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Excelentíssimo Senhor juiz do Trabalho da 83ª Vara do Trabalho de Tribobó do

Oeste.

Processo no. 1200‐34‐2011‐5‐07‐0083.


Reclamante:Jurandir Macedo
Reclamado:Aeroportos Públicos Brasileiros

Jurandir Macedo, já qualificado nos autos da Reclamação trabalhista supracitada,


inconformada com a respeitável sentença de folhas xx, vem perante vossa excelência, por
seu procurador lega com fulcro no 895, I da CLT, propor

Recurso Ordinário,

Consubstanciado nos motivos fáticos e de direito que a seguir passa a apresentar nas
razões de recurso anexas à presente, uma vez que a r. decisão não foi efetivamente
prolatada com observância nos quesitos legais. Vem informar ainda o recolhimento de
custas e depósito recursal conforme anexo.

Requer e protesta ainda pelo recebimento, processamento e remessa ao Egrégio Tribunal


Regional do Trabalho para apreciação das razões anexas.

Pede e espera deferimento.

Tribobó do Oeste, 23 de outubro de 2019

Advogado/OAB
Egrégio Tribunal Regional da 4° Região!
Resumo dos fatos
Foi proferida a sentença em 1° grau da seguinte forma:
Não há prescrição, pois o curso desta foi interrompido.
A segunda ré foi tomadora dos serviços, logo é parte legítima.
Procede o pedido de conversão da dispensa por justa causa em dispensa
imotivada. A justa causa é o maior dos castigos ao empregado. Logo, tendo havido
desconto dos dias de falta, não há desídia, porque haveria dupla punição. Logo,
procedem os pedidos de aviso prévio, férias vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS
+ 40%, seguro-desemprego e anotação de dispensa na CTPS com multa diária de
R$ 500,00 pelo descumprimento, além das incidências das multas dos artigos 467
e 477 da CLT pelo não pagamento das verbas.
Procede o pedido de indenização por danos morais, que fixo em R$ 5.000,00, pois
é claro que se o autor carregava malas, sua hérnia de disco decorre da função,
sendo também reconhecida a estabilidade pelo acidente de trabalho (doença
profissional), que ora se convola em indenização pela projeção do contrato de
trabalho, o que equivale a R$ 10.000,00.
Improcede a devolução  de descontos do vale-alimentação, pois a ré provou a
concessão do vale por substituição em dinheiro e autorizado em norma coletiva.
Logo, também não há a integração desejada.
Procede o pedido de horas extras e reflexos, pois o autor extrapolava a jornada
constitucional de 8 horas por dia.
Procede o adicional de periculosidade por analogia à Súmula 39 do TST.
Procede a condenação da segunda ré, pois havendo terceirização, esta responde
subsidiariamente.
Improcedentes os demais pedidos.
Custas de R$ 600,00, pelas rés, sobre o valor da condenação estimado em R$
30.000,00. Recolhimentos previdenciários e fiscais, conforme a lei, assim como
juros e correção monetária.

PRESCRIÇÃO TOTAL
Cabe nesse momento requer a prescrição bienal constitucional que já havia fluido
a partir da 1° interrupção conforme artigo 202 do CCB.
Segundo Sérgio Pinto Martins, a prescrição bienal refere-se ao prazo em que o
empregado pode ingressar com a reclamação trabalhista após a rescisão do
contrato de trabalho. Assim, o empregado terá dois anos (bienal) para ingressar
com ação, a contar da cessação do contrato de trabalho.

PRESCRIÇÃO PARCIAL
Vale arguir a limitação de eventual condenação de 5 anos anteriores ao
ajuizamento da ação, com base no artigo 7º, XXIX da CRFB/88 OU art. 11 da CLT
OU Súmula 308, I. Uma vez que o autor só ingressou com ação em 2015.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA OU NO MÉRITO, ARGUIÇÃO DE
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE
Quanto a legitimidade vale apontar que a recorrente é parte ilegítima, pois em
razão da sua natureza jurídica, contratando através de licitação, não tem
responsabilidade legal, conforme previsão legal na lei n. 8.666/93, art. 71 § 1º, ou
ainda é válido dizer que é inaceitável a responsabilidade subsidiária porque houve
fiscalização do contrato com fulcro na Súmula 331, V TST ou da Lei n. 8.666/93,
art. 71 § 1º
JUSTA CAUSA
Cumpre fazer um respaldo quanto ao fato do autor ter recebido diversas punições
anteriores, conforme fatos e documentos inimpugnados, mas não alterou seu
comportamento OU a justa causa deve ser mantida porque o desconto pelas faltas
não é considerado punição (não há bis in idem) e o empregado manteve o
comportamento reprovável.
ESTABILIDADE PROVISÓRIA (DOENÇA PROFISSIONAL) / DANO MORAL
Cumpre dizer que não restou comprovado o nexo causal entre a doença e o
trabalho, não há doença profissional, garantia no emprego nem direito à
indenização.
É ônus da prova do autor, conforme art. 818 da CLT , 333, I do CPC e Súmula 378,
II do TST.
PERICULOSIDADE
Quanto a periculosidade imprescindível a realização de perícia e conforme artigo
195 § 2º da CLT OU descabida a analogia com atividade diversa para deferimento
da verba.
HORAS EXTRAS
Nesse caso as horas extras são indevidas ,porque a escala (compensação) é
prevista em norma coletiva, conforme previsão na CF/88, art. 7º, XIII e súmula 85,
I do TST OU OJ 323 do TST OU PA SIT MTE 81.
REQUERIMENTOS FINAIS
PEDE que o recurso seja conhecido (admitido) e provido para julgar improcedente
o pedido da inicial.

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