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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DA

COMARCA DE CURITIBA - PR.

Banco Rural S/A, inscrito no CNJP sob o nº ..., com sede na ..., nº...,
Curitiba - PR, com endereço eletrônico ..., vem à presença de Vossa Excelência, por
meio de seu advogado (a) devidamente constituído interpor
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
em face de Sul Transportes LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº ..., com
sede na ..., nº..., Curitiba – PR, com endereço eletrônico ..., Chitãozinho,
(qualificação); Xororó (qualificação), nos termos do art. 771 e seguintes do CPC.

I. DOS FATOS:
O Banco Rural S/A celebrou contrato de abertura de crédito com a
empresa Sul Transportes LTDA emitindo uma cédula de crédito bancário, em 01 de
julho de 2018, com vencimento em 01 de julho de 2021. Ocorre que Chitãozinho e
Xororó figuraram na cédula como avalistas simultâneos do emitente.
Sabe-se que a cédula de crédito bancário em comento contém
cláusula de eleição de foro, na qual restou pactuado que a comarca de Curitiba/PR
seria o foro competente para resolução de eventuais litígios entre as partes.
Trinta dias após o vencimento do título, sem que tal obrigação tenha
sido adimplida, nem proposta moratória ou renegociação por parte do emitente, o
Banco Rural S/A tomou conhecimento, por meio de anúncio publicado em jornal de
grande circulação, de que Sul Transportes Ltda. colocara à venda o único bem de sua
propriedade: uma carreta, avaliada em R$300.000,00 (trezentos mil reais).
Considerando o não pagamento do título e a natureza do título em
que se acha consubstanciado o crédito, o credor deseja promover a cobrança judicial
dos responsáveis pelo pagamento, bem como requerer medida no intuito de acautelar
seu crédito, tendo em vista a iminência da venda do único bem de propriedade do
devedor, considerando que o valor atualizado da dívida é de R$ 280.000,00 (duzentos
e oitenta mil reais), com os juros capitalizados, despesas e encargos

II. DA LEGITIMIDADE:
Verifica-se Excelência que o Banco Rural S/A, na condição de credor
e portador do título executivo, pode promover a execução forcada conforme o art. 778
do CPC.

III. DA TEMPESTIVIDADE:
Em observação ao vencimento da célula de crédito bancário em 01
de julho de 2021, não se verificou ainda o decurso do prazo prescricional da pretensão
à execução, que é de 3 (três) anos da data do vencimento, com base no Art. 44 da Lei
nº 10.931/04.
Art. 44. Aplica-se às Cédulas de Crédito Bancário, no que não contrariar o
disposto nesta Lei, a legislação cambial, dispensado o protesto para garantir
o direito de cobrança contra endossantes, seus avalistas e terceiros
garantidores.

IV. DOS FUNDAMENTOS:


A cédula de crédito bancário é um título executivo extrajudicial, com
fundamento no Art. 784, inciso XII.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir
força executiva.

Verifica-se que há existência da legitimidade ativa do autor, uma vez


que o devedor não satisfez a obrigação certa, líquida e exigível, com fundamento no
Art. 783 do CPC.
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título
de obrigação certa, líquida e exigível.

Há também uma legitimidade passiva dos avalistas simultâneos, em


razão da solidariedade legal entre eles e o avalizado, sendo corresponsáveis perante
o autor, conforme o art. 44 da Lei nº 10.931/04, já citado acima.
Urge salientar que existe uma grande possibilidade de dano
irreparável ao direito subjetivo patrimonial do autor, tendo em vista que o réu colocou
à venda seu único bem, caso se consume a venda do bem avaliado em R$ 300.000,00
(Trezentos mil reais). Neste sentido o autor poderá não ter o seu crédito satisfeito se
o único bem de propriedade do réu for alienado.
Além disso, o fumus boni iuris será demonstrado a partir da força
executiva do título e do inadimplemento. Assim, a medida urgente será no sentido de
que o executado, proprietário do móvel, se abstenha de aliená-lo.

V. PEDIDOS:
Diante do exposto requer:
a) a concessão de medida urgente para que o executado Sul
Transportes LTDA S/A, proprietário do imóvel, se abstenha de aliená-lo, com
fundamentação no Artigo 799, inciso VIII do CPC;
b) requer ainda a citação do réu para que pague a quantia
exequenda atualizada, e dos avalistas, no prazo de lei, sob pena de o oficial de justiça
proceder à penhora de bens e à sua avaliação;
c) a condenação dos réus ao pagamento dos ônus sucumbenciais.

VI. DAS PROVAS:


Pretende provar o alegado por todos os meios de provas em especial
com a Cédula de Crédito Bancário, o demonstrativo do débito atualizado até a data
da propositura da ação, e o anúncio de alienação do único bem do emitente da CCB
publicado em jornal de grande circulação.
Nestes termos, pede deferimento.
Curitiba – PR / DATA
Advogado/ OAB-PR.

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