Revista - Gustavo Maeda e Gabriel Lopes

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Geração

Designer

Gestalt, uma técnica de


persuasão visual. Mas
também de ensino.
Sabe o que é?
Criado por:
Gustavo Yuji Maeda
Gabriel Lopes Chaves
GESTALT
O que é?
Qual a importância?
Todo designer
deve saber!
Mas Professores e
Psicólogos também
devem!
Este trabalho foi
desenvolvido por
Gustavo Yuji Maeda e
Gabriel Lopes Chaves, Os futuros
ambos alunos de 4° designer
semestre de Bacharelado
em Design, turma
envolvidos e
matutina do Centro sobre o
Universitário FIAM trabalho
FAAM.
O trabalho é
avaliativo, solicitado pela
professora Aline
Okumura para matéria
de desenvolvimento
gráfico e editorial.
Em referência, é o
desenvolvimento de uma
revista. Ao caso, é
formato A4 e o conteúdo
é a teoria da Gestalt.
A Gestalt é uma teoria de
estudos, interligada com a
psicologia, sobre a percepção
visual humana sobre elementos e
figuras. Ela visa entender o
comportamento humano que se
Onde se
desenvolve a partir de experiências
com um conjunto de figuras que
formam uma ilustração.
aplicaria
Considera-se que Christian
Von Ehrenfels, filósofo austríaco
do final do século XIX, seria o
a teoria
precursor da psicologia da Gestalt.
Mais tarde, aproximadamente em
1910, teria seu inicio por três
da
nomes: O principal Max
Wertheimer; Wolfgang Köhler; Gestalt
Kurt Koffka; Ambos na
Universidade de Frankfurt,
Alemanha.
ao
As bases de seus estudos
gestaltistas foram à procura de
constantes, consideradas padrões,
Design?
assim confirmando do por que a
percepção visual de tal coisa é vista
de uma maneira e nenhuma outra.
Os primeiros estudos tinha
pioneirismo da ideia de segregação
e unificação, que certo contraste
visual dava para entender algum
objeto se ele era único ou tinha
mais.
PRIMEIROS ESTUDOS
Max Weitheimer baseou nesses estudos
que o cérebro de um sujeito não aprende com
os estímulos ao seu redor, mas que o cérebro já
nasce consciente e de acordo com os seus
sentidos ativados, mais como a visão, ele
desenvolve um estímulo a sua experiência com
o objeto. Em seu primeiro estudo, ele usou
duas linhas. Caso uma for apagada e
reaparecida por uma frequência de tempo,
constaram 60 milissegundos, enquanto a outra
esteja intacta, e vice-versa, ocorre uma
percepção de movimento das linhas, e qualquer
alteração neste período de tempo perde a
percepção. O tal fenômeno ocorrido foi
chamado de Fenômeno Phi.
Não é a única teoria que explica o falso
movimento visual, ou ilusão de óptica, em sua
obra de 1912, Estudos experimentais de
visualização do movimento. A relacionada é
chamada de Movimento Beta. A diferença de
ambos é que o Phi relata um movimento
sucessivo de ponto A até B. Já o Beta descreve
distorção em perspectiva, como se um objeto
grande para pequeno é um encolhimento, mas
mesma ideia da repetição de aproximadamente
2.5 quadros por segundo..
MAX
WERTHEIMER

KURT
KOFFKA

WOLFGANG
KÖHLER
Conheçam os pioneiros. Ambos
eram psicólogos, estudaram na
Universidade de Frankfurt,
Alemanha. Ou seja, de lá foi
desenvolvido o tema Gestalt.
O termo nasceu lá, mas antes
era estudado para percepção
auditiva por um filósofo
austríaco, porém a ideia foi
pouco promissora.
Etimologicamente, não possui
uma tradução concreta do
alemão, mas chega próximo de
TEORIA DA FORMA,
CONFIGURAÇÃO. Entretanto,
desconsidera o uso tão literal.
6 LEIS
DA
GESTALT
Sobre os conceitos, a
seguir será aprofundado
as teorias, ou leis, da
Gestalt aplicado ao ramo
do designer:
CONTINUIDADE
É a teoria para um único elemento repetido
varias vezes organizadas em uma sequência lógica,
como linhas ou curvas. Um bom exemplo para esta
teoria é um relógio.
Como estereótipo popular, possui os
números sequenciados em um formato de círculo,
o que é um movimento fluído ao observador pela
dedução fácil de onde o ponteiro indicará a hora.
Mas se estes números forem organizados como um
quadrado, o observador ficará assustado. Pois além
da quebra do senso comum, há um problema de
quando o ponteiro apontar pela diagonal, ficando
distante de qual número ele aponta.
Resultado? Exige mais esforço do usuário
para saber a hora, correndo o risco de uma
péssima experiência. E assim, entende a
continuidade como uma ferramenta muito
importante incorporada ao profissional de Design.
SEMELHANÇA
Esta lei pode ser confundida com a primeira
citada, por serem baseadas à sequência lógica. Mas
a lei da Semelhança visa em quem constitui a
sequência, no caso qual o elemento é descrito.
Trata-se de uma dedução que o cérebro
humano concede prioridade à uma ordem com
elementos iguais.
Na prática, um exemplo é layouts de
supermercados. Por padrão, mas não é regra, o
mercado possui produtos in natura e derivados
dispostos nas laterais do estabelecimento,
enquanto processados e ultraprocessados ficam ao
meio. O que facilita bastante o trajeto do cliente
na procura de produtos, dispondo colunas de
verduras, frutas, grãos, derivados e carnes.
Resultado? Trata-se de uma organização onde
uma única fileira seja uma junção de várias
colunas, ou linhas, de um tema cada.
PROXIMIDADE
É o fenômeno em que por dedução
humana que pequenos elementos próximos
entre si se tornam visualmente um único
elemento.
Uma boa prática aplicada da lei da
Proximidade é a interação com logotipos,
como o logotipo do Instituto Federal (IF). É
um bom exemplo devido à interação com a
organização entre os quadrados verdes,
formando as letras fundidas I e F, com o
contraste de uma bola vermelha para destacar
o I.
FECHAMENTO
Por dedução do psicológico, o individuo
consegue definir ao todo um único elemento por
mais que esteja visualmente incompleto, sendo o
próprio definido por estereótipo popular. Um bom
exemplo é os e-motions da internet, usando
caracteres especiais para moldá-los. Siga o
exemplo:
– [:)] – [*.*] – [U.U]
Como analisado, é dedutível quais as
expressões dos e-motions. Em ordem da esquerda
para direita, temos: Felicidade, Surpresa e
(Desprezo?).
Outro detalhe que reforça a lei do
Fechamento é que os e-motions estão entre
colchetes, que também podem ser entendidos
como quadrados ou cabeças. Ambos estão
incompletos, mas o que tornam estas figuras é a
dedução de uma linha contínua e paralela entre os
colchetes ([]).
UNIDADE
E
SEGREGAÇÃO
Ambos tem semelhança,
mas dependendo da
perspectiva de opinião é o
determinado termo. Entenda
o porquê!
UNIDADE
A Unidade é a observação por
completo de elementos integrado de
uma imagem/contexto.
Para melhor entender este termo,
usa-se de base a lei de Fechamento,
citado anteriormente. Na prática, seria
um elemento formado por todos que o
constituem, porém numa perspectiva
tanto visual quanto dissertativa.
Para o Design, seria ver um projeto
para desenvolver onde perceberia o
resultado dele por completo a partir de
todas as etapas de desenvolvimento. Fica
um exemplo de percepção abaixo:

UM
POR
TODOS!
1 QUADRADO
FEITO COM
9 QUADRADOS!
SEGREGAÇÃO
No caso da Segregação, observa-se o inverso,
ou seja, uma imagem/contexto por seus elementos que
a constituem.
Seria a percepção de todos os elementos em
particular, para entender em seguida qual seria o
elemento principal que os formaria.
No exemplo da Unidade, a diferença é que
perceber as etapas podem entender que existem outros
resultados, ou seja, dos 9 quadrados citados dá para
formar uma cruz. Siga o exemplo:

TODOS
POR
UM!
9 QUADRADOS
FAZENDO
1 QUADRADO!
PEDAGOGIA
A Gestalt não fica exclusiva ao
Design. Outra profissão que se beneficia
da teoria é a Pedagogia.
Este conceito foi mais aprofundado
por Wolfgang Köhler. Segundo sua
teoria, uma educação eficiente é feita ao
contrário de repetições de uma atividade,
mas que esta atividade seja associada a
outros aspectos da vida do aprendiz.
Seria a prática do aluno conhecer o que
deve ser feito e poder se ajudar na vida
além da escola.
O maior exemplo desta técnica,
apesar de nunca mencionar a Gestalt em
seus trabalhos, é o pedágogo brasileiro
Paulo Freire.

«Se a educação não é


libertadora...
O sonho de todo oprimido é
ser o opressor.»

- Paulo Freire
PSICOLOGIA
Por se tratar de surgir por
psicólogos, a própria Psicologia se
beneficia com a Gestalt.
A diferença para o Design é que a
Gestalt psicológica é uma técnica de
terapia onde o paciente possui todo um
histórico de vida, e de acordo
desenvolveu certas habilidades, porém
que são pouco manifestadas. Sendo
assim, a terapia busca ao indivíduo
recuperar estas habilidades.
Tem mais semlehança com a
Gestalt pedagógica, uma vez que
valoriza o indivíduo como um todo
formado pela sua história de vida.
CONCLUSÃO
Onde se aplica a Gestalt no Design? A
primeira etapa mais interessante de trabalhar é
conhecer todas as teorias que Wertheimer propôs
sobre as formas visuais. Entretanto, as mais
interessantes de servir como metodologia de
trabalho são as regras da Unidade e Segregação.
Adianta-se que nem todos os trabalhos de
Design seguirão uma linha reta ou pronta como
receita de bolo, mas a princípio é abordar esta
estratégia para alcançar melhores resultados.
A lei da Unidade é uma constituição das
formas presentes em um determinado Gestalt, ou
objeto. Assim lhe dando sua identidade. Para o
Designer, é avaliar um projeto e identificar os
aspectos físicos e visuais do mesmo. Por exemplo,
se um designer for escalado para criar um novo
avião, ele pode entender o que define um avião,
como as asas, painel de instrumentos, manche,
hélice, vidros e motor.
A lei da Segregação é identificar os
elementos de uma Gestalt e classifica-los.
Pegando o exemplo do carro, aqui podemos
definir alguma peça em particular do avião que o
designer vai trabalhar para desenvolver, como a
hélice. E daqui, ele pode seguir o mesmo princípio
da Lei da Unidade, e assim se repete.
A proposta da Gestalt pode ser ir além do
conhecimento básico de algum objeto, mas a ideia
principal é entender e reconhecer todas as
particularidades que o constroem. Para o Design,
é valorizar todas as etapas construídas de seus
projetos, ou seja, é avaliar aquela etapa e ver sua
função, substituir e/ou descartar o que é inviável,
e desfrutar das ocasiões que lida com seu
trabalho, como reconhecer seu ambiente de
trabalho e definir o que melhor rende para o
profissional.
Geração
Designer

GABRIEL
LOPES
CHAVES

GUSTAVO
YUJI
MAEDA

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