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Essa onda laxista de pensamentos, cada vez mais divulgado por alienados engravatados
de plantão, que sob vestes jurídicas e discursos verborrágicos para encantar românticos de
um mundo fictício (ah, o legislador.. o espírito da lei... a melhor exegese da Constituição..),
está tomando dimensões imensuráveis, com enorme e inaceitável estrago à vida em
sociedade.
Sob pretexto de se estar a lutar pela garantia da máxima eficiência de preceitos tidos como
fundamentais e previstos na Constituição Federal, uma cáfila de auto intitulados juristas
ou operadores de direito (que termo...), com lupa iluminista e antropocentrista, despreza a
vida em sociedade, a harmonia das relações humanas, o bem comum, enfim, olvida toda a
coletividade e valores éticos e morais sociais para, então, fazer de tudo em favor do
indivíduo em si considerado.
Eis a narrativa de que os doutos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, por
maioria, trancaram a ação penal que visava a responsabilizar um cidadão que, após
atropelar e matar outro cidadão, empreendeu fuga do local, sem prestar socorro. Como há
previsão de crime no Código de Trânsito Brasileiro para quem foge do local do crime,
houve a ação penal que, conforme destaca a matéria, foi trancada, sob pretexto..ops...
entendimento de que ‘ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo’ e isso
afetaria ‘os direitos fundamentais estampados na Constituição Federal”.
Ora, o que está a ocorrer nesse país? Por que esses direitos fundamentais, tão invocados
por esses doutores auto intitulados garantistas, não são tomados em brados - também -
para a defesa do outro cidadão (sim, cidadão!) que morreu atropelado e que não teve
sequer o ato piedoso e humanitário de ser salvo pelo outro dito ‘cidadão que teve seu
direito de não se incriminar protegido’?
Quando cidadãos comuns e despidos do ranço jurídico me perguntam o por quê de tanta
falta de rigor a transgressores da lei e violadores de direitos dos mais variados matizes,
com uma notória onda de desrespeito ao dito cidadão de bem, fico querendo entender...
ou, então, como destacado acima, até devo saber a resposta... duro é não ter forças – em
meu direito fundamental e individual de indignação – para poder mudar a situação...