filósofos, havia aprendido a admirar os mestres,
a segui-los; entre os fariseus, a admirar e seguir os doutores da lei. Um dos pontos que o tornava hostil ao
Cristianismo, sem dúvida, era o fato de que Jesus não havia frequentado nenhuma das escolas dos doutores da
lei, não era um “legítimo rabi”.

- Agora, neste período de introspecção, Paulo foi ensinado a desprezar este “respeito humano”, a reconhecer
que Cristo é a verdade e que se deve seguir ao Senhor Jesus e ao Espírito Santo, que glorifica a Cristo e nos
faz lembrar o que Ele ensinou e falou. Paulo passa a ser um imitador de Cristo (I Co.11:1) e a não mais viver,
mas Cristo viver nele (Gl.2:20). Paulo aprendeu a se submeter ao Senhor Jesus e à Sua vontade (At.20:24),
negando-se a si mesmo pela missão que lhe foi confiada (I Co.9:16-27).

- De Tarso, Paulo foi para a Arábia, região desértica, onde deve ter tido algumas experiências espirituais
marcantes, pois o deserto sempre foi um lugar, que, por seu isolamento e peculiaridades, escolheu o Senhor
para Se manifestar de modo especial aos Seus servos, como Moisés, Elias e João, sem falar que foi, no deserto,
que o Senhor foi particularmente tentado pelo diabo.

- De lá, Paulo voltou a Damasco, onde certamente voltou a pregar nas sinagogas, numa espécie de “estágio”
de seu novo patamar de pregação, ante os conhecimentos obtidos, ante a revelação de Cristo nele, tendo, então,
tornado a Jerusalém, onde ficou durante quinze dias, tendo tido contato com Pedro, com quem, certamente,
teve informações a respeito dos episódios a envolver Cornélio, bem com Tiago, o irmão do Senhor, que, como

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se verifica, já naquele tempo dirigia a igreja em Jerusalém e, com quem, também, teve o compartilhamento da
experiência de conversão, pois Tiago, como revela o próprio Paulo, converteu-se depois da ressurreição numa
aparição do Senhor Jesus (I Co.15:7).

- Esta ida de Paulo a Jerusalém, ademais, mostra que, quando Paulo diz que não buscava aos homens mas,
sim, a Deus, não o fazia em sinal de rebelião ou de afronta aos apóstolos ou aos ministros da igreja em
Jerusalém, tanto que reconhecia a sua autoridade, como revela esta ida até lá. Não se pode, pois, admitir o
discurso de que “só obedeço ao Senhor e não a homens”, como justificativa para insubmissão aos que estão
no governo da igreja local.

II – OS MINISTÉRIOS DE PAULO

- Depois desta ida a Jerusalém, Paulo retorna a Tarso e ali é encontrado por Barnabé, que vai buscá-lo
para que ele o ajudasse no discipulado dos novos convertidos de Antioquia da Síria, onde se estabelece
a primeira igreja gentílica (At.11:20-25).

- Paulo vem como auxiliar de Barnabé, que havia sido designado pelos apóstolos para dirigir aquele
trabalho, e nesta condição de auxiliar vai ficar até o retorno da primeira viagem missionária. Ninguém começa
pelo topo, é preciso subir os degraus, mesmo tendo um chamado da parte de Deus. Lembrem-se disso,
portadores de promessas de Deus, chamados pelo Senhor ao ministério!

- Paulo era, então, iniciado no seu primeiro ministério: o de mestre. Tendo aprendido com os homens e
com Cristo, agora Paulo podia ensinar, pois só pode ensinar quem antes tenha aprendido. O ensino de Paulo
foi tão eficiente e eficaz que, após um ano de discipulado, seus alunos passaram a ser chamados de “cristãos”,
ou seja, “pequenos Cristos”, “parecidos com Cristo”, pelo povo de Antioquia, a mostrar que o ensino de Paulo
transformou aquelas vidas, fê-las conformes à imagem do Filho de Deus (Rm.8:29). O trabalho de Paulo foi
tão eficiente que não demorou para que, naquela igreja, surgissem outros mestres (At.13:1).

- Entendem alguns que já neste tempo Saulo começa a ser usado por Deus como profeta, porquanto é
elencado na lista dos “profetas e doutores” da igreja de Antioquia em At.13:1. Isto, de pronto, nos revela que
o ministério profético não se resume à pregação da Palavra de Deus, mas é algo além do que isto.

- Interessante notar que, quando Paulo fala da “profecia” em Rm.12:6, diz que ela deve ser “conforme a medida
da fé”, de sorte que alguns têm entendido que esta “medida da fé” tem três níveis: o dom de serviço, que seria
a pregação da Palavra de Deus, a sua simples exposição, que se mostraria, inclusive, nos dons de ministério,
ensino e exortação; o dom ministerial de profeta, que é a exposição da Palavra mas de forma aplicada,
mediante a conformação da mensagem bíblica à vida e necessidade de cada um (como quando alguém diz “o
pregador contou a minha vida”) e o dom espiritual da profecia, que é a mensagem dada pelo Espírito Santo
diretamente à Igreja, independentemente das Escrituras, para fins de consolação, exortação e edificação.

- Em Antioquia, o Senhor já teria iniciado a usar Paulo no ministério profético, inclusive com visões, predições
e revelações, como se verá ao longo de sua atividade missionária (cfr. At.16:9; 27:10,23-25)

- Trabalhando ativamente naquela igreja como auxiliar de Barnabé, vem a grande surpresa. Numa reunião
de jejum e oração, o Espírito Santo Se manifesta e manda que a igreja enviasse como missionários, ou
seja, como apóstolos, a Barnabé e a Saulo para a obra que os tinha chamado (At.13:2). Chegava o momento
da chamada apostólica, pois “apóstolo” é aquele que é enviado. Barnabé e Saulo eram enviados diretamente
pelo Espírito Santo para plantar igrejas na Ásia, para levar Cristo aos gentios.

- Paulo é chamado, nas Escrituras, por diversas vezes, de apóstolo, inclusive ficando bem claro que ele
era apóstolo pela vontade de Deus e não dos homens, como se vê em Rm.1:1; 11:13; I Co.1:1; 9:1,2; 15:9; II
Co.1:1; Gl.1:1; Ef.1:1; Cl.1:1; I Tm.1:1;2:7; II Tm.1:1 e Tt.1:1.

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- Paulo seria um dos “doze apóstolos do Cordeiro” (Ap.21:14)? Sem dúvida alguma, é tema que gera muita
discussão, com diversas linhas de pensamento. Entendem alguns que assim como as doze tribos de Israel eram,
na verdade, treze, já que Levi foi desconsiderada para fins de partilha e, em seu lugar, José foi considerada
como sendo duas tribos, Efraim e Manassés (Js.14:4), também aqui teríamos uma mesma situação, com os
doze apóstolos sendo, na verdade, treze.

- Outros, no entanto, entendem que Paulo, na verdade, é que o apóstolo que substituiu Judas Iscariotes. Lucas
deixa claro que Matias, por voto comum, passou a ser contado entre os apóstolos, mas não afirma que tenha
se tornado um verdadeiro apóstolo, tendo sido escolhido por sortes lançadas, um método que não se coadunava
mesmo com o que havia sido feito pelo Senhor Jesus em Seu ministério terreno (At.1:26).

- Paulo, no entanto, foi escolhido diretamente pelo Senhor Jesus que, pessoalmente, O chamou no caminho de
Damasco (At.9:1-18), tendo, através de Ananias, revelado que se tratava de um “vaso escolhido para levar o
Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (At.9:15).

- Não é por outro motivo que Paulo afirma que era apóstolo pela vontade de Deus (I Co.1:1; II Co.1:1; Ef.1:1;
Cl.1:1; II Tm.1:1), tendo, ainda, dito que sua constituição no apostolado não era da vontade de homem algum
(Gl.1:1) e segundo o mandado de Deus (I Tm.1:1).

- Não há como negar que Paulo foi constituído como apóstolo diretamente pelo Senhor Jesus e que tal
constituição estava dentro da própria realidade nascida com a Igreja, realidade esta que era um mistério
revelado ao próprio Paulo, ou seja, de que os gentios eram coerdeiros de um mesmo corpo e participantes da
promessa em Cristo pelo evangelho (Ef.3:5,6). Paulo foi introduzido no colégio apostólico como um abortivo
(I Co.15:8), para ser o “apóstolo dos gentios” (Rm.11:13), como um “fundamento” de todos os gentios que,
também, foram introduzidos como zambujeiro na oliveira (Rm.11:17-19).

- Pedro tinha razão quando verificou que havia necessidade de doze apóstolos, que o colégio apostólico tinha
doze vagas, mas, dentro de sua compreensão ainda não completa da amplitude do Evangelho, que haveria de
atingir também os gentios, precipitou-se ao querer preencher a vaga com algum daqueles que estavam no
cenáculo aguardando a promessa do Pai.

- Esta vaga haveria de ser preenchida pelo próprio Jesus, foi é Ele quem dá dons aos homens, é Ele quem
escolhe os apóstolos, escolha que era primeira (I Co.12:28), já que se constituía na formação da base da Igreja,
mas que teria o seu tempo apropriado para isso, precisamente quando o Evangelho necessitasse atingir os
gentios.

- Como nosso Deus não é Deus de confusão, Paulo preencheu todos os requisitos exigidos para o apostolado,
pois, em primeiro lugar, era varão. Em segundo lugar, teve contato pessoal com o Senhor Jesus, tendo recebido
d’Ele toda a revelação de tudo quanto se passou no ministério terreno de Cristo. Afinal de contas, não é o
próprio Paulo que diz ter visto o Senhor Jesus (I Co.9:1)? Não diz ele ter recebido mensagens diretas da parte
do Senhor Jesus, inclusive ter contemplado a própria celebração da ceia do Senhor (I Co.11:23-25)?

- Por fim, quem como Paulo não se tornou testemunha da ressurreição de Cristo, visto que é o apóstolo que
mais a explicita e que mais a entende em todas as Escrituras (Rm.1:1-5; I Co.15; Gl.1:1)?

- Vemos, portanto, que Paulo preenche todos os requisitos para ser parte integrante do colégio apostólico, de
sorte que não há como entender que se possa ter mais de doze apóstolos do Cordeiro.

- Há aqueles, entretanto, que veem Paulo como um “apóstolo do Espírito Santo”, assim como o próprio
Barnabé, por ter sido enviado pelo Espírito Santo, neste episódio da igreja de Antioquia e a estes “apóstolos”
é que Paulo se referiria em Ef.4:11, o dom ministerial de apóstolo, que é próprio da Igreja após o dia de
Pentecostes.

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- Mas Paulo também se notabilizaria por ser evangelista. Ele mesmo assim se identifica, como se verifica
em At.20:24; Rm.15:16-21; I Co.1:17 e 9:16.

- O desejo de ganhar almas é demonstrado logo nos primeiros instantes da vida cristã de Paulo. Ele vai às
sinagogas com o mesmo ardor com que Estêvão havia feito, devendo ter mesmo se espelhado naquele de quem
tinha sido algoz, almejando levar aos outros a própria verdade em que havia crido.

- Vemos o ímpeto evangelístico de Paulo, de modo proeminente, durante as suas prisões, sempre buscando
ganhar almas para o Senhor Jesus, a ponto, inclusive, de ter gerado uma “congregação” entre os soldados da
guarda pretoriana que lhe faziam escolta (Fp.1:12,13; 4:22).

- Aliás, em Roma, demonstrou todo este ardor evangelístico (At.28:30,31), cumprindo o desejo que há muito
tivera a este respeito (Rm.1:13-15).

- Paulo bem sabia que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e não se
envergonhava de pregá-lo (Rm.1:16,17), mesmo sabendo que isto lhe trazia hostilidade tanto de judeus quanto
de gentios (I Co.1:18-25) e até de sedizentes cristãos (Fp.1:14-18).

- Como evangelista, Paulo ganhou muitos para Cristo, tendo sido pai espiritual de muitos servos de Deus,
como Timóteo (I Tm.1:2,18; II Tm.1:2), Tito (Tt.1:4) e Onésimo (Fm.10).

- Quanto ao ministério de pastor, Paulo diz que não foi chamado para cuidar de igrejas (I Co.1:17), de
modo que, pelas palavras dele, não teria o dom ministerial de pastor.

- Dentro desta afirmação, há quem diga que o apóstolo não tenha tido o dom de pastor. Outros, no entanto,
entendem que Paulo foi, sim, pastor, porquanto, além de ter “filhos espirituais”, a quem apascentava,
efetivamente cuidava das igrejas que implantava até pôr pastores para dirigi-las (cfr. At.14:23), de sorte que,
embora não fosse este o foco principal de sua missão, incidentalmente o fazia, tanto que chegou a batizar
alguns de Corinto (I Co.1:16), sendo certo que, enquanto esteve preso, era o verdadeiro pastor da “congregação
da casa de César ou da guarda pretoriana”. As chamadas “epístolas pastorais” (I e II Timóteo e Tito), além do
mais, são demonstrações de que o apóstolo bem conhecia como se devia pastorear uma igreja.

- Em duas oportunidades, durante as viagens missionárias de Paulo, temos efetivamente exercício


pastoral por parte do apóstolo em Corinto, onde ficou por um ano e seis meses (At.18:11), verdadeiramente
dirigindo aquela igreja, que também implantou, como testemunharia posteriormente (I Co.9:2) e em Éfeso,
onde ficou por três anos (At.20:17-31).

III – PAULO E OS DONS DE SERVIÇO OU ASSISTENCIAIS

- O próprio Paulo, ao escrever aos romanos, falando a realidade do corpo de Cristo, elencou uma lista de dons
que se denominaram de “dons de serviço” ou “dons assistenciais” ou, ainda, “dons de serviços práticos”,
tarefas que são desempenhadas no dia-a-dia da igreja, que muitos identificam com as “operações”
mencionadas em I Co.12:6, que o pastor Luiz Henrique de Almeida Silva, pioneiro das videoaulas de EBD na
internet, bem denomina de “dons do Pai”.

- O primeiro destes dons é a “profecia”, entendida aqui, como já se disse supra, como sendo o “ministério da
Palavra”, a pregação do Evangelho. Ora, esta foi a primeira das atividades exercidas por Paulo, ainda em
Damasco, nas sinagogas (At.9:20), o que prosseguiu a fazer em Jerusalém (At.9:29) e, posteriormente, em
todas as suas viagens missionárias, sempre iniciando sua atividade com pregações em sinagogas e, depois, aos
gentios.

- O segundo dom de serviço mencionado por Paulo é o “dom de ministério”, que é o de auxiliar alguém, de
estar na assessoria de alguém. Ora, Paulo foi chamado para auxiliar Barnabé em Antioquia (At.11:25,26),

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tendo, também, quando chamado pelo Espírito Santo para iniciar a abertura de igrejas, sido chamado para ser
auxiliar de Barnabé, tanto que o Espírito Santo fala, primeiro, em o nome de Barnabé (At.13:2), sendo certo
que era Barnabé quem tinha proeminência durante a primeira viagem missionária (At.13:7). Paulo precisava
aprender com Barnabé, que era um cristão mais experiente e que tinha a visão da graça de Deus, da
transposição das barreiras culturais na pregação do Evangelho (cfr. At.11:19-24).

- O terceiro dom mencionado pelo apóstolo em Rm.12 é o dom de ensino, que foi exercido por Paulo já em
Antioquia, ao discipular os crentes da primeira igreja gentílica (At.11:25,26), sendo certo que tal dom já se
manifestara, certamente, em meio às pregações que fazia nas sinagogas desde a conversão em Damasco (cfr.
At.9:22).

- O quarto dom é o dom de exortação, que é o incentivo, o ânimo e o estímulo que se dá aos irmãos de uma
forma toda especial, algo que sempre será visto durante o ministério do apóstolo (At.14:21; a epístola aos
filipenses e, se entendida ser de Paulo a sua autoria, a epístola aos hebreus).

- O quinto dom ali mencionado é o dom de repartição, que é o de repartir os bens com aqueles que precisam,
outra característica do apóstolo, como no seu empenho pela coleta aos crentes pobres da Judeia (Rm.15:26;
I Co.16:1; Gl.2:10), tendo ele mesmo resgatado uma fala de Cristo que nem nos Evangelhos constou, a de que
é melhor coisa dar que receber (At.20:35).

- O sexto dom constante da lista de Rm.12 é o dom da presidência e este foi exercido pelo apóstolo em
Corinto e em Éfeso, não apenas enquanto esteve no pastorado nestas duas cidades, mas depois, como nos dão
conta passagens bíblicas como At.20:17-31, a segunda epístola aos coríntios ou as epístolas a Timóteo, onde
vemos todo o cuidado que Paulo continuava a ter com aquelas duas igrejas, orientando os que estavam ali à
frente do povo de Deus.

- O sétimo dom é o dom da misericórdia e aqui vemos como o apóstolo sempre exercitou misericórdia, tendo
sempre a iniciativa de minorar os males daqueles que padeciam enfermidades, como o varão leso dos pés de
Listra (At.14:8), daqueles que se desesperavam, como o carcereiro em Filipos (At.16:28), com a já
aludida situação dos pobres em Jerusalém.

- Notamos, portanto, que Paulo era um membro extremamente ativo na Igreja, exercendo diversas tarefas,
sempre buscando a glorificação do nome do Senhor Jesus.

IV – LIÇÕES QUE PAULO DÁ SOBRE O SIGNIFICADO DO APOSTOLADO

- Tendo visto que Paulo possuía todos os dons ministeriais e os dons de serviços práticos, cumpre-nos, para
finalizarmos esta lição, vermos como Paulo entendia o significado do apostolado, o que verificamos na
segunda epístola aos coríntios, que é uma carta em que o apóstolo vai defender o seu apostolado, que era posto
em dúvida por judaizantes que tinham ido perturbar a igreja em Corinto.

- Esta defesa do seu apostolado encontra especial realce no capítulo 10 da segunda carta aos coríntios e
ali vamos verificar qual o significado do apostolado para Paulo e, portanto, como devemos nos portar diante
do chamado que recebemos da parte de Deus, pois, tendo todos os dons, ao destacar aquele que é proeminente
(o apostolado – cfr. I Co.12:28), Paulo nos ensina qual deve ser a nossa reação e o nosso entendimento diante
dos dons que recebemos da parte do Senhor para servirmos à Igreja, para integrarmos o corpo de Cristo.

- Por primeiro, vemos que Paulo, ao tratar deste assunto, não o faz com soberba ou arrogância, mas, bem ao
contrário, faz um pedido aos crentes de Corinto, pela mansidão e benignidade de Cristo, lembrando que,
quando na companhia daqueles crentes, apresentava-se com humildade, embora fosse ousado na ausência (i.e.,
nas suas epístolas) (II Co.10:1), que, quando estivesse presente, não se visse obrigado a usar com confiança
da ousadia que esperava ter com alguns, que o julgavam como se andasse na carne (II Co.10:2,3).

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4º Trim. de 2021: O APÓSTOLO PAULO: lições da vida e o ministério do apóstolo dos gentios
para a Igreja de Cristo
- É oportuno aqui observar que, foi a partir do instante em que é a partir do início da sua primeira viagem
missionária, ou seja, quando começa a exercer o ministério de apóstolo, que as Escrituras vão passar a
denominar o apóstolo de “Paulo” (At.13:9). Ao contrário do que muitos dão a entender, não se tratou de uma
mudança de nome por ordem divina, como ocorreu com Abrão, que teve seu nome mudado para Abraão
(Gn.17:5) ou Jacó, que teve seu nome mudado para Israel (Gn.32:28). Tudo indica que Paulo era assim
apelidado, por ser pessoa de baixa estatura (“Paulus” significa “pequeno” em latim) e assumiu de vez este
apelido, ao se dar conta de que, no exercício dos dons que lhe eram concedidos, deveria, sobretudo, comportar-
se como “pequeno”, como servo, alguém que deveria sempre estar à disposição do Senhor Jesus.

- O gesto de Paulo, em fazer, por carta, um pedido, admitindo que a humildade da sua presença pessoal não
se fizesse sentir na ousadia de suas epístolas, traz-nos um grande ensino. Paulo retrocede, admitindo que
tivesse sido um tanto quanto veemente em seus escritos, o que causava uma impressão falsa, a de que fosse
soberbo ou arrogante quando escrevia (talvez, quem sabe isto não se tenha feito sentir na “carta severa”,
mencionada em II Co.2:1, mais até do que nas demais…).

- O homem de Deus deve se lembrar, antes de mais nada, que é homem e, portanto, sujeito a falhas e
imperfeições, de modo que deve, sim, quando for apanhado em alguma falha, retroceder, admitir seus erros,
ainda que bem intencionados. Paulo redigiu a “carta severa” envolvido pela tristeza decorrente da “visita
dolorosa” e pode muito bem ter se excedido na sua redação e, assim, ter causado uma impressão de soberba e
de arrogância que só fez fortificar a oposição à sua pessoa na igreja de Corinto.

- Agora, inspirado pelo Espírito Santo, o apóstolo faz um pedido àqueles crentes, que, pela mansidão e
benignidade de Cristo, não agissem de modo a que o apóstolo fosse obrigado, uma vez mais, a fazer uso da
sua autoridade apostólica, como saberia que haveria de usar com relação aos seus opositores, aqueles que
negavam que o apóstolo era dirigido pelo Espírito Santo e que cuidavam que Paulo andasse segundo a carne.

- Neste seu pedido, Paulo traz-nos importantes lições a respeito do significado de seu apostolado e, por
extensão, do ministério cristão exercido na atualidade. Por primeiro, o exercício do ministério não é o exercício
da perfeição. O ministro não deixa de ser homem, mesmo quando está a exercitar o ministério dado por Deus,
não é infalível. Esta passagem, aliás, é uma prova bíblica do equívoco da doutrina romana da infalibilidade
papal, que, a propósito, somente foi acolhida pela Igreja Romana no Concílio Vaticano I, em 1870.

- Muitos, na atualidade, em especial os que se intitulam “apóstolos”, arrogam para si, como o Papa, a
“infalibilidade em matéria de fé”. Chegaram mesmo a criar a “teoria da cobertura apostólica”, segundo a qual
deve haver “reverência e submissão de uma multidão de discípulos ao implantador de igrejas”, o que é um
rotundo absurdo! Não há qualquer mediador entre Deus e os homens, a não ser Jesus Cristo homem (I Tm.2:5).
O próprio Jesus disse que a ninguém poderíamos chamar Mestre ou “pai” (Mt.23:7-10).

- A relação de “paternidade espiritual” (I Co.4:15) que é mencionada como sendo a característica da “cobertura
apostólica” nada tem que ver com submissão e reverência de crentes a um homem, a uma pessoa. Esta relação
é bem diversa, é a relação de afeição e serviço que o pai deve ter em relação a seu filho, como o próprio Paulo
explica em II Co.12:14, uma relação de serviço, de trabalho em favor dos filhos e não o contrário, como tem
sido alardeado pelos “apóstolos do século XXI” (Mt.23:11), o “hiperetes” (I Co.4:1), aquele que está no fundo
do barco, fazendo-o andar mas na posição inferior, remando conforme o ritmo determinado pelo Senhor Jesus.

- Tanto assim é que Paulo, ao escrever esta carta, fá-lo na companhia de Timóteo (II Co.1:1), que é chamado
pelo apóstolo, mais de uma vez, de “seu filho na fé” (I Tm.1:2; I Co.4:17), mas que, nem por isso, deixou de
ser reconhecido como “irmão” (II Co.1:1; I Ts.3:2), a comprovar que não havia nenhuma “submissão
espiritual” entre ambos. Submeter-se espiritualmente a um líder (como ensina, também, o gedozismo que,
neste particular, é indevidamente copiado por certos movimentos de igrejas em células) não tem qualquer
respaldo bíblico. Há, sim, governo na igreja e devemos obedecer aos pastores e aos líderes, mas esta
obediência não envolve, em absoluto, o nosso relacionamento com Deus, é uma obediência no Senhor, não
uma mediação espiritual. Tomemos cuidado com isso!

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4º Trim. de 2021: O APÓSTOLO PAULO: lições da vida e o ministério do apóstolo dos gentios
para a Igreja de Cristo

- Pulo mostrou que não era infalível e, portanto, pediu aos crentes de Corinto que desconsiderassem qualquer
impressão de arrogância ou soberba na redação de sua “carta severa” mas que, pela mansidão e benignidade
de Cristo, lembrassem que, mesmo na “visita dolorosa”, o apóstolo havia se conduzido com humildade e que
esta era a sua característica real, esta era a sua verdadeira posição.

- Temos, então, a segunda lição que nos dá Paulo: o líder, no meio do povo de Deus, deve ser humilde. A
humildade é um requisito indispensável para o exercício da liderança cristã. Hoje em dia, os “apóstolos do
século XXI” caracterizam-se exatamente pelo contrário, ou seja, pela sua arrogância e soberba. Há, na verdade,
uma confusão entre “poder de Deus”, “unção” com arrogância e soberba. Os pregadores, notadamente os
midiáticos, gostam de se mostrar “ousados”, “atrevidos”, “arrogantes”, “soberbos”. Quando verificarmos a
presença destes predicados em alguém, fujamos dele, pois Paulo nos ensina que a característica do verdadeiro
homem de Deus é a humildade, pois quem é de Deus aprende com Jesus, que é “manso e humilde de coração”
(Mt.11:29).

- A terceira lição que nos dá o apóstolo Paulo é que, assim como deveria ser lembrada a humildade com que
agia quando presente na igreja em Corinto, os crentes deveriam, também, agir conforme a mansidão e
benignidade de Cristo. Não só os líderes devem ser humildes, mas os liderados também devem agir com a
mansidão e benignidade de Cristo.

- O aprendizado de Cristo envolve tanto a mansidão quanto a humildade de coração (Mt.11:29). Se os líderes
devem primar pela humildade, os liderados devem ser mansos. Isto não significa que líderes não devam ser
mansos (lembremo-nos de Moisés, que, para liderar Israel, teve de se tornar o mais manso varão sobre a terra
– Nm.12:3) ou que os liderados não devam ser humildes, mas, em virtude da função de cada um, o líder deve
apresentar, primeiramente, a humildade, depois a mansidão, enquanto que os liderados, primeiramente a
mansidão, depois a humildade.

- Os crentes de Corinto deviam, diz o apóstolo, exercitar a mansidão. “Manso” é aquele que se acostuma ao
poder de um dono, aquele que se domestica, ou seja, aquele que passa a seguir as regras da casa de alguém,
aquele que se submete ao poder de alguém. Neste sentido, aliás, é que falamos em animais amansados ou
mansos, isto é, animais que aprenderam a obedecer ao homem, ao contrário dos animais selvagens, que são
animais que não se submetem a ordens nem a vontades dos homens.

- A mansidão é o resultado da aceitação do senhorio de alguém, é a submissão à autoridade de alguém,


tanto que a palavra usada para “manso” no Antigo Testamento é “ ’anav” (‫)ענו‬, que significa “estar inclinado”
e que aparece por cerca de vinte vezes no texto sagrado (v.g., Nm.12:3; Sl.22:26; 25:9; 37:11; 76:9; 147:6-
“humildes” na ARC; Is.11:4-“pobres” na ARC; 29:19; 61:1; Am.2:7-“pobres” na ARC; Sf.2:3a). Esta palavra
designa alguém que está sob autoridade, que admitiu a supremacia de alguém sobre si. Neste sentido, aliás,
surgiu o costume ainda hoje observado em alguns países de se inclinar perante uma autoridade, em sinal de
respeito e de submissão (como se vê em II Rs.5:18,19).

- O apóstolo pede que os crentes de Corinto exercitem “a mansidão de Cristo”, ou seja, aprendam com Jesus
a obedecer a Deus e a seguir a orientação e direção do Espírito Santo, que glorifica o Filho (Jo.16:14). O
apóstolo, assim, mostra a sua confiança em Deus, pois sabia que se os crentes coríntios seguissem a orientação
do Espírito de Deus, saberiam quem era aquele que fazia a vontade de Deus, discernindo que os judaizantes
não eram os verdadeiros discípulos do Senhor.

- O verdadeiro e genuíno homem de Deus não fica atemorizado com a oposição, mas a suporta, a exemplo
de Cristo Jesus (Hb.12:3), pedindo apenas aos crentes que sigam a orientação e parecer do Espírito Santo, pois
sabe que o Senhor não muda e confirmará aquele que está a fazer a Sua vontade, mais cedo ou mais tarde. Os
crentes devem agir como a igreja de Éfeso, em procedimento que mereceu o louvor do próprio Senhor Jesus,
pondo à prova os que dizem ser apóstolos (Ap.2:2).

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4º Trim. de 2021: O APÓSTOLO PAULO: lições da vida e o ministério do apóstolo dos gentios
para a Igreja de Cristo
- Um dos grandes problemas nas igrejas locais, hoje em dia, é que não estão a consultar a Deus a respeito dos
problemas e dificuldades que surgem no dia-a-dia. Ao invés de imitarem a igreja primitiva que, diante da
discussão a respeito da observância, ou não, da lei de Moisés, pediram a orientação e o parecer do Espírito
Santo em primeiro lugar (At.15:28), preferem ingressar em intermináveis discussões e contendas, bem como
se munir de argumentos e até de decisões de autoridades seculares, sem que disto resulte qualquer solução.
Aprendamos com o apóstolo Paulo: ajamos com a mansidão de Cristo.

- Mas, além da mansidão, o apóstolo pede aos crentes de Corinto que exerçam a benignidade de Cristo.
Benignidade é a qualidade da boa-fé, da ausência de más intenções, de malícia e de maldade no coração
ou no pensamento de alguém. Uma pessoa benigna é uma pessoa pura de propósitos e de objetivos. Jesus
disse que não veio para condenar, mas para salvar o mundo (Jo.3:17). Nós, como filhos de Deus, coerdeiros
de Cristo (Rm.8:17), também não estamos no mundo para o condenarmos, mas para contribuir para a sua
salvação, daí porque termos o dever de pregar o Evangelho (Mc.16:15), que é a salvação de todo aquele que
crê (Rm.1:16). Quais têm sido os nossos pensamentos e intenções?

- Se temos a benignidade de Cristo, não acatamos toda e qualquer crítica ou acusação de pronto. Pelo contrário,
primeiro avaliamos os fatos e as circunstâncias para podermos discernir se a notícia trazida é, ou não,
verdadeira. Nos dias em que vivemos, em que há uma abundância de informações, que não conseguimos
sequer “digerir”, é extremamente necessário não acreditarmos na informação que nos é trazida de pronto, pois
vivemos num mundo onde os “homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo
enganados” (II Tm.3:13).

- Muitos se iludem com a afirmação de que vivemos na “era da informação” e que temos “livre acesso” às
informações. Temos acesso às “informações convenientes”. Toda e qualquer notícia não é desinteressada nem
escapa ao controle daqueles que dominam a mídia. Não pensemos nós que só na China, Rússia ou no Irã as
informações são “filtradas”, mas, em todo o lugar, já vislumbramos o cenário do absoluto controle das
informações que caracterizará o governo do Anticristo. Por isso, temos de ter o devido discernimento espiritual
para bem entendermos aquilo que nos é apresentado como sendo “a verdade”.

- Por isso, precisamos ser benignos, querendo bem às pessoas, jamais delas suspeitando mal. Esta é uma das
características do amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, se é que,
realmente, somos filhos de Deus (I Co.13:5).

- Paulo pedia aos coríntios que não cressem em tudo que estão a dizer a seu respeito, mas que, antes de mais
nada, fossem eles benignos, querendo bem ao apóstolo e bem apreciando, à luz da direção e orientação do
Espírito Santo e dos fatos, se o que estavam a acusar o apóstolo era, ou não, real. Como procedemos diante
dos inúmeros escândalos e acusações que são divulgados em nosso meio?

- A quarta lição que o apóstolo nos ensina é que o fato de estar a sofrer oposição não alterava em coisa
alguma o seu papel como homem de Deus. Paulo sabia que, ao chegar a Corinto, deveria enfrentar os seus
opositores, que não mudariam a sua posição apesar daquela carta. Paulo não escrevera para os seus
adversários, que não tinham o Espírito Santo nem agiam em prol do reino de Deus, mas, sim, para os santos,
para os verdadeiros crentes que estavam sendo enganados por aquele discurso.

- Assim, admitia, desde já, que, quando chegasse a Corinto, haveria de usar com confiança da ousadia contra
aqueles que o julgavam que ele andava segundo a carne, ou seja, com os que mentiam, duvidando da
autoridade apostólica de Paulo. O homem de Deus não pode ser covarde e tem de combater o pecado. Embora
Jesus suportasse a oposição contra Si mesmo (Hb.12:3), não deixou de combater o pecado, resistindo até o
sangue (Hb.12:4; I Jo.3:8).

- A vida cristã é um combate contra o mal (Ef.6:11-13; I Tm.4:7) e, desta maneira, não temos como fazer
qualquer “acordo” ou estabelecer qualquer “trégua” contra o mal. Vivemos numa verdadeira “guerra santa”,

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para a Igreja de Cristo
guerra esta, porém, que não é travada com o uso do mal, mas, sim, com o uso do bem contra o mal
(Rm.12:20,21).

- Paulo não tinha receio de, ainda nesta carta, antes da sua terceira visita, dizer que, ao chegar a Corinto, faria
como da segunda vez, tomando as devidas providências que se fizessem necessárias para retirar o pecado do
meio do povo de Deus. Paulo era humilde, manso e benigno, mas não tolerava nem compactuava com o
pecado. O líder de Deus usa a sua autoridade com o fim de combater o pecado e não combater o pecado é
perder a autoridade divina. Entre ser “simpático”, “popular” e “carismático” e “santo”, o apóstolo compreendia
que o homem de Deus tem de ser “santo” e, para tanto, além de não pecar, tem de combater o pecado.

- Nos dias hodiernos, os “apóstolos do século XXI” são bem diferentes. Preferem o prestígio, a popularidade,
a simpatia, a fama e, para tanto, pecam e deixam o povo pecar. São os “falsos mestres” mencionados nas
Escrituras, que querem estar presentes nos banquetes, querem que os crentes se banqueteiem, andando
segundo a carne, em concupiscências de imundícia, têm prazer nos deleites cotidianos e em seus enganos, não
cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza (II Pe.2:10,12-
14). São extremamente severos com que não lhe são submissos, mas demasiadamente tolerantes com os que
pecam. Fujamos dessa gente!

- Paulo dizia-se em combate contra o pecado, tanto que diz que “não militava segundo a carne” (II Co.10:3).
Estava em combate e, por isso, andava armado, mas não com “as armas carnais, mas com armas
poderosas em Deus para destruir as fortalezas, armas que destruíam os conselhos e a altivez que se
levanta contra o conhecimento de Deus e que levam cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”
(II Co.10:4,5).

- Estas armas não são discriminadas pelo apóstolo nesta carta, mas, ao escrever aos efésios, anos depois, o
apóstolo bem diz do que se constituía a “armadura de Deus”: o cinturão da verdade, a couraça da justiça, os
calçados da preparação do evangelho da paz, o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito.
Além destas armas, Paulo tinha, ainda, de se manter em forma com o exercício da oração em todo o tempo e
com toda a oração e súplica no Espírito e da vigilância com toda a perseverança e súplica por todos os santos
(Ef.6:13-18).

- Estas armas eram poderosas em Deus para destruir as fortalezas. Paulo mostra bem que a batalha espiritual
cotidiana de cada crente é contra o diabo e suas hostes espirituais. As fortalezas aqui são espíritos malignos
que estão a construir estruturas e sistemas contrários a Deus neste mundo que a Bíblia diz que está no maligno
(I Jo.5:19). Não são “espíritos territoriais”, como defendem os falsos ensinos da “teologia da batalha
espiritual”, mas é inegável que há uma ação satânica e demoníaca mais intensa em certos lugares e áreas da
vida humana, que são como que “fortalezas” do inimigo nesta guerra travada entre a Igreja e as “portas do
inferno”.

- Em nossos dias, muitos têm ido para dois extremos perigosos. O primeiro é o da “demonização”, ou seja,
em tudo se vê a ação satânica e demoníaca, em tudo se entende haver “fortalezas” ou “ação de espíritos
malignos”. Sabemos que a atuação demoníaca e satânica está a aumentar, até porque se aproxima o
arrebatamento da Igreja e, nestes dias, o Senhor Jesus disse que haveria a “multiplicação da iniquidade”
(Mt.24:12). No entanto, nem tudo é obra do demônio e não podemos cair num falso “dualismo”, doutrina que
é desconhecida das Escrituras.

- O segundo extremo é o da descrença na atuação do diabo. Já há muitos que cristãos se dizem ser que até não
creem na existência do inimigo como um ser pessoal. Outros, embora creiam no diabo, acham que ele não
opera mais ou não pode agir contra os crentes. Estes também estão enganados. A atuação satânica e demoníaca
é uma realidade e sua presença no meio do povo de Deus é evidente. A propósito, como bem disse um
conhecido pregador midiático de nosso país, se há um lugar preferido para o diabo atuar é nas igrejas, pois é
ali que ele ganhará almas para si, não em outros ambientes, que já pertencem a ele e lhe são submissos. Tal
afirmação, aliás, tem respaldo bíblico, pois o próprio apóstolo Paulo adiantou que, nos últimos dias, muitos

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para a Igreja de Cristo
apostatarão da fé porque dariam ouvido a espíritos enganadores (I Tm.4:1). Ora, irmãos, onde estão estes
“espíritos enganadores”: nas igrejas, pois só ali há fiéis que podem apostatar!

- Paulo bem sabia da existência destas forças espirituais contrárias à pregação e desfrute do Evangelho que
dizia que um dos objetivos das armas poderosas em Deus era a “destruição das fortalezas”. Mas, alguém pode
perguntar: por que, hoje em dia, não se manifestam tantos demônios quanto antigamente em nossas igrejas
locais? Por que o diabo deixou de agir? Não, amados irmãos, simplesmente porque não temos mais as armas
poderosas em Deus para destruir as fortalezas.

- As armas poderosas em Deus também destroem os conselhos, palavra que é traduzida na Nova Versão
Internacional por “argumentos”, o que mais se aproxima do original grego “logísmos” (λογισμός). Somente
as armas espirituais podem destruir os argumentos humanos, os raciocínios baseados na lógica humana e que
têm seduzido a muitos crentes na atualidade. Não podemos nos esquecer que o inimigo nos engana com base
nestes raciocínios humanos, pois ele conhece as coisas que dizem respeito aos homens (Mt.16:23).

- Muitos que cristãos se dizem ser já não mais creem nas Escrituras, já alteraram suas crenças porque a ciência
e a lógica humanas têm apresentado “argumentos irrefutáveis” que apontam “erros” e “contradições” da
Bíblia. Tomemos cuidado com estes ensinos que somente fazem as pessoas se desviar da verdade, do
Evangelho genuíno e autêntico. Quem tem armas poderosas em Deus destrói tais argumentos, estes falsos
conselhos e consegue permanecer fiel ao Senhor.
OBS: Já se inicia um movimento entre os evangélicos em nosso país em que se procura atacar o “fundamentalismo”, cuidando que a apatia da
participação sócio-política da Igreja em nosso país é resultado desta posição de fidelidade ao conteúdo das Escrituras. Nada mais falso e enganador!
Tomemos cuidado com tais pensamentos.

- As armas poderosas em Deus também são aptas para destruir toda a altivez que se levanta contra o
conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo. Uma das características
do uso das armas espirituais é o de nos levar à submissão a Cristo, de nos levar à humilhação debaixo da
potente mão de Deus (I Pe.5:6).

- Quando o homem de Deus se utiliza das armas espirituais, ele se torna cada vez mais dependente de Deus,
cada vez mais obediente à Sua Palavra, que é, afinal de contas, a principal testemunha de Cristo entre nós
(Jo.5:39). Quando observarmos que grandes líderes passam a questionar as Escrituras, passam a defender uma
“contextualização” do texto sagrado, uma “modernização” ou trazem “novas visões”, “novas revelações”,
saibamos que são homens que não estão a usar das armas poderosas em Deus, homens que se têm deixado
levar pela altivez, pelo orgulho, que não mais militam a boa milícia da fé. Vigiemos!

- O genuíno líder chamado por Deus e que continua a fazer a vontade de Deus não quer que as pessoas
fiquem em volta de si, mas, sim, que estejam debaixo de Cristo, que obedeçam a Cristo, que Lhe sejam
submissos. São homens que, a exemplo de Paulo, ensinam o povo inclusive a abandoná-lo se passar a falar o
que não está de acordo com as Escrituras (Gl.1:8,9).

- Nos dias em que vivemos, poucos são os líderes que querem diminuir para que Cristo cresça. Muitos estão
tão dominados pela vaidade e pela altivez que não admitem sequer que o nome do Senhor seja mencionado,
que dirá glorificado em seus movimentos, denominações e igrejas. Há um crescente “culto da personalidade”
no meio dito evangélico, algo extremamente perigoso e que é exatamente o contrário do que fazia o apóstolo
Paulo.

- Os “apóstolos do século XXI” são altivos e não querem levar as pessoas a serem cativas de Cristo, mas, sim,
a serem presa sua, a serem submissas à sua pessoa. Não troquemos a liberdade que temos em Cristo pela
sujeição a estes homens, que, com este comportamento, demonstram ser falsos apóstolos. Recordemos o que
nos diz o próprio Paulo: “porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma
maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo. Fostes comprados por bom preço, não vos
façais servos dos homens” (I Co.7:22,23).

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para a Igreja de Cristo

- Temos de levar nosso entendimento à obediência de Cristo. Não podemos querer mais do que convém saber
(Rm.12:3), tendo conhecimento tão somente daquilo que nos foi revelado nas Escrituras (Dt.29:29). Temos
de nos ater ao que foi revelado e não admitir que líderes ou “sabichões” nos levem a algo que não se encontre
na Bíblia Sagrada. Não creiamos a todo espírito, mas provemos se os espíritos são de Deus (I Jo.4:1).

- O apóstolo, ainda que combatesse o pecado, não estava interessado em discussões, debates, pelejas ou
porfias. Muito pelo contrário, sabia que a vitória sobre o pecado se daria quando os santos cumprissem a
obediência. A vingança contra a desobediência não se dá através de atitudes hostis, mas, sim, por intermédio
da nossa obediência a Cristo. O nosso testemunho é a maior arma contra as ciladas astutas do diabo (II
Co.10:6).

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev. Caramuru Afonso Francisco

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