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INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO JOÃO BOSCO

PLANO DE ENSINO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA

5_ CONTEMPLAÇÃO DO AMOR DIVINO

Poderíamos nos perguntar: O que é contemplação? Assim nos responde Santa


Teresinha: “Outra coisa não é, a meu parecer, oração mental, senão tratar de amizade –
estando muitas vezes tratando a sós – com quem sabemos que nos ama” (CIC 2709).

A contemplação procura Aquele que o meu coração ama, que é Jesus e Nele o
Pai. No Catecismo da Igreja Católica (2713), vai nos ensinar que:

“... a contemplação é a expressão mais simples do mistério da oração. É um


dom, uma graça, só pode ser acolhida na humildade e na pobreza. É uma
relação de aliança estabelecida por Deus no fundo do nosso ser. A
contemplação é comunhão, nela, a Santíssima Trindade conforma o homem,
imagem de Deus, à sua semelhança”

Assim, precisamos de elementos que nos levem à contemplação do amor de


Deus. A Geografia sendo uma ciência que estuda a natureza, pode e deve nos levar por
meio da observação das paisagens naturais, a contemplar a beleza, a obra de Deus, nos
ligando ao Pai Amado, pois, sabemos que tudo foi criado por Ele por amor a nós, seus
filhos amados.

Sendo assim, por meio da observação das paisagens naturais, meditando sobre
como Deus tudo criou por amor e para nosso bem, podemos chegar a essa oração
silenciosa, levando as crianças e jovens a uma verdadeira contemplação da beleza do
amor divino, a uma comunhão de amor entre o criador e a criatura como nos ensina a I
Carta de São João (4, 16): “ Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para
conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele”.
6_A CULTURA COMO MEIO DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE

Todos os filhos de Deus, tem direito a uma cultura humana e civil de harmonia
com a dignidade da pessoa humana, sem distinção de raça, de sexo, de religião ou de
condição social.

De acordo com a Doutrina Social da Igreja, as famílias e as pessoas tem direito a


uma escola livre e aberta, a liberdade de acesso aos meios de comunicação social, pela
qual deve ser evitada toda forma de monopólio, e de ideologias.

Quanto ao conteúdo da cultura, a Doutrina Social da Igreja, no parágrafo 558


nos diz:

“A questão da verdade é essencial para a cultura, porque permanece em cada


homem o dever de salvaguardar a estrutura de toda a pessoa humana, porque
permanece em cada homem o dever da vontade, da consciência e da
fraternidade. O empenho do cristão do cristianismo no âmbito cultural se opõe a
todas as visões redutivas de ideologias do homem e da vida. O dinamismo de
abertura à verdade é garantido antes de tudo pelo fato de que as culturas das
diversas nações constituem fundamentalmente modos diferentes de enfrentar a
questão sobre o sentido da existência pessoal”.
Portanto, as crianças e jovens precisam incutir essa verdade por meio do estudo:
“a dimensão religiosa da cultura é muito importante e urgente para a qualidade da vida
humana, em âmbito individual e social’ (DSI 559).

Por fim, a religiosidade ou espiritualidade do home se manifesta nas formas da


cultura, e isso pode ser observado nas inúmeras obras de artes de todos os tempos.
Ainda de acordo com a Doutrina Social da Igreja, quando é negada a dimensão religiosa
de uma pessoa ou de um povo, a própria cultura é mortificada, por vezes, se chaga ao
ponto de fazê-la desaparecer.
7_CULTURA: COMPÊNDIO DO BEM, DA BELEZA E DA VERDADE

Os cristãos, como peregrinos do céu, devem sempre buscar e saborear as coisas


do alto. No entanto, isso de modo algum diminui, mas, aumenta a importância do seu
dever de ajudar os outros homens na edificação de um mundo mais humano. Na
verdade, a fé em Cristo, nos ajuda no cumprimento dessa missão e no descobrir do
verdadeiro significado dessa missão.

Na Constituição Pastoral Gaudium Et Spes, discorre como o homem deve


trabalhar na edificação de um mundo melhor:

“Quando o homem, usando as suas mãos ou recorrendo à técnica, trabalha a terra


para que ela produza frutos e se torne habitação digna para toda humanidade, ou
quando participa conscientemente na vida social dos diversos grupos, está a dar
realização à vontade de Deus que manifestou no começo dos tempos, de que
dominasse a terra e completasse a obra da criação, ao mesmo tempo que se vai
aperfeiçoando a si mesmo, cumpre igualmente o mandamento de Cristo, de se
consagrar ao serviço de seus irmãos”
E continua:

“Além disso, dedicando-se às várias disciplinas da história, filosofia, ciências


matemáticas e naturais, e cultivando as artes, pode o homem ajudar muito a família
humana a elevar-se a concepções mais sublimes da verdade, do bem e da beleza e a
um juízo de valor universal, e ser assim luminosamente esclarecida por aquela
admirável sabedoria, que desde a eternidade estava junto de Deus, dispondo com
Ele todas as coisas, e encontrando as suas delícias em estar com filhos dos
homens”

Existem diversos laços entre a mensagem de salvação e a cultura humana. Deus


se revelou ao seu povo até a plena manifestação de Si mesmo no Filho encarnado e
falou segundo a cultura própria de cada época.

A Igreja ao longo do tempo, em diversas condições, usou os recursos das


diversas culturas para chegar a todos os povos a mensagem de Cristo, para explicar e
penetrar mais profundamente na celebração litúrgica e na vida da comunidade dos fiéis.

No entanto, como explica a Constituição Pastoral Gaudium Et Spes, a Igreja não


está indissoluvelmente ligada a nenhuma raça ou nação, nenhuma tradição antiga ou
moderna. A Igreja tem a sua própria tradição e ao mesmo tempo, é consciente da sua
missão universal, é capaz de se comunicar com diversas formas de cultura,
enriquecendo assim a própria Igreja e as diversas culturas.
Por fim, o Evangelho de Cristo renova continuamente a vida e cultura do homem
decaído, combate e elimina os erros e males nascidos da permanente sedução e ameaça
do pecado. Purifica sem cessar e eleva os costumes dos povos. Fecunda como que por
dentro, com os tesouros do alto, as qualidades de espírito e dotes de todos os povos e
tempos; fortifica-os, aperfeiçoa-os, e restaura-os em Cristo. Deste modo, a Igreja, só
com realizar a própria missão, já com isso mesmo estimula e ajuda a civilização e com a
sua atividade, incluindo a litúrgica, educa a interior liberdade do homem.

A cultura não deve ser usada para justificar nenhuma ideologia, a cultura deve
ser usada para ajudar o homem com uma vida digna, para melhor compreensão da
verdade, do bem e da beleza que Deus criou para cada um de seus filhos amados.

“Estai de sobreaviso, para que ninguém vos engane com filosofias e vãos
sofismas baseados em tradições humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se
apoiar em Cristo” (Col 2, 8)

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