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SINAIS VITAIS – SSVV

PARTE II
Prof. Lenio Pontes
PULSO - P

2
A força do sangue que entra na aorta a partir do ventrículo esquerdo
provoca a distensão da parede da aorta elástica.

Como a aorta primeiro se


expande, contraindo-se em
seguida, é criada uma onda que se
propaga ao longo do sistema
arterial

Pulso é a vibração de cada onda sanguínea palpada em uma


artéria

Pulso representa a sensação tátil dos batimentos cardíacos


3
Onde as árterias passam próximas à superfície corporal e/ou
podem ser comprimidas contra os ossos.

PULSO OU PULSAÇÃO

 Os batimentos cardíacos e o pulso podem ser sinais de doença


cardíaca, hemorragia, hipertiróidismo, ou outros distúrbios sérios.

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Ciclo cardíaco

•O volume de sangue bombeado pelo coração durante 1 minuto é o débito


cardíaco.
•O número de sensações pulsáteis que ocorre em 1 minuto é a freqüência de
pulso.
5
PULSO
• Frequência:
● Normocardia: 50 – 90 bpm.
● Taquicardia: Mais de 90 bpm.
● Bradicardia: Menos de 50 bpm.

• Ritmo:
● Uniforme
● Arritmia Sinusal

• Força:
● 3+: Cheio, célere
● 2+: Normal
● 1+: Fraco e Filiforme
● 0: Ausente
Fatores que afetam o pulso

Idade

 O pulso normal de crianças é rápido, decrescendo gradualmente


até os 14 anos (adolescencia) quando torna-se igual aos valores
encontrados para o adulto normal.

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Faixas de pulso segundo o ciclo vital

CICLO VITAL PULSO


Neonato 70 – 190
Lactente (> 1 mês) 80 – 160
Criança de 1 a 3 anos 80 – 130
Pré-escolar 80 – 120
Escolar 75 – 110
Adolescente 60 – 90
Adulto 60 – 100
Idoso 60 - 100

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Estrutura física

 Uma pessoa baixa e gorda pode apresentar uma pulsação mais


elevada que uma pessoa alta e magra.

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Atividade física

 Exercício ou trabalho físico pesado levam ao aumento dos


batimentos cardíacos e do pulso.
 Um aumento do pulso ocorrerá com um aumento da atividade
muscular frente ao aumento das demandas de oxigênio e
nutrientes. No entanto, um programa de exercício aeróbico
regular pode baixar o pulso. Um atleta, desenvolverá bradicardia
como condição normal de saúde.
 O coração tem os batimentos
diminuídos para compensar o
grande volume de sangue
bombeado a cada batida.

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Sistema nervoso autônomo

 A estimulação do sistema nervoso parassimpático resulta em


diminuição da frequência do pulso período de repouso.

 De modo contrário a estimulação do sistema nervoso simpático


resulta em frequência de pulso aumentada. A estimulação do
sistema nervoso simpático ocorre em resposta a diversos
estímulos

Dor, ansiedade, exercício, febre, bebidas cafeínadas e


alterações no volume intravascular
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Medicações

 Determinados medicamentos cardíacos, como a digoxina,


diminuem a frequência cardíaca.

 Os medicamentos que diminuem o volume intravascular, como os


diuréticos, podem provocar um aumento reflexo na frequência
do pulso.

 Outros medicamentos bloqueiam os efeitos do SNA: A atropina,


inibe os impulsos para o coração a partir do sistema nervoso
parassimpático, causando o aumento da frequência de pulso. O
propranolol bloqueia a ação do sistema nervoso simpático,
resultando em frequência cardíaca diminuída.

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Ingesta alimentar

• Digestão aumenta discretamente


o pulso.

Hipertermia

 O pulso eleva-se aproximadamente 10 pulsações por minuto


para cada 1°C de aumento na temperatura corporal.

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Pulsos Temporal

periféricos Carotídeo sup.


• Existem oito locais
onde se pode Carotídeo inf.
verificar o pulso
Braquial
arterial.

Radial

Femoral

Poplíteo

Tibial posterior

Pedioso

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Pulso temporal

 Sobre o osso temporal. A pulsação é mais facilmente palpada na


frente da parte superior do ouvido.

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Pulso carotídeo

 É mais facilmente palpada ao longo da borda medial do músculo


esternocleidomastóideo na metade inferior do pescoço.

 Palpar a artéria carótida na parte superior do pescoço pode resultar em


estimulação do seio carotídeo, o que provoca uma queda reflexa na frequência
de pulso.

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Pulso Carotídeo

 Cuidado:
 Não comprimir demais a artéria
 Não provocar “manobra vagal”
PULSO CAROTÍDEO
Pulso braquial

 A artéria braquial localiza-se entre o sulco dos músculos bíceps e tríceps na


face interna do braço.

 O pulso braquial é mais facilmente palpado com o braço do cliente flexionado


no cotovelo e apoiado, a fim de evitar a contração muscular o que pode
obscurecer o pulso.

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Pulso radial

 Mais comumente verificada. É palpado na face interna do punho,


no lado do polegar.

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AVALIAÇÃO DO PULSO PERIFÉRICO

PULSO RADIAL
Pulso femoral

 É palpado na face anterior, medial, da coxa, exatamente abaixo do


ligamento inguinal, aproximadamente na metade da linha entre a
espinha ilíaca ântero-superior e a sínfise púbica.

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Pulso poplíteo

 É palpável atrás do joelho na face lateral da fossa poplítea (a área ôca na parte
posterior da articulação do joelho).
 O pulso é melhor avaliado com o joelho flexionado e a perna relaxada.
 O cliente deve estar em decúbito dorsal.

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PULSO POPLÍTEO
Pulso tibial posterior

 Localiza-se atrás do maléolo da face interna do tornozelo. É


palpado fazendo-se um gancho com as pontas dos dedos por trás
do osso.

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Pulso pedioso (dorsal do pé)

 Pode ser sentido na face dorsal do pé. É palpado lateralmente ao


tendão que corre desde o primeiro pododáctilo no sentido do
tornozelo.

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PULSO PEDIOSO
Características do pulso

Frequência
NORMAL 60 a 100 puls./min.

TAQUISFIGMIA Febre, hipertireóidismo,


hipovolemia

BRADISFIGMIA Febre tifóide, hipertensão


intracraniana, BAV

Termos utilizados:
Taquicardia: aumento da freqüência cardíaca
Taquisfigmia: aumento da freqüência do pulso
Bradicardia: diminuição da freqüência cardíaca
28 Bradisfigmia: diminuição da freqüência do pulso
 Intensidade:

A intensidade reflete o volume de sangue ejetado contra a


parede arterial em cada contração cardíaca.

 Cheio

 Filiforme

É preciso sensibilidade e prática..

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Ritmo
• Normalmente as contrações cardíacas ocorrem em intervalo
de tempo uniformemente espaçados, resultando em um ritmo
regular.

RITMICO

• Cardiopatia, medicamentos ou desequilíbrios eletrolíticos


podem alterar os batimentos ritmicos, normais do coração,
provocando um pulso irregular.

Fisiológico ARRITMICO Patológico


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Déficit de pulso

 Fornece informações sobre a capacidade do coração de perfundir


adequadamente o corpo.

 Algumas contrações ventriculares são ineficazes não


determinam ondas de pulso.
EXTRA-SISTÓLIA VENTRICULAR

FIBRILAÇÃO ATRIAL

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Amplitude

AMPLO Insuficiência aórtica

MEDIANO

PEQUENO Estenose aórtica

Tensão ou dureza
MOLE Pulso filiforme
MEDIANO
DURO Hipertensão

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Tipo de onda

PULSO CÉLERE ↑ da pressão diferencial


/MARTELO Insuficiência aórtica,
D’ÁGUA fistulas arteriovenosas,
anemias graves no
hipertireoidismo
PULSO DICRÓTICO Febre tifóide
PULSO Insuficiência ventricular
ALTERNANTE esquerda
PULSO FILIFORME Colapso circulatório periférico

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Comparação Com a Artéria
Homóloga
Averigua-se a igualdade ou desigualdade dos pulsos ,
palpando simultaneamente as artérias periférica
homólogas

Pode ocorrer desigualdade em casos como:


dissecção(deterioração da aorta), coarctação ou
estreitamento da aorta, ou insuficiência arterial aguda
Comparação com o lado homólogo

 Analisar comparativamente artérias homólogas quanto a:


presença ou ausência, amplitude e tensão ou dureza.

 A desigualdade aparece com as constrições ou oclusões parciais


ou totais dos vasos.

 A comparação bilateral dos pulsos é empregada para monitorar


as complicações depois de procedimentos invasivos
arteriografia

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Semiotécnica do pulso

 Para palpar o pulso empregam-se as polpas dos dedos indicador e


médio, variando a força de compressão até obter impulso
máximo.

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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

•Diminuição do débito
cardíaco;

•Déficit do volume de líquidos;

•Excesso de volume de líquido;

•Ansiedade;

•Dor aguda.
Respiração - R

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Respiração (definição)
 A função da respiração é essencial à vida e pode ser
definida, de um modo simplificado, como a troca de
gases (O 2 e CO 2 ) entre as células do organismo e
a atmosfera.

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FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO
 Respiração Pulmonar - troca de gases (O2
e CO2) nos pulmões (Ventilação).
 O ar ambiente é levado e trocado pelo ar
presente nos pulmões através do processo da
ventilação pulmonar.

40
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO
 Respiração Celular - utilização de O2 e à
produção de CO2 pelos tecidos.

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HEMATOSE
FREQUENCIA RESPIRATÓRIA
 Frequência respiratória é o número de ciclos
respiratórios (inspiração e expiração) que o
organismo realiza involuntariamente por minuto.
Em condições de repouso, o sistema nervoso produz,
aproximadamente a cada 5 segundos, impulsos
nervosos que estimulam a ventilação pulmonar
com uma frequência de 12 a 20 vezes por minuto..
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
CONTROLE NEURAL

• GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL DO


BULBO

•GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL

•CENTRO PNEUMOTÁXICO
CONTROLE PERIFÉRICO

 OSMOCEPTORES CAROTÍDEOS

 OSMOCEPTORES DOS NERVOS VAGOS E


GLOSSOFARÍNGEO
Ventilação Pulmonar
 É o processo de conduzir o ar atmosférico até os
alvéolos.

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 RESPIRAÇÃO: É um termo empregado para resumir dois processos
diferentes, porém correlatos: respiração externa e interna.

Processo de captar o oxigênio


Respiração externa e eliminar o dióxido de
carbono

Processo de utilização de
oxigênio, à produção de dióxido
Respiração interna de carbono e a troca desses
gases entre as células e o
sangue

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Mecânica da ventilação
 Zona Condutora – É formada pela boca, vias nasais,
faringe, laringe, brônquios e bronquíolos que em conjunto
ligam-se a zona respiratória dos pulmões ao ar
atmosférico. Nesta zona não ocorrem trocas gasosas.

 Zona Respiratória – É formada pelos bronquíolos


respiratórios, ductos alveolares e alvéolos no conjunto
representam a zona do pulmão onde se processam as
trocas gasosas. Por não existir troca respiratória na
zona condutora, é conhecido como espaço morto
anatômico.

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Fatores que afetam as respirações

 Diversos fatores podem afetar a frequência, o ritmo e a


profundidade da respiração.

Idade

 O crescimento normal desde a fase de lactente até a vida adulta


resulta em maior capacidade pulmonar.

 À medida que a capacidade pulmonar aumenta, frequências


respiratórias menores são suficientes para a troca gasosa.

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 Conforme o adulto envelhece, a elasticidade pulmonar diminui.
Com essa diminuição na capacidade pulmonar, a frequência
respiratória novamente aumenta, de modo a permitir a troca
gasosa adequada.

CICLO VITAL RPM


Neonato 30 – 60
Lactente 30 – 60
Criança (1 – 3 anos) 24 – 40
Pré-escolar 22 - 34
Escolar 18 - 30
Adolescente 12 - 20
Adulto 12 - 20
Idoso 12 - 20

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Medicamentos

 Os narcóticos diminuem a frequência e a profundidade da


respiração.

 Os medicamentos simpaticomiméticos (salbutamol) podem ser


usados para dilatar os bronquíolos, aumentando a capacidade
pulmonar.

53
Estresse

 Certas condições estimulam o sistema nervoso simpático. O


estresse aumenta a frequência e a profundidade das respirações.

54
Exercício

tecidos precisam de
mais oxigênio + Produz CO2 e calor
adicional a serem
eliminados

↑ Frequência e
profundidade das
respirações

55
Altitude

O conteúdo de O2
do ar diminui à
medida que a
altitude aumenta

↑ Frequência e
profundidade das
respirações

56
Sexo

Os homens
normalmente
apresentam
maior ↓ Frequência
capacidade respiratória
pulmonar que
as mulheres

57
Febre

O calor pode ser


eliminado a partir dos
pulmões

↑ Frequência
respiratória

58
Avaliação das respirações

 Avalia-se a ventilação pulmonar pelos seguintes caracteres


semiológicos:

Tipo respiratório

TORÁCICA OU COSTAL mulher

ABDOMINAL OU
DIAFRAGMÁTICA criança/ homem

TORACO-ABDOMINAL homem
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Frequência

Taquipnéia Lesões pleuropulmonares.

Bradipnéia Hipertensão intracraniana,


intoxicação exógena

Amplitude

 Normal
 Profunda
 Superficial
60
Ritmo

RITMO NORMAL Sucessão regular de movimentos respiratórios


de profundidade mais ou menos igual.

 Alterações na seqüência, na forma ou na amplitude dos


movimentos respiratórios ocasionam os ritmos respiratórios
anormais:

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ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO
•Terminologia da Respiração
•Apnéia - Parada respiratória
•Dispnéia - Respiração dificultosa
•Bradpnéia - Respiração lenta
•Taquipnéia - Respiração acelerada
•Ortopnéia - Paciente só consegue respirar sentado
•Hipopnéia - Diminuição da freqüência respiratória
•Hiperpnéia - Aumento da freqüência respiratória
•Hipoventilação – Redução da quantidade de ar que chega aos
alvéolos. Padrão em que a respiração é lenta (ou irregular) e
superficial.
•Hiperventilação – É um aumento, tanto da frequência como da
amplitude, respiratórias.
Tipos de Respiração
 Respiração de Cheyne-Stokes – incursões
respiratórias que vão ficando cada vez mais profundas
até atingir uma amplitude máxima, então, os
movimentos começam a diminuir gradativamente,
podendo chegar à apnéia. Apresenta-se de modo
cíclico.
Tipos de Respiração
 Respiração de Biot – períodos de apnéia interrompem a
sequência das incursões respiratórias. Há também
variações na amplitude dos movimentos torácicos.
Tipos de Respiração
 Respiração de Kussmaul – amplas e rápidas inspirações
interrompidas por curtos períodos de apnéia após as
quais ocorrem expirações profundas e ruidosas que
também são sucedidas por pequenas pausas de apnéia.
Tipos de Respiração
 Respiração suspirosa – inspiração mais profunda seguida
de uma expiração mais demorada, interrompendo a
sequência regular das incursões respiratórias.
Pressão arterial - PA

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 Está relacionada com o trabalho do coração e traduz o sistema de
pressão vigente na árvore vascular arterial.

 A pressão é máxima quando os ventrículos se contraem e ejetam o


sangue para aorta e artérias pulmonares.

PRESSÃO SISTÓLICA

 Durante o relaxamento ventricular , a pressão arterial decorre do


recolhimento elástico dos vasos.

PRESSÃO DIASTÓLICA
68
PRESSÃO ARTERIAL
PRESSÃO ARTERIAL
 1) Débito Cardíaco → É o volume de sangue bombeado
pelo coração ( volume sistólico ) durante 1 minuto (
frequência cardíaca ).Adulto = 5 a 6 l/min.

 2) Resistência Periférica → É a resistência vascular ao


fluxo sanguíneo determinada pelo tônus da musculatura
lisa do vaso e pelo diâmetro dos vasos.
PRESSÃO ARTERIAL
3) Volume Sanguíneo
↑ Volume → ↑ PA ou ↓Volume → ↓ PA

4) Viscosidade Sanguínea
Hematócrito → % eritrócitos no sangue

5) Elasticidade
Na aterosclerose as paredes vasculares perdem a
sua elasticidade e são substituídas por tecido fibroso o
qual não pode alongar-se bem → aumentando a
resistência ao fluxo sanguíneo.
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Fatores que afetam a pressão arterial

Idade

 A pressão arterial aumenta gradualmente durante toda a infância


e se correlaciona com a altura, o peso e a idade.

 Nos adultos, a tendência se faz no sentido de aumentar


gradualmente as pressões arteriais sistólica e diastólica com o
envelhecimento.

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CICLO VITAL PA
PAS (mmHg) PAD (mmHg)
Neonato 60 - 90 20 – 60
Lactente 74 - 100 50 – 70
Criança (1 – 3 anos) 80 - 112 50 – 80
Pré-escolar 82 – 110 50 – 78
Escolar 84 - 120 54 – 80
Adolescente 94 - 140 62 – 88
Adulto 120 - 130 80 - 85
Idoso 120 - 130 80 - 85

74
Classificação da PA

75
Sistema nervoso autônomo

 O SNA influencia a frequência cardíaca, a contratibilidade


cardíaca, a resistência vascular e o volume sanguíneo.

• ↑ Frequência cardíaca;
• ↑ Contratibilidade cardíaca;
• Alterações no tônus da musculatura lisa
↑ SNA
vascular;
• ↑ Volume sanguíneo devido a retenção
de água e sódio

↑ PA
76
↑ PA
• Dor;
• Ansiedade;
• Medo;
• Fumo;
• Exercício
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Exceção

Hemorragia ↓ Volume sanguíneo

↓ PA

Volume circulante

 Diminuição no volume circulante, a partir da perda de líquidos ou


de sangue, resulta em menor pressão arterial.

78
 O déficit de volume de líquidos pode acontecer com as perdas
anormais não repostas, como a diarréia ou a diaforese.

 A ingesta oral insuficiente também pode gerar déficit de volume


hídrico.

 O excesso de líquido, como na ICC ou na insuficiência renal, pode


provocar o aumento da PA.

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Medicamentos

 Qualquer medicamento que modifique um ou mais dos fatores


determinantes pode causar alteração na PA.

CLASSE AÇÃO
Diuréticos • Diminuem o volume sanguíneo
Medicamentos cardíacos • Afetam a frequência e a força
contrátil do coração
Analgésicos narcóticos • Reduzem a dor e a atividade do
SNS
Agentes anti-hipertensivos • Vasodilatação;
específicos • Bloqueio do canal de cálcio;
• Inibição do SNC → ↓ PA

80
Flutuações normais

 A temperatura ambiente aumentada provoca vasodilatação dos


vasos próximos à superfície cutânea, diminuindo a resistência e a
PA.

 A PA também flutua com o ciclo respiratório, aumentando durante


a expiração e diminuindo durante a inspiração.

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Equipamento
Manguito + Câmara
Esfigmomanômetro Manômetro de ar

Pêra

Válvula

82
Manguito

 A largura do manguito deve ser de 40% do perímetro do ponto


médio do membro.

 O comprimento deve ser de 80% do perímetro do membro ou


aproximadamente 2 vezes a largura do manguito.

MANGUITO LARG (cm) COMPR (cm)


Neonato 3 6
Lactente 5 15
Criança 8 21
Adulto 13 30
Coxa do adulto 20 42

83
 O manômetro pode ser:

Coluna de mercúrio

Aneróide

84
Esfigmomanômentro Aneroide

Pera

Manguito
87
 Os manômetros em coluna de mercúrio e aneróide são
marcados em acréscimos de 2mm.

 A tensão superficial do mercúrio no tubo faz com que o topo da


coluna fique curvado. A leitura da pressão é feita a partir do
ponto mais alto da superfície curva (menisco).

 O manômetro deve estar no nível ocular para garantir uma leitura


exata.

 Os manômetros aneróides exigem calibragem anual.

 O equipo e a pêra devem estar sem rachaduras ou orifícios, e as


conexões devem estar vedadas para evitar extravasamentos que
provocam a transmissão deficiente da pressão.
88
olivas

biauricular /
estensores

tubo
campânula

91
diafragma
Estetoscópio

Aurículas ou olivas

Campânula
Diafragma

92
Local de aferição
Membro superior

 A PA é usualmente medida no braço com o manguito passado ao


redor da parte superior do membro e o fluxo auscultado ou
palpado na artéria braquial.

 Evitar medir a PA em qualquer braço com uma fístula


arteriovenosa ou um acesso vascular periférico para hemodiálise.

 Em pacientes submetidas à mastectomia, a verificação da PA no


mesmo lado pode prejudicar ainda mais a circulação,
contribuindo para o linfedema.

94
95
Membro inferior

 O manguito pode ser enrolado ao redor da coxa ou acima do


tornozelo.

 Colocar o paciente em posição horizontal, em decúbito ventral ou


dorsal, com o manguito centralizado na metade da coxa sobre a
artéria poplítea.

 Para medir a PA no tornozelo, colocar o paciente em posição


horizontal, em decúbito dorsal, e posicionar o manguito
exatamente acima do maléolo.

 Ausculte ou palpe o pulso tibial posterior ou pedioso.


96
97
Avaliação da Pressão arterial
Posicionamento adequado
 Medir a PA com o braço no nível do coração.

 Elevar o braço acima do nível do coração resulta em medição


baixa falsa.
 Posicionar o braço abaixo do nível do coração resulta em leitura
alta falsa.

 Quando o paciente está na horizontal, o braço está


aproximadamente no nível do coração.

 Se o paciente estiver sentado, apoiar horizontalmente o braço ao


nível do coração.
98
Método palpatório

 Prepare o material separando o estetoscópio e o


esfigmomanômetro , caneta ou lápis e papel para registro;

 Posicione o cliente em local calmo e confortável;

 Certifique-se de que o manguito esteja desinsuflado antes de ser


ajustado ao membro do cliente;

 Aplique o manguito firmemente ao redor do membro, com a


câmara centrada sobre a artéria, mantendo sua margem inferior a
2,0 cm de distância da fossa antecubital, permitindo que tubos e
conectores estejam livres e o manômetro em posição visível;
99
 Com a mão "não dominante" palpar a artéria radial e
simultaneamente, com a mão dominante fechar a válvula,
inflando rapidamente a bolsa até 70 mmHg e gradualmente
aumentar a pressão aplicada até perceber o desaparecimento do
pulso, inflando 10 mmHg acima deste nível;

 Desinsufle o manguito lentamente, identificando pelo método


palpatório a pressão arterial sistólica (registrar o ponto de
desaparecimento do pulso);

100
Método auscultatório

 Aguarde de 15 a 30 segundos para inflar novamente o manguito;

 Posicione corretamente as olivas do estetoscópio no canal


auricular, certificando-se da ausculta adequada na campânula;

 Posicione a campânula sobre a artéria braquial, palpada abaixo do


manguito na fossa antecubital e simultaneamente com a mão
dominante feche a saída de ar e insufle o manguito gradualmente
até o valor da pressão sistólica estimada pelo método palpatório e
continue insuflando rapidamente até 20 mmHg acima desta
pressão;

101
 Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 4
mmHg por segundo, identificando a pressão sistólica (máxima),
observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro
ruído regular audível (1ª fase dos sons de Korotkoff); e a pressão
diastólica (mínima), observando no manômetro o ponto
correspondente à cessação dos ruídos (5ª fase dos sons de
Korotkoff);

 Desinsufle totalmente o manguito.

102
 É recomendável a leitura da PA em ambos os membros superiores,
no primeiro exame.

 Diferenças acima de 10mmHg na pressão sistólica dos dois braços,


tomadas em sequência rápida, sugerem lesões obstrutivas
afetando a aorta ou a origem das artérias inonimada ou subclávia,
ou estenose aórtica supravalvar (na qual a pressão do lado direito
supera aquela do lado esquerdo).

 Normalmente a pressão sistólica nos membros inferiores é


20mmHg superior a registrada nos membros superiores, mas a
pressão diastólica em geral é virtualmente idêntica.

103
 O registro de pressão diastólica maior nos membros inferiores
sugere que o manguito para coxas é muito pequeno.

 Quando a pressão sistólica tomada pela artéria poplítea excede


em mais de 20mmHg a da artéria braquial (sinal de Hill), existe
regurgitação aórtica.

 A pressão arterial deve ser medida nas extremidades inferiores,


em pacientes com hipertensão, para detecção de coarctação da
aorta ou para melhor elucidação de suspeita de doença obstrutiva
da aorta e seus ramos principais.

104
TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

1. Palpe a artéria braquial\radial, acima da foça antecubital;

2. Com o manguito desinsuflado, coloque-o e centralize-o 2,5cm acima da


artéria braquial;
TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

3. Palpe a artéria braquial ou radial, após colocar o manguito,


identificando a pulsação;
TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

4. Observando o ponteiro do esfigmomanômetro, insufle o manguito até


que a pulsação da artéria seja obliterada;

5. Ultrapasse 20 a 30 mmHg do ponto onde o pulso deixou de ser sentido;


TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

6. Desinsufle o manguito rapidamente e completamente;

7. Espere entre 15 a 30 segundos antes de insuflar novamente;


TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

8. Coloque a campânula\diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial;

9. Rapidamente insufle o manguito até o nível máximo que você delimitou;


TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

10. Desinsufle o manguito lenta e uniformemente (2mmHg por


batimento cardíaco);

11. PAS – Primeiro batimento auscultado;

12. PAD – Abafamento e desaparecimento do som auscultado;


Sons de Korotkoff e suas alterações

 À medida que se desinsufla o manguito e o fluxo sanguíneo


reaparece, o som ouvido modifica a intensidade e qualidade. A
série de sons ouvidos são denominados de sons de Korotkoff.

 Cinco fases distintas são identificadas. O início dos sons (Fase I) é


a pressão sistólica. A pressão diastólica é indicada pelo início da
fase V.

 Como os sons de Korotkoff possuem frequência baixa, a


campânula do estetoscópio está indicada.

111
HIATO AUSCULTATÓRIO ausência da fase II

hipertensão arterial

 A falha em identificar o hiato auscultatório pode resultar na


subestimação da pressão sistólica ou na superestimativa da
pressão diastólica.

 Um hiato auscultatório pode ser detectado palpando-se o pulso


braquial ou radial (método palpatório) A palpação fornece
uma estimativa inicial da pressão sistólica.

112
FASE I SONS SURDOS
FASE II SOPROS
FASE III SONS ALTOS E CLAROS
FASE IV SONS ABAFADOS
Hiato
FASE V SILÊNCIO Auscultatório

• Identificado um hiato
auscultatório Registrar as
pressões sistólica e diastólica da
forma usual e anotar a magnitude
do intervalo de ausculta

PA: 196/90; espaço auscultatório de


184 a 150

113
SONS DE KOROTKOFF

P P
A A
S D
 Quando o débito cardíaco está alto e o indivíduo apresenta
vasodilatação (em algumas crianças com tireotoxicose, durante o
processo febril e em gestantes), a 5ª fase está frequentemente
ausente.

 Neste evento, os sons de Korotkoff são ouvidos até zero e a


pressão diastólica pode ser registrada ao terminar os sons altos e
claros que constituem a fase III. A pressão arterial é registrada
como:

PS/Fase III/0

Ex: 160/70/0

115
Cálculo - Pressão arterial média - PAM

 PAM = Pas + 2 x Pad


3

 PAM= Pad + (Pas – Pad)


3
Manter PAM = 100mmHg
Garantir a perfusão cerebral
Pressão arterial
Pressão de pulso ou pressão diferencial
 Diferença entre pressão sistólica e diastólica
 Valores normais entre 30-60 mmHg
 Pressão convergente - pressão de pulso diminuída -
estenose aórtica, derrame pericárdico, ICC, pericardite.
 Pressão divergente – pressão de pulso aumentada –
hipertireoidismo, fístula artério-venosa, estenose dos
grandes vasos.
Pressão diferencial

 É a diferença entre a pressão sistólica e a diastólica.

 30 a 60 mmHg.

↓ P. Hipotensão arterial,
CONVERGENT estenose aórtica,
E derrame pericárdico.
↑ P. DIVERGENTE Hipertireoidismo, fístula
arteriovenosa, fibrose senil.

118
Alterações da pressão arterial

Hipertensão

 Para cerca de 90 % das pessoas com pressão arterial elevada, a


causa é desconhecida.

hipertensão essencial ou primária

 A hipertensão essencial pode ter mais de uma causa.


Provavelmente, uma combinação de diversas alterações no
coração e nos vasos sanguíneos.

119
 Quando a causa é conhecida

hipertensão secundária

Fatores de risco

 Obesidade
 Hábito de vida sedentária
 Stress
 Consumo excessivo de álcool ou de sal

120
Causas principais de hipertensão secundária
Estenose da artéria renal
Pielonefrite
Glomerulonefrite
Doenças renais
Tumores renais
Doença poliquística renal
Lesões do rim
Radioterapia que afeta o rim

121
Causas principais de hipertensão secundária
Hiperaldosteronismo
Perturbações Síndrome de Cushing
hormonais Feocromocitoma
Anticoncepcionais orais
Corticosteróides
Fármacos Ciclosporina
Eritropoietina
Cocaína
Abuso de álcool
Coarctação da aorta
Gravidez complicada por pré-eclampsia
Outras causas
Porfiria intermitente aguda
Intoxicação aguda por chumbo

122
Cuidados de enfermagem

 A hipertensão essencial não tem cura, mas o tratamento previne


as complicações.

 No caso de excesso de peso e de pressão arterial elevada,


aconselha-se reduzir o peso até ao seu nível ideal.

 São importantes as alterações na dieta em pessoas com diabetes,


que são obesas ou que têm valores de colesterol altos, para
manter um bom estado de saúde cardiovascular em geral.

123
 Reduzir o consumo de sódio para menos de 2,3 g por dia
(mantendo um consumo adequado de cálcio, de magnésio e de
potássio)

 Reduzir o consumo diário de álcool para menos de 750 ml de


cerveja, 250 ml de vinho ou 65 ml de whisky.

 Fazer exercícios aeróbicos moderados.

 Abandonar o tabagismo.

124
Hipotensão arterial

 É a pressão tão baixa que causa sintomas ou sinais devido ao


baixo fluxo de sangue através do sistema vascular.

 Quando o fluxo é muito baixo prejudica o fornecimento de


oxigênio e nutrientes para órgãos vitais como o cerebro, coração e
rins, que podem ser permanentemente lesados.

 Diferente da hipertensão, a hipotensão é definida primariamente


por sinais e sintomas relacionados ao baixo fluxo e não por cifras
específicas de pressão.

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Sinais e sintomas

 Vertigem
 Síncope
 Falta de concentração
 Visão borrada
 Nausea
 Pele pálida, fria e úmida
 Respiração rápida e superficial
 Fadiga
 Depressão
 Sede

126
Principais Causas de Hipotensão Arterial

Alteração no Mecanismo Causas


de Compensação
Diminuição do débito Ritmos cardíacos anormais, lesão, perda ou
cardíaco disfunção do miocárdio, distúrbios das válvulas
cardíacas, embolia pulmonar
Diminuição do volume de Sangramento excessivo, diarréia, sudorese
sangue excessiva, micção excessiva
Aumento da capacidade dos Choque séptico, exposição ao calor, drogas
vasos sangüíneos vasodilatadoras (nitratos, bloqueadores do
cálcio, inibidores da enzima conversora da
angiotensina)

127
Hipotensão ortostática

 Queda da pressão arterial sistólica igual ou superior a 20mmHg


e/ou a queda da pressão arterial diastólica igual ou superior a
10mmHg nos três minutos que se seguem à passagem da posição
de decúbito a ortostatismo ativo.

 As alterações ortostáticas da pressão arterial podem indicar falha


dos reflexos protetores do SNA ou hipovolemia.

 Quase todos os episódios de hipotensão ortostática ocorrem


como efeito colateral de certas drogas, em particular as
administradas no tratamento de problemas cardiovasculares e,
mais especificamente, em pessoas idosas.

128
 Os sintomas são aqueles relacionados com a perfusão cerebral
diminuída e alterações acentuadas na pressão arterial e na
frequência cardíaca.

 Com o objetivo de averiguar hipotensão ortostática, a pressão


arterial deve ser determinada com o paciente ereto e em posição
supina.

 Independentemente da postura, a artéria braquial deve ser


colocada no nível do coração, para evitar a interferência da força
gravitacional na pressão registrada.

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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

•Alteração da perfusão tissular

•Ansiedade

•Intolerância à atividade

•Débito cardíaco diminuído

•Dor aguda

•Risco de lesão
Cuidados de enfermagem

 Instruir o cliente para mudar de posição lentamente;


 Colocar a pessoa em posição horizontal;
 Elevar os membros inferiores pode acelerar a recuperação por
aumentar o fluxo sangüíneo ao coração e ao cérebro;
 Indivíduos que não apresentam insuficiência cardíaca ou
hipertensão podem ser instruidos a aumentarem a quantidade de
sal nos alimentos;
 Observar a ingesta líquida (mínimo de 8 copos por dia);
 Praticar exercícios regularmente;

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ESTÁ CORRETO??
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