Você está na página 1de 6

Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07

Aerado Submerso 1/6

GPE-NI-001-01

ANEXO II - APÊNDICE B

MÓDULO 1B: REATOR UASB COMBINADO FILTRO AERADO SUBMERSO

REATOR ANAERÓBIOS DE MANTA DE LODO - UASB

As considerações e os critérios técnicos do reator UASB estão contemplados


no Apêndice A, item 1 (um), desta Norma.

FILTRO AERADO SUBMERSO - FAS

O filtro aerado submerso (FAS) utilizado como pós-tratamento de reatores


UASB, acarretam redução significativa na produção do lodo gerado na ETE, sendo
esse um grande benefício econômico e operacional. Estas unidades poderão ser
construídas separadamente.
Os FAS serão projetados para atingirem uma eficiência de remoção de DBO
de 70%, com a remoção de matéria orgânica e de sólidos suspensos remanescentes.
Para quesitos de dimensionamento será considerado que os efluentes provenientes
dos reatores anaeróbios já passaram por uma etapa de tratamento e sofreram uma
redução 50% em sua carga orgânica.
Na extremidade de jusante do canal de coleta de líquido tratado em nível
primário no reator anaeróbio, deve ser prevista tubulação PVC, a qual destina-se ao
encaminhamento do efluente para tratamento secundário no filtro biológico aerado
submerso, ou, através de válvulas, quando da necessidade de operações de limpeza
do FBAS, para a câmara de mistura.
De acordo com CHERNICHARO (2001), o lodo produzido é recirculado para
reator UASB, onde ocorre a digestão e adensamento por meio anaeróbio. O excesso
do lodo produzido pelo reator apresenta elevado grau de estabilização e adensamento
sendo descartado por gravidade e despostos nos leitos de secagem, para
desidratação.
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 2/6

GPE-NI-001-01

De acordo com NBR 12209 (ABNT, 2011), deverão ser considerados os


seguintes critérios para dimensionamento dos FAS:
I. A vazão de dimensionamento dos FAS deverá ser a vazão média do afluente à
ETE;
II. O meio de suporte para biomassa, no qual se forma o biofilme poderá ser um
recheio estruturado ou randônio, com superfície específica inferior a 250 m2/m3,
com altura útil igual a superior a 1,6m, constituído de material inerte de origem
sintética ou mineral, com fluxo descendente ou ascendente;
III. O filtro aerado submerso deverá dispor de um decantador secundário para
clarificação do efluente.

DIMENSIONAMENTO FILTRO AERADO SUBMERSO


A carga orgânica volumétrica aplicada deverá ser igual ou inferior a 1,8 Kg
DBO/m3.d e a carga orgânica superficial aplicada, inferior a 15 g DBO/m 2.d (refere-se
à superfície específica do meio de suporte).
Nos casos que sejam necessários à nitrificação, a carga de nitrogênio
amoniacal aplicada não pode exercer 1 g N/m2.d.
A aeração deverá ser distribuída de maneira uniforme, a uma taxa mínima de
30 Nm3 ar/Kg DBO aplicada para remoção de matéria orgânica.
A utilização de meios de suporte diferentes dos recomendados deverá ser
adequadamente justificada e aprovada pela COMPESA.
Os parâmetros de dimensionamento do Filtro Aerado Submerso:
I. Determinação do Volume pela Carga Orgânica Volumétrica:

𝐶𝑎𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 Equação 01
𝑉𝑆 =
𝐶𝑉 𝐷𝐵𝑂
Onde:

Eficiência a montante considerada de 70%, (CHERNICHARO, 2001);

Cafluente = Carga afluente ao FAS, em Kg DBO/d;

Cv DBO = Carga orgânica volumétrica, em Kg DBO/d;

V = Volume mínimo do meio de suporte, em m3.


Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 3/6

GPE-NI-001-01

II. Determinação da Taxa de Aplicação Superficial:


𝐶𝑅𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎
𝐴𝑆 = Equação 02
𝑇𝑥 𝑑𝑒 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜

Onde:

Eficiência desejada de 80%.

CRemovida = Carga removida, em Kg DBO/d;

Taxa de aplicação superficial, em Kg DBO/d;

AS = Área superficial necessária, em m2.

III. Determinação da Altura do Meio de Suporte:

𝑉 = 𝜋. 𝑟 2 . ℎ Equação 03
Onde:
V = Volume do reator, m3;
r = Raio do reator, m;
h = Altura do meio de suporte, m.

IV. A vazão de ar poderá ser calculada em função da carga removida pelo sistema,
ou seja pela eficiência do reator aeróbio (UASB):
𝑄𝐴𝑅 = 𝑇𝑥 𝑑𝑒 𝑎𝑒𝑟𝑎çã𝑜 . 𝐶𝑅𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎 Equação 04

Onde:
CRemovida = Carga removida, em Kg DBO/d (considerar a Eficiência 50% no
UASB);
QAR = Tx de aeração, em m3/ Kg DBO;
Qar = Vazão de ar por módulo, em m3/dia;
Qar = Vazão de ar no Sistema (considerando uma eficiência do UASB 70%),
em m3/dia.

Deverá ser retirada areia do poço e transportada para destinação do leito de


secagem.
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 4/6

GPE-NI-001-01

DEMAIS UNIDADES DE TRATAMENTO DO MÓDULO 01 B – DECANTADOR


SECUNDÁRIO E LEITO DE SECAGEM

As etapas de tratamento subsequentes à do filtro biológico submerso que


deverão ser dimensionadas: o decantador secundário para estabilização da matéria
orgânica e o leito de secagem para descarte do lodo. Os critérios técnicos a serem
adotados encontram-se no Apêndice A, nos itens 3 (três) e 4 (quatro), desta Norma.

DESINFECÇÃO NO MÓDULO 01 B

A etapa de desinfecção ocorrerá no Modulo 01 B com a finalidade inativar e


eliminar os microrganismos presentes no efluente e deverá seguir as diretrizes do
Apêndice A, item 5 (cinco) desta Norma.

INSTRUMENTOS NORMATIVOS RELACIONADOS

 NPE 10/COMPESA - Norma de Projetos de Engenharia (Diretrizes para


Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de esgoto –EEE´s);
 NTC 188/COMPESA - Norma Técnica da COMPESA para Aquisição de
Equipamentos de Desinfecção Ultraviolenta para Estações de
Tratamento de Esgotos –ETE’s.

REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12208: Projeto de Estação Elevatória de Esgoto. Rio de Janeiro, 1992;
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 5/6

GPE-NI-001-01

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


12209: Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de
Tratamento de Esgotos Sanitários. Rio de Janeiro, 2011;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos. Rio de
Janeiro, 2014;
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
9575: Impermeabilização: Seleção e Projetos. Rio de Janeiro, 2010.
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
13969: Tanques Sépticos – unidades de tratamento Complementar e
Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e
Operação. Rio de Janeiro, 1996;
 CHERNICHARO, C. A. L.: Pós-Tratamento de Efluentes de Reatores
Anaeróbios. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico –
PROSAB/ABES. São Paulo, 2001;
 METCALF&EDDY: Desinfecção de Efluentes Sanitários, editado pela
ABES. Rio de Janeiro, 2003;
 PIVELI, Roque Passos: Apostila de Tratamento de Esgoto Sanitário.
Alagoas, 2006.
Módulo 1B: Reator UASB Combinado Filtro 02/07
Aerado Submerso 6/6

GPE-NI-001-01

PEÇAS GRÁFICAS

Você também pode gostar